História Festival de loucuras - Branca de Neve ou Gata Borralheira

Pov Sammantha on

*Alguns dias depois

-É tão bom acordar abraçadinha em você. –falei ao Bruno. Já haviam se passado alguns dias desde o meu aniversário e a minha vida desde então tem sido um conto de fadas, pelo menos na vida amorosa, se é que eu posso chamar isso de vida amorosa, afinal o papo interrompido pela mensagem do Taylor e pelo barulho do forno elétrico não voltou mais e eu fiquei encasquetada se ele havia se arrependido de falar o que queria para mim ou só queria esperar o momento certo. Até falei com o Brian e a Ali sobre isso, falei com a minha mãe e bom, todos falaram que eu tinha que desencanar dessa pressão toda de rótulos, ninguém precisava estar oficialmente em um relacionamento sério para amar e curtir o outro e foi exatamente isso que eu fiz e desde então eu tenho me divertido um pouco e sendo bastante mimada pelo Bruno, tenho dormido bastante vezes aqui na casa dele e temos nos encontrado bastante, por enquanto ainda tentando fugir do foque dos holofotes da mídia, não que ele não queira afinal já deixou bem claro que por ele me assumia ao mundo, mas nós nem temos nada sério ainda e eu não quero aparecer na mídia, não de novo e não por enquanto, já tive exposição demais lá no Hawaii no começo dessa história e agora que as pessoas estão começando a desassociar a minha imagem a dele liga-la novamente daria adeus definitivamente a minha paz e privacidade. Mais mesmo com todos esses ‘e se’ e todas as consequências que é viver no mundo louco dele, que é bem ao contrário do meu, eu me sinto feliz acima de tudo, feliz como nunca me senti na vida e com o coração batendo mais forte.

É engraçado que quando eu estava falando com a minha mãe sobre toda essa história minha com o Bruno e explicando a ela a nossa situação atual ela riu largamente dizendo que mais parecia um conto de fadas, onde a princesa (que no caso era eu) encontrava o príncipe encantado, no seu mundinho encantado (que no caso era o Bruno na sua vida de fama e música), o príncipe se apaixonava pela princesa, lutava bravamente por ela e eles viviam para sempre. Eu ri bastante quando a minha mãe comparou a minha realidade as historinhas encantadas que ela me contava quando eu era pequena, mais a diferença é que eu não era a Branca de Neve e muito menos ele era o Príncipe Encantado, que eu não tenho nada mágico que vai resolver os meus problemas e muito menos sete anões a minha disposição e ele não tem nada de bravo cavalheiro de cavalo branco e sobre o felizes para sempre, ele está bem longe de acontecer; para ser bem realista mais parece a história da Cinderela, onde a gata borralheira conhece o príncipe encantado, mais eu também não era a Cinderela e muito menos tinha uma fada madrinha para me ajudar, então eu ia continuar sendo a publicitária Sammantha, apaixonada pelo cantor Bruno Mars no seu mundo da fama, que vivia nas incertezas do felizes para sempre e do fundo do coração, naquele momento, o felizes para sempre era o que eu mais queria, e o que mais a pequena Sammantha com seus 5 ou 6 anos de idade sonhava ao ler as histórias encantadas, mais mal sabia essa pequena Sammantha que a vida não tem nada de encantada, que a mídia é maldosa, que as pessoas são cruéis, que a vida é complicada e tem seus altos e baixos e claro, que iriam aparecer dois príncipes encantados na vida dela, mais que no caso, um estava mais parecendo o lobo-mau, Taylor Johnson.

-Pode dormir e acordar abraçadinha em mim todo dia se quiser. –ele falou beijando a minha testa.

-Assim eu vou ficar mal acostumada, quando eu venho dormir aqui você não me deixa fazer nada e só fica me mimando. –falei e ele me deu aquele sorriso mais lindo de covinhas.

-É exatamente essa a intenção, fazer com que você fique mal acostumada e super dependente do Brubru. –ele falou me fazendo gargalhar, a sobrinha dele a Milla, o chamou assim no dia que eu a conheci lá na gravadora e o apelido pegou, desde então eu sempre o chamo de Brubru para deixa-lo irritado e no fim ele acabou achando graça do apelido.

-Mais é um príncipe mesmo esse meu Brubru. –falei beijando a bochecha dele.

