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História Final Girls - Garota submersa


Escrita por: carlson

Notas do Autor


Essa é a minha primeira vez escrevendo então, perdoem os erros e não desistam de mim.

Capítulo 1 - Garota submersa


Final Girls [1X01]

[1 semana atrás]

[Amanda]

{O final das férias de julho foi a melhor coisa que havia me acontecido, até que aconteceu aquele acidente}.

Nós havíamos fugido do acampamento da escola para termos uma noite de verdade, as férias estavam chatas e precisamos de diversão. Nos dividimos em três carros ficando cinco pessoas em cada um. No meu carro havia ficado eu, meu namorado Igor, meu irmão Lucas, Isabella e Ana, que eram minhas amigas.
Nós estávamos em alta velocidade com o som no último volume.
— DON'T STOP BELIVE! – eu cantava loucamente.
— Se controla, Amanda! – repreendeu-me Lucas.
— Me deixa, não é porquê você é meu irmão mais velho que precisa sempre pegar no pé. – eu respondi.
Ele era dois anos mais velho que eu e, desde a morte do nosso pai, resolveu assumir o papel de responsável.
— Quem quer ver eu chegar em 250 km/h?  – perguntou Igor, que estava no volante.
— Pisa fundo! –  manifestou-se Ana com seu olhar maléfico.
O carro ficou tão acelerado que mal conseguíamos ver o que se passava nas janelas, até que uma sombra apareceu um pouco distante do nosso caminho mas logo foi ficando mais próxima do carro.
— FREIA ESSA PORRA, IGOR! – eu gritei, desesperada ao perceber que era uma pessoa.
O carro parou, mas não antes de jogar para cima quem estava na nossa frente. Eu bati minha cabeça com a freiada e pelo que tudo indicava, os outros também.
— ATROPELAMOS ALGUÉM! –Gritou Isabella, desesperada enquanto sua testa sangrava.
Quando saímos do carro, os outros já haviam nos alcançado e estavam saindo de seus carros também.
— Que merda vocês fizeram? –perguntou Guilherme, enquanto encarava o corpo da pessoa que havíamos atropelado. Era uma menina.
— Fodeu geral! Vocês mataram ela e todos vamos ser presos! – disse Luis, saindo do carro.
— Cala a boca, seu acéfalo. – disse Igor, indo em sua direção.
— Se vocês forem brigar, deixa eu pegar meu celular primeiro. – Sarah se intrometeu.
— Dá para focarem na droga desse corpo? – perguntou Lucas, sentindo-se irritado.
— Ela está morta? – perguntou Fernanda, com voz de choro.
— Alguém coloca essa menina dentro do carro antes que ela comece chorar! – disse Ana, quase irritada.
— Vem, Nanda. – chamou-lhe Matheus.
— O que faremos? – perguntei.
— Chequem a pulsação dela. – disse Manuella, que se encontrava encostada em um dos carros.
— Eu faço isso. – sussurrou Kalleb, já indo na direção da garota.
— Quanta coragem. – disse Melissa.
— O que você está fazendo aqui? – perguntou Ana, ironicamente.
— Não liga! – disse Marcella para a amiga.
— Você também garota!
— Cala a boca, Ana – disse Kalleb, respirando fundo. — Ela está morta.
— Era só o que me faltava! –exclamei. — Eu não quero ser presa antes de ir para a faculdade.
— Se acalma! – disse Igor. — Vamos jogar o corpo no lago aqui perto e nunca mais falaremos sobre isso.
Nós a colocamos no meu porta-malas e fomos até o lago. O percurso durou cerca de quinze minutos.
— Pronto? – perguntou Lucas a Igor antes de jogarem o corpo no lago.
— Vamos acabar logo com isso. – ele respondeu e então jogaram o corpo na água.
— Nós nunca estivemos aqui, entenderam? – perguntou meu irmão.
— Sim. – Respondemos, exceto Nanda, que estava chorando.
— Eu não sei se consigo viver com isso. – ela disse entre os soluços.
— Você vai dar seu jeito ou eu te jogo no lago agora mesmo. - disse Igor, estressado, fazendo ela chorar mais alto.
— Para com isso. – eu lhe repreendi.
Nós ficamos em silêncio por alguns segundos até que ouvimos um barulho entre as árvores aos nossos lados.
— Vocês ouviram? – perguntou Luis.
— Vamos sair daqui. – Disse Guilherme assustado.
— Isso está ficando assustador. — Bella sussurrou ao meu lado.
Nós entramos novamente nos carros e voltamos para o acampamento, onde fingimos não ter saído de lá.

