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História Feras 3 - Perguntas


Escrita por: hanonimata

Notas do Autor


Gabriel: É preciso manter a razão e as emoções em equilíbrio.

Guilherme: As vezes é preciso sujar as mãos.

Kathe: Enquanto o sol estiver nascendo haverá pelo que lutar.

Carma: O importante é aproveitar cada instante.

Capítulo 4 - Perguntas


Guilherme

  Vou até o quarto onde Yasmim dormiu, mas ela já não esta mais, só vejo em bilhete em cima da cama.

"Agradeço por ter cuidado de mim e desculpa se tiver incomodado.

Gostaria de dizer que nós vemos em breve, mas sei que não é isso que deseja.

Se cuida e não confie em qualquer um.

Yasmim"

  Eu respiro fundo, não queria que as coisas entre nós dois fossem assim, mas são e não seria inteligente mudar isso.

- Hugo esta te chamando pra vocês fazerem aquilo que vocês fazem que é secreto. - Thyago falo se anunciando no quarto em um tom irritado.

- Eu já to indo. - Digo dando sinal pra ele sair do quarto.

  Thyago revira os olhos e sai fechando a porta.

  Dou mais uma lida no bilhete e então o rasgo e jogo no lixo do banheiro que tem no quarto e então saio.

  Dirijo até o galpão do Hugo, todo em tons escuros e a temperatura é fria, entro e fecho a porta.

- Demorou. - Hugo fala digitando algo no computador. - Soube que estava com hospedes. - Ele fala antes que eu possa dizer algo sobre minha demora. - A Yasmim. - Ele se põe de pé e olha pra mim.

- Ela se meteu em briga e precisei ajuda-la. - Justifico.

- Cuidado, os caçadores não simpatizam mais com ela. Não vai arrumar problemas logo agora. - Ele adverte indo até uma gaiola grande de ferro que me causa arrepios por saber seu significado. - Entra. - Ele dá a ordem apontando para dentro da gaiola.

- Nem mesmo um cafezinho antes, uma conversa amigável... - Falo com sinismo indo até a gaiola.

- Não somos amigos pra termos conversas amigáveis. - Ele fala fechando a porta logo depois de eu entrar. - Se transforma. - Ele ordena voltando a digitar algo no computador.

  Eu respiro fundo e começo a me transformar, assim que termino ele pega uma coleira de ferro e entra na gaiola a colocando em mim.

- Vamos ver até onde você é capaz de ir hoje. - Ele fala com um sorriso de prazer no rosto.

- Podia pelo menos fingir que não gosta de me torturar. -  Rosno pra ele que ri enquanto sai da gaiola e a fecha.

- Só porque não somos amigos, não quer dizer que temos que ser falsos um com o outro. - Ele diz indo até o computador. - Seu recordo foi 3000volts, será que conseguiremos 5000 hoje? - Ele fala teclando algo e de forma sutil começo a sentir a carga elétrica.

  Primeiro é algo tão sutil que até duvido que realmente esteja passando por meu corpo, mas depois começa a gerar um formigamento e depois a doer e então a queimar, meu corpo começa a tremer, sinto falto falta de ar, rujo de dor.

- Não se entregue, você aquenta bem mais que isso. - Hugo fala vindo até mim, mas sua voz parece destorcida para mim, sua imagem a minha frente esta borrada. - Guilherme foque em mim, não perca os sentidos. - Sua voz vem junto a zumbidos.

- Desliga isso! - Digo já não aquentando mais meu corpo todo treme, sinto não ser mais capaz de suportar meu peso.

- Não, e você não vai se render, vai chegar a cinco mil, mesmo que façamos isso o dia todo. - Ele adverte.

  O computador apita, eu sei que cheguei até onde ele queria, mas Hugo nem se mexe, continua no mesmo lugar, me olhando, apesar de sua imagem borrada, posso ver nitidamente seus olhos fixos em mim.

- Aguente mais. - Ele ordena.

  Começo a me imaginar cortando sua garganta, nem sabia que tinha tantas formas diferentes de cortar a garganta de alguém, então a sensação de queimação passa, mas posso sentir o cheiro do meu corpo queimado, sentir meu corpo ardendo, posso ouvir a porta da gaiola abrir e então perco todos os sentidos e apago.

  Acordo com a visão embaçada e vendo a luz fraca do galpão.

- Até que enfim, bela adormecida. - Hugo fala ao meu lado. - Levanta, próximo teste.

  Eu me sento com meu corpo dolorido.

- Não vai nem me deixar recuperar? - Questiono já sabendo a resposta.

- Se recuperou enquanto estava inconsciente, não precisa de mais. - Ele fala indo até uma enorme caixa de madeira.

- Um dia você ainda me matar. - Falo me pondo de pé. - Esse é seu objetivo? - Pergunto caminhando lentamente até ele.

- Talvez. - Ele responde indiferente.

 

Carma

  Acordo e percebo que Gabriel não esta mais na cama, vou até o banheiro e tomo um banho, então me visto e ando pela casa, nada de Gabriel, vou a cozinha e tem um prato com torradas, geleia, biscoitos e uma jarra de suco na bancada junto a um bilhete.

"Fui ver meu pai, nós encontramos pro almoço.

Te amo, Gabriel"

  Respiro fundo e começo a comer meu café da manhã, sozinha, como eu odeio isso no Gabriel, mas tudo bem, quando casei com ele, também casei com seus defeitos.

   Encaro o bilhete enquanto saboreio um dos biscoitos.

- Acho que também vou ver meu pai. - Falo engolindo o biscoito, bebendo o suco e me levantando. 


  Assim que chego, meu pai me recebe com um forte abraço.

- Pai, eu preciso respirar. - Digo retribuindo o abraço.

