História Fifty Shades Of Ereri - Undiscovered

As vezes a opinião das pessoas é engraçada... Ou melhor, muito engraçada! Era o que Levi Ackerman pensava no momento enquanto estava sentado na maca da enfermaria dentro de sua empresa, o que ele julgava desnecessário.

As palavras de Eren em "Pegue alguém do seu tamanho" o fez ficar pensativo.

Aquilo era uma alegação que ele era menor que Erwin em termos de altura - o que não deixava de ser verdade - e que Eren havia o chamado de baixinho, ou ele tentou dizer que Levi não dava conta? Bom, ele nunca iria saber.

O Ackerman pensava consigo mesmo se fora muito piedoso em relação a Erwin. Ele geralmente não era.

Embora ele detestasse Eren, Ele teria de dizer obrigado, afinal, ele foi quem o salvou, e Levi não estava gostando nem um pouco dessa ideia.

Ele já estava em completo estado de transe e se ele visse Eren agora, quem poderia assegurar que ele não cairia desmaiado na maca?

- Vamos com calma, chefe. Com. Calma. - Hanji disse enquanto terminava de costurar o corte que Levi havia feito na testa. - Sabia que agredir funcionários não é legal? Isso pode te custar um processinho. O Erwin quebrou o nariz! - Ela diz. Em seguida, foi para perto do rosto de Levi, que se impulsionava para trás com os olhos arregalados. Hanji, em grande sorriso pergunta - Como você quebrou o nariz dele? - Ela ri.

- O quê? - O menor exclama - Eu não quebrei o nariz de ninguém.

- Sério? - Ela diz sarcástica - Então nós temos uma força sobrenatural quebrando narizes sobrenaturalmente?!

- Não fui eu. - Levi pausa. Olhando para o chão​ com os olhos semicerrados ele finalmente fala - Foi o Eren.

- Uwaaa! É sério?! Aquele novato?! O novo?!

- ... É.

- Nossa! Que demais! Você sabe que ele é seu admirador secreto, né?

-... Isso é muito infantil.

- Sério Levi! Que demais! Ele te admira taaantooo! - O moreno faz pouco caso e dá ombros enquanto a mulher abraçava-se

- Que seja. Isso é inútil de qualquer forma. - O empresário responde desviando o olhar irritado.

Levi se irritava muito quando Hanji começava a falar pois ele sabia que nada iria faze-la calar a maldita boca.

Ele pensava: Por que não demitir logo Eren? Não demonstrou o mínimo de potencial no ramo econômico. Não merecia estar nas Empresas Ackerman.

Empresas Ackerman... Se chamava na verdade de "Ackerman Economic Company". Ela foi fundada por Levi. Sem antecedentes. Sem avós ou país ricos. Ela era uma empresa recente, se formando aos poucos e agarrando sua posição no topo, que era o que Levi queria e era o que ele iria conseguir eventualmente. Era uma concorrente à altura da prestigiada "Horse", empresa ligada a agropecuário e agricultores, comandada por Jean Kirsten. Nunca se deram bem. Nem em reuniões, nem em encontros ou festas. Levi o detestava.

Há alguns meses, o noivo do Sr. Kirsten, Marco Bott, morreu em um acidente. Ninguém nunca soube realmente o que aconteceu com ele, nem mesmo a perícia criminal.

Mesmo que Levi não se pronunciasse em relação a aquilo, ela achava uma lástima. Parece triste quando você está prestes a se casar e seu parceiro morre? É. Foi triste e lamentável para Jean. Talvez isso explique o porquê de agir como uma criança e com tanta infantilidade.

