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História Fim do Mundo - Dia de Treino


Escrita por: alokarol

Notas do Autor


Jason Momoa aparece no próximo capítulo!

Se alguém estiver lendo isso, podem deixar uma dica se preferem o capítulo mais curto, como os anteriores ou mais longo como esse? Beijinhos

Capítulo 3 - Dia de Treino


Fanfic / Fanfiction Fim do Mundo - Dia de Treino

   Acordo assustada com o barulho ensurdecedor de uma trombeta estourando meus tímpanos.

   - Hora de levantar, soldados. São 4:30 do dia 15 de fevereiro, de 2017. O café já está sendo servido. Seus respectivos comandantes aguardam às 5:30 no local de treinamento militar. – Anunciou uma voz masculina pelas ondas do rádio interno.

   Vesti-me com a farda fornecida no dia anterior e me arrastei até o refeitório. As pessoas que ocupavam os assentos das mesas quase não falavam e quando o faziam era em um volume quase que inaudível.

   A comida era um assunto à parte, tinha aparência de gororoba. “Como será que esses militares vivem disso?” – me perguntei. Sentei com minha bandeja cheia de comida não apetitosa na mesa de enfermeiros e médicos, desta vez não havia distinção de gêneros, todos comiam misturados. Coloquei a primeira garfada de um alimento amarelado, esperando sabor de chulé na minha boca... E não era ruim! Na verdade eram ovos mexidos com gosto de: ovos! Percebi que quanto menos eu me preocupasse com coisas mínimas, melhor seria pra minha sanidade mental.

   Na mesa, todos falavam sobre os treinamentos. Os homens estavam tão confiantes quanto a etiqueta masculina mandava e a maioria das mulheres confessava o medo que lhes assombrava. Nunca fui boa com rejeição, se eu entrava numa disputa era pra ganhar, não sei se fazia isso por mim mesma ou pelo simples fato de não querer decepcionar quem acreditava em mim.

   Um barulho soou como se fosse o final do intervalo das crianças na escola. De algum jeito sabia que agora minha vida ia começar a complicar.

   Fomos todos juntos, homens e mulheres para nosso lugar designado a treinar. Era um pequeno galpão, com uma mesa retangular e comprida, disposta no final do espaço. Em cima da mesa metálica havia diversas peças, grandes e pequenas, todas de cor preta, que pude distinguir como partes soltas de armamento. Um homem negro, quase sem cabelos, com seus músculos saltando pelas mangas da blusa, nos olhava com um tom severo.

   - Eu sou o comandante Queiroz. – A sala parecia cada vez menor cada vez que ele desferia sua voz de trovão - Sou especialista em armas de fogo. Hoje vocês aprenderão a montar e manusear cada uma dessas 3 armas. Algum dos senhores já manuseou uma arma antes?

   Fez-se um silêncio mortal. Ninguém. Nunca.

   - Ótimo, vou ter que ensinar às bonecas desde o princípio. – Disse com desgosto estampado em sua cara. – A primeira das três é a Glock, mais conhecida como .40. Ela é leve e tem um tiro preciso...

   Assim ele nos ensinou a montar tanto a pistola quanto mais dois fuzis, um deles até granada lança! Todos nós passamos desse teste facilmente.

   O segundo teste era o de condicionamento físico, onde tínhamos que passar por obstáculos até o final da pista. O recorde de menor tempo pertencia a um Cabo, nos anos 90, era de 15 minutos.

  Nossos colegas homens foram primeiro. Quase todo o quartel parou pra ver o vexame que poderíamos dar diante de toda essa provação. Dos 6 enfermeiros e 5 médicos, apenas 3 de cada grupo, concluiu o trajeto, em meio a vaias, gargalhadas e gritos dos militares.

  Chegou a vez das mulheres, primeiro as médicas, eram 3 e apenas uma delas concluiu o trajeto em 40 minutos. As outras 3 enfermeiras não eram tão persistentes, apenas uma terminou.

   Minha vez. Meu coração batia acelerado, a adrenalina corria por cada vaso sanguíneo do meu corpo. Saltei, rastejei, pulei, corri. Cada segundo parecia uma eternidade. Os gritos insistentes pediam para que eu desistisse, eu era vaiada, meus pulmões lutavam para que eu encontrasse oxigênio. Não sei quanto tempo se passou, agarrei a ultima corda, escalei até o topo e bati o sino que marcava o final da prova.

   - A Cabo Oliveira, concluiu a prova, com um marco de 25 minutos e 09 segundos. – Gritou o rapaz que cronometrava cada prova realizada.

   “Nada mal pra uma mulher”, diziam vários homens num comportamento que eu já imaginava encontrar: o machismo.

   Estávamos todos sujos, cansados era final do dia e ainda restava o último teste. Defesa pessoal. Nada de nos ensinarem. Colocaram pessoas para simplesmente nos atacar. Os homens conseguiam se virar, devido sua maior força física natural, mas já estávamos cansados. Dos 6, do grupo de homens que havia concluído a prova anterior, 5 conseguiram vencer sua luta. As mulheres, todas atacadas por homens, somente eu consegui acabar com meu agressor, graças a já ter praticado artes marciais em algum momento na minha vida.

  Uma sirene tocou.

   ATENÇÃO: médicos, enfermeiros e militares números 11579 a 12124, preparem-se para embarque imediato. Isso não é um treinamento. Repito EMBARQUE IMEDIATO. – Anunciou a voz do rádio

   Naquele momento, eu sabia que alguma coisa havia dado errado. Os rumores eram que o bicho pegava na Coréia do Norte e que mais tropas aliadas haviam sido perdidas. Pronto, agora era certo, eu estava a caminho da guerra.



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