- Não precisa não. - Ele fala ainda abraçado.

  Nosso momento é interrompido por Clero pulando em nós.

- Eu não nasci pra ver meus filhos saindo de casa. - Meu pai fala se afastando e eu acaricio meu enorme lobo.

- Não exagera, pai. - Falo endireitando meu corpo. 

- É serio, você casada e tem o Guilherme que não da sinal de vida, a última vez que soube de algo dele foi no seu casamento. Esse garoto acha que não deve satisfações a ninguém. Custa mandar uma mensagem dizendo, estou vivo, mas nem isso. - Meu pai começa a desabafar.

- Sabe como o Gui é, sempre lembra só dele. - Falo sentando no sofá. - Mas como estão indo as coisas? Aconteceu algo?

- Não. - Meu pai responde indo até a cozinha. - Essa cidade nunca teve tanta paz.

- Prova de que o Guilherme tem feito a parte dele. - Respondo e meu pai voltar com um xícara de café.

- Acho que é a primeira vez que ele esta sendo realmente responsável com algo. - Meu pai comenta se sentando na poltrona a minha frente. 

- Tem uma cidade em jogo, ele tem que ser responsável. - Opino.

- Como foi a lua de mel? - Meu pai pergunta me observando. - Sem detalhes por favor.

  Eu rio do meu pai.

- Incrível, alias, Paris é linda, estou quase me mudando para lá. - Comento.

- Não mesmo. - Meu pai fala de imediato. - Já me basta seu irmão bancando o aventureiro pelo mundo.

  Gabriel

- A conversa esta boa, mas tem uma razão pra minha visita. - Falo pegando o desenho do meu bolso. - Já viu isso antes? - Falo entregando para o meu pai.

  Meu pai pega o desenho, desdobra e o analisa, algo em seu olhar mudar.

- É o simbolo de um grupo especifico de feras. Onde conseguiu isso? - Meu pai pergunta tenso.

- Uma estranha me entregou enquanto estava na França. - Respondo.

- Por que? - Meu pai questiona arrumando a postura. - Ela disse algo?

  Eu analiso meu pai, confio nele, mas algo em mim diz pra não falar sobre o Guilherme.

- Não sei bem, só disse que é de feras, feras diferentes de nós. - Respondo.

  Meu pai coloca o papel na mesinha de centro.

- A muito tempo, os caçadores resolveram não só matar feras, mas fazer experiencias, nós usar pra descobrir curas, processos evolutivos, essas coisas cientificas. - Meu pai começa a falar. - As feras que escapavam deles, bom, quando tiveram filhos, seus filhos eram diferentes como feras, especiais.

- Como assim especiais? O que as faziam especiais? - Questiono.

- Eram mais fortes, rápidos, brutais, alguns contam que até podiam controlar animais, mas isso sempre foi passado mais como uma lenda. - Meu pai explica. - As feras chegaram a achar que essas modificações tinham vindo ao nosso favor, para darmos fim aos caçadores, mas quando os caçadores começaram a pensar o mesmo fizeram uma caçada especifica só pra essas feras. - Meu pai fala pensativo. - Alguns dizem que houve feras que sobreviveram e se esconderam, se escondem até hoje, mas a verdade é que eu mesmo nunca cheguei a encontrar uma fera assim.

- Acha que elas existem? - Questiono o observando.

- Sim. - Meu pai responde me olhando nos olhos. - Nós também somos capazes de evoluir.

- Por que nunca foram vistas então? - Questiono.

- Elas se escondem, são os alvos principais dos caçadores. Pode estar entre nós sem sabermos. - Meu pai fala recostando no sofá.

- Minha mãe alguma vez já foi capturada por casadores? Já fizeram experiencias com ela? - Pergunta querenda saber se o Guilherme por ser mesmo diferente.

- Não. - Meu pai responde confuso. - A unica vez que em sua mãe entrou em conflito com caçadores foi quando ela morreu. - Meu pai fala com irritação na voz. - Por que? Se acha diferente? - Ele me questiona desconfiado.

- De forma alguma. Só curiosidade. - Respondo sentindo alivio por Guilherme.

 

Kathe

- Oi pantera. - Ouço a voz de Felikis atrás de mim enquanto caminho pela cidade.

- Qual é o seu problema? Por que não larga do meu pé? - Pergunto irritada me virando e ficando de frente a ele.

- Porque estou apaixonado por você. - Ele fala de forma repentina, eu o analiso, tem algo errado nos sinais do seu corpo. - Brincadeira. - Ele fala sorrindo. - Mas você bem que se sentiu especial agora.

- Não fica se iludindo. - Falo voltando a seguir meu caminho.

- Então, tem namorado não tem? - Ele fala me seguindo. - Uma mulher linda que nem você não fica solteira.

- E se eu for solteira? - Digo entrando no supermercado.

- Não me ilude, porque ai eu me apaixono de verdade. - Ele fala ainda me seguindo.

- Tenho. - Respondo olhando ao redor.

- O que? - Felikis pergunta também olhando ao redor.

- Namorado. - Respondo pegando chocolates.

- Sabia. - Ele fala de forma aparecer que ganhou na loteria. - Ta ansiosa? - Ele pergunta olhando a minha mão. - Pessoas comem doces quando ficam ansiosas. 

- Vai cuidar da sua vida. - Falo indo até o caixa.

- Vou tomar isso como um sim. - Ele fala com um sorriso metido. - É por causa dele? 

  Eu reviro os olhos e respiro fundo me controlando pra não mata-lo aqui mesmo em público.

- Não é da sua conta. - Falo pagando e saindo.

  Ele sai comigo, mas segue por outro caminho e eu fico aliviada.


Notas Finais


Foi isso, espero que tenham gostado e não deixem do comentar


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