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História Fim da minha Amargura? - Elizabeth


Escrita por: Serin_Chevraski

Notas do Autor


Eu estou escrevendo e postando, então pode acontecer de aparecer algumas contradições na história. Estou trabalhando para evitar o máximo dessa possibilidade.
Espero que gostem ^~^ Boa leitura.

Capítulo 3 - Elizabeth


- Qual  seu nome? -uma fina voz questionou.

- O meu? Você consegue me ver? -respondeu a criatura que chorava na sombra da clareira.

- Sim, o que você é? -assentiu. Era um pequena garota de uns nove anos e cabelos negros, com olhos azuis profundos.

- Eu sou uma Deusa de nível inferior -murmurou o ser, escondendo-se nas suas asas de dois metros.

- Nível inferior? -a menina se aproximou curiosa e inocente, se agachando próxima ao ser alado. A criatura estremeceu, parecia um anjo, pois diferente dos antigos contos, ela era um tanto menor demais para uma Deusa.

As Deusas eram conhecidas pelos seus tamanhos colossais e auras de poder sublime, como portadora de gigantescas asas. Mas aquela que se encontrava na frente da pequena menina era do tamanho de um humano comum.

- Não era para eu conseguir te ver? -a cabeça da menina tombou para um lado do ombro, sem compreender direito.

- Não, porque sou uma Deusa inferior, não tenho muito poder para me materializar...

De certa forma ela realmente parecía que iría sumir a qualquer momento, a pequena menina ergueu a mão minúscula e tocou em seu ombro, a sensação era como se tocasse em uma camada fina de ar comprimido.

- Meu nome é Elizabeth -sorriu a menininha de cabelos negros- E o seu?

- ... -pela primeira vez Elizabeth viu os olhos da Deusa, profundos dourados com um símbolo em seus olhos- Eu não tenho nome... Porque sou inferior demais, as outras Deusas não me deram um nome.

- Eh!? -chocou-se a menininha- Então como eu devo te chamar?

- Eu... Vou apenas desaparecer em breve -murmurou ela- Por isso vim para essa clareira no mundo humano... Para pelo menos morrer em paz...

- Não! -exclamou a pequena, se levantando bruscamente- Você vai vir comigo! Vou te levar para casa e vou cuidar de você! -ela estendeu a mão e sorriu gentilmente.

A Deusa encarou os azuis olhos determinados. Estaria certo deixar se levar pela gentileza daquela pequena humana? Ela se perguntou. Mas não tinha casa, não tinha nome...

"Eu quero ser salva" foi o sentimento mais profundo da Deusa, uma lágrima caiu de um seus olhos dourados. E então, sua própria mão se ergueu para pegar a da pequena humana.

- Por favor... Me ajude -implorou.

A Deusa recebeu um sorriso caloroso.

Quando percebeu, a menina era sua guia para uma pequena vila não muito longe dali.

- ELIZABETH! -uma voz zangada chamou. Uma mulher adulta estava com cara fechada e mãos na cintura. em frente de uma casa de madeira, dava para se entender que aquele era o lar da menina.

- IIIRK -estremeceu a pequena garota- O... Oi mãe... -sorriu forçado.

- Não diga "Oi mãe" com naturalidade! -se zangou mais- Fiquei preocupada!

- Aaaah... Mas eu estou bem -sorriu inocentemente.

- É, estou vendo, mas e se... Tivesse acontecido algo? -a voz da mãe de Elizabeth estremeceu.

- Ora, aconteceu nada, então está tudo bem, certo? -chegou o salva-vidas, um homem alto com uma enxada e sorriso pacífico aproximou, colocando seu material de trabalho encostando na parede da casa.

- Papai! -sorriu a menininha, correndo para os braços dele. E ele correspondeu, a levantando no colo.

- Você é amável demais com essa menina -ralhou a mulher.

- Calma amor, Liz está bem, e isso que importa, certo? É normal as crianças brincarem um pouco.

- Eu sei... Mas se algo acontecesse...

O homem deu um beijo na testa da esposa e disse tranquilamente:

- Vamos pra casa, amor. Liz, não preocupe tanto sua mãe, ok? -ele se virou para a menina.

- Sim! -ela respondeu sorridente- Ah! Papai! Mamãe! -Liz se lembrou de uma coisa, os olhos dela se encontraram com o da Deusa que esteve sempre parada ali ao lado da família feliz.

- Não diga nada, Elizabeth -murmurou a Deusa com um sorriso entristecido. Os pais dela não viam o ser que Liz via, então não faria sentido mostrar o ser alado para eles.

Os dias se seguiram como paraísos, mesmo tendo notícias de guerras e o poder dos demônios se estendendo mais e mais. Por alguma razão, pela vila de Elizabeth ser um tanto afastada, não receberam a visita dos demonios... Ainda.

Os anos passaram, a vila fechada tinha bons frutos no verão, no inverno conseguiam sobreviver tranquilamente com leite de cabra, pelos de ovelhas, carne de galinha. Tinham uma terra próspera e auto sustentável.

- Deusa, deusa. Qual vestido acredita que devo usar? -questionou Liz, num sorriso estampado.

- Eu não sei... -a deusa murmurou, pondo a mão no queixo e olhando seriamente para os dois vestidos que a garota segurava- Eu acho que o azul é mais bonito -assentiu ela decidida.

- Hum... -os olhos azuis da garota ficaram sérios também- Se minha Deusa diz isso, vou seguir o seu conselho -completou satisfeita.

"Liz finalmente está em seus dezessete anos... Como aquela menininha cresceu", pensou a Deusa, orgulhosa. "Não sei se foi pelo seu forte desejo em me ajudar que me deixou sobreviver até hoje sem desaparecer... Por isso Liz, nao importa o que aconteça, eu irei te jurar, mesmo sendo uma Deusa inferior, te protegerei".

Elizabeth tinha se tornado uma moça realmente linda. A vila dela era bem movimentada, e cheia de vida, junto com muitos jovens como Elizabeth, e nem se tem a necessidade de comentar que muitos rapazes olhavam para Liz com uma paixão ardente.

- Deusa? O que acha? -Liz tinha colocado o vestido azul e bailava em minha frente. A encarei e assenti com a cabeça.

- Sim, está linda, Elizabeth.

- Obrigada -ela sorriu- Que bom que tenho você, Deusa.

O quanto aquelas palavras me faziam felizes, não posso expressar. Para uma Deusa esquecida ser considerada por alguém assim... Era realmente algo que eu poderia facilmente dizer: Este é todo o meu mundo.


Notas Finais


Até a próxima :D


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