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História Final Girls - A Quebra de um sigilo


Escrita por: carlson

Capítulo 4 - A Quebra de um sigilo


Final Girls [1X04]

[Sarah]

Eu podia ouvir barulhos de máquinas e murmúrios ao meu redor mas, eu ainda não sabia aonde estava, até que abri meus olhos.
— Achei que você não ia acordar. – suspirou Amanda aliviada.
— Eu estou no hospital? – perguntei ainda confusa.
— Sim. – ela respondeu. — E o xerife quer falar com você.
— Sobre ontem? – perguntei.
— Óbvio. – ela revirou os olhos.
Nesse mesmo momento, o celular da Amanda tocou.
— É ele. – ela disse e logo em seguida, atendeu.  — Alô?
— Bom dia, você se importaria de por no viva-voz? – ele perguntou enquanto a ligação já estava no viva-voz.
— Já está. – ela respondeu com raiva.
— Que maravilha. – ele ironizou. — Bom dia, Sarah.
— O que você quer? – perguntei.
— Saber como minha sobrevivente está, afinal, você lutou bem para sobreviver. – ele riu. — E vim reforçar o meu aviso à você, Amanda!
— Que aviso? – perguntei curiosa.
— Eu não posso contar à ninguém ou ele mata mais uma pessoa.
— Isso mesmo! – ele disse triunfante.
— Você contou à alguém? – perguntei estranhando algo.
— Não.
— Então, por que Kalleb está morto? – perguntei nervosa.
— Porque eu quis deixar bem claro! – ele respondeu.
— Vai se foder, Psicopata de merda! – Amanda disse e logo desligou.
— Precisamos contar aos outros! – eu falei decidida.
— Não podemos. – ela respondeu chateada. — Você ouviu o que ele disse?
— Ouvi e não estou ligando. – eu suspirei. — Ele vai nos matar de qualquer jeito e vou contar para eles com a sua ajuda ou não!

[Fernanda]

Eu podia ouvir ao fundo o barulho d'água e meu celular tocando um pouco mais perto. Acordei assustada, eu ainda estava no lago com Lucas e minha mãe estava me ligando.
— Alô? – atendi apreensiva.
— ONDE VOCÊ ESTÁ? – ela gritou pelo telefone.
— Na casa da Ana. – menti. — Depois da escola eu vim para cá e acabei dormindo.
— E por que não me avisou? – ela se acalmou um pouco.
— Eu esqueci. – eu disse fingindo arrependimentos. — Desculpa.
- Ok! – ela respondeu. — É para vir direto para casa após a escola.
— Pode deixar. – eu falei desligando.
— Bom dia. – Lucas acordou. — Nós perdemos a noção do tempo, hein?
— Sim, minha mãe estava soltando os cachorros comigo.
— Será que a Amanda está bem? – ele perguntou e pegou o celular. — Caralho, quinze ligações perdidas dela!
— Liga de volta. – sugeri.

[Bella]

Após o filme na casa do Gui, eu fui para a casa da Ana e dormi lá.
Eu estava tendo um ótimo sonho, zumbis estavam correndo atrás de mim como se eu estivesse no The Walking Dead mas fui acordada com grito escândaloso.
— AÍ CARALHO, É O CAPETA? – levantei assustada.
— É pior. – Ana falou histérica. — Tem um monstro no meu nariz!
— Você está fazendo escândalo por causa de uma espinha? – Eu revirei os olhos.
— Não é só "uma espinha", é "a espinha". — Ela choramingou.
— Deixa eu ver. – eu disse e então, ela virou. — Aí caralho, é um tumor?
— Idiota! – ela revirou os olhos.
— Fica longe de mim. – eu ri. — Quando estourar, quem tiver perto vai ser jogado longe com tanto de pus que tem aí.

[Ygor]

— Vocês sabem algo da Sarah? – perguntei curioso.
— Está no hospital, ué. – Gui respondeu.
— Deitada em uma cama. – Gustavo ironizou.
— Se sentindo aborrecida. – Luis deu risada.
— E ouvindo o barulho das máquinas do hospital. – Matheus completou.
— Já pensaram em tomar no cu? – Manuella sentou. — A garota está no hospital e vocês aqui fazendo piadas.
— Isso mesmo, sintam-se culpados por sei lá o quê. – disse Melissa que chegou na metade do assunto. — Nós vamos matar o horário preparatório para ir ao shopping, ok?
— Tá. – Manuella respondeu. — Mas por quê?
— Porque eu estou com preguiça de ouvir a palestra do Professor Luke. – ela respondeu. — Enfim, até mais tarde.
Nós ficamos observando-a andar para dentro da escola.
— Vai sair com a nojentinha? ,
– eu perguntei.
— Eu não pude recusar. – ela respondeu.
— Ela deu em cima de mim no primeiro dia de aula. – Gustavo deu risada.
— Já chegou arrasando corações. – ironizei.

