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História Fernando - Capítulo 5


Escrita por: lavegass

Notas do Autor


Olá! Estou postando este capítulo hoje porque não postarei nenhum no final de semana. Gostaria também de avisar que os capítulos começaram a ficar bem maiores a partir do seis por isso posso demorar um pouco mais para coloca-los aqui. Obrigada por todos os comentários carinhosos e espero que gostem!

Capítulo 5 - Capítulo 5


Idiota, idiota, idiota, era só isso que eu conseguia pensar naquele momento, me comportei como uma idiota. Não existe nenhuma explicação plausível para ter feito aquilo, eu agi por impulso algo que normamente nunca faço. Deitei no sofá da sala e suspirei contrariada, não fazia ideia de como deveria me comportar quando visse Fernando no trabalho.

Estava perdida em meus pensamentos quando senti o meu celular vibrar no meu bolso. Era mais uma mensagem de Gabriela, perguntando se eu não iria respondê-la, só então me lembrei de que não havia lido a anterior que ela me mandou quando ainda estava na casa de Fernando.

“Podemos almoçar juntas amanhã? Preciso conversar com você.”. Era apenas isso que dizia a mensagem. Respondi que sim e combinamos o local. Depois disso me deitei e tentei não pensar naquele beijo, mas foi impossível. Quando finalmente desisti de tentar tira-lo da minha cabeça, consegui dormir.

...

Fui mais cedo para a empresa porque queria chegar antes de Fernando e me trancar em minha sala para pensar no que diria a ele, mas nada veio em minha cabeça. Ao mesmo tempo sabia que não poderia deixar isso para lá, eu precisava dizer algo.

- Letícia? Você esta ai? – Ouvi a voz de Fernando me chamar. Meu corpo gelou.

-S... Sim. – Respondi gaguejando.

- Posso entrar? – Perguntou.

Fiquei um tempo em silêncio na tentativa de digerir tudo aquilo, mas logo me levantei e abri a porta.

- Bom dia. – Ele disse com a voz mansa. Eu o olhei, ele estava com barba um pouco maior que na noite anterior, usava um terno preto com a gravata preta, estava mais lindo que o normal. – Podemos conversar sobre... Ontem à noite?

- Oh sim, claro! Desculpe-me, eu não sei o que me deu. Por favor, não pense mal de mim. Eu... Desculpa de verdade...

- Tudo bem. Podemos fingir que... Isso nunca aconteceu. – Ele respondeu com um sorriso frouxo.

- Sim... É o melhor. – Respondi e confesso ter ficado desapontada. Por que ele queria tanto esquecer? Fernando assentiu com um meneio de cabeça de saiu da minha sala.

...

Foi uma manhã corrida, tive que fazer o orçamento de cinco publicidades e ainda ajudei Luigi a selecionar alguns bebês para o comercial de fraudas. Ele reclamou o tempo todo sobre o choro deles, mas eu não me importei porque meus pensamentos novamente estavam em Fernando.

Quando voltei para sala o vi concentrado no computador, ele nem se quer me olhou e isso me incomodou muito. Eu nunca fui do tipo de pessoa que guardava as coisas para mim mesma. Sempre compartilhei o que sentia e eu estava me controlando para não fazer isso naquele momento, mas percebi que não conseguiria.

- Posso perguntar uma coisa?

Fernando me olhou por cima do computador surpreso, provavelmente só notou minha presença naquela hora.

- Claro. – Respondendo me encarando de forma curiosa.

- Foi tão ruim assim? O beijo? Porque você disse para esquecermos então provavelmente odiou...

- Ei! – Interrompeu Fernando se levantando e caminhando até onde eu estava. – Não é nada disso. – Disse segurando minhas mãos. – É só que, você se desculpou tantas vezes que eu pensei que tivesse muito arrependida e queria que esquecêssemos isso.

- Não é que eu me arrependi. Apenas me senti estranha, quero dizer... Eu beijei meu chefe no primeiro dia de trabalho e... Isso parece tão errado.

- Talvez um pouco, mas eu não te culpo, porque... – Falou ele dando uma voltinha.

