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História Festival de loucuras - Terceiro dia


Escrita por: TiaTefy

Notas do Autor


Olá leitoras, muitas emoções neste capítulo, no fim talvez vocês fiquem um pouco bravos comigo mais é necessário tudo isso, espero que gostem e comentem suas opiniões lá embaixo, logo virão muitas emoções e reviravoltas pela frente portanto continuem acompanhando, boa leitura.

Capítulo 4 - Terceiro dia


Fanfic / Fanfiction Festival de loucuras - Terceiro dia

Pov Sammantha on

Quarta-feira, 5 de outubro de 2016. Honolulu –Hawaii

-Acorda sua burra. –ouvi de longe a voz do Brian me chamando.

-Sam, acorda porque você precisa me dar uma explicação muito boa para eu não bater em você. –a Alisson falou e então eu me virei, abri os olhos e dei de cara com os dois ainda com suas roupas da noite passada e bravos, mais não pareciam bravos com algo que aconteceu com eles, pareciam bravos comigo, pareciam não, eles estavam, e não era pouco.

-O que foi que eu fiz dessa vez? –perguntei me sentando na cama ainda morrendo de sono.

-Quer mesmo que eu te diga? Ok, em ordem crescente, decrescente, analógica, ou por ordem alfabética que você quer que eu te diga o quanto você foi estranhamente sonsa na noite passada, tem noção do que você fez? –a Alisson falou brava.

-Vocês estão bravos assim comigo porque eu não aceitei transar com o Mars, é isso? –perguntei bufando.

-Nossa, e você acha isso pouco? –a Alisson falou brava.

-Sam, ele te chamou para ir para a casa dele, o cara esta super afim de você, tem mil mulheres lindas atrás dele o festival inteiro mais ele insiste em tentar ficar contigo, sem contar que ele é o nosso ídolo e esse é o seu maior sonho e você diz não? –o Brian falo calmo, se sentando ao meu lado, mais com um semblante duvidoso no rosto.

-Pelo jeito eu fui a única que dormi nesse quarto de hotel essa noite. –observei.

-Ok, depois falamos sobre isso, agora não mude de assunto Sam. –a Ali falou. –Pode começar a nos contar o que aconteceu na noite passada. –ela falou se sentando na cama a minha frente.

-Tudo bem, eu conto, mais vocês vão ter que me ouvir, sem criticar, sem interromper e quietos até o fim, e ai podem falar o que quiserem. –propus e ambos assentiram. –Tudo bem, foi assim...

Flashback on

Eu estava encabulada com a falta de privacidade que uma pessoa famosa tinha em fazer coisas normais como ir a lugares públicos, beber em festas e beijar garotas desconhecidas, mais quando eu comentei sobre a falta de privacidade nunca me passou pela cabeça que o galã Mars pensaria que eu estava me oferecendo para transar com ele e me chamaria para a casa dele. Ok, eu não sou nenhuma garota inocente e boba, é claro que sim, ele transa com as garotas que sai, e depois nem se lembra mais de seus nomes e rostos, ele é famoso, pode ter quem quiser, é homem e é galinha, e todos esses adjetivos não podem significar outra coisa, mais eu não sou assim, e eu ainda não sei o porque de ele estar interessado justamente em mim, mesmo com tantas garotas bem melhores, mais lindas e mais fáceis que eu ali, na frente dele, se oferecendo; mais enfim, ele escolheu a mim, e sem perder tempo me chamou para ir a casa dele. Eu não sabia o que dizer, eu sabia que tinha duas opções, dizer não e ir embora arrependida porque era fato que ele nunca mais ia olhar na minha cara depois de eu rejeitá-lo, ou, dizer sim e transar com o meu maior ídolo, mais de uma forma que seria estranha para mim, uma coisa sem sentimentos e simplesmente porque ele me acha ‘’gostosa’’ e quer curtir a noite dele, eu realmente não tenho nada contra quem transa com pessoas diferentes a cada festa, ou com pessoas que não acham isso problema nenhum, tudo bem, elas estão curtindo as vidas delas e pelo visto estão curtindo até bem mais do que eu, mais eu não sou assim e isso não entra na minha cabeça, eu transei pouquíssimas vezes sem sentimento ou com pessoas que eu não conhecia direito e eu tenho 25 anos, mais eu não me importo se isso me trás a fachada da santinha do pau oco, daquela que finge ser virgem ou o que mais que as pessoas queiram falar de mim, é apenas o  meu jeito, eu sou pé no chão e sentimental demais para ir para a cama com uma pessoa em uma noite e na outra fingir que ela não existiu e que aquilo não passou de prazer carnal, e se eu dissesse sim, seria exatamente aquilo que aconteceria, porque se eu aceitasse, eu poderia apostar todo o meu dinheiro e muito mais, que nós não ficaríamos na sala de visitas dele jogando Xbox.

