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História Filha dos Dragões - Recepção Carolosa


Escrita por: RicardoCalmon

Capítulo 36 - Recepção Carolosa


SILKY acompanhada de Dia, Noite, Kalel e todos os rebeldes caminharam durante horas e a expectativa para um confronte iminente aumentava a cada segundo.

Dia se mostrava assustada enquanto Noite permanecia mais confiante do que nunca, o que deixou Silky contente pois ele não tinha medo. Na verdade nunca teve e hoje não seria diferente.

Apesar do dia, estava um pouco escuro devido ao céu nublado e não demoraria a noite também chegaria.

Tudo parecia calmo até que Noite se movimentou de forma brusca para a esquerda empurrando Dia fazendo com que ela se descontrolasse por alguns segundos durante o voo. Dia não teve nem tempo de perguntar o porquê daquilo quando viu uma flecha de quase dois metros de comprimento completamente em chamas passar voando por eles.

Imediatamente todos ficaram alertas com a possibilidade de mais flechas voarem na direção deles.

— Dia e Kalel. Avisem a Mira que estamos sendo atacados! — Silky disse e sem pensar duas vezes Dia voou de volta em direção aos rebeldes para avisar os outros para estarem prontos. — Noite, fique atento.

Silky mal terminou de falar e Noite se movimentou bruscamente para baixo indo em direção as árvores. O zumbido de mais três flechas em chamas passaram sobre sua cabeça e seu coração começou a bater mais forte. Noite olhou para trás, como se quisesse saber do estado de Silky e viu uma garotinha assustada, a mesma Silky que ele tinha visto quando era criança e ainda tinha medo dele.

Como se tentasse acalmar ela, rugiu em sua direção e ela despertou do susto prestando atenção nele que agora pousava entre várias árvores. Com medo dela se machucar, Noite se virou em direção aos rebeldes e abaixou a cabeça para que ela saísse e deixasse ele sozinho.

Silky compreendeu a mensagem, sabia que sozinho ele poderia lidar com aquilo sem preocupação com ela ser ferida.

— Tem medo que eu me machuque? — Silky perguntou.

Noite rugiu calmamente respondendo. Por mais simples que soasse o rugido, ela sabia que aquilo era um sim e desceu de cima dele. Quando ela se virou, viu um Noite completamente feliz como ela nunca tinha visto antes. Noite se virou para a direção de onde as flechas vieram e vozes de homens ao longe se tornaram audíveis.

— Se cuida, amigo! — Silky disse e abraçou Noite.

Noite assentiu com um leve movimento de cabeça, estava feliz, mas sua expressão mudou totalmente quando ele se virou novamente para onde vinha as vozes. Sua expressão passou a dar medo em Silky, seus olhos vermelhos ganharam um brilho e um aspecto que ela nunca tinha visto. Ele estava determinado a ajudar ela, ninguém a tocaria.

Silky sorriu ao ver seu amigo, tão grande e destemido indo na direção dos inimigos. Noite rugiu alto e forte que assustou os pássaros ali perto. O barulho de asas batendo e o silêncio das vozes dos homens pararam.

Silky correu de volta a procura de Dia, mas ela voltaria com os outros que estavam ali perto.

Noite correu floresta a dentro quebrando as várias árvores e arbustos no peito enquanto rugia com ódio na direção dos inimigos. Estava cada vez mais perto de onde os homens estavam, sabia pelo cheio que estariam mais alguns metros a frente e querendo fazer a maior bagunça durante sua corrida viu duas árvores a sua frente. Lançou seu raio de calor nelas, dando tempo suficiente para ele conseguir bater nelas e as arremessarem contra quem estivesse no caminho a sua frente.

Noite surgiu entre as árvores que voaram no meio de dezenas de soldados. As árvores mal caíram quando explodiram e logo entrarem em chamas. O susto da explosão de chamas confundiu totalmente a formação dos soldados deixando-os mais espalhados que formigas assustadas. Uns corriam de um lado para o outro em chamas, outros fugiam do local enquanto outros iniciaram ataques contra Noite. Em vão.

Noite rodou o corpo acertando a cauda em vários homens, se movimentou furtivamente para frente se jogando contra alguns soldados em cavalos. Com movimentos rápidos de um lado para o outro ele acertava patadas em seus peitos jogando eles já desmaiados no chão.

Noite avistou homens correndo em direção a floresta e lançou um raio de calor no local. Rapidamente as árvores antes verdes agora ardiam em chamas vivas e homens saiam de lá correndo contra o vendo e logo se jogavam no chão para apagar o fogo do corpo.