- Victor tem razão, você realmente se acha. – Falei em meio uma gargalhada, a qual ele acompanhou.

- Eu posso até me achar, mas você é provavelmente louca.

- Por que? – Perguntei.

- Qual homem não iria gostar de ser beijado por você? – Respondeu. E senti minhas bochechas corarem, ele se aproximou mais ainda e por um momento pensei que Fernando me beijaria, mas eu estava errada. Ou talvez não estivesse. A questão é que a porta se abriu e ele se afastou rapidamente, era Omar.

- Boa tarde! – Falou animado. – Vim convidar o nosso presidente para almoçar, pronto?

- Já? Não deve ser nem 11h Omar. – Falou Fernando.

- Na verdade são quase uma hora da tarde.

- Sério? Essa manhã passou voando. Vamos logo, porque hoje temos muito o que fazer. – Disse Fernando dando um tapinha no ombro de Omar. – Quer vir com a gente Letícia?

- Eu não posso.

- Por que não? – Questionou Omar.

- Fiquei de almoçar com uma amiga.

- Amiga ou amigo? – Perguntou Fernando.

- Amiga.

- Então é uma mulher?

- Sim. – Respondi, e assim como eu Omar olhava para Fernando com uma cara de desentendido.

- Você vai almoçar com a sua amiga mulher e eu vou almoçar com o meu amigo homem, a gente se vê à tarde.

- Tudo bem. – Falei ainda sem compreender aquela conversa.

- Tchau. – Falou enquanto empurrava Omar até a porta o qual acenou para mim.

...

Cheguei ao restaurante que havia combinado de encontrar com Gabriela, ela estava em uma das mesas mais reservadas.

- Sinto muito por ter atrasado. – Falei sentando-me na cadeira em sua frente.

- Relaxa, foram apenas dez minutinhos. O que vai querer comer?

- Uma parmegiana.

- Ótimo, porque foi exatamente isso que eu pedi para nos. - Falou Gabriela satisfeita.

- E então, o que você queria conversar?

- Eu tenho uma coisa para você. – Falou enquanto sacudia um envelope próximo a minha cara.

- O que é isso?- Perguntei.

- Ontem à noite quando você ligou me contando sobre o que a filha do Fernando disse da ultima secretaria dele ter desaparecido, eu fiquei curiosa e fiz uma pesquisa. Liguei para Afonso que trabalha na prefeitura comigo, porque como você sabe ele fez estagio na Conceitos por um tempo. Ele ligou para uma garota de lá com quem ele costumava sair, uma tal de Maria Paula...

- Paula Maria. – Corrigi.

- Isso! – Falou Gabriela continuando. – Ela deu a ele as informações sobre a antiga assistente e elas estão nesse envelope.

- Me dá. – Pedi me debruçando em cima da mesa na tentativa de pegá-lo, mas Gabriela o afastou mais ainda de mim.

- Nada disso. Eu só vou te dar ele com uma condição.

- E qual seria?

- Hoje á noite você vai ficar de babá do Otávio porque eu e o Lucas queremos uma noite a sós.

- Em plena quinta-feira? – Perguntei.

- Não existe um dia na semana especifico para transar muito.

Revirei os olhos e concordei.

- Tudo bem, eu fico com o Otávio essa noite, agora me dá logo esse envelope. – Pedi. Gabriela me entregou e eu o abri rapidamente. Estava curiosa e ansiosa para saber quais informações continham ali, porém quando as li fiquei ainda mais confusa. Gabriela notando isso passou a me encarar como se esperasse por uma explicação.

- E então? – Perguntou.

- Aqui diz que a única assistente que Fernando teve antes de mim foi a Márcia.

- Bom pelo menos isso explica o que a Rebeca disse.

E sim, Gabriela tinha razão. Aquilo explicava o motivo de Rebeca ter dito que a ultima assistente do seu pai havia desaparecido, mas ao mesmo tempo me deixava mais curiosa em saber o que aconteceu com Márcia.

- Por que só agora ele quis arrumar uma assistente? – Perguntei para mim mesma em voz alta.