-Quando você disse mais reservado eu pensei que seria aqui no festival, não um convite para irmos a sua casa. –comentei sem jeito.

-Olha, eu não mordo. –ele falou rindo com aquela típica cara de safado dele. –Eu só acho que seria legal, sei lá, é mais reservado, não tem ninguém para nos atrapalhar, poderíamos nos conhecer melhor e eu te garanto que você se divertiria. –falou com aquele sorriso de covinhas que provavelmente molharia calcinhas, mais eu estava tão indignada com a cara de pau dele de se achar o rei do mundo pegador das mulheres que eu nem consegui me iludir com o que ele disse.

Sabe quando você imagina uma pessoa de uma forma e quando a conhece de verdade e vê que é completamente diferente e desmorona? Eu me sentia assim. É óbvio que eu sabia que o Mars era pegador, safado e outras coisas mais. Mais eu sou uma fã que o idealiza, infelizmente o mundo dos famosos tem disso e pessoas normais são idealizadas, e eu o imaginava com mais sentimentos, mais coração, e não apenas uma carcaça de pessoa tarada, com uma fama mundial e a carteirinha oficial do líder máster supremo do clube pegador de novinhas a todo momento. Eu esperava mais, e não é que eu tenha me decepcionado, pelo contrário, eu fiquei feliz em descobrir que ele realmente é uma pessoa normal como eu, mais eu me senti estranha em estar diante da pessoa normal como eu, que é o meu ídolo, e que tem todos os adjetivos de safado e galinha citados acima e eu não queria isso, não aquela noite, não naquela viagem. Eu queria ir ao festival, conhecer o meu ídolo, cantar as músicas dele e levar boas lembranças comigo, quem sabe conhecer alguém legal com um papo interessante que me pagaria uns drinks, dançaríamos juntos e trocaríamos telefone, e que mesmo que acabássemos juntos na cama, por sermos pessoas normais, com vidas normais, não esqueceríamos um do outro no dia seguinte fingindo que nada aconteceu e correndo dos paparazzis que tentariam fotografar tudo, essa era a realidade da coisa. Eu queria boas lembranças, e eu não teria boas lembranças sabendo que se eu fosse para a cama com ele naquela noite, eu seria só mais uma na fila das milhares das quais ele nem sabe o nome.

-Olha Bruno eu adorei o convite, mais eu não posso, já está ficando tarde, eu acho que vou voltar para o hotel, não é que eu não queira ir com você para a sua casa mais eu não me sinto confortável pra isso, me desculpa. –falei com sinceridade e abaixei a cabeça, apesar dos pesares, eu sentia vergonha em dar um fora no meu ídolo, vendo a situação do lado de fora, eu mesma bateria na minha cara.

-Wow. –ele exclamou surpreso com a minha recusa. –Tudo bem, se você não quer eu não vou te forçar a nada. –falou meio sem jeito. –Eu vou pedir ao meu motorista que te deixe no seu hotel então. –ele falou me deixando mais sem graça ainda, eu dei um fora nele e ele fica assim todo educado? Quem é mais difícil de entender, eu ou ele?

-Imagina Bruno, não precisa, eu vou de táxi. –falei sem graça.

-A essa hora é muito perigoso, o Dre vai levar você em segurança. –ele falou chamando um homem alto, careca, branquelo e fortão na nossa direção. –Dre, por favor, leva a Sam para o hotel dela pra mim? –pediu ao homem que assentiu educado.

-Obrigada Bruno, eu não sei nem como agradecer, me desculpa de novo... –falei encabulada com a situação.

-Sam. –ele falou pegando em meu queixo e levantando meu rosto na altura do seu. –Nunca faça nada que você não queira, e nunca deixe que ninguém te obrigue a nada. –ele falou sorrindo e me deu um selinho, sorri sem graça. –Amanhã nos vemos boa noite. –completou.

