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História Feras 3 - 5


Escrita por: hanonimata

Capítulo 5 - 5


Carma

 Estou na floresta passeando com Clero quando ele parece rastear algo. 

- O que achou garoto? - Pergunto olhando na direção que ele indica. 

  Clero começa a correr e eu vou atras. 

-Socorro! - Um rapaz fala encurralado por Clero. 

- Vem aqui. - Dou a ordem e Clero se põe ao meu lado. 

- Você tem um lobo de estimação? - O rapaz pergunta arrumando a postura. 

- Tenho sim. - Digo acariciando a cabeça de Clero.  - Não se preocupe, ele gentil. 

- Não foi o que pareceu. - Ele fala se aproximando. 

- Você é novo aqui? Nunca te vi antes. - Questiono o analisando. 

- Sou sim. Meu nome é Felikis. - Ele se apresenta me estende a mão. 

- Sou Carma. - Me apresento apertando sua mão. - E esse é o Clero. 

- Oi Clero. - Ele fala olhando desconfiado para meu lobo. 

- Não devia andar pela floresta, é perigo. - Alerto. 

- Fala pelo seu lobo? - Ele questiona irônico.

- Não,  Clero é um bom menino desde que não seja provocado. - Digo acariciando Clero. - Falo isso pelos animais selvagens, sem falar que pode haver pessoas com más intenções por aqui. - Explico. 

- Ou as bestas que vivem aqui. - Ele sugeri piscando pra mim. 

- Bestas?  - Questiono temendo que ele saiba demais ou pior, que seja caçador. 

- A lenda da cidade, tem muitas histórias sobre essas bestas aqui. - Ele explica. 

-São só histórias. - Digo aliviada por sua justificativa. 

- Sei não. - Ele fala desconfiado. - Toda história tem um fundo real. 

- Bêbados que perambularam pela floresta e acharam animais selvagens em seus caminhos e depois alteraram o fato por causa do álcool. - Justifico tentando ser convincente. 

- Pode ser, ou não. - Ele fala pensativo. - Eu ja vou indo, como você mesmo disse, a floresta é perigosa. - Ele fala sussurrando. - Até Carma e seu lobo. 

- Até e cuidado. - Digo o observando se afastar. 

- Você também. - Ele fala em resposta. 

 

Gabriel 

  Assim que chego a delegacia vou direto até a sala de Carlos e bato na porta. 

  - Entra. - Ele fala assim que me vê pelo vidro. 

- Como vai? - Pergunto entrando no escritório. 

- Bem e você? - Ele fala enquanto eu fecho a porta a trancando. - Algum problema? - Ele pergunta assim que me sento. 

  Ele entende a razão de eu trancar a porta. 

- O que sabe sobre a mutação das feras? - Vou direto ao assunto e ele estranha. 

- Não muito. Sei que foi em consequência as experiências que os caçadores faziam nas feras e que elas depois foram exterminadas. - Ele responde se ajeitando na cadeira. - Por que? 

- Uma estranha me disse que o Guilhermeer um deles. - Respondo sem delongas. 

  Carlos me inspira confiança quando o assunto é o Guilherme, talvez por ser o pai biológico dele.

- Por que ela disse isso? - Ele questiona confuso.  - Quem é ela? 

- Não sei quem ela é, só sei que ela esta convicta que o Guilherme é um deles e que ele corre perigo. - Respondo deixando Carlos tenso. - Disse que preciso controlá-lo. 

-Não é possível, o único contato que sua mãe teve com caçadores antes de sua morte foi comigo. 

- Tem certeza disso? - Questiono. 

- Tenho. Mas vou investigar, só por garantida. - Ele responde. 

Kathe

  Depois do banho vou pro meu quarto pegando uma foto minha com Guilherme.

  Sinto tanta falta dele, ele quase não aparece por aqui, e nem ao menos dá sinal de vida. Sem falar que desde que ele começou a trabalhar com os caçadores ele ta mudando, fica cada vez mais parecido com eles. 

  Eu pego meu celular e mando mensagem pra ele, jogo meu celular na cama e começo a me vestir. Assim que termino pego meu celular e verifico. 

  Sem resposta, ele nem ao menos leu. Ligo pra ele e cai na caixa de mensagens. Desisto e jogo meu celular na cama com raiva e frustrada, é sempre assim agora.

  Olho pra nossa foto. 

Eu só quero e o meu namorado de volta. 


Guilherme 

- Ele sumiu.  - Thiago fala em sua forma animal olhando para os lados. 

- Se espalhem e achem. - Dou a ordem e todos obedecem. 

  Eu ando pela mata procurando atento e então escuto algo em cima de uma árvore. Em um pulo derrubando a fera no chão. 

- Por favor, não faz isso. - A fera implora. 

  Posso ouvir o desespero em seu coração, mas não posso ter piedade, não com as feras da minha cidade dependendo de mim. 

- Eu sinto muito. - Digo mordendo seu pescoço, mas algo me tira de cima dele. 

  Eu me estabilizo no chão e olho vendo um tigre. 

- Corre e busque refúgio. - O tigre fala pra fera no chão ao seu lado. 

  A Fera corre desesperada, eu penso em ir atras, mas o tigre me bloqueia. 

- Esta do lado errado leopardo. - O tigre me adverte. 

- E você esta no meu caminho. - falo irritado. - Sai da frente ou terei que tirá-lo. 

- Tente. - O tigre me desafia. 

  Antes que eu vá pra cima dele passos me distraem e o tigre some. 

- Nada, a fera sumiu. - Thyago fala se aproximando com Luna. 

- Hugo vai falar muita merda pra gente. - Luna fala observando Gustavo se aproximar. 

- Isso acontece, relaxa que eu me resolvo com ele. - Falo voltando a forma humana assim como os outros. 

 



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