- Afonso me disse que depois que a Márcia sumiu Fernando ficou meio deprimido e se afastou por um bom tempo da empresa, quem ficou como presidente foi o Omar e a assistente temporária dele foi a atual secretaria do diretor de criação o... – Ela parou um tempo tentando lembrar o nome. Gabriela era péssima com isso.

- Luigi. – Ajudei.

- Exatamente! Quando Fernando voltou ele começou a se interessar pela política e logo depois foi eleito deputado... Provavelmente não viu necessidade em ter uma assistente.

- É, deve ser isso.

- Pelo menos agora você sabe que ele não é maníaco que sumiu com a esposa e a secretaria, se ele for o culpado sumiu só com uma.

- Isso é realmente reconfortante, Gabriela.

- Calma, eu só estou brincando.

- Que horas eu tenho que buscar o Otávio? – Perguntei na tentativa de mudar de assunto. Não queria falar com ela sobre Fernando porque tinha medo de acabar contando que eu jantei com a família dele ontem à noite e ainda o beijei.

- Vamos levar ele para sua casa ás oito. – Respondeu animada.

...

- Boa tarde senhorita Letícia. – Disse Paula Maria assim que cheguei na recepção.

- Não precisa de toda essa formalidade, pode me chamar de Lety.

- Tudo bem, Lety. – Ela disse em meio a um sorriso. – Pode entregar isso ao seu Fernando? Acabou de chegar, é a tarifa do cartão da empresa.

- Entrego sim. Tenha uma boa tarde. – Falei caminhando em direção ao elevador.

- Para você também. – Respondeu Paula Maria.

Fernando estava sentado em cima da mesa encarando a parede quando cheguei na sala, ele sorriu ao me ver.

- Acha que eu devo colocar um quadro ali? – Perguntou.

- Eu não sei, acho depende do quadro. – Falei. – Aqui, Paula Maria pediu para te entregar, é a fatura do cartão da empresa.

- Estou até com medo de abrir. – Disse ele de forma divertida. Fernando abriu o papel com facilidade e por algum motivo achei que deveria ficar ali o observando. Ele começou a ler o que estava escrito, sua expressão na maior parte do tempo era de alivio o que provavelmente significava que os gastos não foram grandes, até que ele fechou a cara e serrou o punho.

- Algum problema? – Perguntei ao notar sua reação e mudança de humor repentina.

- Mais ou menos, eu não me lembrava de que havia pagado o Doutor Marcos com o cartão da Conceitos. Meu pai não pode saber disso. – Resmungou. Pensei em perguntar a ele quem era Doutor Marcos, mas decidi descobrir isso depois por conta própria.

- Se quiser eu arrumo um jeito desse gasto sumir no balancete. – Falei na tentativa de buscar uma solução para o problema de Fernando.

- Você faria isso? – Ele perguntou animado.

- Claro, se o senhor não vê nenhum problema eu também não vejo.

- Ótimo. Muito obrigada Letícia. De verdade. – Ele me olhou por um tempo e abriu a boca varias vezes como se buscasse coragem para perguntar algo. – Você jantaria comigo um dia desses? – Disse por fim. E confesso que aquele convite havia me pegado de surpresa, porém não iria hesitar em aceitar.

- Claro. Depois combinamos o dia. – Respondi já caminhando em direção a minha sala com a finalidade de esconder que eu estava extremamente nervosa.

...

O restante do dia passou rapidamente e logo eu estava em casa. Ajeitei as coisas para a minha festa do pijama com Otávio. Assim como o combinado Lucas e Gabriela o deixaram lá em casa as oito da noite. Nós assistimos a dois filmes e comemos e pizza e sorvete. Já se passavam das onze dá noite e Otávio não mostrava nenhum sinal de que estava com sono.

- Você realmente precisa dormir. – Falei.

- Mas eu não estou com sono. – Ele respondeu. – E não vou à aula amanhã, então posso ficar acordado até mais tarde.

- Sim, mas eu vou trabalhar e preciso que você durma para poder dormir.

- Só mais um filme, por favor! – Pediu me abraçando.

- Tudo bem, tudo bem. – Disse me rendendo aos encantos do meu afilhado de seis anos.