[Amanda]

— Com licença? – chamei a enfermeira. — Quantas pessoas são permitidas no quarto como visitantes?
— Duas pessoas por paciente. – Ela respondeu com uma voz enojada.
— Obrigada.
Eu comecei andar de volta para o quarto dela e fui reparando os outros doentes. Muitos estavam ali por acidentes, outros por doenças e Sarah estava ali por ataque psicopata.
Ao chegar na porta do quarto, percebi que o xerife estava conversando com ela sobre ontem e ela estava contando tudo. Aproveitei esse tempo para ligar para a Ana.
— Alô? – ela respondeu ao atender.
— Oi. – falei com uma voz cansada.
— Você já dormiu um pouco? – ela perguntou.
— Bem pouco. – eu respondi. — Me faz um favor?
— Só falar. – ela respondeu.
— Avisa o pessoal que é para estarem no Skype às 13:00 porquê nós temos algo importante para falar.
— Ok. – ela respondeu. — Vou desligar, cheguei na escola.
— Beijos. – eu desliguei.

[Melissa]

Eu estava na quadra com a Marcella, eu havia deitado em seu colo e estávamos esperando o sinal bater.
— Será que vai ser legal? – Marcella perguntou. — Ela parecer ser meio anti-social.
— Ela é legal. – eu ri. — Não se lembra do fundamental?
— Foi antes do pai dela morrer e tudo mais. – ela falou séria.
— Relaxa. – eu ri.
— Nós vamos vamos na loja de bronzeamento artificial? – Ela perguntou.
— Não faço idéia.

[Manuella]

Os garotos estavam conversando sobre o novo FIFA Street 2017.
— Vai ser top. – Luis disse.
— Pelo amor do santo Deus! —Ana se aproximou. — Nunca mais fale isso.
— Por que? – ele perguntou.
— Porque é suicídio social. – ela disse me puxando. — Vamos sair do meio de tanta testosterona junto.
— Cadê a Bella? – Luis perguntou.
— Foi ao banheiro, porém, não é da sua conta. – ela respondeu.
— Obrigado, Rainha da educação. – ele ironizou.
— Esqueci de avisar. – ela disse. — Amanda quer todo mundo online no Skype às 13:00 e não me pergunte o motivo porquê eu não faço idéia.
Nós duas saímos andando pelo colégio até que o sinal bateu e fomos para sala.
— Tá gostosa hoje, hein Ana? – Um idiota falou no corredor.
— Quando seu pinto crescer a gente conversa! – Ela respondeu revirando os olhos.
—Você também, hein Manuella.  – Ele falou.
— Vai se foder! – Eu mostrei meu dedo do meio.

[Luis]

Nós estávamos na aula de sociologia, a professora estava passando lição, eu ouvindo música, Gui e Gustavo estavam conversando e Matheus estava dormindo desde que havia sentado.
A música estava tão alta que eu não percebi que a professora estava me chamando até ela vir na minha mesa.
— Pois não? – perguntei.
— Você vai diminuir o volume ou terei que pegar seu celular? – ela perguntou rispidamente.
— Desculpa. – eu diminui o som.
— E vocês dois, parem de conversar. – ela se dirigiu para Gui e Gustavo.
— E você, trate de acordar! – ela disse puxando a orelha do Matheus enquanto a sala dava risada.
— Aí, eu vou te processar! – ele acordou irritado.
— Pode processar! – Ela disse ao se dirigir de volta à sua mesa.

[Sarah]

Estar naquele hospital estava me irritando, eu estava com tédio é já estava na hora deles ficarem online mas ninguém havia entrado ainda.
— Eles estão demorando! – eu reclamei.
— Se acalma. – Amanda riu. — Eles entraram.
Nós iniciamos a chamada, todos estavam online e com reações curiosas.
— Já podem falar, tenho compromisso. – disse Melissa.
— Andem logo. – disse Ana atrás da tela do seu iPhone.
— Vocês se lembram daquela história da morte do Igor? – Amanda falou apreensiva.
— Que um psicopata matou ele? – Gustavo perguntou.
— Isso. – Amanda confirmou.
— O que tem? – Bella perguntou.
— Foi a mesma pessoa que fez isso comigo e matou o Kalleb. – eu suspirei. — E ele disse para não contarmos ou mais alguém morreria.
— E por que está nos contando? – Fernanda se assustou.
— Porquê ele disse isso para mim no funeral do Igor e mesmo sem eu contar para alguém, Kalleb foi morto.
— Ele vai tentar nos matar de qualquer jeito. – eu falei.
— Contando para vocês ou não. – Amanda completou.
— A polícia sabe? – Luis perguntou curioso.
— Sim, eu contei para o xerife hoje de manhã.
— Enfim, era isso? – Marcella perguntou sem paciência.
— Só. – eu e Amanda respondemos.
— Tchau! – ela e Melissa falaram.
— O horário preparatório está começando. – disse Gui. — Vou sair agora.

[Melissa]

— Será que é uma boa ideia a gente ir ao shopping? – Marcella perguntou. — Tem um psicopata por aí.
— Me poupa. – eu ri. — Vamos achar a Manuella.
Nós cruzamos a escola até encontrarmos ela conversando com a Bella.
— Você só assiste coisas de zumbi? – eu escutei ela perguntar.
—Basicamente, Sim!
— Com licença? – eu interrompi. - Vamos, Manuella?
— Tá. – ela respondeu. — Beijos, Bella.
— Nós vamos no meu carro. – eu falei.

