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História Filhos das Estrelas - Prólogo


Escrita por: umgarotosozinho

Notas do Autor


O capítulo inicial de cada livro está sendo postado, por um período de 4 meses estaremos em período de 'testes'
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Assim que o hiato terminar teremos capítulos semanais até o encerramento dos livros da Level 1.
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Capítulo 1 - Prólogo


- Senhor... - Disse o imediato. - Temos dois erros de programação que acabaram de fazer o teste. Lot vira-se lentamente ao homem, com um olhar penetrante com suas pálpebras entreabertas.

- Já sabem o que fazer com ele. - Dizia despreocupado. - Não precisam de mim para isso.

O imediato se reverencia sem questionar e manda os guardas presentes o seguirem em direção a sala de testes. A sala era cheia de computadores feitos de vidrais, com uma série de questões que haviam acabado de serem respondidas pelas pequenas crianças de 5 ciclos solares ali presentes. Os resultados estavam destacados em um círculo, dizendo o que as crianças seriam ao crescer, porém, as duas crianças estavam com seus nomes em vermelho, destoando todos os outros. Lá pegaram duas crianças pelos ombros, levantando-as.

- Larga a gente no chão! - Gritava a menina.

- Para aonde estão nos levando? - O garoto questionava.

- CALADOS! - Gritou o guarda.

As outras crianças que ali estavam, olhavam com medo nos olhos ambos sendo levados. Seus nomes eram Nick e Pandora, irmãos, como todos daquele lugar. Eles se contorciam para não serem carregados do local. Ignorando seus apelos, os homens colocaram os pequenos em jaulas que seriam mandadas para uma nave em especial. Seus gritos e agitação chamavam a atenção do homem que comandava o transporte espacial assim que chegaram.

- Para crianças aprisionadas, até que são bem agitadas... - Disse o piloto ao guarda.

- É por isso que vamos dar um jeito nelas. Agora cale a boca e pilote até a torre central! Temos trabalho a fazer.

Era nítido o incomodo do piloto que não falou nem uma palavra sequer durante o percurso. A nave então deu a volta pelo prédio da torre central, onde estavam todos os grandes administradores do Delta. Não demorou muito até pousarem no topo e levarem as crianças até o andar debaixo. No mesmo instante, um importante debate acontecia no interior da cúpula:

- Devemos matá-las! - Exclamava o Imperador do Jardim do Leste.  Serão um peso para nossa sociedade no futuro.

- Deveríamos prende-las para sempre em nossas masmorras- O Imperador do Sul se pronunciava pela primeira vez. - Assim nunca terão chance de nos prejudicar.

- Ainda assim... - Disse o Imperador do Norte, com sua voz mais jovem e suave do que as dos demais - Se as mantivermos trancafiadas, apenas alimentaremos a sede de vingança de dois pequenos monstros. Deveríamos extermina-las, para o bem maior do Delta – O imperador se vira para as crianças com o rosto indiferente, observando a gravação da cela dos irmãos mostrada em um telão.

A discussão tomava conta da cúpula naquele instante. Todos os imperadores das terras do Delta estavam extremamente tensos, pois uma ocasião como aquela era no mínimo singular em seu cotidiano. Por um breve momento foram interrompidos pelo barulho altíssimo de uma porta se fechando no recinto. Passos pesados e precisos ecoavam na estrutura de ferro e vidro. Todos que estavam de pé se assentaram e ficaram cabisbaixos, houve silêncio imediato. Lot havia entrado na cúpula. Olhando para os dois lados lentamente, começou a descer a pequena escadaria até a grande mesa lisa, acomodando-se sem pressa na cadeira da ponta. Seu cabelo curto e branco era impactante, mesmo sendo considerado jovem, suas vestes eram crisálidas e azuis, com uma barba um tanto pequena comparado com os outros imperadores do Delta.

- Então... o que foi decidido? - Perguntava calmamente.

- M-meu mestre... - Gaguejou o Imperador do Sul. - Devemos nos livrar das crianças! Melhor dizendo-

- Matando-as? - Lot o interrompia. - Não sujarei minhas mãos com sangue de crianças inocentes.

