Carma
Estou na floresta passeando com Clero quando ele parece rastear algo.
- O que achou garoto? - Pergunto olhando na direção que ele indica.
Clero começa a correr e eu vou atras.
-Socorro! - Um rapaz fala encurralado por Clero.
- Vem aqui. - Dou a ordem e Clero se põe ao meu lado.
- Você tem um lobo de estimação? - O rapaz pergunta arrumando a postura.
- Tenho sim. - Digo acariciando a cabeça de Clero. - Não se preocupe, ele gentil.
- Não foi o que pareceu. - Ele fala se aproximando.
- Você é novo aqui? Nunca te vi antes. - Questiono o analisando.
- Sou sim. Meu nome é Felikis. - Ele se apresenta me estende a mão.
- Sou Carma. - Me apresento apertando sua mão. - E esse é o Clero.
- Oi Clero. - Ele fala olhando desconfiado para meu lobo.
- Não devia andar pela floresta, é perigo. - Alerto.
- Fala pelo seu lobo? - Ele questiona irônico.
- Não, Clero é um bom menino desde que não seja provocado. - Digo acariciando Clero. - Falo isso pelos animais selvagens, sem falar que pode haver pessoas com más intenções por aqui. - Explico.
- Ou as bestas que vivem aqui. - Ele sugeri piscando pra mim.
- Bestas? - Questiono temendo que ele saiba demais ou pior, que seja caçador.
- A lenda da cidade, tem muitas histórias sobre essas bestas aqui. - Ele explica.
-São só histórias. - Digo aliviada por sua justificativa.
- Sei não. - Ele fala desconfiado. - Toda história tem um fundo real.
- Bêbados que perambularam pela floresta e acharam animais selvagens em seus caminhos e depois alteraram o fato por causa do álcool. - Justifico tentando ser convincente.
- Pode ser, ou não. - Ele fala pensativo. - Eu ja vou indo, como você mesmo disse, a floresta é perigosa. - Ele fala sussurrando. - Até Carma e seu lobo.
- Até e cuidado. - Digo o observando se afastar.
- Você também. - Ele fala em resposta.
Gabriel
Assim que chego a delegacia vou direto até a sala de Carlos e bato na porta.
- Entra. - Ele fala assim que me vê pelo vidro.
- Como vai? - Pergunto entrando no escritório.
- Bem e você? - Ele fala enquanto eu fecho a porta a trancando. - Algum problema? - Ele pergunta assim que me sento.
Ele entende a razão de eu trancar a porta.
- O que sabe sobre a mutação das feras? - Vou direto ao assunto e ele estranha.
- Não muito. Sei que foi em consequência as experiências que os caçadores faziam nas feras e que elas depois foram exterminadas. - Ele responde se ajeitando na cadeira. - Por que?
- Uma estranha me disse que o Guilhermeer um deles. - Respondo sem delongas.
Carlos me inspira confiança quando o assunto é o Guilherme, talvez por ser o pai biológico dele.
- Por que ela disse isso? - Ele questiona confuso. - Quem é ela?
- Não sei quem ela é, só sei que ela esta convicta que o Guilherme é um deles e que ele corre perigo. - Respondo deixando Carlos tenso. - Disse que preciso controlá-lo.
-Não é possível, o único contato que sua mãe teve com caçadores antes de sua morte foi comigo.
- Tem certeza disso? - Questiono.
- Tenho. Mas vou investigar, só por garantida. - Ele responde.
Kathe
Depois do banho vou pro meu quarto pegando uma foto minha com Guilherme.
Sinto tanta falta dele, ele quase não aparece por aqui, e nem ao menos dá sinal de vida. Sem falar que desde que ele começou a trabalhar com os caçadores ele ta mudando, fica cada vez mais parecido com eles.
Eu pego meu celular e mando mensagem pra ele, jogo meu celular na cama e começo a me vestir. Assim que termino pego meu celular e verifico.
Sem resposta, ele nem ao menos leu. Ligo pra ele e cai na caixa de mensagens. Desisto e jogo meu celular na cama com raiva e frustrada, é sempre assim agora.
Olho pra nossa foto.
Eu só quero e o meu namorado de volta.
Guilherme
- Ele sumiu. - Thiago fala em sua forma animal olhando para os lados.
- Se espalhem e achem. - Dou a ordem e todos obedecem.
Eu ando pela mata procurando atento e então escuto algo em cima de uma árvore. Em um pulo derrubando a fera no chão.
- Por favor, não faz isso. - A fera implora.
Posso ouvir o desespero em seu coração, mas não posso ter piedade, não com as feras da minha cidade dependendo de mim.
- Eu sinto muito. - Digo mordendo seu pescoço, mas algo me tira de cima dele.
Eu me estabilizo no chão e olho vendo um tigre.
- Corre e busque refúgio. - O tigre fala pra fera no chão ao seu lado.
A Fera corre desesperada, eu penso em ir atras, mas o tigre me bloqueia.
- Esta do lado errado leopardo. - O tigre me adverte.
- E você esta no meu caminho. - falo irritado. - Sai da frente ou terei que tirá-lo.
- Tente. - O tigre me desafia.
Antes que eu vá pra cima dele passos me distraem e o tigre some.
- Nada, a fera sumiu. - Thyago fala se aproximando com Luna.
- Hugo vai falar muita merda pra gente. - Luna fala observando Gustavo se aproximar.
- Isso acontece, relaxa que eu me resolvo com ele. - Falo voltando a forma humana assim como os outros.
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