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História Final Fantasy VII: Remaining - Surpresa


Escrita por: MorteRubra e JujubadoBibs

Notas do Autor


Olá

Capítulo 18 - Surpresa


Pov’s Vincent Valentine

 

Já tinha uma semana mais ou menos que eu estava em casa sem fazer nada. Ficou meio quieto sem a Yuffie e o Junior, mas pelo menos o Junior é comportado.

Não tinha nada de fazer. Não podia ir no laboratório porque eu sei que se fosse lá sozinho ia dar merda. Se acontecesse alguma coisa comigo, todo mundo iria atrás de mim, como quando derrotei Omega e eles ficaram 2 meses revirando aqueles destroços pra me achar sendo que eu estava com a Lucrecia. Então melhor ir mais gente e ninguém se arrisca de mais.

Não estava a fim de ver pessoas. Fui até uma campina próxima a um rancho não muito longe da vila onde eu moro. Ninguém vai lá. O rancho parecia abandonado, mas seja lá de quem era, deixou os chocobos pra trás. Eles já se acostumaram comigo, então as vezes me seguem pra ver se eu tenho comida e os filhotes curiosos gostam de ficar bicando as minhas roupas e o meu cabelo. Me sentei a sombra da árvore de sempre. Não sei que árvore é, mas ela se enche de flores na primavera, sem perder as folhas. Me deitei olhando pras nuvens, pensando na vida. Fechei os olhos um pouco querendo tirar um cochilo e ouço alguém me chamando.

-Vincent? Não sabia que gostava de lugares assim.

-Hum? Helektra? – Ela estava com uma cesta de piquenique

-Oi!

-Oi. Não sabia que conhecia esse lugar. Aqui é tranquilo. É bom pra aliviar a cabeça.

-Bom te encontrar aqui. Aceita um lanche? – Forra o chão com uma toalha de mesa azul xadrez e coloca um bolo, sanduiches e frutas em cima. Ela estava sorrindo. Me lembrei que uma vez me encontrei com Lucrecia nessa mesma situação.

-Bem te ver aqui também. Cadê o Junior?

-Olha o abraço...

-VINCEEEEEEEEEENT!!! – Junior me derruba de novo – Que bom que está aqui!

-Oi guri! – Sai de cima de mim e o meu lobo me da um banho de lambidas – Tá! Tá bom! Bom te ver também! Para de babar em mim!

-VEM CERBERUS! – Sephiroth sai correndo brincando com ele e os outros. O chará também foi correndo atrás. Angeal, o grifo, se deitou do lado da Helektra. Ele parecia muito bem.

-Aqui! – Ela me entrega um copo de suco – Sirva-se à vontade.

-Obrigado. Parece mais feliz hoje...

-Eu estou. Angeal está bem, Sephy está feliz, estou em um lugar tranquilo com vocês...

-Devia sorrir mais. Você tem um belo sorriso – Ela sorri mais ainda ficando levemente corada.

-E você deveria sorrir. Você nunca sorri...

-Não tenho muitos motivos pra sorrir.

-Se não quer ser feliz por você, seja por mim! Seja pelo Sephy! Por seus amigos!

-É uma boa filosofia.

-Bem, você veio aqui pra esquecer os problemas. Então vamos esquecer. Deita ai na grama. Descansa a cabeça. Procura formas engraçadas nas nuvens – Olho pro céu – Vagam pelo céu sem nenhuma preocupação...

-Pudera ter uma vida tranquila assim. Apesar de estarmos falando de amontoados de vapor...

-Hihihi... – Deitamos na grama e conversamos. Nada de parasitas, hospedeiros, CETRAS, ShinRa... Nada! Só um pouco de paz. Ela ficou calada de repente e eu olhei pra ela, mas não foi ela que eu vi.

-Lucrecia?

-Está feliz Vincent? – Me assustei e abri os olhos. Foi apenas um sonho.

Mas afinal, o que isso quer dizer?

Curioso, as nuvens que estavam passando no céu aquela hora eram as mesmas que eu vi no sonho... O mesmo formato de Behemot e o mesmo formato de chocobo.  

Depois de mais uma hora, voltei pra casa e tentei descansar de novo, mas aquele sonho não saiu da minha cabeça. O que quer dizer? E eu quase sempre tenho pesadelos, mas naquela hora... Seria a campina calma que me fez pensar em coisas boas?

No dia seguinte sou acordado com uma ligação do Cloud. Disse que precisava falar comigo. Por que EU tenho que ir lá? Quem tem moto é ele!

-Não pode falar por telefone?

-Pode, mas eu preferia que fosse pessoalmente.

-Do que se trata?

-É que a gente julgou mal o Junior...