[Luis]

Eu estava saindo da escola discretamente, precisava fazer umas coisas e não queria que ninguém soubesse.
— Aonde você vai? – Gustavo perguntou.
— Ajudar minha mãe. – menti.
— Com o que? – Gui perguntou também.
— Não é da conta de vocês! – eu falei e saí andando.
— Grosso! – eu ouvi o Gui reclamar.
Eu continuei caminhando até o ponto de ônibus e fiquei esperando. Havia algumas crianças brincando na rua, pessoas passeando com seus cachorros e eu estava observando tudo. Perdi a concentração quando meu celular tocou, era minha mãe.
— Alô. – atendi.
— Oi, filho. – minha mãe falou do outro lado da chamada. — Você já está indo?
— Sim, mas, antes vou passar em um lugar. – respondi.
— Aonde? – ela perguntou desconfiada.
— Em um lugar, mãe. – respondi sem paciência. — E relaxa que eu não vou fazer nada de errado.
— Espero que não faça mesmo. – ela respondeu e desligou.

[Guilherme]

O horário preparatório era a coisa mais chata da escola, os professores ficavam nos falando sobre o futuro e aquilo era tedioso.
— Gui? – Gustavo me chamou com uma voz fraca.
— Sim? – respondi.
— Acho que vou ... – ele tentou dizer antes de vomitar na sala.
— Gustavo? – o professor chamou. — Você está bem?
— Você quer mesmo perguntar isso? – perguntei ao vê-lo vomitar pela terceira vez.
— Venha. – o professor se aproximou. — Vou te levar para a enfermaria.

[Amanda]

Eu estava andando em círculos no quarto de hospital, estava preocupada de algo acontecer.
— Será que fizemos a coisa certa? – perguntei amedrontada. — Ele pode querer retaliar.
— Isso só o tempo dirá!
— Sra. Oliveira? – um doutor entrou no quarto.
— Sim? – perguntei.
— Seu irmão veio lhe buscar. – ele disse. — E o próximo acompanhante já está chegando.
— Quem é? – Sarah perguntou.
— Seu pai! – ele respondeu com um sorriso.
— Tchau, Sarah!  – eu me despedi. - Venho de novo assim que der.

[Melissa]

Nós estávamos no shopping, havíamos comprado várias roupas e agora estávamos andando.
— Alguém quer sorvete? – perguntei.
— Eu quero. – Marcella respondeu.
— Quero milk shake. – Manuella respondeu.
Nós andamos até a barraquinha de sorvete do McDonald's  e logo continuamos andando.
— Em alguns minutos nós vamos fazer um bronzeamento artificial. – eu contei. — Quer ir com a gente?
— Acho que não. – ela respondeu. — Eu sou claustrofóbica e já está ficando tarde.
— Ok. – respondi.
Após uma meia hora, ela foi embora e eu e Marcella fomos para o bronzeamento.
— Nós temos horário marcado. – eu disse ao recepcionista.
— Nomes? – ele perguntou.
— Marcella Melo e Melissa Ferraz. – respondemos.
— Podem entrar.
Nós caminhamos para a sala de bronzeamento, abrimos nossas máquinas e entramos.
— Senti falta de fazer isso. – ouvi Marcella falar.
— Vou por meu fone. – eu falei. — Em trinta minutos conversamos.
— Eu também vou por. – ela respondeu.
Coloquei meu fone, fechei a máquina, fechei os olhos e relaxei.

[Killer]

Eu passei o mais rápido possível pelo segurança para não ser visto, a máscara estava tampando o meu rosto então a câmera não seria um problema.
Entrei na sala de bronzeamento, e elas estavam cantando algum tipo música pop. Olhei ao redor e encontrei o regulador de temperatura. Fiquei olhando por um tempo até que aumentei a temperatura ao máximo, joguei um pouco de água que encontrei em uma garrafinha no canto da sala nos fios e saí da sala.

[Melissa]

A temperatura da máquina estava aumentando e eu estava estranhando isso.
— MARCELLA? – eu gritei. — A máquina está me queimando!
A temperatura estava subindo muito rápido, minhas costas estavam queimando e a máquina começou a pegar fogo.
— SOCORRO! – eu gritava enquanto me queimava cada vez mais. — ALGUÉM ME AJUDA!
Em pouco tempo eu já não conseguia gritar, minha pele estava completamente queimada, eu estava morrendo aos poucos e a dor era insuportável.

[Luís]

— Como você está se sentindo essa semana, Luis? – minha psicóloga perguntou.
— Ótimo. – respondi.
— E aquela sua vontade de matar pessoas? – ela perguntou seriamente.
— Continua aqui. – respondi enquanto lhe encarava.
— Você não acha que tudo isso vem do seu vício com filmes de terror?
— Os filmes não fazem os psicopatas, eles apenas dão um impulso à mais! – respondi com um sorriso no rosto enquanto ela fazia anotações.



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