-E você a minha princesa encantada. –ele falou e eu ri novamente com a coincidência da frase dele com os meus pensamentos anteriores sobre realidade e conto de fadas. –Minha Branca de Neve, né branquela. –ele completou me fazendo rir.

-Só falta à coroa, os sete anões, o título de nobreza, a elegância... –ele me interrompeu.

-Você não precisa de nada disso para ser minha princesa. –ele respondeu beijando meu pescoço.

-Nossa verdade, eu já tenho o meu anão. –falei cortando completamente o clima romântico e quase tendo um ataque de tanto rir da cara brava que ele ficou quando eu me referi a baixa estatura dele.

-Eu vou mostrar quem é o anão pra você Sammantha Collins. –ele falou semicerrando os olhos e nesse momento eu sai da cama correndo e gritando quando ele saiu correndo atrás de mim, ele conseguiu me alcançar e me pegou no colo me levando para o banheiro me colocou debaixo do chuveiro e ligou a ducha em cima de mim.

-Aaaah, ta fria. –reclamei.

-Vingança. –ele falou mostrando a língua, besta.

-Eu acho que se você colocar essa água no quente e entrar aqui debaixo comigo, as coisas vão ser mais prazerosas pra você do que essa sua vingança. –falei fazendo charme e já vi o sorrisinho de lado crescendo no canto dos lábios dele.

-Você sabe que eu não resisto a você né sua malandra. –ele falou rindo e mudando a temperatura da água o que me fez parar de tremer. –Vem cá, me deixa esquentar você. –ele completou falando isso e então ele me atacou.

[...]

Cheguei quase que atrasada ao meu trabalho aquela manhã, essa era a desvantagem de dormir na casa do Bruno direto, era complicado sair de lá, e eu sempre quase chegava atrasada na CBI quando estava dormindo na casa dele.

Fui direto para a minha sala completamente distraída já mexendo em uns papéis e contratos que a secretária me entregou quando passei pela recepção e levei o maior susto da minha vida ao pisar na minha sala e...

-Olá Sam. –ouvi uma voz masculina e gelei dos pés a cabeça de susto, levantei os olhos do contrato que estava lendo e então dei de cara com o Taylor Johnson sentado na minha cadeira, na minha sala, sorrindo para mim.

-Por Deus, como você entrou aqui? O que é que você está fazendo aqui? –perguntei assustada.

-Calma Sammantha eu só vim fazer uma surpresa para você, estou com saudades. –ele falou se levantando da minha cadeira e dando a volta na mesa parando na minha frente.

-Você quer me matar do coração Taylor? –perguntei brava.

-Me perdoe linda, essa não era a minha intenção. Eu só cheguei cedo e perguntei sobre você, a secretária disse que você ainda não havia chegado e eu pedi para esperar na sua sala e ela deixou, foi só isso Sam. –ele se explicou e eu me acalmei aos poucos, parando de tremer do susto que eu tinha levado com a presença dele ali.

-Você sumiu a meses, do nada, desde que deu aquela louca e brigou comigo você sumiu ai do nada você aparece aqui na minha sala, não fique chateado porque eu não podia imaginar que você fosse aparecer do nada, ainda mais na minha sala em plena manhã Taylor. –falei séria e ele assentiu concordando com meus argumentos.

-Tudo bem eu sei, você está certíssima. Me perdoa. –ele falou acariciando o meu rosto. –Não era a minha intenção assustar você e eu sei que eu fui um babaca em brigar com você e sumir do nada, mais olha depois daquele dia que eu briguei com você eu tentei esquecer a nossa história, tentei deixar você ser feliz com o havaiano e fazer o que quiser da sua vida sem que eu atrapalhasse mais você, porque o que eu sentia era que eu estava sobrando completamente na sua vida Sam, eu não queria sentir isso afinal desde que você tinha voltado do festival eu e você nos aproximamos, saímos direto, ficamos algumas vezes e foi incrível, você é uma mulher maravilhosa, uma companhia adorável e eu não queria perder isso. Nós estávamos tendo algo legal e você estava deixando que eu participasse da sua vida, ai do nada aquele cara voltou e você mudou da água para o vinho e eu percebi que eu estava sobrando completamente na sua vida, que parecia que eu era só a sua válvula de escape para fugir do Bruno, que eu só servia quando você não tinha ele e eu não queria isso para mim Sam, eu também tenho sentimentos e eu não queria isso, eu sei que você nunca me prometeu nada e deixou bem claro que não queria nada sério comigo desde o começo mais eu me iludi e acabei me dando mal, ai eu tentei esquecer você, deixar você ser feliz com quem você quisesse e tentar seguir a minha vida, eu aceitei fazer viagens de negócios para a empresa e fiquei viajando por todo esse tempo que eu sumi, por isso que eu não estava mais presente na sua vida, nem tinha ligado ou mandado mensagens pra você. Quando eu voltei faltavam alguns dias para o seu aniversário e eu resolvi mandar uma mensagem pra você de parabéns, como você não respondeu eu vim até aqui, no seu escritório, para te ver, conversar com você, é só isso. –ele contou tudo o que realmente tinha acontecido e no fim eu até que fiquei com pena de tudo, eu fui meio dura com ele e se eu for pensar bem até que ele foi um cara super legal para mim quando eu precisei, esteve do meu lado, me fez companhia, o único problema dele era achar que me controlava, que tínhamos algum tipo de relacionamento sério e o maior dos problemas, que ele ficava competindo atenção e espaço com o Bruno o tempo todo e sinceramente, no momento não há espaço para competição.