-Não... Tá me zuando... Vocês trataram ele tão bem...

-Não precisa falar assim...

-E o que tem isso?

-Queríamos pedir desculpas a ele, mas ele só confia em você.

-Quer que eu o leve de volta ai?

-Na verdade a gente vai dar um susto nele.

-Como assim? – Cloud me explica a ideia deles - Ah, quer apenas que eu o acompanhe pra que ele não fique tão assustado?

-É! Explicar a situação.

-Tá bem. Eu vou te mandar um sinal pelo celular quando for uma boa hora pra chamar ele.

-Okay. Até sábado então.

No sábado fui lá na mansão logo cedo. Fazia pouco tempo que havia amanhecido. O céu ainda estava um pouco escuro. Cheguei lá e Weiss tinha atacado o povo, e o Junior foi esperto em fazer aquela armadilha já que ele não teria chance de verdade contra ele. Se machucou um pouco, mas nada muito grave já que ele se cura rápido. Mas o Junior é meio burrinho. Disse a Weiss o que é importante pra ele.

Coloquei Helektra no quarto dela já que ela estava inconsciente. Falei com Sephiroth sobre os hospedeiros do parasita alpha que havia visto, e ele já controla bem o próprio parasita. Mas grassas a eu saber de mais sobre eles, a mãe do guri tá bem desconfiada de mim. Não a culpo! Ela só quer proteger seu filho como qualquer boa mãe faria. Mas pelo menos agora ela vai me contar mais sobre eles.

Invadimos o laboratório onde haviam mais pesquisas e matamos os hospedeiros que estavam lá. É estranho montar numa criatura que você sabe que é uma mulher “diferente”. Quase que aconteceu algo constrangedor por eu ver Helektra daquela forma... Grassas ao Junior teremos acesso a câmeras e arquivos da ShinRa.

Depois que voltamos fui treinar o guri.

-Sephiroth, esqueceu que os seus lobos são ruins?

-Só o Slayer que é ruim! – Estava grudado num galho alto de uma árvore e Slayer passou por mim com um pedaço da blusa do menino na boca. A manga da blusa mais especificamente. Ainda bem que ele mordeu o braço e não a bunda.

-Desce daí!

-Okay! – Vai descer, mas pisa num galho prado de cai de lá de cima. Ele chegou no chão apoiando com as mãos e os pés bem esticados, como um gato faria – Eu to bem!

-Como caiu desse jeito?

-Aprendo muitas coisas com animais. Gatos viram seu corpo no ar de forma que olhem pro chão, e pra um provável apoio pra que se segure, e se esticam de forma que tentem cair mais devagar. Daí quando chegam no chão, apoiam suas 4 patas.

-...Pensou tudo isso enquanto caia?

-É por ai. Mas já fiz isso tantas vezes que virou reflexo. Enfim, vem cá! – Me leva pra uma sala de treinamento. Aproveitei essa hora pra dar o sinal pra Tifa pra ela chamar Sephiroth. Quando ele vai abrir a porta, um colar com a cara de um lobo que ele estava usando começa a piscar. Ele rapidamente se transforma no hospedeiro e corre pra casa dele. Pega uma mochila que tinha arrumado pra quando fomos no laboratório mais cedo, que estava em cima do sofá, as armas que estava usando que estava ao lado da mochila e continuou correndo a toda velocidade pra fora.

-SEPHY!

-ESPERA! – Seguro Helektra que estava indo atrás dele – Tá tudo bem. Eu vou atrás dele tá?!

-Como assim “tudo bem”? Por que ele tá tão assustado?

-Sei que é confuso, mas ele ficará bem. Confie em mim. Lhe explicarei tudo depois.

-... Cuide bem dele – Não sei se foi preocupação que a fez confiar ou se ela realmente confia em mim.

Fui atrás do Junior com a ajuda do meu chara. Sephiroth realmente disparou pra trilha, mas aquele cavalo tem uma velocidade irreal. Quase fomos atropelados pelo Bahamut que ele invocou. Não era o Bahamut de Kadaj, este era menor de escamas azuladas, e que pareciam bem afiadas. Quadrupede, 2 asas e cauda que parecia servir como um porrete. Ele voou baixo pra que o Junior subisse e Vincent freou do nada, levantando a traseira me arremessando pro Bahamut que já estava indo pra cima rápido como veio. Quando me segurei nele, confirmei suas escamas afiadas; além disso me senti sentado num cubo de gelo. Como pode ter um corpo tão frio? Ele não gostou muito do peso extra sem autorização e começou a voar dando rodopios querendo me derrubar, mas Sephiroth o acalmou. Ele era outro que tinha uma velocidade absurda. Voou direto pra Midgar.

