História Finalmente 18 - Seis

– O que ela tem? – sentei apoiando a cabeça dela em meu colo.

– Não tenho ideia. – Keny estava com os pés dela em seu colo. – Ela voltou do banheiro e depois que você terminou de dançar Brad foi pegar o carro e ela foi junto, ai ela começou a passar muito mal.

– Brad? – perguntei olhando para ele.

– Não tenho ideia, foi, o que, ele disse. – começou falando rápido, mas logo estava embolando as palavras.

– Você esta bêbado garoto? – me irritei um pouco.

– Só um tiquinho assim ó. – ele tirou as mãos do volante para mostrar o quão estava bêbado.

– Caralho, presta atenção! – Keny gritou.

– Deixa que eu dirijo mano. – falei.

– N... Não. – Brad.

Revirei os olhos e bufei.

Quando estávamos chegando ao hospital Brad passou no farol vermelho e por pouco não morremos graças ao trem.

– Nunca mais vou sair com você dirigindo bêbado! – bati a porta do carro e peguei Sah do banco da frente.

– Blá, blá, blá, você fica linda brava. – ele piscou para mim se aproximando com aquele cheiro.

– Sai de perto! – encostei minha livre em seu peitoral e subi os degraus do hospital.

– Vá para a recepção amiga, eu consigo andar. – Sah falou me empurrando.

– Beleza. – disse logo após ter olhado para o Keny com a Chel nos braços.

“Isso que eu estava bem alegra, mas quando acontece algo com alguém que eu amo não tem jeito, eu melhoro, mesmo que eu esteja na pior situação”.

– Oi, boa... – olhei no celular. – madrugada. – sorri singelamente.

– Oi moça, boa noite... – ela parou de falar quando tirou o olhar dos papeis e olhou para mim. – oi Anne...

Engoli o seco.

– Não sabia que você trabalhava aqui...

– É meio um estagio. – ela sorriu de lado. – Como posso te ajudar?

– Chel esta passando muito mal, chega desmaiou. – disse olhando para a porta da recepção e avistar todos. – Sah esta vomitando, Brad esta um pouco alcoolizado, mas nada muito grave com ele.

– Ok, eu irei ver o que é possível fazer. – suspirou. – Tem o RG delas?

– Não é necessário né, você conhece a gente e também sabe todos os nossos dados pessoais, se possível até a senha do MSN. – ri sarcástica virando as costas.

Peguei meu celular

Eu: Sua crush esta aqui.

 

– Você me desculpa? – Brad chegou falando no meu ouvido.

– Toma! – dei uma goma de mascar para ele. – Agora eu desculpo.

Ele sorriu me abraçando.

– Eu te amo. – sussurrou no meu ouvido, em seguida me deu um beijo no pescoço me fazendo arrepiar.

Afastei-me sentando ao lado do Keny, trocamos varias conversar, ele inclusive é muito divertido.

– Chelsea Steven. – uma enfermeira chamou e o Keny rapidamente levantou com ela nos braços. – Coloque-a aqui!

Vi Chel sendo colocada na cadeira de rodas e a enfermeira chamou Keny para acompanha-la.

– Brad, irei chamar um taxi para ti e para Sah após ela ser atendida, beleza? – o encarei.

– Tranquilo.

O hospital por um milagre vazio essas horas, estava um silencio insuportável.

– Sarah Hanna. – outra enfermeira chamou e eu me levantei.

– Brad não saia daqui! – ordenei, puxando a mão de Sarah.

– Você mocinha vai levar um soro na veia e também junto ao soro um remédio para vomito. – ela disse olhando a prancheta. – Você é a acompanhante? – assenti. – Ok, venham comigo.

Seguimos a senhora que nos levou a ala de medicações, onde Chel não estava.

– Moça, pode me informar onde Chelsea Steven foi?

– Infelizmente não. – ela seria saiu da sala.

– Ok... – respirei fundo vendo colocarem a agulha no braço da Sah, quando meu celular vibrou.

