Caminhavam pela rua de pedra, era umas das principais ruas de Magnólia, estavam de volta a cidade depois de quatro dias de missão e se por alguma razão pensou que voltaria direto para casa, onde um maravilhoso banho a esperava, então a decepção era certa ao perceber que não estava indo em direção ao bairro onde morava, aquele mais longe ao qual nem faria sentido ir a pé, mas sim seguiam direto para o colégio, não precisava ser um gênio para reconhecer o caminho. E mesmo que quisesse abandonar o outro e seguir para uma rota diferente daquela, ( quem sabe encontrasse Minerva pelo caminho e esta lhe daria uma carona. Talvez estivesse pedindo demais e ela precisasse lembrar que os deuses não estavam a ir muito com a cara dela – principalmente Shi), mas não poderia, porque abandonar o amiguinho no meio do caminho não era uma opção. Até porque se não conseguiu fugir do mesmo durante os três primeiros dias da semana passada, por que conseguiria fugir agora?!
– O que tanto pensa? – sua voz rouca chamou sua atenção.
– O quanto é tentador deixa-lo sozinho seguindo para o Colégio enquanto eu estaria indo para casa ansiosa por um banho.
– O sorrisinho no final da frase só a deixou mais cara de pau, e bom, isso não combina com você. Além de que você nunca conseguiria escapar de mim afinal... bom nós dois sabemos disso graça a suas tentativas fracassadas.
– Tire este sorriso da cara, convencido! Mas comentando o que disse, quem saiba essa não seja uma de minhas facetas afinal não pense que duas semanas são o suficiente para me conhecer – piscou atrevida deixando um certo alguém sem palavra.
– É por isso Happy que não vou deixar essa loirinha atrevida escapar. – falou para o pequeno recém nascido gatinho azul que se encontrava encaixado no meio da cabeleira rosada.
O gato azul foi encontrado durante a missão por Lucy que o levou ate o rosado. Se amor a primeira vista não existe então aquilo que a Heartfilia viu acontecer entre o azulado e o Dragneel foi o quê? Parecia que o mesmo tinha feito uma ligação de alma com o bichano. Agora se foi realmente isso que aconteceu ela não sabia mas, acreditava. Seikatsu mencionara uma vez uma teoria de que cada ser humano tem um parceiro animal e que é muito difícil o encontrar. Poderia essa teoria ser verdade? Se fosse verdade o animal dela seria de Nagar ou da Terra? Ela torcia para que fosse da Terra afinal Nagar já não existia mais.
– Então já escolhera um nome para ele?! E aproposito, eu escutei.
– E quem falou que não era pra escutar. – falou sorridente, aqueles sorrisos de lado que afeta qualquer psicológico, enquanto passava seu braço esquerdo pelo pescoço da loira a puxando mais para si.
– Natsu – repreendeu. A Heartfilia ficando vermelha como um tomate.
– Não estou a fazer nada Luce! Além do mais sabemos muito bem que você não se importa em ser abraçada por mim, você gosta. – disse a puxando mais para si. As lembranças da missão tomaram conta e no fim não pode evitar o pequeno sorriso que se formou em seu rosto.
– Você esta se lembrando do que aconteceu na missão não é?! Natsu tente intender nem eu mesma consigo entender o que aconteceu, não consigo decifrar nem meus próprios sentimentos. – falou apressada, estava mais do que envergonhada com a situação.
– Vamos não estou jugando você nem nada disso. Mas é confortante saber que a loira mais linda que já vi sente algum tipo de atração por mim. – piscou para a maga de olhos castanhos, recebendo em troca uma careta nada fofa. – Estou brincando!
– Não gostei da brincadeira. – respondeu seca.
– Viu Happy a Luce é difícil.
A passos firme a loira caminhou na frente do rosado, faltava pouco para chegarem ao destino e, então só teriam que reportar sobre como foi a missão e então poderiam ir para casa e a maga celestial poderia por fim tomar seu tão sonhado banho.