Ao contrário do Ackerman, Jean já estava destinado a ser dono das empresas Horse. Seu pai morreu bem cedo, mas em compensação, sua mãe assumiu seu cargo e antes de se aposentar, passou a posse da empresa para o Kirsten. Levi as vezes se perguntava sobre o que ele ganhava e perdia durante seu tempo de vida, no qual ele julgava tão patético e usual. As vezes as pessoas estão entrelaçadas a seus destinos e não há nada que vá impedir que aquilo ou isso aconteça. No entanto, se a vida explicasse tudo com clareza, as coisas iriam ser mais simples, mas ao mesmo tempo, seria tão sem graça!

- Pronto, Levi! - Hanji disse, ajeitando o band-aid​ na parte superior da fina sobrancelha de Levi. - Apenas alguns diazinhos e você já poderá lançar de novo aquele olhar mortal! - Ela fala dando ênfase a suas últimas palavras - Muahaha! - Ela força a risada enquanto o empresário lhe encarava confuso, com olhar de incoerência.

- Tudo bem. Obrigado... Hanji. - Ele diz, revirando os olhos e indo em direção a porta da enfermaria.

- Chame aquele novato pra sair! - A mulher grita, escondendo-se atrás da porta esbranquiçada que rangia um pouco enquanto via o Ackerman se distanciar aos poucos pelos corredores - Ele sim vale a pena!

- Claro.

A morena fecha a porta com delicadeza, enquanto estufa o peito.

- Que casal mais lindo! - Ela diz, cantarolando alegremente enquanto dava giros pelo escritório.

O dia fora um quanto tanto agitado para os funcionários do vigésimo quarto andar, local onde ficava a administração da Ackerman Economic Company e onde estava localizado o escritório do Capitão Levi Ackerman. A mesa de seu esforçado soldado Armin Arlet, o escritório de seu ex que mais lhe enchia do que o deixava em paz, Erwin Smith e do mais novo e fiel pet que Levi poderia ter, Eren Jeager.

Ao sair da enfermaria e escritório de Hanji, seus olhos frios se encontraram com a imensidão esverdeada dos de Jaeger. Meu Deus, como aqueles olhos eram brilhantes, esperançosos e apaixonados.

Levi encarou os olhos de Eren por alguns segundos, o que foram os segundos mais satisfatórios possíveis depois de um dia difícil de trabalho. Ele se perdeu entre as árvores de esperança e paixão dentro dos olhos do moreno. A pele bronzeada, os olhos esmeralda, o cabelo repicado acastanhado... Tudo fazia com que Eren Jeager fosse o perfil perfeito para chamar a atenção de Levi.

As mãos do menor se levaram até os bolsos. Punhos fechados e nervosos. Tudo desapareceu quando ele olhou para aquele secretário.

De alguma forma, ele sentia que estava fazendo algo errado e se sentia péssimo, mas seu corpo parecia anestesiado, dopado, ele só sentia a ponta da lâmina de preocupação e prudência rasgar seu peito, mas logo ela sumia quando todo o peito relaxava em movimentos rápidos nervosos.

Eren se sentiu nervoso. Sua vontade era de agarrar Levi e apenas "sumir" com ele dentro de alguma sala ou até mesmo do minúsculo elevador. Ele não queria conversar. Queria bagunçar o escritório de Levi​ e depois varrer a sujeira para debaixo do tapete. Ninguém precisava saber!

Parece um sentimento inusitado não? Se conheciam a tão poucos dias e esses sentimentos loucos invadiam a cabeça de ambos de formas tão diferentes... A cada dia, vamos descobrir alguma coisa...

Jaeger depois de tanta insistência do coração teimoso, deixou Levi o encarando enquanto atravessava o escritório em passos rápidos, enquanto segurava a mão direita. O "nó de seus dedos" estavam em tons vermelhos e roxos, pareciam tão agressivos como as presas de qualquer fera, mas tão bonitos como as mescladas cores do pôr do sol. Aquilo mostrava o quão forte ele havia acertado Erwin, mas esse não é realmente o ponto... E não é o que você quer saber não é?

