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História Find my way - Romeu e Júlio


Escrita por: _Maria_MandM

Notas do Autor


Esse capítulo deu trabalho, mas foi tão bom fazer ♡ espero que gostem

Boa leitura :3 ♡

Capítulo 10 - Romeu e Júlio


Fanfic / Fanfiction Find my way - Romeu e Júlio

Capítulo 10 - Romeu e Júlio

Amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito 
Ou nunca ninguém terá amado.

- William Shakespeare

 

Os dias foram passando, alguns rápidos outros não, os ensaios para a peça acontecendo, Alec ainda morava com Magnus, sua mãe o visitava algumas vezes e por incrível que pareça havia adorado o asiático! 

Alexander lembrava muito bem da conversa constrangedora que sua mãe teve com o mesmo sobre quando ele era bebê... 

Havia decidido que apenas voltaria quando seu pai viesse pedir desculpas. 

Pensava também sobre ser ator e a Juilliard, depois lembrava do pedido de Robert, em seguida dos incentivos de Magnus. 

Quem sabe devesse pensar mais em si mesmo, não é? 

O dia da peça Romeu e Júlio havia chegado! E o Lightwood se encontrava naquele momento ansioso, em quanto terminava de se arrumar. 

Sentiu dois braços o rodeando e duas mãos pousarem em seu peito, fazendo um leve carinho. Suspirou, se virando para o amado, e o abraçando também. 

Sabia que Magnus sentia o mesmo que ele, sentia isso. 

Se perguntava se ia demorar muito tempo para ele o pedir em namoro... Ou ele que deveria fazer isso?

— É agora... — colou sua testa na dele. — Estou nervoso! 

— Eu também. — ele riu baixinho, roçando as pontas do seus narizes levemente. — Mas vai ser divertido, Alexander! 

— Concordo. — acariciou seu rosto com a ponta dos dedos. — Vamos? 

— Vamos! 

 

Uma garota subiu ao palco, em quanto as grandes cortinas vermelhas estavam fechadas, posicionou o microfone e então começou a falar:

— Na atual Verona, duas famílias de igual dignidade, levados por antigos rancores desencadeiam novos distúrbios, onde ódio tinge de sangue as mãos de seus cidadãos! Em meio ao ódio dessas famílias, sobre a luz da lua e o brilho das estrelas, surge o mais puro dos sentimentos... O amor! E deste amor à desventura de dois amantes, Romeu e Júlio, dois homens, que lutam contra o preconceito, a briga de suas famílias e acometidos por um lastimoso fim. 

Logo a garota saiu do palco, em quanto isso acontecia a cortina se abria, revelando o cenário de uma balada, onde havia algumas pessoas figurantes, aparentando estarem se divertindo, conversando e bebendo. 

Entraram dois homens, que interpretariam Sansão e Gregório. 

— Cara, essa festa está boa! — Sansão disse, se apoiando no bar, Gregório fazendo o mesmo. — Uma pena que essa não teve uma briga como aquela que a gente foi outro dia... Festa realmente boa sempre precisa de uma boa briga! 

— Concordo. — Gregório respondeu, olhando para uma das garotas figurantes. 

— Nunca devemos levar desaforos para casa, se me provocarem, irei para cima! — Sansão falou novamente, mostrando os punhos, determinado. 

— É, eu sei que você realmente faria isso. — o outro respondeu, revirando os olhos. 

Gregório desencostou do bar, se preparando para ir até até garota que estava olhando. 

Nesse momento os atores que fariam Baltazar e Abraão entraram em cena.

— Arg! — rosnou, Sansão parou ao seu lado.  — Olha só quem está ali! Os Montecchio! 

— Estou preparado para qualquer briga, Gregório! — Sansão respondeu.

— O que tanto olham para a gente? — Abraão foi até eles com Baltazar ao seu encalço. — Tem alguma coisa na minha cara? 

— Você já é uma coisa. — Sansão disse.

— Estão querendo briga, por acaso? —Baltazar se pronunciou.

— A gente? Impressão sua! — Gregório respondeu. 

— Estamos dispostos a brigar, caso queiram! — Sansão disse em seguida, com um sorriso de canto no rosto. 

 

Depois de algumas cenas, o Ato II começou, Alec estremeceu levemente, as cortinas estavam fechadas.

Continuava nervoso depois de tudo!

Ouviu a voz da garota novamente, em quanto a mesma dizia o prólogo. 

Depois da festa na boate gay, nasce em Romeu e Júlio o amor! Mas o ódio entre as famílias cria um grande obstáculo para a aproximação dos dois apaixonados. Só a forte paixão poderá dar forças e meios para se encontrarem as escondidas, e assim, um nos braços do outro viverem uma linda e bela história de amor! — a garota saiu do palco e a cortina foi abrindo novamente.