****
Em alguma floresta de Magnólia
A claridade era pouca graças as enormes árvores e suas copas, que impediam os raios de sol de chegarem ao solo, mas o grupo de três amigos, dois rapazes e uma moça, não pareciam se incomodar muito. Talvez por já estarem acostumados a andar por entre as árvores. Aquele pequeno grupo de certo já caminhou por muitas florestas enquanto viajavam de uma cidade para outra.
A mais nova ia entre os dois rapazes, o mais velho na frente e o segundo atrás, iam tomando conta da moça de madeixas azul. Que mesmo com toda a “proteção” ainda conseguiu tropeçar em uma raiz encurvada, caiu pelo barranco deixando os dois protetores preocupados.
Só parou de descer morro a baixo após ter suas costas batidas em um tronco de árvore, o baque foi forte o suficiente para lhe tirar o ar por poucos segundos.
Levantou-se com dificuldade, bateu em sua roupa tirando a sujeira grossa olhando ao seu redor logo depois. O grito não fora inevitável.
Não estava no plano daquele trio de amigos encontrar no meio da floresta o corpo de uma jovem assim como eles.
Estava inconsciente, mas também com uma adaga cravada um pouco mais para o lado do coração quem não desmaiaria? Ela tivera sorte de ainda estar viva e a azulada sabia disso.
– Ainda está respirando! Me ajude aqui precisamos ajuda-la!.
*****
Magnólia: Colégio Fairy Tail
Dez minutos depois e já se encontravam dentro do território do Colégio Fairy Tail. E para a felicidade da loira Mirajane estava desocupada, o que significa que ela poderia receber o relatos da missão naquela mesma hora, e o quanto antes começassem mais rápido terminariam.
– Já sei do que se trata então vamos começar? - perguntou simpática.
– A missão era encontrar a joia Ruby na floresta da Luz para a família Klein. A pedra era misteriosa, tem o poder de reconhecer o mentiroso mais ninguém sabia que ela age quando alguém a segura, ou se sabiam não nos avisaram. – falou Lucy sendo escutada atentamente pela albina.
– Como ela usa o poder? – indagou Mira.
– Parece que ela trás a tona os sentimentos escondidos da pessoa que a segura. No caso tivemos a prova disso pois Lucy a segurou e – fora interrompido.
– Nada de mais aconteceu Mira, ela só te controla fazendo você falar a verdade ou tudo que vem em sua mente. Bom não tivemos nenhum imprevisto, não houve batalhas consequentemente nada foi destruído e no fim recebemos uma boa recompensa. Além de que o Natsu achou um novo amigo. – a loira falou sorrindo. – Agora se me der licença eu estou indo preciso urgente de um banho.
Mirajane ainda curiosa por saber mais sobre tudo, despediu-se da loira desviando o olhar em instantes para Natsu que não tivera nem tempo de se despedir da albina já que fora puxado pela Heartfilia apressada.
– Não pense em contar para ninguém o que aconteceu na missão ouviu senhor Dragneel.
O que ele poderia dizer além de um simples ‘Ok’? Ele podia gostar de deixar a loira brava mas não se considerava corajoso o suficiente para passar do limite seguro. Ele com certeza não era corajoso a esse ponto.
– Estou indo para casa, cuide do Happy direitinho – se despediu já seguindo para o carro parado a esperando.
Era Minerva, ligara para a morena assim que botara seus pés em Magnólia.
– Irei cuidar com todo cuidado afinal ele é o meu mais novo companheiro. A loira sorriu e voltou a seguir seu caminho ate o carro.
Assim que a loira entrou no carro e partiu, Natsu sorriu, no dia do ginásio ele deixará claro que iria fazer de tudo para conseguir a amizade da loira, e bem, ele fez.