-Obrigada mais uma vez e boa noite, e bom se ver os meus amigos por ai, avise a eles por favor que eu fui para o hotel, eu não quero atrapalhar a noite deles. –falei e ele assentiu.

Fui com Dre ao hotel e no caminho fomos conversando sobre coisas aleatórias, ele quis perguntar o que estava rolando entre eu e o Bruno mais além de não estar rolando nada eu não queria e nem podia expor a vida dele, por isso mudei de assunto, ao chegar no hotel, me despedi dele e subi para o quarto que era silencioso demais sem meus loucos nele.

Tomei um banho demorado pensando em toda a loucura que aconteceu desde que eu pisei nessa cidade e quando eu deitei a cabeça no travesseiro, eu estava me sentindo confusa, a frase do Phil não saia da minha cabeça: “Sam, você tem que aproveitar as oportunidades que a vida te dá”; eu não havia feito isso essa noite, e a minha mente estava com a consciência limpa, mais o meu coração de fã e garota iludida pelo galanteador lindo e barato, assim como o meu corpo que se arrepiava só de pensar nele, bom, esses não estavam nem um pouco em paz consigo mesmos.

Flashback off

-Foi isso. –falei ao terminar.

-Wow, me desculpa por ter brigado com você. –a Ali falou sentando do  meu lado e eu ri.

-Tudo bem, eu estou com vontade de brigar comigo. –falei.

-Mais você se arrependeu de não ter dormido com ele? – Brian perguntou.

-Na verdade não, eu me arrependi porque agora que eu dei um fora nele não vai mais rolar nada entre nós e sei lá, eu estava curtindo. –comentei sem graça.

-Esquece isso Sam, você é linda e merece caras melhores, o galinha do Bruno só é bom no palco cantando, você estava certa em recusar se não queria ser só mais um nome na lista dele. –ela falou séria e eu ri da sua mudança rápida de opinião.

-Ok, vamos esquecer Bruno Mars, eu quero é que falem onde vocês dois dormiram essa noite. –falei e eles sorriram com cara de quem tinha aprontado.

-Fomos para o hotel dos meninos, dormimos lá, é tudo magnífico, um luxo, e a noite foi incrível, amiga o Ryan, Jesus me abana com aquele homem em um quarto. –a Ali comentou e eu cai na gargalhada, ela ao contrário de mim, não tinha nenhuma dificuldade em transar com caras no primeiro encontro.

-E o Conner, aprovado? –perguntei ao Brian que sorriu tímido.

-Ele é maravilhoso, em todos os sentidos. –ele falou e eu sorri.

-Só acho que isso vai durar mais que um festival. –comentei e eles riram.

-Bom o Ryan me pega sempre que quiser e ele sabe disso. –a Alisson comentou e nós rimos.

-Sua safada, vocês precisam tomar um banho e dar uma dormida que eu sei que não fizeram isso, ainda está cedo o festival vai demorar para começar. –comentei e eles assentiram. –Ah e aproveitando que vocês vão descansar, eu vou voltar a dormir. –falei deitando de novo e me cobrindo.

-Sua mala. Só vou deixar porque eu estou feliz. –o Brian falou batendo na minha bunda, ri me virando de lado e tentando dormir de novo, eu não sabia se queria ir ao terceiro dia de festival, quando eu tinha acabado de dar um pé na bunda do grande motivo de eu estar naquele festival.

[...]

Chegamos ao festival e fomos direto para a nossa área vip que ainda era estranha para mim, logo vimos o Conner que conversava com o pessoal da equipe do galinha Mars, quer dizer do Bruno Mars. Eu estava feliz pelos meus amigos estarem se divertindo bastante aqui, por terem encontrado pessoas legais com quem valia a pena curtir os dias no Hawaii, mais eu não dava a mesma sorte, eu até podia ser considerada exigente demais, mais não era isso, eu só queria alguém que me respeitasse e não que quisesse me levar para a cama sem mal me conhecer.

