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História Fighting - Capítulo 7


Escrita por: Monikemoraes

Notas do Autor


Olá xuxuzinhos, desculpem alguns erros. Fiquei sem atualizar e fiz esse meio rápido. <3

Capítulo 7 - Capítulo 7


Pov. Luíza
Meus planos de faltas foram por água abaixo. Acontece que Min He e Shin ficaram muito amiguinhos e tchraaam eles iriam juntos pra escola, o que resultou em minha pessoa acordar com duas crianças em cima da minha cama me acordando.

- Sai Shin! - eu estava brava de verdade, de manhã não sou uma flor.

- Mas Luizaaaa você está atrasada, eu vou com a Min He pra escola e o Jun seo disse que hoje vocês tem trabalho para apresentar. Vamos acordaaaa - ele me balançava em cada palavra que pronúnciava.

O minha mente processou foi " vou com Min He" "Jun seo disse". O que ele estava fazendo na minha casa às 6:45 da manhã?

- Ta bom Shin ta bom. Agora sai de cima de mim, é uma ordem! - o pequeno desceu da cama e ajudou a outra no processo e de mãozinhas dadas saíram do quarto.

Entrei no banheiro e tomei o banho mais rápido da minha mera existência, coloquei o uniforme não ligando muito se estava tudo no lugar. Eles já me odiavam mesmo, uma blusa amassada e mal abotoada não faria a mínima diferença.
Notei que tinha uma caixa em cima do criado mudo e percebi que meus óculos novos haviam chegado muito cedo. O que o dinheiro não faz não é mesmo?

Já eram 7:15 quando desci e notei que apenas eu estava atrasada pros meus afazeres. Meu celular vibrou no meu bolso, caminhava em direção a cozinha e nem me dei conta do ser sentado perfeitamente alinhado no sofá.

" Oi Luiza bom dia, olha eu te dei o uniforme errado e só agora que eu me dei conta. Tem como passar aqui pra trocar? Não sei se você já foi pro aeroporto.. sinto muito
                                      Yun-seo"

"Claro, eu estou atrasada pra aula então já passo agora cedo. Só pego o vôo amanhã mesmo. Bom dia
   
                                   Luiza"

Ótimo, não precisava tomar café da manhã agora e as coisas já tinham sido guardadas e limpas. Se eu comesse não daria tempo de lavar e eu não gosto de deixar minhas coisas pras outras pessoas dessa casa fazerem.

- Mas que.. O que você está fazendo sentado no meu sofá? Por que não está na escola? - quando foi que ele apareceu ali?

- Você é bem desligada de manhã hein? - um sorriso simpático surgiu em seus lábios rosados. - por que iria faltar? Temos trabalho pra entregar lembra?

- Droga.. eu já volto.

Subi as escadas correndo, mesmo tendo medo de cair eu não tive outra opção. Abri a porta com tudo e fui direto pra mesa do computador, estava lá o trabalho. Meu coração desacelerou, achei que tinha esquecido de fazer.
Voltei correndo pra sala eram 7:20 e eu ainda precisava passar na Omma e comer.

- Vamos logo - nem vi se ele estava atrás de mim, andei rápido até Sehun que já estava dentro do carro. Jun me passou e quis abrir a porta pra eu entrar. - Eu vou na fre...

- Desculpe Luiza, mas a porta está com um probleminha, terá que ir atrás - o motorista sorria divertido com a situação. Minha cara foi parar no chão, o que estava acontecendo? Um complô contra mim justo hoje?

Entrei a contra gosto e sentei me afundando no assento, logo o garoto entrou e sentou ao meu lado.

- Coloca o sinto. - eu demorei pra entender, e quando vi ele estava praticamente em cima de mim puxando o que me manteria viva caso o carro batesse.

- Mas que droga eu não sou uma criança - cruzei os braços e ele riu. - eu sei colocar isso - apontei pro cinto. - Sehun vamos passar na cafeteria antes ok?

- Ok senhorita.

Jun só me olhou de canto de olho, mas não disse nada.
O caminho até lá foi silêncio e tranquilo, estava quase dormindo de tanto tédio quando finalmente Sehun parou na porta do estabelecimento.

- Pode ficar aqui se quiser. Não vou demorar.

- Eu vou com você só tenho que achar minha carteira dentro da bolsa, pode ir na frente.

- Você vai comer?

- Sim, e você não tomou café então..

- Jun eu tenho dinheiro, não precisa. Eu já volto!

Abri a porta saindo do carro deixando ele de novo para trás. O sininho soou em baixo da minha cabeça e o cheiro de café entorpeceu meus sentidos, era maravilhoso e eu estava faminta.

- Luíza que bom que recebeu minha mensagem de última hora - Yun seo saiu de trás do balcão sorrindo vindo em minha direção.- Ainda bem que pega o vôo pro Japão só amanhã, não iria me perdoar se não tivesse dado tempo de trocar.

- Magina Yun está tudo bem, de verdade. Todos erram, fica tranquila. - eu não tinha ficado brava nem nada, ela só errou no tamanho.

- Está ansiosa pra amanhã? - eu tinha dito a ela que iria viajar pro Japão sábado e que nunca tinha ido lá.

- Sim! - uma coisa estava me incomodando, senti um olhar sobre meu corpo tentei não ligar - Eu nunca tinha saído do Brasil até pouco tempo então estou muito ansiosa.

Jun seo brotou do meu lado e parou atrás de mim, o que dificultou a visão de quem quer que fosse que estava olhando. Eu não gostava muito dele, mas estava começando a me sentir a vontade em sua presença.
Nem ligando pra mim foi direto pras prateleiras de doce, vi que ele comprou dois pedaços de torta e pediu um café também.