- Ter nascido já é um crime - Disse submisso o Imperador do Norte- Mil perdões m’lorde, mas não acha que as está subjugando?

- Esta é minha decisão. - Lot estava convicto. - Querem se livrar das crianças, não querem? Larguem-nas no deserto ao Sul. Ninguém jamais voltou de lá... pelo menos... não com VIDA -O líder dá uma leve risada sarcástica e rouca. Com elas não será diferente. Desejam suas mortes? Então as terão mortas, pelos monstros.

Ao notar a inquietação novamente tomando conta da cúpula, Lot anuncia:

- Assunto encerrado! Voltem para seus jardins. - Lot se impunha. - Estamos passando por uma época em que a comida anda escassa e povo sofre pela miséria. Foquem em acalmar o povo, não quero desencadear nada imprudente, mas não se preocupem, já estou dando um jeito para acabar com essa ocasião em especial. –Lot soltou um breve sorriso.

Todos então se levantaram, curvaram-se diante de Lot e saíram sincronicamente. Lot permaneceu sozinho na sala observando as imagens ao vivo das crianças em suas celas.

- Vai ficar tudo bem, okay Pan? - Disse Nick. - Ficaremos juntinhos.

- Você promete Nick? - Ela perguntava desanimada. - Promete para mim?

- Prometo. - Ele estendia sua mão para a cela de Pandora, segurando firme a mão da pequena.

Distante da prisão em que aquelas crianças se encontravam, Lot sentia-se comovido com tal cena, porém desligou rapidamente o telão, virando-se ligeiramente com raiva nos olhos e punindo-se em pensamentos por sentir pena daqueles dois. No outro telão, entrou em comunicação com os guardas no cativeiro temporário e pediu para falar com as crianças.

- Escutem pequenos! - Ele interrompia o momento de silêncio entre os dois menores.

- Quem é você? - Nick perguntava.

- Isto não importa! Tentarei ser o mais claro possível... vocês farão uma viagem agora.

- Uma viagem? Para onde? - Pandora se pronunciava.

- Um lugar onde seres como vocês merecem viver. Tentem por favor não correr muito quando vierem, não quero que sofram no calor...

-O que? –Questionava o irmão.

-Nada... –Lot olhou para o lado, claramente desconfortável- O que estou fazendo?  -Se questionava sussurrante- Agora, VÃO! –Diz batendo com força no metal de suas celas.

Mesmo sendo extremamente jovens, aquelas crianças possuíam inteligência suficiente para compreender o desprezo visível na voz do homem ao dizer tais palavras, porém não entendiam o porquê daquele tom. A sela foi sendo carregada pelos guardas grandes e fortes, balançando e deixando a última visão antes da porta se fechar de Lot encarando os irmãos. Só tinham certeza do pressentimento que sentiam de que algo ruim estava para acontecer. Um desespero feroz tomava conta de ambos que se sentiam eufóricos a cada segundo. Não demorou para começarem a chorar e gritar, como qualquer criança faria numa situação como esta. Os guardas não tiveram o mínimo de pena ao injetar sem qualquer gentileza o sonífero líquido na veia das crianças com o auxílio de algumas seringas

-Estou precisando de um desses para meu filho também -Diz o soldado com voz abafada da armadura.

-HAHAHAHAHA

Assim foram levados de volta a nave, já desacordados. Após a decolagem, demorou alguns ciclos básicos para que chegassem no deserto do Sul, como planejado pelos líderes. Pegaram-nas no colo para enfim abandoná-las no lugar extremamente quente.

- Não acha errado? - Perguntou um dos guardas ao outro. - São apenas crianças.

- Eu acho, mas o que a gente pode fazer?  Quer continuar vivo? Obedeça e não questione... Melhor não conseguir dormir à noite do que dormir sem seus filhos. - O homem respondia enquanto soltava as crianças na areia.

-Hum -murmurou desconfortável o outro guarda.