-Tudo bem Taylor, eu não queria ter sido grossa eu só não esperava você aqui. –falei e ele assentiu.

-Como você está? –perguntou.

-Muito bem. –fui sincera, eu não queria esconder nada dele e criar mais expectativas, ele não merecia nada disso, ele era um cara legal e que merecia uma pessoa legal.

-É, eu imaginei. –respondeu meio estranho.

-E você? –perguntei.

-Eu ando bem, eu só ainda não consegui te esquecer. –ele também foi sincero.

-Tay, senta, vamos conversar. –pedi de coração aberto e ele assentiu sentando na poltrona na minha frente. –Você é uma pessoa maravilhosa e sabe disso, eu amei conhecer você, adoro a sua companhia e a sua amizade, mais você sabe que eu estou tendo um tipo de relacionamento com o Bruno e eu estou feliz com ele, e eu não quero que você crie alguma expectativa sobre isso entende, eu no momento estou bem como estou e quero que você também esteja, você merece alguém que corresponda os seus sentimentos Tay e eu espero que você encontre, de coração, eu sei que eu não posso te pedir para deixar de sentir o que sente ou me esquecer porque ninguém manda nos sentimentos mais eu também não mando nos meus e eu estou gostando do que eu estou tendo com o Bruno e eu não quero que nada mude, me desculpa mais eu não posso. –falei sincera.

-Sam eu não quero que você tenha pena de mim nem nada parecido, eu só queria vir aqui e dizer o que eu estava sentindo e porque que eu sumi mais eu entendo, você gosta do cara, ele gosta de você e eu não quero atrapalhar a vida de ninguém eu só quero que nós não tenhamos nenhum rancor ou ressentimento, que fique uma boa relação nem que seja de amizade entende, eu quero o seu bem só isso e se você precisar de mim, para qualquer coisa, eu vou estar aqui. –ele falou e mesmo estando sendo bonzinho demais ele parecia sincero, eu acreditava em todo aquele lado bom, que pensa no próximo e que quer o meu bem do Taylor, eu conheci o cara que era assim, ele mudou depois, mais ele era assim e eu acreditei que foi sincero o que ele me disse.

-Que bom que você pensa assim. –falei e ele se levantou, levantei junto.

-Eu vou ir agora, deixar você trabalhar porque eu também preciso ir. –ele se aproximou de mim e me abraçou. –Fica bem Sam. –falou beijando a minha testa.

-Você também. –falei, ele deu um sorriso de lado e saiu da minha sala.

“Esse dia começou com tudo” –falei comigo mesma fechando a porta da sala e respirando fundo para finalmente começar o meu dia.

[...]

-Chegamos. –o Bruno falou estacionando o carro, ele disse que ia me levar a algum lugar mais não disse onde, eu só me arrumei e entrei no carro com um frio na barriga de imaginar onde íamos, mais pelo que eu percebi, e pelo que era óbvio, era um lugar público, e dessa vez nós não íamos nos esconder de nenhum paparazzi.

-É sério? –perguntei descendo do carro e vendo onde estávamos.

-Eu não costumo brincar quando o assunto é você. –ele falou me abraçando e eu ri, apenas essa pequena demonstração de carinho entre nós dois já chamou a atenção do pessoal que estava no estacionamento.

-Que máximo. –falei empolgada e andamos até a entrada do parque de diversões, sim aquele louco tinha nos levado para brincar em um parque de diversões.