Desespero total entre os soldados enquanto Noite lutava contra eles com uma vantagem enorme. Nenhum soldado era páreo para ele, com uma facilidade enorme ele jogava soldados de um lado para o outro do campo.

Noite levou um susto quando um homem que ele ia atacar foi arremessado longe na sua frente. Ao olhar para onde o corpo do homem tinha ido, Noite viu que a mesma flecha que arremessaram contra eles no céu agora foi arremessada contra ele, mas por infelicidade do atirador acertou um aliado.

Noite olhou na direção de onde veio o tiro, e viu que na muralha do castelo haviam balistas sendo armadas com flechas gigantescas e sabia que aquilo poderia ser perigoso. Ignorou os soldados ali perto ainda de pé e voou na direção direita do muro que cercava a cidade enquanto fazia zigue-zagues no ar desviando das flechas gigantes que agora ganhavam o reforço de flechas pequenas.

Noite voava de um lado para o outro procurando uma melhor posição para localizar seus inimigos. Logo surgiram entre a floresta na direção do campo os rebeldes em correria a cavalos ou a pé na direção dos soldados ainda de pé.

Uma grande batalha corpo a corpo havia começado. Kalel desceu de Dia e começou a lutar contra vários homens que corriam em sua direção.

— Dia, faz cara de brava e ameaçadora! — Silky pediu.

— E-Eu? — Dia perguntou surpresa.

— Sim.

— Eu sou um dragão.

— É, mas você é muito fofa e não está colocando medo neles. — Silky apontou um grupo de soldados que corria na direção das duas aos berros.

— Pera aí então.

Dia abaixou o corpo, colocando a cabeça perto do solo, abriu os dedos das patas e caminhou a passos lentos na direção dos soldados. Quando eles viram que a Dia boazinha tinha mudado completamente o semblante calmo para furioso eles pararam de correr assustados.

Silky estava sobre Dia, ficou de pé e aproveitando a oportunidade pulo de cima dela em sua frente. Sacou a espada que rapidamente ficou vermelha em chamas deixando os soldados muito assustados.

Um dos homens veio em sua direção com um corte pela direita. Silky levantou a espada para se defender, ficou satisfeita consigo mesma ao aparar o golpe do soldado e já rebateu com um golpe debaixo para cima jogando o soldado para trás.

Silky sorriu feliz com seu feito e os outros homens foram na direção dela que defendia os golpes e contra-atacava com golpes certeiros. Dia atrás dela dava patadas nos homens que pensavam em se levantar ou simplesmente chegavam perto.

Do outro lado do campo de batalha, Noite deu um rasante sobre o muro da cidade disparando um raio de calor por onde passava acertando as balistas, os arqueiros e os soldados que logo se transformavam em bolas de chamas que caiam dos muros.

Noite se virou no ar olhando o que tinha acabado de fazer, tinha uma visão panorâmica do campo de batalha e viu os vários soldados lutando contra os rebeldes. Mira estava entre eles e junto de Ayú e Caleb, quase em harmonia derrubavam vários soldados ao chão. Viu Dia e Silky lutando contra alguns soldados, mas pareciam bem, só que seu instinto protetor dizia para ele ir até lá.

De repente Noite olhou para trás, numa outra direção dos muros da cidade. Algo estranho tinha chamado sua atenção e ele imediatamente voou na direção de Silky. Quando ele pousou próximo de Dia e Silky elas ficaram assustadas com o que viram. Um Noite repleto de respingos de sangue e diversas flechas agarradas em sua pele, de onde escorria sangue.

— Noite! — Silky disse espantada levando as mãos na boca.

— Noite você está bem?! — Dia perguntou espantada, mas nem tanto quanto Silky.

— Isso é nada. — Noite respondeu rugindo para Dia na linguagem dos dragões. — Não dói e sarar rápido.

— Que bom. — Dia respondeu aliviada e Silky olhou para ela curiosa. — Ele está bem. Disse que não dói e vai sarar rápido.

Noite assentiu olhando para Silky, deixando ela mais confortável. Ainda olhando para Silky Noite rugiu baixinho para ela e Dia logo traduziu.

— Silky.... — Dia disse com a voz entrecortada e Silky a olhou assustada.

— O que foi, Dia?

— Ariel não está longe daqui. — Silky engoliu seco. — Só que está ferido. Noite sentiu o cheiro dele com sangue. Está longe, mas o olfato de Noite é bom.

— Ariel... — Silky sussurrou com as mãos trêmulas e os olhos com uma expressão triste e confusa. — Ariel... Ariel...



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