Quando o dia acabou, e as empresas Ackerman fecharam suas portas, ou ao menos, algumas delas, Levi Ackerman ficou dentro de seu escritório, com os pés sob a mesa que ele tanto contemplava. Ficou olhando para o nada, tentando se distrair com algo, alguma coisa, qualquer coisa!

Sua cabeça apenas se direcionava aos seus problemas... Seu casamento que não era muito bom, nem no noivado... Seu ex namorado que lhe enchia o saco... A empresa que ele deveria cuidar... Levi Ackerman era um exemplo de superação, de luta. Ele seria um ótimo ator para fazer comerciais da Universal se ao menos fosse religioso... Mas bom... Ele não era.

Contemplava o nada ou talvez a própria morte na ele era obrigado a viver. Eu sei que pode parecer tão dramático quanto o Titanic, mas era verdade. Ele não conseguia falar com ninguém sobre aquilo! Detestava os olhares de pena ou os olhos que o julgavam, o deboche. Então, ele guardava tudo para si, na esperança de tudo aquilo simplesmente desaparecer. Queria que tudo fosse levado pelo vento as vezes, mas ele não largava seu rancor de jeito nenhum, por mais que quisesse.

Com batidas na porta foi surpreendido. Jaeger estava lá, parado, congelado, engolindo seco e pensando em algo para dizer, mas tudo o que ele conseguia eram apenas murmúrios baixos da voz trêmula. A empresa escura, cerca de nove horas da noite, tudo que se via eram os abajures ligados, jogando uma luz forte e esbranquiçada ao ambiente m

- O que foi, Jeager?

- Ahn... Sr. Ackerman... - Ele olha baixo, como um cachorro abandonado - Eu vim pedir desculpas pelo o que eu fiz passaram hoje... Com o Erwin... E tals.

- Está tudo bem. - Levi se levanta, em pressa, e vai na direção do moreno. - Tudo está bem. Resolveremos isso de pouco a pouco.

- Sim... - Eren diz cabisbaixo.

- Mas, eu devo agradecê-lo, Eren. - O empresário fica frente a frente com seu secretário, alto, jovem e imprudente. - Eu devo agradecer, por tudo. Se você não tivesse impedido Erwin, eu não sei realmente o que aconteceria comigo ou com a minha equipe, que é a minha prioridade. Você agiu bem. - Um sorriso notável se firmou no rosto de Eren rapidamente. Crescente e chamativo. - Um pouco imprudente, infantil e um pirralho... Mas foi bem, Brat.

- Obrigado... Sr. Ackerman... Eu agradeço.

Levi apenas piscou os olhos em concordância e logo se pôs a sentar-se novamente em sua cadeira.

Eren observou atentamente a tensão de seu chefe. Ele parecia sob pressão. Nervoso. Estressado.

Curioso, o Jaeger pergunta:

- Sr. Ackerman, o Sr. esta passando​por algo difícil? Está tudo bem?

- Não é nada, Eren.

- Sr. Ackerman, dá pra ver como se sente...

- Meus problemas pessoais não são da sua conta e eu ficaria grato se não se metesse. Além disso, se eu lhe contasse, você apenas seria mais um que ficaria no banco de reserva. Você seria inútil para resolve-los.

- Bom... Tente. - Eren puxa uma cadeira se fica lado a lado com Levi. - Minha mãe, Carla, sempre me disse que nos devemos ajudar aos demais, além disso, eu te devo uma por me contratar, mesmo eu sendo um lixo.

- Você não é um lixo, Eren... - Levi diz, e o rosto do rapaz se enche de alegria - Só é um pirralho babaca estúpido. - A felicidade do Jeager desapareceu

Ambos ficaram em um pequenino século silencioso. Fitando um ao outro, em olhares fortes, confiantes.

Eren debruçou-se e observou o rosto do Ackerman de perto.

Viu as olheiras, os olhos pequenos e semicerrados, suas linhas entre as sobrancelhas... Tudo.