Sem mais questionamentos eles abandonaram as crianças, voltando para a nave e partindo do local. Passou-se o tempo e com dificuldade de abrir os olhos por conta da luz intensa do sol machucando sua vista não acostumada a toda aquela luminosidade, Pandora foi a primeira a acordar. Se sentou assustada e vigiando atenta a areia brilhante em busca de Nick que se encontrava do outro lado da grande pedra que eles estavam apoiados, o que ela não sabia.

-Nick? NICK!

Pandora levantou-se, com as pernas bambas, e foi caminhando ao redor da pedra, com suas mãos apoiadas na grande rocha. Ao encontrar seu irmão do outro lado da pedra começou a sacudi-lo.

- Nick! Acorda!

- O-o que? - Ele gaguejava desnorteado olhando para todos os lados.

- Aonde estamos?

- Não sei Nini.... Não gostei daqui...

- Vem. - Nick buscava apoio nas mãos de Pandora, esforçando-se para se levantar - Vamos tentar encontrar um lugar para fugir deste calor, não acho seguro ficarmos tão ao céu aberto assim.

Totalmente perdidos, seguiram em direção oposta ao Delta, indo para o Sudeste. O sol do deserto nunca foi gentil com alguém. Com aquelas crianças não seria diferente. O deserto era nada nítido, tudo muito embaçado de longe e muita luz para ficar completamente atentos. Caminharam por ciclos básicos sem rumo e não encontravam nada nem ninguém para ajudá-los, até que surgiram algumas aeronaves, planando baixo no horizonte. Os irmãos ficaram surpresos mas contentes, acenando e gritando

-AQUI!

-NOS AJUDEM!

A nave desacelerou e uma mulher morena com listras azuis e verdes pelo seu corpo, bem estampadas, olhos azuis e cabelo dread bem acentuado, saiu de dentro e se lançou no chão seco daquele deserto, fazendo subir uma leve poeira ao tocar o solo.

-Quem são vocês? –Disse a mulher grande e forte.

-Somos duas crianças perdidas -Diz Pandora debochando- ‘’Dãã’’

-Pan! -Trombou Nick.

-Eu estou em uma missão –Olhou a mulher para os lados, interrompendo o pequeno humano. Preciso reencontrar Zero... Ele está a minha procura! Os caçadores da GGG estão nos procurando pelo nosso...

-Está bem... -Interrompeu Pandora- Mas pode nos aju....

-Estão só me atrasando, desculpem-me, não posso ajudar agora, talvez daqui alguns ciclos lunares básicos.

-MAS A GENTE TA PERDIDO, MOÇA -Gritou indignado Nick.

A mulher então voltou para dentro da sua aeronave amarelada e continuou o seu caminho em direção ao norte. Ao longe deu para ouvi-la gritando para o piloto, ‘’NÃO ME FAÇA CHEGAR TARDE, HEIN’’ .Deixando as crianças desamparadas.

-Que mulher chata... –Diz Pandora.

-Ah, ela parecia ocupada, acho que deve ser muito importante

-Somos CRIANÇAS!  

-E ela é ADULTA!

O pôr-do-sol se aproximava, e Nick estava muito desconfortável com aquele escuro aparente. Na escuridão total, maisa direita dos irmãos, uma pequena luz amarela surge, a única que havia sobrado além das estrelas e luas que haviam no céu. Pandora curiosa, começou a ir em sua direção.

- Pan! - Nick segurava o braço de Pandora, tentando impedi-la.

- O que foi?! Não pode ser algo pior do que já passamos até agora. Você também não quer saber o que é?

Nick calou-se por um instante, encarando a luz e Pandora ao mesmo tempo. "Nada pode ser pior do que isto.", ele pensava. Acabou por soltar o braço da menina e segui-la com receio do que estaria por vir, olhando de um lado para o outro incansavelmente. Pandora era impaciente e começou a correr em direção da luz e sem escolha ele fez o mesmo. Enquanto os longos e brancos cabelos de Pandora brilhavam conforme se aproximavam, os fios negros de Nick sumiam na escuridão da noite. Já próximos a luz, esconderam-se por segurança atrás de uma rocha que havia perto dela. Cautelosamente espiando, descobriram que brilho nascia do fogo de algo que queimava ali, mas não conseguiam identificar o que era aquilo.