Hoje pelo que eu fiquei sabendo o show abriria novamente com o Bruno e ele cantaria na parceria de uma banda de rock, os shows hoje eram maravilhosos e eu estava decidida a não sair daqui até o último acabar, eu queria curtir de verdade esse festival, coisa que eu não fiz desde que fui apresentada para o Bruno como a mais nova carne do pedaço a qual ele iria comer, e agora que ele não ia mais olhar para a minha cara depois de eu ter dado um fora nele eu queria curtir o festival e aproveitar cada momento dele, eu não me importaria nem um pouco em hoje por exemplo sair carregada para o hotel depois de ter bebido todas, pelo menos eu saberia que tinha aproveitado o meu dia e o meu dinheiro gasto nisso; agora vir para cá e ficar na aba dele, sair mais cedo porque eu dei um fora nele e pegaria mal continuar no festival, para mim isso não é nada divertido e animador e eu estava ficando cansada dessa ladainha toda, eu nunca me ofereceria para cara nenhum e se ele pensa que eu sou como todas as outras garotas que ele da um sorrisinho de covinhas e elas estão na cama dele com as pernas abertas, ele está bem enganado com isso.

-Então você é mais difícil do que todos pensavam. –o Conner comentou ao me ver e foi repreendido pelo Brian que me olhou sem graça, ele sabia que eu não queria mais falar desse assunto, mais eu sabia que ninguém deixaria isso passar, na cabeça de todos que conhecem o Bruno, eles acreditam que ele nunca vai levar um fora e que é um privilégio ir para a cama com ele, mais para a surpresa de todos que pensam assim, eu não acho isso privilégio algum.

-Por quê? O seu amiguinho maravilhoso nunca levou um fora na vida? –falei bufando, porque os homens acham que nunca podem levar um fora? Por Deus esse pensamento é cavernal.

-Olha, que eu saiba você foi a primeira. –ele falou rindo.

-Obrigada, isso é um elogio pra mim. –falei irritada, se era para ser a garota difícil que deu um fora no famoso que todo mundo quer, então eu ia ser.

-Os caras zoaram bastante ele por isso. –o Conner comentou rindo.

-Aposto que ele não se importou com isso e transou com metade da festa ontem. –falei e vi o Conner se envergonhar, é óbvio que eu estava certa. –Agora por favor Con, eu não quero falar nisso. –completei.

-Ok, me desculpa, é que eu fiquei surpresa pelo que aconteceu, você é fã dele e normalmente isso é tão fácil para ele. –comentou e eu vi que ele não falava por mal, é porque realmente o Bruno sempre tinha tudo e todos o que queria, na hora que queria e o não ontem foi surpresa para muita gente.

-Antes de ser fã dele eu sou uma pessoa que tem ideia de certo e errado, que tem seus preceitos e sou bastante pé no chão, se ele queria uma menininha qualquer para transar pagasse uma prostituta, eu não sou isso. –falei séria.

-Me desculpa de novo, eu não queria que pensasse isso, bom eu... –falou se jeito.

-Tudo bem Conner, a culpa não foi sua, relaxa, mais por favor, não fala mais nisso. –pedi e ele assentiu. –Cadê a Ali? –perguntei ao Brian que ouvia a nossa conversa quieto, abraçado ao Conner.

-Ela foi para o camarim dos meninos atrás do Ryan enquanto vocês falavam sobre aquele assunto. –ele falou e eu ri, o Brian era radical quando se pedia para ele não falar mais sobre algo.

-Que rápida ela. –falei rindo. –Bom, vão se divertir vocês dois, eu não quero ser empata foda de ninguém. –brinquei e eles assentiram, o Brian me deu um beijo na bochecha e saiu com o Conner pela área vip e eu fiquei sozinha, olhando lá de cima o palco e a lotação de pessoas que pareciam se divertir lá embaixo, que pareciam estar tão alheias em quem era de verdade o cara por quem elas gritavam um eu te amo quando ele aparecia no palco, mais eu não queria desiludir ninguém, já basta eu.

-Senhorita Collins? –ouvi uma voz grossa e me virei, era o Dre, o cara que tinha me levado ao hotel na noite passada.

-Me chame de Sam, Dre. –falei e ele sorriu.

-O Senhor Bruno pediu para que você fosse até o camarim dele. –ele falou e eu franzi a testa, arregalei os olhos e comecei a soar frio, o Bruno tinha problemas?

-Eu? Você tem certeza? –perguntei e ele riu.