-No que quer brincar primeiro? –ele perguntou quando entramos.

-Montanha Russa. –falei rapidamente, eu era louca por altura e brinquedos radicais.

-Então vamos. –ele falou empolgado e entramos na fila da bilheteria da montanha russa e assim foi, montanha russa, carrinho de bate-bate, kamikaze, navio pirata, e depois de todos esses brinquedos que nos deixam tontos, eu realmente fiquei meio tonta e resolvemos ir na roda gigante para acalmar os nervos e a labirintite.

Mesmo com todas as pausas para tirar fotos e dar autógrafos para os fãs, mesmo com os paparazzis atrás de nós, com as pessoas nos fotografando o tempo todo, nos seguindo e entre outras coisas que acabavam um pouco com a nossa privacidade nós conseguimos nos divertir bastante e tudo estava sendo incrível, eu realmente nunca me imaginei em um parque de diversões com um famoso, muito menos com o Bruno que no caso eu era apaixonada, e tudo estava sendo incrível, divertido e apaixonante.

-Aqui em cima eu acho que ninguém vai nos seguir ou pedir fotos. –ele brincou quando sumidos na roda gigante e nos sentamos.

-Até que eu não me importo com isso, são consequências do seu trabalho mais algo bom, são seus admiradores, eu sou a sua fã e quando eu te conheci também pedi foto e autógrafo. –falei e ele concordou rindo.

-Eu não me importo nenhum pouco em paparicar os meus fãs, acho mais do que justo. –ele falou me deixando orgulhosa.

-A única coisa que me incomoda é a falta de privacidade sabe, parece que você é tipo um et que não pode ter vida social. –comentei e ele gargalhou concordando.

-Isso é verdade, mais sabia que com você ao meu lado é bem mais fácil de suportar isso. –ele falou me fazendo sorrir e sentir aquele friozinho na barriga, pela frase dele e porque a roda gigante começou a se mover.

-Eu também me sinto bem ao seu lado. –admiti.

Ele ofereceu sua mão para mim e eu segurei-a com força e assim ficamos até a roda gigante estar quase parando.

-Sam. –ele me chamou e eu percebi então que ele estava me olhando, quieto, a bastante tempo.

-Oi. –respondi.

-Eu amo você. –ele falou me deixando sem reação e incrivelmente feliz.

-Bru... –comecei.

-Não precisa falar nada, eu só precisava contar isso pra você, porque eu estou feliz de descobrir isso. –ele falou sorrindo e eu não me aguentei, não me importando se as nossas fotos estariam em todos os sites no outro dia, eu o beijei naquela roda gigante com todo o amor que eu podia, tentando mostrar pra ele que aquilo era tudo o que eu mais queria pelo maior tempo possível.

Saímos da roda gigante de mãos dadas e felizes, e ele parecia mais leve e mais sorridente desde a declaração dele.

-Vamos embora? –perguntei.

-Mais nós ainda não fomos naqueles brinquedos em que eu ganho algo e te dou um ursinho ou algo assim, que nem nos filmes românticos clichês. –ele falou me fazendo gargalhar.

-Não precisa do ursinho, nós não somos um casal clichê. –falei sorrindo. –Você dorme abraçadinho comigo hoje e fica valendo pelo ursinho. –brinquei e ele riu.

-Então vamos. –ele falou pegando na minha mão e me encaminhando a saída, e se eu achava que lá dentro a falta de privacidade estava muita, lá fora foi bem pior, péssima ideia de sair de casa sem o segurança dele.

-Bruno, olha pra cá. –um paparazzi falou.

-Bruno vocês estão namorando? –perguntou outro.

Ele não respondeu a nenhuma das perguntas tentando sair e me tirar do meio do monte de paparazzis que nos cercavam, os seguranças do parque de diversões começaram a nos ajudar a sair dali do meio em segurança.

-Bruno, o que ela é sua? –uma paparazzi perguntou e então quando estávamos quase saindo daquele tumulto de pessoas, fãs, paparazzis, repórteres e fotógrafos, ele parou de andar, virou para a mulher que o perguntou aquilo e respondeu.

-Ela é a minha princesa. –falou sorrindo e então pegou na minha mão me levando até o carro, e naquele dia, com todas aquelas declarações ao mundo de que ele realmente gostava de mim, eu tive certeza de que estava fazendo a escolha certa pra minha vida.