- Vamos ver mais de perto... - Pandora já se aproximava animada, acenando para Nick acompanhá-la.

-E-e-espera Pan! Ah... - Nick era mais cauteloso, ou seria medroso?

O nervosismo tomava conta de ambos a cada passo mais próximo ao fogo.

- É tão quentinho.... - Disse Pandora aproximando as mãos da chama.

Nick não gostava da ideia de continuar ali, mas não podia negar que a curiosidade começou a falar mais e mais alto. Olhando com calma para o fogo, conseguiu identificar que o que se tornava cinzas se tratava de uma espécie de nave que nunca tinha visto antes. Isso só fez com que o medo de Nick aumentasse, vindo um frio na barriga que o arrepiou de ponta a ponta.

- Não acho uma boa ideia continuar aqui -Dizia Nick tremendo de medo. Vamos tentar procurar algum abrigo, Pandora.

- Que abrigo? Estamos a ciclos básicos procurando um lugar e nada! Pelo menos aqui conseguimos ficar aquecidos. Deixa de ser chatowowowooo.... -Pandora prolonga mais um pouco seu ‘’O’’ com variações engraçadas de som.

Pandora mal pode terminara de falar quando olha para Nick e vê um grande monstro atrás dele, levantando lentamente com seu corpo negro e olhos escarlates.

-O que foi? Por que tá olhando pra... -Nick escuta o suspiro do monstro em sua nuca, sentindo seu bafo mover seus feixes de cabelo.

O irmão se vira lentamente e olha para a fera, que solta um rugido ensurdecedor no rosto do garoto.

- CORRE PANDORA, CORRE! - Nick estava tão apavorado quanto ela. - MAIS RÁPIDO, MAIS RÁPIDO!

O monstro começou a seguir os dois naquele deserto sem fim, naquele chão seco e quebrado. Na euforia acabaram caindo. Pandora assustada, abraçou o irmão dando o que achava ser seu último grito, porém outro ser estranho de mesma monstruosidade do outro surgiu na frente deles, começando uma briga para se alimentarem daqueles humanos. Os dois então aproveitaram a oportunidade para sair correndo novamente em direção a pequenas montanhas próximas dali. Subiam pedra por pedra atrapalhados, aquelas pedras desorganizadas e todas largadas nos desfiladeiros, enquanto os monstros os seguiam. Ao chegarem no topo de uma das montanhas notaram um buraco na colina com o vento ecoando dentro dele, naquele breu. Tiveram medo e recuaram, procurando outro lugar para se esconderem.

-Tem que ter algum outro lugar -Diz Nick amedrontado, olhando de um lado para o outro.

-Não tem! -Gritou irritada Pandora- Eu vou entrar naquela coisa

-Pan espera!

Pandora acabou por tropeçar desajeitada quando foi dar seus passos pesados, irritada. Ela acabou caindo em um grande degrau para baixo, quando seu irmão viu era tarde, ela estava inconsciente.

-Pandora!

Nick tentou ajudá-la, mas distraído uma das feras lançou-o com suas garras para o lado. Nick sentiu seu corpo ser empurrado com uma força tão bruta a parede próxima que ficou sem fôlego, cheio de adrenalina. Sua visão começava a ficar borrada, os seus batimentos cardíacos e um som fino e agudo era as únicas coisas que o pequeno podia ouvir. A criatura já estava pronta para dar o golpe final. Era o fim. Mas para sua surpresa um alguém apareceu, atacando o monstro diante de seus olhos, um grande borro marrom com feixes azuis profundo estava rasgando as feras. A sensação do sangue denso do monstro espirrando no seu corpo foi o a última coisa que se lembra antes de desmaiar em meio a toda aquela confusão


Notas Finais


Obrigado a quem leu até o final



Grande abraço e fiquem bem <3


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