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História Filhos de Nyx - Em Busca de Nathan - Destino Roubado. A Deusa Gananciosa. [Nathan]


Escrita por: ArtemisSilver

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 4 - Destino Roubado. A Deusa Gananciosa. [Nathan]


Fanfic / Fanfiction Filhos de Nyx - Em Busca de Nathan - Destino Roubado. A Deusa Gananciosa. [Nathan]

[Tempos Atuais]

Já estou a tanto tempo nesse lugar que eu perdi a noção do tempo. Eu já não sei a quanto tempo estou alí e quantas vezes eu tentei fugir mas, eu sabia que meu ódio por ele aumentava a cada dia que eu estava preso naquele lugar.

Eles trocaram minha roupa faz algum tempo. Tiraram meu tênis e meu moletom preto, afinal graças a ele eu quase fugi algumas vezes por causa da invisibilidade. Eu usava uma blusa de mangas longas cinza e uma calça que agora era um short de tão rasgado que estava. Estava descalço pra completar e ainda com um pano tapando os olhos.

Eu ficava o dia sentado ao lado da janela de vidro blindado, contando as horas e tentando sempre me lembrar da cor do céu a noite. Era estranho não ter mais olhos, mas eu estava começando a me acostumar. Eles não conseguiram tirar meu sabre dos meus dedos. Ele sempre se mantinha comigo.

Quando eu não estava na janela estava treinando esgrima e fazendo exercícios físicos. Treinando meus poderes e sentidos. Eu evoluía meus poderes cada vez mais e me sentia bem mais poderoso. Eu não estava louco, não falava sozinho em nenhum momento e sempre treinava minha sanidade.

Por que eu treinava tanto assim? Nem eu sei, mas acho que se eu ficasse parado eu provavelmente morreria de ansiedade. E também, meus feitiços não funcionavam naquele lugar. Eu precisava me movimentar e logo eu sentia que alguma coisa muito grande estava para acontecer.

Assim como os morcegos eu comecei a desenvolver fortemente e arduamente minha audição, para ela funcionar como um sonar. Eu não podia "ver" a aura de mais ninguém, e parecia que os espíritos não queriam falar comigo. E nem conseguia mais usar meu modo sanguinário para lutar para mim, preso aqui eu percebi que a fonte dos meus maiores poderes viam dos meus olhos e por isso eram tão perigosos e foram arrancados.

[A noite, primeira visita de Frey]

Já era noite e eu estava novamente colado na janela feito de vidro com a orelha encostado no mesmo ouvindo tudo que vinha fora do castelo quando também ouvi alguem abrindo a porta e logo me virei para sua direção.

- Você me impressionava a cada dia mais que você fica aqui... - Dizia a voz de Frey enquanto parecia se sentar em uma dias cadeiras que tinha alí no quarto.

- Ah, é só você... - Corri na sua direção rapidamente e joguei contra ele derrubando ele de costas no chão enquanto eu ficava encima do mesmo e logo começava a socar sua cara.

Senti um soco na minha cara me mandando para longe dele e quando eu ia me levantar e continuar a bater no mesmo senti correntes segurando minha mão. Ele obviamente tinha manipulado elas para me prender.

- Mas isso foi longe demais! - Ele dizia enquanto parecia se levantar.

- Guarde minhas palavras... Você pode ser um deus, mas não tem poder que vai me segurar quando eu sair daqui e for atrás de você!

- Cultivar rancor não é uma coisa boa... - Ele dizia ironicamente - Pensei que ia preferir ir atrás dos seus amigos...

- Eles podem esperar até eu matar você. - Eu dizia com raiva tentando me soltar das correntes.

- Enfim, Frey, acho que agora pode me deixar conversar à sós com ele, não é? - Dizia uma voz feminina. Como eu não tinha reparado ela alí antes? Talvez chegou depois de Frey.

- Você quer ficar sozinha com ele? Acho melhor não... Ele é mais perigoso do que aparenta. - Dizia Frey para ela.

- Não se preocupe... - Ela dizia calmamente e docemente para o mesmo.

- Como quiser então. Qualquer coisa eu to alí. - Ele disse e logo em seguida pude ouvir seus passos. Ele saiu da sala fechando a porta e logos as correntes me soltaram.