Na primeira semana a loira tentara escapar de todos as jeitos, usará tantas desculpas que o rosado achara incrível sua criatividade. Incrível porque eram todas convincentes mas ele sabia que não poderia levar credito nelas afinal era perceptível o quanto ela queria manter-se afastada dele e dos outros. Era por esse fato que mesmo que ela inventasse desculpas ele fingia de surdo e a arrastava para junto do grupo durante o intervalo.
No final daquela semana a Heartfilia deixou de querer fugir e começou a se interagir mais com o grupo de amigos.
O jeito como a loira estava tratando todos voltou a ser do modo como se conheceram no primeiro dia de aula. Natsu? Este ficou feliz ao saber que estava conseguindo conquistar a amizade e a confiança da loira.
A ideia de sair com ela em missão foi de Erza. Ele havia conversado com a ruiva sobre querer ter ainda mais a confiança de Lucy, ele queria ser a pessoa a quem ela procuraria se precisasse de ajuda. Erza fez a brincadeira de dizer que ele queria ser mais do que amigo claro que o rosado corou e falou que não tinha nada haver, mas cá entre nós, em seu pensamento a ideia não seria tão ruim, a loira era linda. Porém estava cedo para dizer que estava se apaixonando afinal ele ainda tinha resquícios de uma outra paixão em seu organismo. No fim a missão acabou os unindo ainda mais, assim como ele queria. Estava realmente feliz.
O Dragneel estava pronto a voltar seu caminhar quando fora parado abruptamente por uma azulada curiosa que se pôs a sua frente.
– Né Natsu você e a lucy estão tão próximos. – a risadinha no final só deixou o rosado mais envergonhado.
– Não comece a insinuar coisas que não estão acontecendo Levy. – falou serio.
– Ara Natsu mas vocês ficam tão lindinhos juntos! Eu shippo esse casal mais do que shippo Bella e Edward. – o brilho no olhar de Levy o estava deixando com medo.
– Quem são esses? Não responde! Levy querida rata de bibliotecas volte a ler um de seus livrinhos. – não foi grosso e bem Levy já estava acostumada.
– Não me chame do mesmo modo que aquele troglodita me chama! – fizera um bico deixando claro que não gostou do modo como foi chamada.
– Troglodita que você ama! – comentou risonho deixando Levy em todos os tons de vermelho.
– Quem disse que amo ele?! Hum, não invente Natsu! – o Dragneel sorriu se divertindo.
Ele iria responder porém o ronco de barriga vazia que veio de cima de sua cabeça tirou sua atenção.
– Levy até amanhã agora eu vou alimentar esse azulzinho aqui. – Levy olhou para cima de sua cabeça e sorriu.
Como que para responder ao seu companheiro de duas pernas, o gatinho soltou um pequeno air syr deixando tanto a McGarden como o rosado de olhos esbugalhados.
– Jeito estranho de se miar – soltou uma risada pequena – Bom até depois, tchau Natsu, tchau pequeno.
E agora sim ele poderia seguir caminho para sua casa.
*****
Em alguma floresta de Magnólia...
Os três conseguiram levar a jovem machucada para uma cabana perto da onde eles estavam. A cabana não estava cuidada, haviam buracos por todos os lados, inclusive no teto, porém era o melhor lugar para se ter levado a esverdeada. Ali pelo menos tinha uma cama velha.
– Precisamos de algum médico Toshiro.
– Ayla não esta tão longe daqui, poderíamos chamá-la.
– Ela com certeza não iria gostar de ter sua meditação interrompida, mas é para uma boa causa.
Hiroi o mais velho usou uma de suas magias e chamou por telepatia a ruiva, enquanto isso Toshiro, a caçula do grupo, e Jhon ficaram por colocar e tirar compressas molhadas do corpo da esverdeada em busca de abaixar a febre ate que a outra chegasse.
– Você vai sobreviver! Ayla esta chegando só aguente mais um pouco.
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