- Você não está mesmo com problemas, Sr. Ackerman?

Neste momento, o cinza se encontrou com o verde. Seria a única união de cores que seria a mais improvável, mas a mais linda. A mais talentosa.

Qualquer artista diria que seria impossível uma cor tão pálida, tão triste, tão depressiva, melancólica se juntar com uma cor tão viva, tão forte... Ambas, tão apaixonantes. Especialmente uma pela outra.

Levi não sabia se estava usando aquilo como refúgio para se esconder atrás do Jaeger, com medo do que viria.

Eren não estava se entendendo. Que Deus o ajude. Ele não queria olhar para frente quando estava a frente do Ackerman, apenas agora trás.

Ambos, debruçados, com a fraca luz da empresa, observaram os olhos de cada um, se perdendo na imensidão da floresta apaixonada ou do mar tristonho. Vocês gostariam de formar uma paisagem mais bonita?

Eren calmamente deixou os olhos se fecharem. O show iria começar mas ele seria melhor se ele ficasse cego. Vamos usar os cinco sentidos, Jaeger. Você é muito bom nisso.

Levi, logo se deu conta que já estava em cima do Jaeger.

A proximidade de ambos resultou em um beijo apaixonado. Eren estava sentado em uma pequena cadeira de escritório, enquanto Levi estava em cima dele, com as pernas abertas, entre as de Jaeger.

O beijo era agressivo, furioso, selvagem. O toque de línguas era algo intenso, que os deixava sem ar. O desejo mais carnal possível. Levi sentiu as mãos de Eren descerem até sua cintura enquanto suas mãos magras puxavam o cabelo do moreno, de forma carinhosa e selvagem.

Os braços de Levi o apertavam nas costas. Os peitorais encostados, com os batimentos cardíacos tão visíveis quanto qualquer outra coisa.

Levi, sem pausa, retirou a gravata de Eren, enquanto o último o jogava contra a parede, o escorando no ar.

Quando Levi o empurrou um pouco, para que pudesse respirar depois se sua beijo mais selvagem, Eren o obrigou a levantar o pescoço para que pudesse terminar de beija-lo naquela região. O chupava, o mordia deixando marcas roxas em seu pescoço enquanto que o menor o arranhava nas costas, a marcando com riscos irregulares avermelhados, mesmo em cima do terno.

Eren deixou que Levi descesse e arrancasse seu terno, desabotoando com força e rapidez os botões da camisa social. Levi puxou seu cabelo, o obrigando a ficar perto novamente de seu rosto pálido.

O beijo de Eren era quente, carinhoso, acolhedor, mas agressivo.

O de Levi era selvagem, apressado. Suas preliminares eram diferentes.

Ao ser jogado contra a parede novamente pelo Jaeger, ele lhe deu permissão para que o mordesse no pescoço novamente, enquanto sentia as mãos do moreno apalparem sua bunda, aperta-la com força​, fazendo-o gemer de excitação.

Levi lhe deu permissão, tudo estava indo tão perfeitamente, até que o Ackerman o empurrou. Ele havia parado. Seu rosto estava confuso, raivoso, queria entender algo, Levi então, simplesmente parou. Tudo parou. Tudo não era mais perfeito. Levi havia o feito parar.

- Levi, eu fiz algo errado? - Eren pergunta, sentado no chão, com a camisa amassada.

- Eren, saia daqui.

- Levi... - O Moreno toca-lhe o ombro, buscando lhe oferecer conforto.

- Não me toque mais! - O empresário grita. - Saia daqui!

- Levi, eu sinto muito, eu fiz...

- Saia Daqui! - Ele grita novamente com o Jaeger, agora tentando lhe dar um tapa.

Eren o encarou assustado, enquanto Levi tapava seu rosto com as mãos. Os murmúrios de choro lhe tomavam conta enquanto os gritos lhe raiva lhe faziam tremer. Levi, o que houve?