Eu estava pensando em investir contra a pessoa na minha frente com meu sabre, mas, antes que eu pudesse pensar em atacar ouvi a mesma levantar a cadeira do chão e colocar na minha frente logo se sentando.

- Não vai querer se sentar? - Ela dizia calmamente e eu tinha a leve impressão que a mesma sorria enquanto falava.

- Quem é você? - Disse ignorando sua pergunta enquanto continuava parado.

- Ah sim. Desculpe a falta de educação. Eu sou Freya, irmã gêmea de Frey e...

- E oque você quer? - Interrompi suas palavras enquanto falava mostrando ódio em minhas palavras.

- Vejo que você não está com humor para apresentações. Pois bem, eu quero te oferecer ajuda. Um jeito de sair dessa prisão. - Ela dizia calmamente. Estranhei oque ela disse obviamente, afinal, eu não esperava receber ajuda, principalmente da irmã de Frey.

- Me oferecer ajuda? Por que? Pra que? - Perguntei enquanto me mantinha com o corpo virado em sua direção e logo cruzei os braços.

- Primeiro, nunca concordei com essa atitude de Frey, de te manter preso... Ele simboliza a paz, e pensa que te pretendo pode impedir que a guerra continue. E também, ele te odeia por que por sua causa Odin está morto. Também, acho que se o mundo dos humanos pode algum dia recuperar sua paz ou glória, isso vai depender de você e isso não vai acontecer com você preso... Não acha?

- Já entendi... Você quer que me libertar assim vou ficar te devendo um favor, não é? Não precisa enrolar, eu sei como as coisas funcionam...

- Bem, se prefere dizer assim... Eu só acho que você seria bem mais útil fora daqui. E claro, você vai ter que me ser grato quanto a isso... - Suas palavras doces e suaves agora me faziam ficar inojado enquanto ouvia elas. Como os deuses podiam ser gananciosos em relação a poder.

- Resumindo, se eu sair daqui ainda estarei preso em uma divida com você... - Disse me sentando na beirada da janela com os braços cruzados com o corpo na direção da mesma.

- Você gosta das coisas bem diretas, então sim... E bem, já que você prefere ser bem direto, acho que pode responder minha pergunta do mesmo jeito. Aceita ir embora daqui com minhas condições e ajuda? - Ela dizia agora séria, como uma verdadeira deusa, perdendo totalmente sua calma e tranquilidade nas palavras.

Algumas pessoas levariam dias, ou até mesmo muito tempo para responder aquela pergunta. Eles tentariam qualquer outra coisa para não cair em tais condições e ser servo de um deus ganancioso e interesseiro, a questão é, eu talvez pensaria por alguns dias se ela tivesse vindo até mim meses atrás. Eu já sabia tudo que eu podia saber naquele lugar e já tentei tantas fugaz que não tinha mais oque pensar, apenas respondi:

- Okay. Eu aceito... Contanto que não tenha entre essas condições não ir atrás de vingança... - Disse sério, curto e grosso, respondendo sua pergunta de imediato.

- Não, isso não é problema meu... Você pode ir atrás de vingança. Depois que terminar seu débito comigo, claro... Afinal, eu também estou disposta a recuperar seus olhos. Você assim não me é tão útil...

- Okay, okay... Mudando de assunto agora, pode me responder logo, como vou embora daqui?

- Bem, vamos lá então...

[...]

Já era 00hrs. Freya tinha ido embora a algum tempo após explicar seu plano. Ela me deu um cordão de prata ao qual eu tirei meu antigo cordão com pingentes de símbolos de alguns deuses que tinham me dado bênçãos. Agora eu iria servir a Freya até tempo indeterminado. E também, como outra forma de demonstrar que agora eu pertencia a mesma, algumas marcas surgiram no meu braço direito. Como eu sei? Por que eu senti ele surgindo como se alguma pessoa cortasse meu braço com uma navalha fervendo.