[Hoje]

[Amanda]

As aulas haviam retornado e ninguém mais havia conversado sobre o incidente. Na volta do percurso, eu voltei dirigindo e esqueci meu colar dentro carro, mas nunca tive coragem de pedir ele de volta, até mesmo as chaves ficaram com o Igor porque eu estava sem coragem de continuar com ele.
— Oi, amor. – cumprimentou-me Igor com um beijo. — Você esqueceu seu colar no carro e também esqueceu de pegar as chaves.
— Eu sei, meus pais sentiram falta do carro. – respondi, enquanto ele colocava o colar no meu pescoço. Ele possuía um pingente com um "A" dourado.
— E o que você disse?
— Que ele tinha quebrado e ficado em uma oficina.
— Alguém me mata, pelo amor de Deus. – disse Ana, se aproximando.
— Por que? – perguntei, curiosa.
— Meu irmão voltou para a cidade e para a escola também. – ela revirou os olhos.
— E aquele lance com a namorada? – Igor se intrometeu.
— Brigaram e terminaram! – ela suspirou. — E no fim, eu que saio prejudicada.
O sinal tocou em meio as nossas risadas e fomos em direção à primeira aula do dia.

[Guilherme]

Desde aquela noite, eu estava traumatizado e sempre tendo pesadelos.
— É sério, eu sonhei que ela estava viva.
— Você está ficando paranóico. –disse Bella, cansada de ouvir essa história.
— Obviamente, até porquê não estamos vivendo em um The Walking Dead. – disse Luis, enquanto prestava atenção no celular.
— Eaí, bando de otários. – Ana sentou-se ao meu lado.
— Vamos lá. – o professor entrou na sala. – Quero todos sentados!
— E lá vamos nós. – disse Ana, deitando na mesa.
— Como foram as férias? – ele disse, tentando escolher alguém da sala para responder. — Hm, Amanda?
— Eu? – ela tirou os fones após ser cutucada por Luis.
— Como foram as suas férias?
— Monótonas e sem nada que valha a pena contar.
— Interessante. – disse o professor, virando de costas.
A sala ficou em silêncio enquanto o professor escrevia na lousa; até que o celular de Amanda vibrou e ela tirou-o do bolso.
— Que porra é essa? – ela perguntou, os olhos arregalados.
— O que foi? – questinei.
Ela me mostrou a tela do seu celular e havia uma mensagem de alguém com o ID "Unknown Friend".

“Nós sabemos que suas férias não foram TÃO MONÓTONAS assim!”

— Será que alguém sabe? – ela sussurrou assustada.
— Alguém nos viu, lembra? – Eu recordei.
— Podia ser um animal, Gui.
— Calem a boca! – Reclamou o professor.

[Sarah]

— Vocês viram a roupa da Mary Jane? - perguntei, olhando para ela.
— Está parecendo uma puta! –respondeu Kalleb, desgostoso.
— E a generalização reina nesse momento. – disse Matheus, irritadiço.
— Sarah e companhia, CALEM A BOCA AGORA! – berrou o professor.
— Eu hein, se manca. – Respondi irritada.
— Você está na escola para estudar ou conversar?
— Você está aqui para encher meu saco ou passar matéria na lousa?– retruquei.
— SAIAM DA SALA! – ele gritou tão alto que fez uma veia na sua testa latejar.
— Tchau gente. - eu disse, me retirando da sala.
— Tinha que ser você, hein. – disse Kalleb, rindo.
— Eu saio da sala mas não perco o close.

[Igor]

