(...)
Acordei irritada,como sempre acontecia ultimamente. Olhei para o lado da cama e vi que Richard não estava lá,e eu mataria esse idiota se ele aparecesse por lá. E foi exatamente isso que aconteceu,será que eu não posso ter paz?
— Bom dia,querida. — Ele falou,adentrando o quarto com uma bandeja com frutas e guloseimas,de café da manhã,como ele costumava fazer sempre que estava em casa,enquanto eu lançava-o um olhar reprovador.
— Bom dia para quem? — Respondi,com cara fechada. — Eu to irritada,sem fome,e não sou sua querida. Só de ver toda essa comida me dá um enjôo.
— Você anda irritada todo dia ultimamente,queri-Beatrice. O que está acontecendo? — Ele perguntou,aparentemente preocupado.
— Não está acontecendo nada,quero apenas um pouquinho de paz que seja.
Na verdade,eu realmente não sei o que estava acontecendo com meu físico e meu emocional. Eu estava inchada,mal humorada e despenteada. Dava dó de ver. Será que estou doente?
— Você precisa é de um médico amor,essa semana mesmo quase não dormimos porque você passou a noite vomi...AH MEU DEUS,BEATRICE. — Ele gritou de repente,me fazendo tomar um susto.
— O que foi isso,idiota?Quer me matar de susto? — Mas ele não respondeu,ficou lá,me olhando com cara de babaca alegre. — Dá para responder?
— Bebê...
— Bebê?Onde?
— Não Beatrice,bebê. Você está grávida. Vamos ter um bebê. — Ele falou,ainda estático,encarando o vazio,enquanto sorria,quase rasgando os músculos da própria face.
Não pode ser. Foi a primeira coisa que eu pensei. Eu sempre quis ser mãe,mas eu não sei se estava pronta. Essa situação me fez lembrar de um mês atrás,quando eu me entreguei a Richard naquele ex-sótão,e ele gozou dentro de mim.
Brian vai matá-lo,e minha empresária me matar. Aí pronto,não tem bebê. Minha mãe vai ficar louca,e Jully,vai surtar. Eu não acredito nisso.
— Eu?...Gravida?...
— Sim,meu amor...Maureen também ficou assim quando estava grávida de mim.
— Você nunca me contou que a Maureen tem um filho seu,seu cafajeste. — Falei,dando-o tapas fortes e seguidos.
— Ai..Ai...Calma mulher. É porque ela não tem,ela perdeu o bebê no quinto mês de gestação,sofreu um aborto espontâneo. Não gosto muito de falar sobre isso,porque isso deixou ela muito mal,e a mim também.
— Que coisa mais triste. Chama um médico para mim?Me desculpa por ser tão grossa,você não merece,eu sou um monstro. — Falei,afundando meu rosto no ombro dele e molhando sua camisa azul de lágrimas,sem saber o porque exato daquele choro.
— Não precisa de desculpar,meu amor. São nove meses de instabilidade emocional. Mas você aguenta,Richard,eu confio em você. — Ele falou,me arrancando algumas risadas. — Mas agora,eu vou ligar para o nosso doutor.
— Faça isso antes que eu surte.
(...)
Jully on
Um mês já se passou. Hoje é o dia da decisão do Johnny. Esse foi o mês mais longo da minha vida,em que e o Paul ficamos disputando a atenção dele. Mas eu estou saindo na frente,ontem mesmo eu e John transamos por toda a noite,e eu fiz questão de gemer bem alto porque ele Paul estava ao quarto ao lado,tocando com Ringo.
Mas,o que me atrapalha é que eles estão sempre juntos,são da mesma banda,então fica mais difícil para mim. E Paul está se saindo mais abusado que eu imaginava. O que vai cortá-lo vai ser a decisão de John em ficar comigo.
— Paul?Cadê o John? — Perguntei,esperando uma patada.
— Deve estar no hotel,na minha cama. — Ele falou,enquanto me encarava.
— Vocês transaram? — Perguntei brava,e ele não respondeu,apenas deu um sorriso sarcásitco e continuou a dedilhar o piano de Ringo.
Então eu revirei os olhos e me sentei no sofá,a sua espera. Foi quando Ringo desceu apressadamente as escadas,eufórico como eu nunca tinha o visto,em direção ao telefone,enquanto eu fitava a bunda dele. Mais que bundinha bonita.
Eu e Paul ficamos olhando para ele com uma cara incógnita,então ele discou o número que estava anotado no papel que estava segurando. Depois disso não dei tanta importância,mas parece que ele estava chamando o médico,será que está acontecendo algo com ele ou minha amiga?
— O que houve,Rich? — Paul perguntou,arqueando a sobrancelha.
— Breve vocês saberão. — Ele respondeu,enquanto subia as escadas acima.
— Coisa mais estranha,não é Paul?
— Põe estranha nisso,aqueles dois devem estar aprontando alguma.
Foi umas das poucas palavras pacíficas que eu tive com Paul,eu não queria isso,eu queria continuar o amor triplo,mas Paul parece ser apaixonado pelo John,e não queria ninguém entre eles. Sabe,eu to cansando.
Acho melhor deixar Paul e John se acertarem,sair do caminho deles. Ou não.
— Bom dia,pessoal — John adentrou o cômodo sorridente,enquanto eu e Paul encarávamos ele.
— Hoje é o dia da decisão,John. — Falei,sem qualquer enrolação,enquanto Paul concordava.
— Eu sei,eu já me decidi. — John respondeu,em um tom de voz assustador.
— E então,John?Eu ou ela? — Paul decretou,em um tom autoritário.
(..)
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