Ouvi um sinal de uma trompa, como se alguem anunciasse uma guerra e descobri que o sinal que ela falava era esse. Ouvi a porta do meu quarto/prisão abrindo e logo me coloquei de pé. Nas últimas vezes que eu tinha tentado fugir, oque sempre que segurava alí dentro era o enorme exército que se mantinha de patrulha sobre o castelo e por mais que eu os derrotasse, sempre apareciam mais, ela me disse que dessa vez eles estariam ocupados, eu só tinha que seguir o caminho que o cordão de prata me guiasse e eu estaria livre daquele inferno.

Meu anel se transformou em névoa e circulou meu corpo até minha mão esquerda se tornando no meu sabre negro. Girei ele na minha mão e comecei a correr em direção a saída. O colar parecia que sussurrava palavras élficas no meu ouvido me falando o caminho que eu deveria seguir. E bem, como eu podia falar qualquer língua entender não era o problema.

Segui pelo caminho que ele me guiava. Correndo pelo corredor, vira para a esquerda, abre a porta, desce as escadas e continua pelo corredor. Tudo parecia estar indo bem quando ouvi os guardas gritando e mandando eu parar. Naquele momento, o cordão me disse, "matar". Sem muita opção, segurei com as duas mãos o sabre e prestei atenção no barulho que a armadura dos mesmos faziam.

Eles vieram correndo na minha direção. Uns cinco soldados com armaduras completas. Fiz o primeiro tropeçar com um pequena elevação das sombras e enquanto ele caia eu cortava o mesmo ao meio com um corte horizontal, rasgando sua armadura e corpo, tirando a parte do tronco para cima do seu corpo.

Eu tinha me abaixado para fazer o ataque então seu corpo saiu por cima de mim, derramando um pouco de sangue em mim. Continuei parado, eles ainda vinham na minha direção e eu precisava acabar com seus corpos rápidos antes que chamassem ajuda. Eu sentia meu poder emanar pelo meu corpo e percorrer pelos meus braços até se espalhar pelo meu sabre. Eu sentia ele brilhando como na última vez e fiz um corte vertical no ar matando os outros quatro.

Continuei a correr seguindo o caminho que o cordão mandava, descer as escadas, se esconder, continuar correndo e cada vez que eu andava mais eu podia ouvir o barulho de soldados cada vez mais perto. Sentia que logo eu teria que lutar... Eu sentia falta da Mira naquele momento, tinha tantos poderes que eu queria poder dominar e que ajudariam tanto nesse momento, mas por simples capricho eu escolhi não treinar antigamente com ela. Eram mais poderes ilusórios e telepáticos que eu pensava que não ajudaria a matar mas agora seria útil para prender eles em um transe até eu fugir dalí.

Eu continuei o caminho que parecia bem estendido e demorado, eu estava correndo já a muito tempo até que ao passar por uma porta eu senti uma forte brisa de vento bater contra mim e o barulho de soldados mais alto. Eu tinha conseguido fugir do castelo, mas ainda não tinha terminado. Eu precisava encontrar alguma coisa que Freya tinha deixado para auxiliar minha fuga. Continuei a correr ouvindo o cordão que me mandava um pouco mais para longe daquela barulheira e aos poucos eu podia sentir terra sobre meus pés.

Dei um sorriso bobo por finalmente ter conseguido escapar, mas isso só até eu ouvir a voz de alguem vindo da direita.

- Onde pensa que está indo? - Dizia um homem, adulto por volta de trinta anos. Robusto e claramente um soldado pelo barulho de armadura. Mas não um soldado qualquer.

Eu fiquei muito tempo preso e com isso eu pude distinguir o barulho da armadura que cada soldado fazia e aquele parecia de um coronel. Parei de correr novamente e me virei para ele. Não ia adiantar fugir, eu precisava acabar com ele, e eu sabia que não séria uma luta fácil.

- Sabe, eu acho que hoje não é seu dia de sorte...

- É... E por que? - Ele dizia ironicamente respondendo minhas palavras com certo desdém.

- Por que, eu sou a pior pessoa que você poderia encontrar hoje...

Eu tentei usar um poder, que nos livros chamavam de "Dono da Verdade." Usando ele, qualquer palavra que saísse da minha boca iria deixar meu inimigo aterrorizado, ou simplesmente acreditar em tudo que eu falasse mesmo se fosse mentira. Eu nunca tinha treinado ou tentado usar ele, então minha voz saiu extremamente diabólica e eu acho que eu consegui usar ele, só não do jeito que eu queria.

