Acordei algumas horas depois em cima do seu peito, sua respiração era tranquila, o que significava que o mesmo ainda dormia... Sei que tenho que parar com essa mania de dormir na casa dele, daqui há pouco sou expulsa, imagina só o mico?
Se for servir de desculpa, temi me mexer a acordá-lo, sei como é chato ser acordada fora de hora, ele com certeza não gostaria; assim teria tempo de analisar a situação única em que me encontrava:
Estava cada dia mais me apegando a esse ser loiro e perfeito, sei que pra ele é só sexo e, fala sério, disso ele entende bem! Acho que posso contar nos dedos as vezes em que um homem fez de tudo pra me agradar e nem estou falando do jantar; suas carícias me levam a um estado de prazer absoluto.
-Babando de novo, Ka? Ele falou de repente me assustando um pouco.
-Ka? Respondi rindo.
-Apelido carinhoso... Ele falou simplesmente.
-Gostei mas já chegamos nesse nível?
-Chegamos, pode me chamar de Thoso.
-Bem apropriado...
-Sabia que você só queria meu corpo nu!
-Besta... Olha, desculpa ter dormido de novo.
-Tudo bem, eu te dei uma canseira mesmo...
-Seu safado! Falei dando um tapa nele de leve.
-Sua gostosa! Ele falou trocando nossos lugares, ficando em cima de mim.
-Thomas, eu...
-Thoso... Ele disse tomando meus lábios.
-Thoso, é sério, eu tenho que ir agora. Falei ofegante enquanto ele alcançava uma parte sensível do meu corpo.
-São duas da manhã, fica aqui.
-Você só quer meu corpo nu! Falei o imitando e logo depois me abandonei em seus braços.
Depois de outra rodada de prazer intenso ele me deixou sair da cama, aleguei ter que ir ao banheiro e resolvi me analisar em frente ao espelho, pude notar um brilho diferente nos olhos que nunca tive antes, não depois de crescida.
-Demorou Ka, resolveu fugir de mim? Ele perguntou do quarto.
-Eu precisava muito de um banho mas estou sem roupa limpa, não sabia que seria a sobremesa!
-Ainda tem roupas da minha ex-mulher no armário, pode pegar se quiser.
Assim o fiz e tomei o banho, a roupa ficou meio grande para o que eu costumava usar mas era confortável. Voltando pro quarto vi que ele não estava mais lá, então o procurei na cozinha, onde ele preparava o café.
-Se tomar meu café eu te deixo ir.
-Até parece que estou presa aqui. Falei em tom de brincadeira.
-Estou pensando na sua integridade física, se continuar aqui eu te pego de novo!
-Safado... Falei e tomamos café conversando normalmente, quem visse de longe acharia que somos bons amigos.
-Thoso, posso fazer uma pergunta?
-Claro, quantas quiser.
-Como é estar apaixonado?
-Que conversa estranha é essa?
-É que nunca aconteceu comigo, queria saber o que se sente e tal...
-Saiba que é uma bela porcaria! Ele falou parecendo irritado.
-Nossa, por que?
-A gente vive em função da outra pessoa, faz tudo por ela, dá o seu melhor e no fim o quê a gente ganha? Nada! Porque a outra pessoa nunca vai sentir o mesmo pela gente.
-Nossa, se o amor é assim então eu nunca vou me apaixonar! Falei sem saber como reagir.
-Por isso eu prefiro sexo, a gente dá e recebe... Todos ficam felizes pois não há ilusões!
-Que bom que não temos com quê nos preocupar, não é?
-A gente não se ama, ainda bem.
-Ainda bem que somos só amigos. Falei com o coração apertado.
-Amigos coloridos! Ele disse me abraçando enquanto eu escondia minha vontade de chorar.
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