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História Filhos da Anarquia. - Capítulo 3


Escrita por: ElleLedger

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Filhos da Anarquia. - Capítulo 3

         Dia seguinte, 7 horas.

— Eylin? -  Alguém bateu na porta.
— Quem é? - Me levantei, andando até a mesma.
— Oi, sou a irmã do Henrique - ela me abraçou e entrou no quarto. — Então, neste guarda roupa você pode pegar roupas para usar, são suas agora. Tem um banheiro pequeno no quarto que é seu e calçados na prateleira. As 7:30 começa o café.

     Ela saiu, suspirei e passei a me arrumar.

— O primeiro andar é a recepção, você pode assistir TV lá - avisou ela quando sai do quarto. —O segundo andar são os quartos, meninas lado esquerdo, meninos direito. Não é permitida a entrada de ninguém de fora do grupo nos quartos, entendido?
— Sim.
— O terceiro andar, tem a cozinha, sala de jantar que é onde ocorre os almoços também e a sala do Troye, ficamos lá durante o dia se precisar de algo. O porão é um abrigo, só é permitido ir para lá no caso de um ataque.
— Entendi.

                          🔅

    Após o café, informei a saída dos antigos membros, adolescentes e suas manias de ir embora resolver a própria vida... Bom, eu não podia os impedir.

— Agora somos só nós, algum comentário a fazer?

     Ninguém respondeu, pelo fim estava eu, meus irmãos, a novata Eilyn, Brooke uma garota de poucas palavras, Anya e seu grupo, Carter e Lynn.

— Jason... O endereço já está no seu celular - avisei a Logan após o café e ele saiu levando Luna com ele para resgatar o garoto.
— Henrique, você fica encarregado de mostrar e auxiliar Eylin por hoje.

                          💀

    Mesmo contra minha vontade, estava auxiliando Eilyn pelos locais, até ter uma arma apontada para minha testa.

— Eilyn, vá para dentro.
— Mas...
— Se ela for, atiro em você.
— Agora! - gritei para a garota ao mesmo tempo que derrubava a outra no chão.

    Bati sua mão no chão até que a mesma soltasse a arma e mesmo assim, ela ainda tinha me dado um tiro de raspão.
    Finalmente consegui prender seus braços acima da cabeça e a olhei nos olhos, tentando acalmá-la.

— Me larga!
— Você apontou uma arma para minha cabeça, não devia nem estar viva.

    Ela abriu um sorrisinho sarcástico e deu de ombros.

— Por que está aqui?
— Olha, eu só estava passando pela propriedade, foi vocês que entraram no meu caminho - a voz dela era baixa e notei o quanto seu rosto estava sujo.
— Quase ninguém chega aqui, como você chegou?
— Olha, eu não tenho tempo - ela apertou os lábios, então ouvimos alguém chamando ao longe. — Ah, droga! Me solta, por favor?
— O desespero nos seus olhos é evidente, quem está vindo?
— Minha madrasta - suspirou.
— Você tem o tempo de ela chegar aqui para explicar ou te entrego para ela.
— É muita coisa para explicar, me ajuda, por favor?

     Me levantei pegando a arma e a puxei para o único canto em que poderíamos nos esconder, a encostei na parede e cuidei para que não fossemos vistos. Com a proximidade dos passos, encostei meu corpo ao dela e ela ergueu o olhar para mim, mas o que eu poderia fazer? Não havia muitos meios ali, além do mais, eu a estava ajudando. Logo os mesmos se afastaram e ouvi um suspiro aliviado dela, me afastei imediatamente.

— Obrigada - ela começava a sair, a segurei pelo braço.
— Explica.
— Estou com pressa.

     Revirei os olhos, não ia deixa-la sair dali.

— Meu nome é Cassie, estou fugindo da minha madrasta a quatro dias. Eu descobri que ela traía o meu pai, o problema é que ela o traía com um bandido, consegui o matar e matar toda a corja dele que veio atrás de mim, mas não consigo matá-la e pra ajudar, agora ela está me caçando.
— Você matou pessoas?
— Olha, eu não teria feito se não precisasse e eles eram todos imbecis que estupram garotas, eu mesma vi. Queria que eu fizesse o que?
— Vamos para dentro, preciso falar com o meu irmão.
— Olha, eu não quero entrar aí não.
— Confia em mim, somos os únicos que  podem te ajudar.
— Desculpa, mas tenho problemas de confiança - ela puxou o braço, me fazendo soltá-la.
— É só entrar e escutar, depois você pode ir embora - dei de ombros.