-Vincent, eles tão em perigo! Eu pedi pra Marlene me chamar quando tivesse problema! Aconteceu alguma coisa!

-Calma garoto! Você vai assustar as pessoas com esse Bahamut. E se eles estiverem em perigo, temos que analisar a situação antes de qualquer coisa. Se acalma – Ele se acalmou voltando a sua forma humana.

-Me esqueci que ele tem escamas afiadas! Tenta não se mexer muito.

-É, eu percebi. Quantas criaturas você invoca?

-Muitas! Não sei quantas. Mas Bahamuts, são uns 8. Mas 3 deles são filhotes. Esse aqui ainda é jovem. Somos amigos.

-Hum... – Difícil dizer que se é amigo de um Bahamut. Não é o tipo de criatura que pode se chamar de “amigável”.

Em menos de 10 minutos chegamos em Midgar. O Bahamut ondulou o corpo todo nos fazendo “pular”, se virou rápido e abraçou a gente se encolhendo como uma bola. Caímos em uma das ruas que nunca acabaram de ser construídas. Ninguém estava perto pra nos ver. Ele “se abriu” nos deixando sair. Se sacudiu tirando os pedaços de asfalto que ficaram presos em suas escamas.

-Obrigado amigo. Pode voltar agora – Voa pra cima e some devagar no meio das nuvens – Vamos. Eles parecem estar na igreja! – Continua correndo pela rua.

-Como ele é tão gelado em cima e a barriga dele é tão quente?

-Por isso mesmo. Ele cobre suas escamas com gelo pra manter o corpo quente. Ele produz gelo com a boca. O primeiro que eu te mostrei era plasma. Entende?

-Nem tenta me explicar...

Pulou no fim da rua escorregando pela areia desviando dos destroços. Pegou suas armas e foi se aproximando com cuidado. Entramos devagar. Não vimos ninguém além de Marlene deitada nas flores, fingindo estar desmaiada. Sephiroth correu até ela.

- Marlene... – Ela se levanta abraçando ele

-Bom te ver de novo Sephy!

-O que? – Não estava entendendo nada – Você não está em perigo?

-Não! Só queríamos fazer uma surpresa pra você!

-Hum?

 

Pov’s Sephiroth

 

-Hum?

-Olhe pra trás Sephiroth! – Aerith aparece do meu lado. Olho pra trás e todos estavam lá – Você vai gostar disso!

-Não fica magoado Sephy, mas mostramos a carta pra eles. Era a única forma de entenderem o que você estava sentindo.

-... – Cloud vai até mim e se abaixa na minha altura

-Desculpe ter feito aquilo com você. Não sabia que se sentia tão mal assim...

-Não se desculpe... Só estava defendo as pessoas que são importantes pra você. Eu que peço desculpas por não ter dito a verdade. Eu queria proteger a mamãe...

-Ei, não tem nada com o que se desculpar. Nós realmente te devemos desculpas. Te tratamos mal... Não confiamos em você.

-Acho que estamos empatados né?! – Tifa se aproxima também – Mas agora somos amigos certo?!

-Somos?

-Acho que sim né?! – Os outros também se aproximam.

-E desculpe termos pensado que você era um monstro.

-Mas eu sou senhor Reeve. Mesmo que eu não queira...

-Não! Não é! Para de falar assim. Você é diferente. E quem não é?! Todos nós somos diferentes, mas no fim das contas todos amamos, erramos, ficamos felizes e tristes, sentimos fome, frio, medo, preocupação, afeto... – É, nisso a Tifa tá certa

-Mas eu sou um hospedeiro...

-E daí? Você está aprendendo a controlar não é?!

-É...

-Bem, temos muito o que conversar, mas depois falamos disso. Só pedimos que nos desculpe por tudo.

-É claro Tifa! E desculpe ter assustado vocês. Quem mandou parecer de mais o meu pai...

-Da nada. A gente se acostuma com seus olhinhos de gato.

-E desculpe também ter dado trabalho e por ter causado intrigas entre vocês.

-Discussões acontecem mesmo nas melhores famílias. Não precisa se desculpar.

-Até porque a reconciliação é a melhor parte. Né não Cloud?! AI! –Cloud da um soco no braço do Cid.

-Mas vocês não são uma família?!

-É, de certa forma somos.

Eles estavam sorrindo. Pareciam realmente que estavam felizes por eu estar lá. Eu estava feliz por estar lá. Bem, com exceção da Yuffie que continuava afastada com uma cara emburrada. Aerith percebeu que eu estava acuado pelo olhar da Yuffie... Ela foi até a guria e tocou a cabeça dela e ela veio até mim.

-Desculpe ter gritado com você monstrinho – Não olha nos meus olhos nem muda a cara, mas pelo menos pediu desculpas.