Começamos a assistir o filme, o qual Otávio aparentemente já sabia as falas de cor. Resolvi então pesquisar sobre o Doutor Marcos, mas infelizmente havia diversos resultados por ser um nome extremamente comum, advogados e médicos lideravam essa lista a qual eu olhava distraidamente até que ouvi a campainha tocar. No inicio me assustei até me lembrar que provavelmente era Gabriela e Lucas que não conseguiram passar uma noite sem o filho.

- Acho melhor você fingir que esta dormindo. Provavelmente são os seus pais. – Falei.

- Tudo bem. – Cochichou Otávio ficando de baixo das cobertas.

Fui até a porta para atendê-la e para a minha surpresa não era Lucas e Gabriela, mas sim Fernando.

- O que faz aqui? – Perguntei surpresa.

- Nossa que recepção, nem vai me convidar para entrar?

- Me desculpe eu só estou surpresa com essa vizita...

- Surpresa? Mas a gente combinou isso. – Ele falou.

- Nós combinamos de jantar, mas não disse que seria hoje.

- E quem está falando de jantar? Dá outra coisa. Você realmente não se lembra? – Ele disse como se estivesse incrédulo.

- Na verdade não.

- A gente combinou na noite passada de ir até a padaria do Roberto roubar a torta de cereja.

Eu não havia esquecido disso, mas não pensei que ele estivesse realmente falando sério.

- Você quer realmente fazer isso?

- Claro que sim! – Ele respondeu como se estivesse surpreso com a minha pergunta. – Por que? Esta amarelando?

- Eu amarelar? Nunca!

- Então por que não quer ir?

- Quem disse que eu não quero ir?

- Quer dizer que você vai?

- Não vou porque não posso.

- E por que não pode?

- Estou de babá.

- Mas eu quero ir também. – Falou uma vozinha atrás de mim. – Era Otávio.

- Agora você não tem desculpa. – Falou Fernando e eu automaticamente revirei os olhos.

O convidei para entrar no meu apartamento e ficar na sala com Otávio enquanto eu trocava de roupa. Até que me lembrei da minha recente pesquisa no notebook. Por sorte Fernando estava sentado no outro sofá então tive facilidade em pegar o computador e desliga-lo. Coloquei uma calça jeans, camiseta e uma jaqueta preta. Calcei um tênis em Otávio e nós três seguimos para o carro de Fernando. Otávio estava super animado e eu não poderia acreditar que estava mesmo levando o meu afilhado de seis anos para invadir uma padaria com um homem que eu conhecia a dois dias e suspeitava estar envolvido na morte do meu marido. Desde que conheci Fernando todas as minhas escolhas e decisões me pareciam precipitadas e sem sentidos, mas por algum motivo eu não conseguia parar de fazê-las.

- Eu não acredito que realmente vamos fazer isso. – Resmunguei. – E eu estou trazendo ele. – Disse apontando para Otávio. – A mãe dele vai me matar quando souber.

- Ela não vai saber. – Falou Otávio. – Esse vai ser o nosso segredo.

- Eu amei esse garoto. – Falou Fernando.

Estacionamos duas ruas abaixo da padaria, por sorte a padaria de Roberto era simples e não tinha câmeras ou alarme de seguranças. Otávio estava se sentindo em um filme e para falar a verdade eu também. Fernando arrumou um pedaço de arame o qual provavelmente havia trago de casa e depois da quinta tentativa finalmente conseguiu abrir a porta. Aquela rua não era uma área comercial e também não tinha muitas casas, por isso a única criatura viva ao passar por lá enquanto invadíamos a padaria foi um gato. Otávio pulava animado e corria entre as cadeiras até eu pedir a ele que fizesse silêncio.

- Muito bem, se você fosse o Roberto onde colocaria as receitas da padaria? – Perguntou Fernando.

- No caixa? – Sugeri.

Ele rapidamente foi conferir, mas nada foi encontrado.

- Deve estar na cozinha. – Falou Otávio. – É lá que a minha mãe guarda as receitas dela.

