História Fifty Shades Of Ereri - Rude Boy

O empresário de 1,60 de altura, atravessa a recepção de sua grande empresa, com sua maleta em mãos. Um olhar sério e gélido tomava conta de sua feição, juntamente com seu cansaço eminente. Logo sua recepcionista o chamou a atenção:

- Bom dia, Sr. Ackerman! - A ruiva exclama em um grande sorriso

- Bom dia. Petra. - Levi responde a mulher com uma voz grossa e apática, logo, nem olhando para sua cara.

Ele caminhou calmamente até o elevador, e apertou o botão do vigésimo quarto andar, local onde ficava seu tão arrumado escritório. A porta se fechava, quando uma silhueta atrapalhada gritou enquanto atravessa a porta giratória da entrada:

- Segura, por favor! - Levi não fez nada, ele nem estava se importando com aquele rapaz, não dava a miníma. O garoto, certamente mais novo que ele, entrou no elevador, e o Ackerman logo se sentiu inferior, aquele garoto era muito mais alto que ele... - Bom dia! - Ele exclamou em um sorriso, porém Levi não o respondeu. 

Ele estava realmente interessado na caixa que o maior carregava aquilo estava lhe dando uma pura agonia. Poeira e desorganização, para o empresário, aquilo era o fim do mundo. Dentro do elevador, Levi pôde sentir que a figura a seu lado queria falar alguma coisa, porém, sua presença intimidadora o impediu. O dois dentro do elevador parecia uma eternidade chegar a seu escritório. O garoto mais novo batucava seu pé no tapete do pequeno local, e Levi logo pôde notar que ele estava nervoso.  Ele olhou e olhou o menor, da cabeça aos pés, dos pés a cabeça. Um paletó amassado e um laço de gravata malfeito, Levi certamente sabia que ele havia saído atrasado, aquilo para ele, era um traste.

Logo, o elevador parou, e o empresário saiu, ignorando mais um “Bom Dia!” do garoto. Ele nem sequer olhou para trás para observa-lo.

Andou até seu escritório, e despejou sua maleta em cima de sua escrivaninha, observando uma pequena papelada na mesma. Ele logo olhou todo o escritório, com um olhar enfurecido e antes que percebesse uma figura loira já havia adentrado seu território:

- S-S-Senhor Ackerman! M-Mil Desculpas!

- Armin, posso saber o que estas pastas estão fazendo em cima do meu local de trabalho? – Ele pergunta, apontando para os arquivos amarelados.

- Desculpe senhor, eu...

- Sem desculpas. Recolha isso e saía.

- S-Sim senhor...

Armin recolherá aquela multidão de pastas e sairá com dificuldade pela estreita porta envidraçada de seu chefe, derrubando alguns arquivos, diga-se de passagem.

Aquele estava sendo um dia péssimo para Levi, o clima estava frio e o céu fechado. Não que ele gostasse do calor, de maneira alguma, ele detestava o calor, mas... Aquele dia estava muito diferente. Uma sensação estranha lhe percorreu o corpo de repente e ele não sabia o que diabos era. Ele detestava não saber das coisas, simplesmente detestava.

Com a ponta dos dedos sob o teclado, ele digitava com rapidez, olhando e copiando arquivos. Ele estava muito concentrado em seu trabalho, para pensar no que seria aquela sensação. Ele estava noivo, sim ele estava noivo, mas não podia pensar em Mikasa agora, estava concentrado demais em seu trabalho, querendo ou não, no fundo, Levi sabia que ele amava mais seu trabalho do que Mikasa, mas ele não podia fazer nada a respeito disso.

Mesmo sua sala sendo espaçosa e organizada, suas paredes era de vidro, exceto pela parede atrás de si, que era de concreto e possuía uma pequena janela, que dava para uma visão nublado e cinzenta da rua abaixo de si, mas ele a mantinha fechada, com a ajuda de sua persiana branca.

De dentro de seu escritório, Levi ouvia alguém chamar por nomes, mas como sempre fazia, ignorou, mas ele por algum motivo, ele se sentiu curioso, e deu uma leve olhada para fora, fazendo com que seus acinzentados olhos, pudessem escancear o local rapidamente, para que pudesse voltar as suas atividades. Talvez ele apenas estivesse preocupado com sua empresa e seus funcionários.

Olhando para fora da parede de vidro, ele pôde ouvir o nome “Eren Jaeger” e Levi podia jurar que aquilo lhe soava familiar. Na hora, vamos dizer que ele tomou um susto. Ele observou aquele mesmo garoto, que agora podia chamar de Eren, no elevador. Olhos azuis esverdeados e cabelos castanhos escuros, por volta de 1,80, Levi novamente o olhou de cima abaixo, se distraindo mais uma vez com a figura do garoto e perdendo o foco de seu trabalho.

Levi se convenceu para se concentrar mais. Aquele não era ele. Ele devia se concentrar mais, se esforçar mais e parar de ser curioso.

O tempo passará rapidamente, e ele não notara a saída do garoto moreno. Ele apenas estava interessado na tela de seu velho computador, porque, mesmo sendo um empresário, ele gostava de organizar suas coisas a seu modo, então, nunca deixava que outras pessoas organizassem seu velho computadorzinho por ele.

Ele levou o copo de café descartável ate sua boca, enquanto observava todos os seus arquivos, já recém-arrumados. Aquilo lhe dava um grande orgulho. Ele juntou suas coisas, e percebeu que já podia sair já que sua tarefa esta concluída. Abriu a porta envidraçada, e atravessou as demais mesas, recebendo várias despedidas, e como sempre, não as respondeu.

Desceu novamente o elevador, bebendo seu café como sempre, e recebeu mais uma despedida de Petra, como de costume, porém naquele dia, decidiu deixar com ela seus arquivos já que iria viajar a negócios, e precisava de alguém que tomasse conta de suas coisas, e essa pessoa era Petra. Lhe entregou todos os seus papéis, e pediu que os deixasse do jeito que os entregara, pegou seu café em cima da bancada e se distanciou vagamente da recepção e fora em direção a porta de saída.

Agora sim poderia ir para casa, descansar. Quando estava saindo, aquele mesmo garoto trombou com ele, fazendo com que todo o café do empresário sujasse seu terno.

- A-Ah! – Jaeger exclamou em um pequeno ruído – D-Desculpe senhor Ackerman, foi sem querer, eu não vi o senhor! – Ele argumentava, enquanto o menor deu um suspiro. – P-Por favor, desculpe. – Ele continuou e entregou a Levi um pedaço de papel umedecido que estava dentro de uma caixinha em seu bolso.

- Não foi nada. – Levi respondeu, em fingimento. Ele na verdade, queria acabar com Eren.

- Realmente me desculpe, eu não havia vis...

- Eu já disse que não foi nada, esqueça.

- S-Sim senhor. – O maior responde, enquanto que o empresário se distância – Mas eu poderia ao menos pagar um café para o senhor como forma de desculpas?