    Com desconfiança, Cassie aceitou e a levei para dentro, ignorei Eylin preocupada e até Anya e seu grupo, subindo as escadas com ela rapidamente até a sala de meu irmão.

— Essa é a Cassie.
— Cassie, sente-se por favor.
— Olha, eu não sei porque ele me trouxe aqui, só quero ir embora.
— Henrique é complicado, mas acredite, ele te trouxe aqui porque admitindo ou não, ele se preocupou com sua situação.

     Ela ergueu o olhar para mim e eu bufei, ela tinha que parar de me olhar daquele jeito inocente, ela havia apontado uma arma para a minha cabeça!

— Meu nome é Cassie, após descobrir que minha madrasta estava traindo meu pai e que ela o matou, fugi de casa, ela pretendia me prostituir, mas eu a segui e descobri tudo. Eles acabaram me vendo e por sorte meu pai era um soldado, ele me ensinou defesa pessoal e eu estava armada até os dentes, foi assim que primeiro matei o filho da puta que ela amava... Um tiro bem no meio da testa enquanto ele acreditava que eu ia deixar ele me tocar - ela estremeceu. — Depois uns cinco idiotas amigos dele vieram atrás de mim, matei um por um, não tive escolha, eles abusavam de garotas durante a noite, os segui e atirei neles do escuro, foi o suficiente para matar todos de uma vez apesar de as garotas terem chorado e ficado mais assustadas ainda. Então chegou a vez da minha madrasta, mas ela é boa porque meu pai também a treinou por algum curto período e ela está me caçando.

    Aquilo parecia coisa de filme, mas Troye acreditou em cada palavra e eu nas lágrimas que rolavam no rosto dela. Com o silêncio, ela voltou a falar.

— Juro que não sou nenhuma assassina, mas não aguentei a situação e não ia deixar eles me pegarem... Minha madrasta quer me matar, agora é eu ou ela, então não tenho muita opção, estou fugindo a quatro dias, não dormi, não consigo, tinha algum dinheiro comigo, mas acabou no segundo dia, não era muita coisa e não tive tempo de parar nem para respirar.

    O choro dela se tornou ruidoso e me perguntei como ela era quando estava sorrindo.

— Com licença - Luna e Logan entraram na sala, notando a situação, se entre olharam. — Jason.

    O garoto entrou e se sentou ao lado de Cassie como meu irmão indicou, então ele olhou para o lado dela e levantou seu rosto, secando as lágrimas ali.

— Que bom te encontrar viva.
— Jason? - ela perguntou em choque, parecia que os dois se conheciam.
— São seus amigos? Eles me trouxeram arrastado, mas se dissessem que estava aqui, eu teria vindo.
— Não, acabei de chegar.
— Vocês se conhecem? - Logan verbalizou.
— Cassie me ajudou com meu problema no mercado, ela precisava fugir e eu precisava me esconder. Ficou na minha casa pela noite e quando acordei pela manhã, ela tinha sumido.
— Jason... O seu caso é especial - comentou Troye e eu olhei para ele.
— Sua irmã já me falou, vocês querem me proteger, porque não sabem como tem seus dons, mas sabem que não são os únicos agora que eu apareci.
— Exato.
— Eu fico... Se ela ficar - ele apontou com a cabeça para a garota.
— Claro que ela vai ficar, não a deixaríamos depois da história dela.

    Depois da conversa sobre o dom dele, fogo, estava cansado e não via a hora de fechar os olhos.

— Agora que sabem de tudo, vão ser acompanhados até seus quartos, tudo dentro deles é de vocês agora e o que diferencia os quartos para se sentirem em casa é a decoração do teto. Podem o decorar como quiser, mas mantenham o resto do quarto limpo e arrumado - avisou Troye. — Luna você está encarregada de ajudar a Eilyn, Logan você ajuda o Jason e espero que ajude a Cassie, Henrique.

    Revirei os olhos e sai pisando firme.

— Me siga, Cassie.

                         ♦

     Fiquei mal por ter atirado em Henrique, principalmente porque toda vez que o olhava, lembrava dos olhos de Caio, eram parecidos, mas enquanto os de Caio eram profundamente calmos e seguros, os de Henrique mostram um precipício no qual você quer se jogar sem medo.
     Estava indo até o corredor dos garotos, Luna me encontrou e me entregou a maleta de primeiros socorros.

— Sei que está indo procurar meu irmão, é meu dom... Sentimentos, posso os controlar, o que é irônico porque não acredito que eles ajudem em algo ou que o amor exista. Bom, ele está no banho, vá e bata na porta, espere ele sair e não entre no quarto.



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