-Absoluta, ele disse que está te esperando. –falou e saiu e eu fiquei ali paralisada, pensando no que fazer. Eu jurava que essa merda toda tinha acabado ontem anoite mais ele insiste em continuar, se eu não fosse e fingisse que nada tivesse acontecido eu teria paz, mais se eu fosse talvez as coisas ficassem bem e ele se desculparia por ter sido inconveniente ontem, talvez ele tinha bebido demais mais não quis ser indecente e me levar para a cama, ou talvez ele tenha mudado de ideia e queira me conhecer melhor, ser um cavalheiro, educado e simpático com as mulheres, talvez...

E com tantos talvez na cabeça, eu resolvi ir lá para saber o que é que ele queria, mesmo arriscando tudo o que eu tinha colocado na cabeça que faria, mesmo sendo diferente do meu plano de curtir a vida no festival e esquecer o galinha do Mars, eu não sei porque, mais eu queria mesmo que eu fosse até lá e ele me provasse que não era como eu estava pensando que ele era, que ele era melhor.

Cheguei no camarim e ele estava de pé encostado na parede, brincando com as cordas da sua guitarra, o camarim estava silencioso e cada um estava sentado ou deitado em um canto quietos com seus pensamentos.

-Olá meninos. –os cumprimentei no geral, ao Bruno ouvir a minha voz ele levantou a cabeça e sorriu ao me ver, gelei.

-Que bom que veio. –falou largando a guitarra na poltrona ao lado, caminhei até ele. –Quando eu vi a Alisson aqui com o Ryan pensei que não iria vir me ver. –falou educado e realmente parecia que nada tinha acontecido.

-Eu pensei que você estava bravo comigo. –confessei sem graça.

-Porque eu estaria brava com você linda? O que eu te disse ontem era sério, você não pode fazer algo que não quer, então eu não tenho motivos para estar bravo com você. –ele falou educado e sorrindo e eu desmoronei, eu não sabia mais o que pensar. –Você é uma garota especial, diferente, eu tenho que ir devagar com você. –ele falou sorrindo. –E eu não estou com pressa. –concluiu e eu sorri de nervoso sem saber o que falar.

-Bruno, 10 minutos para entrar. –o Ryan gritou da porta, olhei para ele e a minha amiga estava do seu lado com um largo sorriso no rosto.

-É melhor eu sair daqui, não quero atrapalhar. –falei.

-Eu acho que posso fazer uma coisa em 10 minutos. –falou se aproximando de mim, eu podia sair dali e realmente esquecer tudo, mais quem disse que eu queria, meu corpo se arrepiou quando suas mãos tocaram as minhas costas e com os rostos tão próximos um do outro ele me beijou e eu correspondi, e foi muito, mas muito bom.

Paramos o beijo por falta de ar e ele sorriu para mim, eu ainda me sentia sem graça e sem jeito perto dele e não sabia como agir.

-Nos vemos depois do show? –perguntou acariciando minha bochecha com o dedão.

-Nos vemos depois do show, eu venho aqui. –falei sorrindo.

-Ótimo. –ele falou, me deu mais um selinho e se reuniu com os caras da banda para entrarem no palco, aproveitei a deixa e sai do camarim para ver o show tão aguardado, a Ali e o Ryan e o Conner e o Brian estavam me esperando do lado de fora e me olharam com sorrisinhos no rosto quando eu sai de lá, os ignorei e fomos para o melhor lugar para ver o show, meu coração ainda estava acelerado por causa do beijo e por tudo o que aconteceu, eu não sei se era o certo ou não, mais a minha vida dava reviravoltas tão rápido que o máximo que eu podia fazer, era aproveitar.

[...]

O show dele acabou e foi maravilhoso, ok, confesso que eu nunca tinha me divertido tanto na vida quanto naquele festival, eu pulei, dancei e gritei tanto que estava rouca e suada, mas feliz, até em um momento do show eu estava lá cantando e gritando como uma louca e a Alisson jura de pé junto que viu o Bruno olhando na nossa direção e rindo da minha euforia, eram esses momentos em que ele se mostrava um cara normal, do bem, que fazia as pessoas felizes com a sua música, um cara divertido, simpático, bem educado, gente boa, esses momentos que mostravam que ele era mais do que a carcaça de uma pessoa famosa sem respeito pelas pessoas, esses momentos que me faziam suspirar por ele, me iludir com toda a baboseira que  uma fã sempre pensa em ter momentos especiais com o ídolo, eram esses momentos que me faziam louca pelo Bruno de verdade, o Peter Gene, não o Bruno Mars.