Ele começou a correr na minha direção e antigamente eu podia ver a aura das pessoas mas agora eu conseguia ouvir elas. A dele gritava de pavor, como se visse um demônio e em seguida eu me transformei em névoa bem a tempo escapandod e seu ataque e indo para trás dele. Me concentrei e logo voltei ao meu corpo físico e comecei a multiplicar a névoa pelo campo, para tirar sua visão e me dar mais vantagem e poder. Afinal, era meu campo de batalha agora.

Eu sei que era errado, mas eu tentava treinar meus poderes mesmo cego agora lutando com um comandante de um exército de um deus. Apenas era mais forte do que eu a vontade de ser mais poderoso pra poder ir atrás de Frey.

Ouvi o barulho de sua armadura se mexendo para cá e para lá, como se estivesse meio perdido. Sua aura ainda gritava de medo e ele parecia estar tentando me procurar até que, como eu imaginava não seria uma luta fácil. E certamente ele não era um mero comandante. Talvez filho de algum deus, mas naquele momento eu senti uma onda de energia percorrer pelo campo e me atingir me fazendo ir para o chão e fazendo um certo barulho.

Não demorou muito quando eu ouvi ele vindo na minha direção e parei o ataque de sua espada com meu sabre no último segundo. Ele era realmente muito forte e rápido... Começamos a ter uma luta de espadas, graças a um sexto sentido eu podia sentir quando ele ia atacar e onde ia atacar, mas eu não conseguia revidar seus ataques.

Ele continuava atacando bem rápido até que ele fez aquele ataque novamente e me lançou para trás jogando um onda de energia contra mim. Não consegui revidar ou recuar, mas logo me levantei segurando meu sabre e esperei ele vir novamente até mim. Fiz meu sabre brilhar outra vez e assim como ele lancei um corte horizontal de energia pra não ter como ele escapar, mas logo ele pareceu atacar o corte com sua espada partindo ele ao meio e continuando a vir até mim.

Parei seu ataque com meu sabre novamente e fiz um movimento circular tentando tirar a espada dele, mas não deu muito certo. Apenas consegui travar ela no chão enquanto eu sentia ele preparar outra onda de energia,

- Droga! Para com essa merda! - Dei um chute em sua barriga ao mesmo tempo que ele me lançou para trás.

Meu chute nem amassou sua armadura mas ele me mandou para trás. Me levantei novamente olhando ele. Agora eu estava sem meu sabre. Eu podia pensar para ele voltar novamente para minha mão mas travar espadas com esse cara era inútil. Me concentrei enquanto respirava fundo tendo alguns segundos antes dele chegar até mim.

"Olhei" em direção dele e logo... Respirei fundo outra vez, deixei meu corpo me guiar totalmente com o sexto sentido. Desviei de alguns de seus ataques com a espada e logo no último ataque do mesmo, chutei sua mão e lancei a espada dele para longe. Me apoiei no seu joelho meio inclinado e logo peguei impulso dando um chute no ar na cara dele.

Ele deu alguns passos para trás cambaleando e eu fiz o mesmo. Deixei meu corpo solto e logo ele estava tomando conta da luta.

- Constelação de Sagitário. - Eu não sei por que eu disse aquilo mas logo, mesmo não segurando nada minhas mãos fizeram o movimento como se estivesse segurando um arco-e-flecha.

- Mas, oque... - Ele parecia confuso enquanto dizia um pouco distante de mim e eu estava tão confuso quanto. Afinal eu não podia ver nada.

Senti como se uma luz meio quente estivesse em minhas mãos e em seguida solteira a flecha que parecia estar mirado para ele. No segundo do seguinte ouvi seu último suspiro após alguma coisa entrar na sua testa atravessando seu capacete e fazendo ele cair no chão.

Voltei a controlar meu corpo. Fiz meu sabre retornar a minha mão e sem tentar entender oque aconteceu, continuei correndo por onde o cordão me mandava ir, eu me sentia quase livre... Quase...


Notas Finais


Desculpem os erros.


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