– Pode atender. – Sah falou abaixando a cabeça.

– Que foi menino?

– O que quis dizer com essa mensagem?

– Qual delas?

– Sei lá o que sua crush!

– Ata. – ri pelo nariz. – Estou no hospital onde ela trabalha você provavelmente vai vir busca-la logo, logo, não é? Podia dar uma carona e tal.

– Garota eu estou em casa, em paz, afinal, por que se importa tanto com isso? Você nem deveria estar envolvida!

– Caguei para você! Mesmo que Mine me odeie agora, eu não acho justo o que você e a cretina da Louise fazem com ela.

– Não acha justo? Não me venha com esse papinho, quando você está simplesmente apaixonada pelo seu melhor amigo que namora!

– O que?!

– Eu estou sabendo de tudo Anne, tudinho e se você abrir a boca, você vai ser expulsa da sua irmandade.

– Você está louco garoto, eu vou te bloquear no tumblr!

– Foda-se eu te excluo do facebook.

– Dane-se, não te sigo mais no twitter.

– A que bom pelo menos não terei de vez aqueles twists chatos sobre a melhor festa de aniversario.

– Pegou pesado.

– Caguei para você, para o seu grupinho de amigos fieis de merda.

Ele desligou na minha cara.

 – Filho da puta! Desgraçado! – bati o pé.

Olhei ao redor e uma senhorinha me encarava.

Pensei em mostrar o dedo, mas ela não tinha culpa da briga, muito menos culpa do Carlos ser um imbecil.

– Vamos amiga, quero ir para casa! – Sah saiu da sala.

– Mas já levou soro?

– Sim né.

Chamei o taxi para eles e estávamos esperando ao lado de fora, agora já era 4am.

– Tchau amiga! – Sah me abraçou. – Obrigada.

Sorri para ela vendo-a entrar no taxi.

– Obrigado pela paciência. – Brad se aproximou tocando a mão em meu rosto, me acariciando com o polegar.

Senti meu coração bater forte, eu de jeito nenhum conseguia ficar brava com ele, mas agora me lembrei do que o Carlos disse.

Fechei os olhos respirei fundo e retirei sua mão do meu rosto.

– Amigos são para essas coisas não é nêm? – sorri de canto e vi que ele se chateou.

– Sim... – ele respirou fundo e acenou entrando no taxi.

Entrei novamente no hospital me sentando no sofá dali.

Parecia que as horas não passavam, estava preocupada, Keny nem se quer me ligou ou mandou mensagem para avisar da Chel, a fome estava grande e deixei as coisas no carro do Brad, mas se eu saísse daqui o Keny podia aparecer.

– Merda. – falei baixo me encostando-se ao sofá, no qual acabei cochilando...

...Ouvi algo e uma claridade irritando meus olhos.

– Anne, acorda Anne... – tudo embaçado, mas reconheci a voz.

– Cadê a Chel, ela esta bem?

– Sim, ela esta internada, quase teve um coma alcoólico, estava esperando ela acordar e agora ela quer conversar contigo.

– Ok, eu mandei os dois para casa, Sah levou soro e um remédio para o vomito na veia.

– Tranquilo, vou comprar umas coisas para a gente comer quando sair daqui, ela esta no quarto 121, segundo andar. – Keny falou em seguida me abraçando e saindo.

Corri até o elevador, meu celular havia descarregado.

Bati a porta.

– Entra. – pude ouvir sua voz fraca. – Amiga. – ela sorriu a me ver.

– Vadia do caralho, quase me matou de susto está louca?

Ela riu.

– Amiga, senta aqui, vamos conversar. – ela bateu a mão naquela coisa onde estava.

– Vish, lá vem bomba.

Ela respirou fundo antes de falar.

– Eu usei uma droga para perder o bebê.

Aquilo foi um baque, não sei se foi como um tiro, mas eu senti uma dor no coração tão grande, que pensei que ia enfartar.