- Você vai querer do que Luiza? - voltou pro meu lado com seus olhinhos curiosos

- Não precisa eu compro. - peguei o dinheiro do bolso e entreguei a Yun - A mesma do outro dia, tem? - a melhor torta do mundo era a de maçã e morango.

Segui a moça até a prateleira que ficava o doce que eu queria e só então percebi um garoto alto sentado comendo a mesma torta que eu tinha pedido.
Yun seo disse alguma coisa que ri não prestei atenção apenas dei uma risada fingindo interesse no que a mais velha dizia.

Tive a sensação de que ja o tinha visto antes, mas apaguei esses pensamentos da minha cabeça quando ouvi Jun me importunando.

- Vamos logo já estamos atrasados. - será que ele não se cansa de ser idiota? - Luiza?

- Que eu me lembre foi você - apontei pra ele- que quis me acompanhar, não foi? Eu vou comer ainda Jun seo, se quiser pode ir.

A contra gosto ele se sentou em uma mesa que estava perto, ela me deu dois pedaços de torta e fui me sentar a seu lado para comer.

Continuei sentido aquela sensação estranha de quando alguém fica olhando pra você. Não prestei atenção em mais nada quando vi o garoto indo embora, me encarou e eu soube que era ele. Comecei a sorrir percebendo que ele também me reconheceu, o que é muito estranho em uma cidade como essa. Mas não para por ai, minha mente voou pro dia em que eu estava no banheiro e vi o celular da menina, o garoto na capa não me era estranho e o reconheci, ele era canto em grupo muito famoso que por acaso eu adorava as músicas.
Sorri em negação enquanto o via indo embora...

- O que foi? - Jun me encarava seriamente - conhece ele?

- Não - minha voz saiu em um sussurro que pensei que ele não tivesse ouvido a resposta.

- Encara as pessoas assim do nada?

- Está ciúmes Jun-seo? - o olhei incrédula

- Não...- sua voz saiu tão baixa que quase não escutei.

- Pois parece, se continuar assim...

- Não é nada Luiza, ta bom assim?

Nossos olhos se cruzaram igual ao dia que fiquei sabendo que era o irmão da pequena que havia me chamado para conversar sobre ele.
Uma batalha silenciosa se travou em nossas orbitas, percebi o quanto seus olhos estavam verdes naquela hora.
Claro que meus olhos pretos ganharam,  sabia ser bem persistente quando queria e ali olhando pra ele eu não pude deixar de fazer um desafio interno.
Seus olhos foram descendo até a minha boca, fiquei desconfortável com a situação, o mesmo puxou seus lábios entre os dentes fazendo movimentos de negação e voltou a comer.

O clima até chegar na escola foi no mínimo tenso, o garoto ao meu lado saiu e manteve a porta aberta para eu poder sair.
Se chegássemos juntos na sala ia dar um fala fala que só.

- Eu entro primeiro, aí o professor fica bravo comigo e esquece de você.

- Tudo bem.. - eu não sei porquê ele estava fazendo isso, mas se ele se dispôs quem sou pra negar?

Nem precisamos parar na secretaria, era de praxe o loiro chegar atrasado então a moça simplesmente sorriu e acenou para que nós entrássemos.

Pelo que eu sabia o pai dele era dono de uma das marcas mais famosas de relógio de toda Ásia, ele tinha o que queria na hora que queria e não seria diferente nas aulas.

- Vou pegar minhas coisas - fui andando em direção ao me armário pensando que ele seguiria seu caminho pra sala, o que não aconteceu. Me acompanhou até o armário, mas não me olhava ou qualquer coisa do tipo. Fingi que não estava vendo e peguei meu material, aquilo estava me incomodando tanto... bati a porta do armário com tudo o que fez ele se assustar - O que foi?

- O que foi o que? - desviou os olhos para o gramado que ficava no meio do prédio.

- Você está estranho desde que saímos da cafeteria...

- Ah.. isso não é nada.. - ele não me olhou uma vez sequer. - Eu vou ir pra sala ok? Vai depois de uns minutos.

Girou os calcanhares me deixando sozinha no corredor. Esperei ele virar para ir na nossa primeira aula e o segui de longe. Esperei um pouco mais para entrar, quando abri a porta me deparei com uma sala bagunça, os alunos sentados em rodinhas com seus amigos, a professora de artes sentada mexendo no celular, percebi
que algum casalzinho novo da sala estava aos beijos perto da minha carteira.
Como eu não falava com ninguém ia ui sentar sozinha no meu canto, antes iria falar com a professora o porquê daquela bagunça.
Fui me aproximando da mesa dela e percebi que o "novo casal" era ninguém menos que Jun-seo e a vadia que me atormenta desde que cheguei, eu nem sabia o nome dela e não fazia questão também, pra mim sempre foi "vadia". Ela era de outra turma e não entendi porque ela estava ali, mas não era da minha conta.
Passei por eles e fui falar com a professora, mas uma em meu pulso me impediu de continuar.
Meu coração disparou, tudo pareceu ficar frio e eu não conseguia respirar, eu não sabia quem era o dono daquela mão, mas o aperto estava me machucando.
Eu não podia surtar no meio da sala de aula, mas eu não estava conseguindo me controlar, as memórias estavam querendo invadir minha mente e eu já sentia algumas lágrimas se formando em meus olhos.

Eu queria me soltar, queria empurrar pra longe qualquer pessoa que estivesse me tocando, queria sair e chorar. Mas eu não podia me mexer, eu não consegui pensar em nenhum comando pro meu corpo. 
Minha visão ficou turva e tudo pareceu se apagar..



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