— Deve ser algum de nós fazendo troll com você, Mandy – eu tentava acalma-la.
— E se não for? – ela dizia, desesperada.
— É sim!
— E se ela estivesse viva? – Guilherme se intrometeu. — E agora quer vingança?
— Cala a boca! – disse Bella, revirando os olhos. – Você devia parar de ver filmes de terror.
O sinal do primeiro período havia acabado de tocar, mas nós estávamos sem a mínima vontade de voltar às classes.
— Quero ir embora. – disse Amanda, desanimada.
— Seus pais não vão reclamar? – perguntou Gui.
— Não, eles estão viajando para comemorar o casamento deles.
— Seu padrasto é legal? – Gustavo perguntou.
— Na medida do possível. – Ela respondeu.
— Eu te levo. – disse, pegando a chave do meu carro.
— Fica com meu carro, Gui? – perguntou ela, com um tom de voz abalada.
— Fico. – ele respondeu.
— Se quiser deixar comigo! – Ygor se aproximou.
— Oi, Ygor! – cumprimentou Igor.
— Olá, Igor! – ele respondeu, rindo. — Foi mal, é que é engraçado.
— Palhaço! – Bella riu. – Mandy, seu carro não estava com o Igor?
— Sim, por quê?
— Como você trouxe os dois carros para a escola? – Bella perguntou intrigada.
— Gustavo me ajudou. – respondi, me levantando.  — Vamos?

[Matheus]

— Matheus? – Chamava Manuella ao fundo do corredor.
— Sim? – perguntei, curioso.
— Ficou sabendo da mensagem que a Amanda recebeu? – ela disse ofegante.
— Sim. – respondi, indiferente ao assunto.
— E você não está preocupado? — ela perguntou, intrigada.
— Não. – respondi e voltei andar no meio da multidão.
— ESPERA, CACETA! – ela me alcançou novamente. — E se alguém nos viu?
— Supera essa merda, Manuella. –me estressei. — Ninguém nos viu e provavelmente aquele som foi de um animal.
— Tá. – ela disse, voltando o caminho andando. — Otário!

[Melissa]

— Alerta SOS! – eu disse ao ver um garoto bonito.
— Aonde? – perguntou Marcella com seu habitual fogo.
— Camisa xadrez, calça jeans e está perto do bebedouro.
— É o irmão da Blal.  — ela disse, com desgosto.
— A Ana tem parentes bonitos? — eu disse, enquanto olhava para ele. — Por que não somos amigas dela?
— Será que é porque você jogou suco na cabeça dela ano passado? Ou por que fez o namoro dela acabar?
— Eu vou falar com ele. – disse, já me levantando.
Ao chegar mais perto dele, percebi que ele era muito mais bonito de perto.
— Você é novo? – perguntei,  forçando um sorriso.
— Sou. – ele respondeu sorrindo de volta.
— Sou Melissa Ferraz e você?
— Gustavo Blal.
— Ah sim, você é irmão da Ana. – tentei manter o assunto.
— Sim. – ele olhou para os lados. — Você a viu?
— Não.
— Vou procurá-la mas foi um prazer te conhecer. – ele disse, se virando.
— Tomara que nunca encontre. – sussurrei para que ele não ouvisse.

[Fernanda]

Eu estava na quadra do colégio, matando aula e ouvindo música. Desde aquela noite eu estava muito assustada.
— Olá, Rainha do "Queria estar Morta" – cumprimentou-me Lucas.
— Oi, Lucas. – respondi enquanto tirava um dos fones.
— Nunca te imaginei cabulando aula. – ele disse, rindo. — E o pior de tudo é que nem para sair da escola você serve. E se te pegam aqui?
— Eu seria suspensa e ficaria feliz.
— Feliz? – gargalhou. – Eu não te vejo feliz à muito tempo e desde aquela noite tudo piorou.
— Não vamos falar sobre isso. – cortei o assunto.
— Tá, mas vamos sair daqui? – ele disse olhando para os lados. — Não quero me ferrar.
— Vamos.

[Amanda]

A melhor parte do meu namoro com o Igor era que nós morávamos na mesma rua.
— Tchau, Amor. – ele disse, dando-me um beijo de despedida.
— Tchau. – respondi.
— Dorme um pouco. – ele disse, enquanto eu fechava a porta do carro.
Caminhei até a porta da minha casa e logo entrei. A casa estava silenciosa, afinal, eu estava sozinha. Tomei um banho, e deitei no sofá, onde assisti uns três episódios de Gossip Girl e, quando percebi, eu já estava quase dormindo até que tudo ficou escuro.

[Lucas]

— Por que você está aqui? – perguntou Fernanda, enquanto andávamos na rua.
— Como assim? – estranhei.
— Você matou as duas últimas aulas da faculdade comigo. – ela riu.
— Faculdade também é chato, sabia? – respondi. — E bom, como a faculdade é atrás do colégio, eu resolvi dar uma passada lá e te vi.
— Entendi. – corou. — Como está sendo morar sozinho?
— Amanda já contou que eu me mudei? - perguntei pasmo.
— Sabe como é. – ela riu. — Fofoca de menina.
— Está sendo legal. Não tem ninguém para me encher e são as minhas regras.
Nós caminhamos por um tempo até que o celular dela tocou.
— É minha mãe, já volto. – se afastou.
Enquanto ela estava no telefone fiquei observando as lojas.
— Ela pediu para eu voltar para casa. – ela disse ao aproximar-se novamente.
— Posso te acompanhar? –perguntei.
— Claro.