Nós dois concordamos e fomos juntos a Otávio para a cozinha. Reviramos toda a cozinha tentando fazer o mínimo de barulho possível, algo que eu e Otávio realizamos com sucesso, mas não posso dizer o mesmo de Fernando, ele é extremamente desastrado e sempre derrubava ou tropeçava em algo.

- Achei! – Gritou Fernando.

- Dá para falar mais baixo? – Pedi. – Deixa eu ver. – Eu tomei o papel de suas mãos e era mesmo a receita da minha tão querida torta de cereja. – Nós conseguimos! Nós conseguimos! – Comemorei e como por um impulso abracei Fernando. Otávio também se juntou ao abraço.

- Ok, agora acho melhor a gente ir. – Disse Fernando.

- Espera. Não podemos levar a receita, se não eles vão ver que sumiu, eu não quero prejudicar o Roberto.

- Vai fazer o que então? Escrever ela toda? O Roberto já deve saber tudo de cor.

- É claro que não, eu vou tirar foto. – Ele me olhou como se questionasse o porque dele não ter pensado nisso antes. Tirei meu celular do bolso e bati a foto. – Vamos logo. – Chamei. Nós três saímos rapidamente da padaria e Fernando demorou ainda mais para tranca-la do que abrir.

Ficamos o caminho todo comentando das coisas que havíamos feito até que estranhamos o fato de que as risadinhas de Otávio haviam parado, só então percebemos que ele estava dormindo.

- Ele é uma gracinha. – Comentou Fernando. – Filho da sua irmã?

- Não, a mãe dele e o pai dele são amigos meus, eu conheci a mãe dele na faculdade. Sou madrinha do Otávio.

- Eu não tenho nenhum afilhado. – Comentou parecendo desapontado. – Mas fiz o Omar e a Carol me prometerem que se tiverem um filho eu vou ser o padrinho.

- Você não pode fazer isso, as pessoas precisam te escolher porque querem escolher, não pode obriga-las.

- É claro que eu posso, depois de ter aguentado o Omar e a burrice dele todos esses anos ele me deve muita coisa.

- Ele não é burro. – Falei.

- Sim ele é, só tenta se controlar perto de você porque não quer passar vergonha.

Eu ri e ele me acompanhou rindo também, logo estávamos estacionados na porta da minha casa. Ele pegou Otávio nos braços e o colocou na cama do meu quarto. Depois fomos juntos até a sala.

- Adorei cometer esse quase crime com você. – Falou.

- Na verdade foi um crime.

- Não, nós não roubamos nada.

- É, mas invadimos e invasão é crime.

- Tem razão. – Ele concordou fazendo uma careta. – Vou ter que te demitir, não posso trabalhar com uma criminosa.

- O que?

Ele sorriu e me de um tapinha no ombro.

- Mas falando sério, eu realmente me diverti.

- Eu também. – Falei.

- Quando vamos tentar fazer essa torta? – Perguntou Fernando.

- Bom eu não sei.

- Que tal amanhã, soube que a empresa que você trabalha não vai abrir amanhã.

- Sério? E quem foi que te disse?

- O presidente.

- E por que não vai abrir?

- Ele não esta a fim de trabalhar.

- Parece algo que ele faria.

- Definitivamente. – Disse Fernando sorrindo. Ele se aproximou e percebi que ele ia me beijar, mas dessa vez eu não pude. A história de Márcia ainda estava em minha cabeça e prometi para mim mesma que não me aproximaria dele dessa forma até esclarecê-la.

- Desculpe-me. – Falei.

- Tudo bem. Eu entendo. Bom acho que já vou indo. – Disse caminhando em direção a porta.

- Você não esta chateado, está? – Perguntei.

- O que? Claro que não! Eu vou indo porque já é tarde e preciso avisar meus funcionários que estão dispensados. Vou ter que acordar antes das dez para comprar a coisas da receita de uma torta deliciosa de cereja que irei preparar com alguém.

- E onde e a que horas vai ser?

- Ela é quem escolhe.

- Aqui em casa meio dia? – Perguntei.

- Combinado. – Falou abrindo a porta. – Vejo você amanhã, Lety. – Completou me dando um beijo molhado na bochecha.

- Até. – Respondi vendo-o caminhar até o seu carro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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