-Que tal se desculpar direito e não chamar ele assim?

-Tu fica quieto ae o gato gigante!

-Depois reclama de ser chamada de imatura...

-O que você disse?

-O que você escutou. Pelo menos agora eles viram o que eu já tinha visto em você filhote – Abraço o Red

-Claro que você gosta dele! Vocês tem os mesmos olhos...

-Na verdade minhas pupilas são redondas como as suas. Sephiroth tem pupilas horizontais.

-E que amam coisas brilhantes... – Vincent pega um laser e ilumina o chão e eu fico tentando pegar a luz. Eu não resisto a coisas brilhantes... – Esses olhos podem dar reflexos rápidos e ótima visão no escuro mas tem essa desvantagem – Eles ficam rindo de mim tentando pegar a luz

-Olha o lado bom, se alguém estiver mirando em um de nós, vamos saber rapidinho.

-É... Tomando uma voadeira.

-Cloud, que cara é essa?

-Por que ninguém me avisou que era só ficar iluminando o chão com algo brilhante que o Sephiroth ficava distraído?

-Ele era um SOLDIER de primeira classe Cloud. Acho que ele sabia controlar esses “instintos de gato”. E você já ganhou dele umas 4 vezes. Que relevância isso tem?

-Verdade.

-Enfim, que tal voltarmos pro bar? Deixei um pudim na geladeira.

Voltamos pro bar, almoçamos e comemos pudim. Depois da refeição apesar do medo de ser rejeitado de novo, contei tudo a eles. Foi Vincent que explicou a maior parte das coisas. Até mostramos o ponto fraco dos hospedeiros. Vincent também aprendeu a identificar machos e fêmeas e também explicou. Bem, não contei o que mamãe não disse ao Vincent, até porque isso é meio pessoal dela.

Quando acabamos de explicar tudo, pareciam compreensivos, e tranquilos por saber que eu consigo me controlar agora. Fui brincar com Denzel e Marlene. Fomos pular corda dupla com outras crianças lá fora. Tive que ficar com capuz...

-Bom saber que você se controla agora Sephy. – Denzel para de pular um pouco e se senta do meu lado.

-É... é bom saber que não sou um perigo pra vocês. Quero protege-los.

-Já sabe lutar?

-Um pouco. Não chega a ser habilidades tão boas como as de Cloud, mas já luto bem.

-Aquelas armas que tão vendo lá dentro são suas?

-Sim. Arma de fogo e espada juntas. Bem melhor pra lutar.

-Denzel, quer pedir aquilo pro Cloud de novo? – Marlene se senta do lado dele

-Por que ele só não concorda logo de uma vez?! Sabe que eu vou continuar insistindo...

-Pedir o que?

-Já pedi milhares de vezes pra ele ensinar a gente a lutar, mas ele não quer. Fala que eu sou muito jovem pra isso.

-Nós somos jovens, mas o mundo exige que a gente aprenda a se defender.

-Diz isso praquele chocobo em forma de gente.

-TIO CLOUD!

-Eu! – Grita de dentro do bar

-Era sarcasmo... – Vou indo lá pra dentro – PERA SEPHY! – Tenta me segurar mas eu saio correndo.

-Não me segura! – Ele nem precisou. Quando fui passar pelo balcão minha capa prendeu e eu caí de costas – Au...

-Você tá bem? – Cloud me ajuda a levantar. Denzel vem correndo e tapa a minha boca – Denzel, solta o menino! – Dou uma lambida na mão dele

-Eca! – Me solta

-Ele não quer que eu diga que ele quer que o senhor treine ele.

-Denzel já falamos sobre isso...

-Eu disse que ele não ia concordar... – Limpa a mão na minha capa

-Ei...

-Cloud, e se alguém tentar sequestrar eles e ninguém tiver perto? Como espera que eles se defendam? – Reeve comenta

-...

-A situação está meio critica. Eles tem que saber se defender sozinhos.

-Eu vou pensar nisso – Cloud sobe as escadas

-Tradução, ele vai perguntar pra Tifa – Rimos do comentário do Cid

-Sephiroth, liga pra sua mãe. Ela deve estar preocupada. Explica o que aconteceu – Vincent me entrega o celular

-Ah, Okay! – Ligo pra ela e explico tudo. Peço pra ficar mais e ela deixa.

-Ei, Denzel, sua vez agora – Uma guria de um rabinho de cavalo de cara lado da cabeça segurando uma pelúcia vem chamar ele – Você também! Não pulou corda nenhuma vez! Vamos!

-Eu?

-Vai Junior. Só cuidado pra não prender o pé na corda.

-Vou tentar!


Notas Finais


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