[Amanda]

Eu ouvia ao fundo o som do meu celular tocando mas não sabia se era um sonho ou apenas a realidade. O som foi ficando mais alto e então, acordei. O número estava restrito então logo deduzi ser um trote, mas ainda sim atendi.
— Alô. – atendi, sonolenta.
— Olá, Amanda. – Uma voz rouca respondeu.
— Quem é? – perguntei, estranhando a voz.
— Um amigo! – a voz assustadora respondeu.
— E o que você quer, Amigo Misterioso? — Ironizei.
— Te matar! – ele respondeu.
— Jura? – ri. — Que emoção!
— Vai ser mesmo – ele riu de volta. — Principalmente quando minha faca atravessar o teu estômago.
— Tá, cansei de brincar.
— E quem disse que eu estou brincando? – ficou sério. — Quem você acha que te enviou aquela mensagem de manhã?
— Que mensagem? – tentei disfarçar.
— Nós dois sabemos exatamente de qual mensagem estamos falando! – ele respondeu. — Não se lembra da pobre garota que está submersa naquele lago?
— Quem é você?! - perguntei ao ficar assustada.
— Sou a pessoa que está do outro lado da porta. Por que você não abre para mim?
Eu comecei a tremer, fiquei apavorada, mas comecei a andar em direção a porta. Ao chegar nela, respirei fundo e girei a maçaneta. Não havia ninguém.
— Achei que você estaria aqui. – eu disse mais aliviada.  — Desistiu?
— Pense como quiser. – ele disse e logo após, desligou.
— Idiota. – eu falei, entrando em casa novamente.
Ao entrar, tranquei a porta e quando me virei, ouvi um estrondo e fui jogada no chão.
Alguém com uma fantasia de Pânico estava tentando me esfaquear. Eu gritava e gritava, porém ele estava segurando minha boca. Percebi que havia uma mesa pequena com um vaso em cima bem perto de mim, rapidamente peguei e  joguei na cabeça dele.
— SOCORRO! – gritei, subindo as escadas da minha casa. — Tem alguém tentando me matar!
Quando estava no fim da escada, percebi que ele já estava na metade dela; me desesperei mais ainda e então tropecei. Ele me puxou e esfaqueou meu braço.
— SOCORRO! – eu gritei mais uma vez e o chutei, fazendo com que caísse alguns degraus.
Corri o mais rápido possível até meu quarto e me tranquei. Ele estava tentando abrir a porta. Procurei meu celular, mas percebi que havia caído lá embaixo.
Tudo ficou silencioso, eu andei lentamente até a porta do quarto e a abri.
— CARALHO! – gritei, desviando de uma facada dele.
Comecei a correr até a porta da sala e, quando ia sair, esbarrei no Igor que também vinha correndo nessa direção.
— Você está bem? – ele me perguntou.
— TEM ALGUÉM TENTANDO ME MATAR! – gritei histericamente.
— Não tem ninguém aqui, Amor. – ele disse, me abraçando. — Você deve ter sonhado.
— E como eu estou machucada? - Perguntei mostrando meu braço para ele, mas minha atenção foi desviada por um celular estranho que caiu do bolso da blusa dele.
— O que é isso? – perguntei, me afastando. — Esse não é o seu celular.
— Eu achei lá fora. – ele disse, tentando se aproximar.
— FICA AÍ! – gritei.
— Eu juro. – ele suspirou. — Confia em mim.
Naquele momento, a mesma pessoa que me atacou apareceu de novo.
— CUIDADO, IGOR!
Quando ele virou, era tarde demais, aquela pessoa havia lhe enfiado a faca no coração e eu só podia gritar.
— POR QUÊ? – berrei enquanto ele tirava a faca e lhe passava na garganta.
O corpo dele foi jogado no chão e eu não conseguia me mexer enquanto observava o seu assassino sair correndo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, a história terá cerca de 10 episódios com a adição de alguns adicionais que encerrarão seu conteúdo.


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