Abro meus olhos lentamente, e me assusto... Jungkook está olhando para mim.
Eu: O que foi?
Jungkook: Você parece tão indefesa dormindo.
Eu: Hahaha...- Ri irônico.
Me levanto e me tranco no banheiro... Tiro minha roupa, e entro debaixo do chuveiro, passando 20 minutos debaixo dele... Saio com uma toalha no meu corpo, já não encontrando Kook no meu quarto. Abro meu guarda-roupa, e de primeira já acho uma roupa... Rapidamente me visto. Desço a escada, e não vejo ninguém pela casa... Mas por quê? Continuo andando, e vejo minha mãe na cozinha.
Eu: Mãe...- A chamei.
Mãe: Você me deu um susto...- Colocou a mão no peito.- Você caiu da cama?
Eu: Não por quê?
Mãe: Você viu que horas são?- Neguei com a cabeça.
Olho para o relógio pregado na parede, e ele está marcando exatamente 06:15 da manhã. E eu mesmo me surpreendo.
Eu: Por isso que não estou vendo ninguém acordado.- Ela me olha estranho.- Tirando nois duas...- Sorrio sem jeito.
Mãe: Já que está acordada... Me ajuda a fazer o café da manhã!
Eu: E cadê a Maria?
Mãe: Dei uns dias de folga para ela... Vem logo me ajudar.
Me aproximo dela, e pego os pães, o presunto e o queijo. Passo manteiga nos pães, logo boto o queijo e o presunto em todos... Ligo a assadeira, e vou colocando dois de cada vez. Olho para o relógio e já são 06:50... Nossa como o tempo passa rápido.
Eu: Já acabei...- Ia saindo da cozinha.
Mãe: Espera um pouco.- Dei alguns passos para trás.
Eu: Oi...- Falei para que ela continue a falar.
Mãe: Seu pai recebeu uma ligação do hospital... Precisam dele lá.
Eu: Só porque aqui está bom!- Fiz um bico. E minha mãe começou a rir.
Mãe: Ele vai e a gente fica... Ele vai tentar pedir mais um tempo de folga..
Eu: Sério?- Estou sorridente. Minha mãe afirma com a cabeça.- Yeees!-
Saí correndo feito uma louca atrás do meu pai.
Ele já está ajeitando sua mala... Eu entro no quarto, e lhe dou um abraço por trás.
Eu: Boa viagem papai...- Apertei ele mais ainda.
Pai: Faz tempo que não ouço essa palavra...- Ele se vira e retribui o abraço.- Tá bom... Vou ver se dá para voltar daqui alguns dias... Ok?- Eu afirmei com a cabeça.- Vamos... Me ajude com a mala.
Eu levo alguns documentos importantes e ele a mala. Descemos a escada, e o táxi já está a sua espera.
Eu: Por quê não vai no carro?
Pai: Porque vocês podem precisar!- Abri a boca entendendo.
Ele bota sua mala dentro do táxi, me dá um beijo na testa e entra logo em seguida. O táxi liga o motor.
Eu: Vá com Deus meu pai... E volte em segurança...
Pai: Amém!- Ele sorri, e então o carro começa a andar.
Sei que esse é o trabalho do meu pai... Mas cada vez que ele sai para trabalhar fora, me sinto triste. Entro dentro de casa com a cabeça baixa... E todos já estão se servindo, sento do lado do Dylan, pego meu prato e uma xícara, boto minha merenda, e como em silêncio. Acabo de comer, ponho o prato na pia, e saio. Abro a porta e vou caminhando sem rumo... Olho e vejo a casa na árvore que meu pai fez... Essa casa me trouxe tanta felicidade... Vou subindo a escada, e entro na casa... Fico na janela, que dá toda visão do lado, e passo a olhar.
Dylan: Maninha?- Escuto seus passos se aproximando.
Eu: Como sabia que eu estava aqui?- Falei com a voz um pouco triste.
Dylan: Você sabe que eu te conheço melhor que você mesma...- Ele me faz soltar um sorriso mínimo.- Me conta o que aconteceu?- Seu braço arrodeou meus ombros.
Eu: Você sabe que o papai foi para o hospital não é?- Ele afirmou com a cabeça.- É por isso que eu estou assim...- Abaxei minha cabeça, mas logo ele a levanta.
Dylan: Você sabe mais do que eu, que nosso pai...- Olhou em meus olhos.- Não poderia ter escolhido uma profissão melhor.- Meu olhos começam a marejar.- Eu também sinto falta dele quando sai para o trabalho... Mas foi isso que ele escolheu... Salvar vidas!- Desce uma lágrima em meu rosto e ele a limpa com o polegar.- Você entende?- Afirmei com a cabeça.
Eu: Você é uma criança...- Aperto suas bochechas.- Mas tem mentalidade de um adulto.- Ele sorri, me fazendo sorrir também.
Dylan: Eu não quero mais te ver assim...
Eu: Mas não posso mudar meu humor de uma hora para outra!
Dylan: Vejamos...- Botou a mão em seu queixo, parece pensar em algo.- Acho que isso vai resolver...- Eu olho para ele, e em segundos suas mãos vão em minha barriga, e começa a fazer cócegas nessa região.
Eu: Hahahaha...- Ainda estou rindo.- Para... Para por favor.- Ele vai parando devagar.
Dylan: Melhorou?- Abre um sorriso.
Eu: Você é o melhor irmão que eu poderia ter...- E nós nos abraçamos forte.
Dylan: Vem...- Saiu me puxando.
Eu: Nós vamos para onde?
Dylan: Você vai ver!- Descemos e fomos para o lago.
Eu: Por quê me trouxe aqui?
Dylan: Você precisa melhorar mais um pouco...
Eu: Sim... Mas eu melhoraria se eu fosse tomar um banho nele...- Dei uma pausa.- Não só olhando.
Assim que acabo de falar, sinto as mãos do meu irmão nas minhas costas... E quando me dou conta, estou dentro do lago.
Dylan: Resolvido...- Ele começa a rir, e depois se joga também na água.
Passamos um tempo no lago brincando... Jogando água um no outro, rindo pra valer... Minha barriga chega doer de tanto rir.
Eu: Você é péssimo contando piadas...- Jogo água na sua cara.
Dylan: E você já prestou atenção nas suas?- Ele dá um gargalhada alta.- Sabe o que o Catchup malandro disse para o sal?- Começa acontar minha piada, e fazendo a mesma voz que a minha.- Ai ele respondeu... É nóis nas frita mano.- Sua risada fica mais alta.- Mano... Não!
Eu: Essa é boa...- Faço uma careta.
Dylan: Não... Nem um pouco.
Eu: Você é muito chato...- Subo em suas costas.
Dylan: Sim... Eu posso ser um chato...- Segura minhas pernas.- Mas um chato que sempre vai estar ao seu lado quando precisar...
Eu: Eu te amo meu irmão!- Dou um beijo na sua bochecha.
Dylan: Eu te amo mais...
"E o que era pequeno se transformou em uma amizade
Uma amizade se transformou num laço
E esse laço nunca será desatado
O amor nunca será perdido
Como não podemos falar sobre família
Quando a família é tudo o que nós temos?
Tudo o que passei
Você estava lá parado, ali do meu lado
Agora, você vai ficar comigo para o último passeio"
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