-Vocês combinaram de se ver depois do show? –a Alisson perguntou.

-Combinamos sim. –respondi sorrindo.

-Então vamos entrar lá comigo porque deve estar um tumulto por lá, eu tenho que ir lá de qualquer jeito e vocês já entram comigo. –comentou o Ryan e assentimos. Ele estava certo, estava uma multidão na porta do camarim do Bruno querendo entrar, tirar uma foto com ele, pegar um autógrafo ou lhe dar um abraço, e conseguimos passar junto com o Ryan por aquela porta por causa da ajuda dos seguranças do Bruno e da banda dele, que não eram poucos.

Entramos e os meninos estavam sentados nos sofás da entrada rindo e conversando sobre o sucesso dos shows.

-Agora o camarim ficou mais bonito. –falou o Jamareo nos fazendo rir.

-Infelizmente as moças bonitas não vieram nos ver, certo? –brincou o Kameron.

-Sam, Ali, diz ai, vocês tem umas irmãs ou primas lindas para nos apresentar né? –perguntou o Phred.

-Ter a gente tem, mais elas estão em Los Angeles, aqui para o Hawaii só viemos nós duas e o Brian. –respondi e ri da cara deles de tristeza.

-Bom, nós todos moramos em Los Angeles então quem sabe não nos esbarramos por lá e ai vocês arranjam umas garotas lindas e educadas como vocês para nós. –falou o Jam e os caras riram.

-Pode parar com os elogios rasgados que essa aqui é minha e a baixinha é do chefe. –o Ryan falou e nós rimos.

-Ignorem esses idiotas meninas, só falam besteira, parecem que estão no cio. –brincou o Phil e eu cai na gargalhada.

-Onde o Bruno está? –perguntei.

-Ele está lá no fundo, foi pegar um CD para autografar para uma fã nossa que é conhecida dos meninos. –comentou o Eric, irmão do Bruno, pode ir lá.

-Não, eu espero, ele está com a fã, não quero atrapalhar. –falei.

-Eu te garanto que você não atrapalha ele. –o Phred falou malicioso e eu sorri sem graça, realmente todos eles pensavam só em conhecer mulheres bonitas e levar elas para a cama, mais eu nem me achava bonita o suficiente para isso e muito menos era qualquer uma.

-Vai lá amiga, a gente te espera aqui. –a Ali falou e eu assenti indo para a parte de trás do camarim, eu sempre vi aquela porta lá mais não sabia que dava para outro cômodo tão grande, era como um pequeno apartamento, com uma salinha na entrada, banheiro, uma mini cozinha e um quarto, tudo em um cômodo, mais elegante e chique demais para um camarim. Ouvi risadas e soube que eram do Bruno e da fã e que vinham do quarto, continuei andando até lá e eu realmente não queria atrapalhar mais queria dizer a ele que estava ali como combinado, eu não queria dar mais um fora nele como na noite passada.

E então eu cheguei onde os sons vinham e ao me virar depois da enorme estante com instrumentos musicais eu os vi em um sofá cama, se agarrando, ele estava deitado por cima dela a beijando e ela se contorcia por baixo dele, uma mulher linda, morena com um corpo torneado, completamente diferente de mim, muito mais bonita, muito mais segura e muito mais mulher. Eu não sabia como reagir ao ver ele praticamente transando com outra na minha frente, quando a menos de horas antes ele disse que queria me ver depois do show e me conhecer melhor, exclamei um som de surpresa que chamou a atenção dos dois. Ela me olhou com cara de surpresa, provavelmente por se perguntar o que eu fazia ali e o cafajeste sorriu, debochando da minha cara. Era de se imaginar que tudo estava normal demais, o rei do mundo levaria um fora e deixaria isso a limpo? Óbvio que não, ele tinha que dar um troco em mim, ele tinha que se vingar, me fazendo ir atrás dele e encontrá-lo transando com outra, ele era um infantil, idiota, imaturo, idiota e muito mais muito idiota, sem contar o babaca. Eu sentia meu sangue ferver pela humilhação que eu estava passando, mais eu não era nada mais que o casinho da noite passada e a menina burra que ele iludiu, então reuni todo o orgulho que eu ainda tinha e  me virei as costas para sair dali, ao me virar e ir andando até a saída ouvi meu nome.

-Sammantha, você já vai? Não precisa ir agora, pode ficar aqui, se quiser curtir com a gente também, sempre cabe mais um na brincadeira. –falou sarcástico e eu senti vontade de vomitar.

-Vai a merda Bruno. –falei ainda de costas.

-Eu não entendi o porque você está brava, você não quis dormir comigo ontem, então achei que não ia se importar se eu fizesse isso com outra mulher, afinal você não quer, mais se mudar de ideia, eu estava falando sério sobre caber você aqui na nossa brincadeira, a morena aqui vai adorar ter uma garotinha inocente para ensinar. –continuou com o deboche.

-Não me procura mais, por favor. –falei ainda de costas e andando até a saída.

-Ninguém nunca me obriga a fazer o que eu não quero esqueceu? Eu te disse isso. Eu queria transar com você e você não quis, agora eu quero pegar outras garotas e te dar o troco e você não vai me impedir a isso, é simples, lógica básica. Você não é a única mulher desse festival sabia. –ele falou.

-E você não é o único homem no mundo, então abaixa a sua bola, eu fui a primeira a dizer um não na sua cara e aceite isso, porque eu não me arrependo nem um pouco, você é um idiota egocêntrico, que tem tudo o que quer a hora que quer, mais a vida não é assim, as pessoas não estão a sua disposição para você brincar com elas e jogá-las fora, um dia essa fase de que as pessoas deixam ser usadas por você vai acabar e você vai precisar de algo sólido nessa merda da sua vida, você não vai passar a vida inteira fazendo merda e cachorrice e todo mundo passando a mão na sua cabeça e quando isso acontecer, você vai cair do cavalo, porque você não vai ter ninguém do seu lado para te apoiar, te ajudar, cuidar de você, não vai ter ninguém do seu lado para nada, porque você vai ter jogado todo mundo no  lixo depois de usar as pessoas e ai você vai perceber o quão idiota, babaca e ridículo você foi o tempo todo. Se o seu pai, os seus irmãos, os seus amigos e as vadias que você come fazem tudo o que você quer agora, ótimo, aproveite, mais um dia isso vai acabar, e quando acabar eu espero que você lembre do que eu vou te dizer agora, você vai se sentir no fundo do poço e vai perceber que só fez merda a vida toda, e quem não planta bons frutos não colhe nada, e sinceramente Bruno, para que uma vida de luxo, bebida, mulheres e humilhação com os outros, se você vai terminar essa merda toda sozinho e infeliz? –falei irritada com ele que me olhava com os olhos arregalados de quem nunca tinha ouvido um sermão na vida, me virei e andei até a porta a fechando com força e saindo dali como um furacão, eu nem se quer olhei para a cara de  ninguém no camarim que com certeza me olhava querendo saber o que tinha acontecido.

Peguei o primeiro táxi que vi pela frente e fui para o hotel, eu não queria falar com ninguém sobre isso ou ver ninguém eu só queria esquecer toda essa merda, eu queria realmente aproveitar o festival, esquecer que o Bruno existia e esquecer junto toda a humilhação que ele me fez passar, eu não ia me vingar dele ou coisa parecida, eu só ia curtir a minha vida, eu não ia chorar pelo ídolo idiota e egoísta que fez o que fez comigo, eu só ia apagar completamente as lembranças ruins dele da minha memória, curtir até os últimos dias desse festival, ir embora para Los Angeles e continuar vivendo a minha vida e sendo uma pessoa melhor do que ele é, do que ele foi comigo e com certeza com outras garotas também, e eu ia ser feliz, ia encontrar pessoas legais e merecer um relacionamento com alguém legal, mais eu não ia me rebaixar a humilhação de um famoso cantor mimado que não tem limites.


Notas Finais


E ai o que acharam do capítulo? O Bruno sempre teve tudo depois que ficou famoso e para se vingar fez toda essa maldade com a Sam, o que ela vai fazer agora? Será que ela vai voltar atrás dele mesmo assim? Será que agora cada um vai para um caminho diferente? O que será que o Bruno pensa disso tudo? COMENTEM, o próximo capítulo será de uma visão do Bruno, beijocas.


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