Dessa vez era ele que estava em cena, junto com o ator fazia Benvólio e o outro que fazia Mercurio, que eram bissexuais nessa versão. Era logo depois da festa na boate gay! 

O cenário era em uma rua que seria a rua de frente para a boate.

— Acho que irei atrás dele! — falou. 

— Atrás de quem, Romeu? — Mercurio perguntou, arqueando a sobrancelha. 

Do meu amor! — falou, rindo, girando levemente e andando. 

— Amor? Você acabou de conhece-lo e já diz que é amor? — Benvólio perguntou, franzindo o cenho. 

— O que você disse, primo? — perguntou, se virando para ele, com um sorriso no canto. — Não te escutei! — virou de costas, andando. 

— Romeu! Primo! — Benvólio gritou. — Onde vai?! 

Não respondeu, afinal não deveria e saiu do palco, rindo baixinho. 

— Ele é sensato, deve ter ido para casa! — Mercurio disse, colocando as mãos sobre o ombro de Benvólio. 

— Não, com certeza foi atrás da pessoa que encontrou na boate. 

— Seria loucura! 

Amor! — suspirou pesado. 

— Ele deveria ter continuado a amar o Rodrigo... —Mercurio suspiro pesadamente, balançando a cabeça negativamente. 

— Se dissesse isso na frente, você estaria ferrado. 

As cortinas fecharam novamente e Alec riu baixo, olhando as pessoas mudarem o cenário, que era móvel, para outro. 

Seria a cena do Jardim! 

Rui baixo, foi o cenário que mais deu trabalho!

Principalmente para fazerem a varanda, mas haviam dado um jeito. 

Olhou ao redor procurando por Magnus e suspirou pesado, não achando.

Dois minutos depois de terminarem de montar o cenário, as cortinas foram se abrindo!

Agora o cenário era um lindo Jardim com uma cerca e a parte de trás de uma casa e uma varanda. 

Entrou, pulando a cerca, e andando pelo falso Jardim. 
Romeu sabia onde era a casa do Júlio por saber onde era a casa dos Capuleto.

— Que silêncio...! — falou, suspirando, olhou na direção da varanda. — Que luz é aquela? Seria do quarto do meu amor? 

Se escondeu atrás de uma árvore falsa, apenas com metade do corpo atrás da árvore, ainda olhando para a varanda, seus olhos brilharam ao ver Magnus aparecendo ali. 

Estava lindo! 

— Ah, Romeu... — o asiático falou, colocando as mãos sobre o parapeito. — Por que tinha que ser você a me chamar atenção naquela balada?  

— Diga outra vez, meu anjo...!

— Oh, Romeu, Romeu! Por que tinhas que ser Romeu? Negue teu pai ou rejeite seu nome por mim! Ou jure seu amor por mim e não serei mais um Capuleto. 

— Será que devo apenas ouvir ou ir falar com ele? 

— Somente seu nome é seu defeito... Como o desejo e desejo que tivesse outro nome! Renegue esse nome odiado que não faz parte de ti e me terá inteiro!

 Andou em direção a varanda, ainda olhando para o asiático.

— Então me chame apenas de amor! — disse.

— Romeu?! — o olhou, assustado. — O que faz aqui? Você não é um Montechio? Não deveria estar aqui! 

— Não sou nem e nem outro, se os dois o desagrada.

— Você é louco! — ele riu, o olhando. — Como descobriu onde moro? Se te olharem aqui, você está morto! 

— Apenas segui meu coração! Por você eu desafiaria o mundo!

— Não quero que corra perigo! 

— Tem mais perigo em seus olhos do que em vinte espadas.

— Não desejo que te vejam aqui.

— Basta me olhar com tanto carinho que estarei protegido.

Magnus riu, sorrindo, sem desviar o olhar do dele.

 — Você é louco, Romeu! 

 — Apenas prefiro uma vida encurtada por um Capuleto do que longe de você! 

— Agora sério... Como chegou aqui?

— Eu já disse, meu amor me guiou! Você já tem o meu coração, eu juro.

— Não jure! Acabamos de nos conhecer!

O Lightwood riu baixinho. 

— Tudo bem, se é o que quer.

— É que tudo aconteceu tão rápido, Romeu...

Júlio! — a voz da irmã de Júlio o interrompeu. 

Magnus olhou para Alec suplicante, assim como seu personagem deveria fazer, ficaram se encarando por um tempo, até que por fim o de olhos azuis disse: 

— Não vá, por favor, fique! 

— Eu não posso, Romeu, preciso entrar. 

— Quando posso te ver novamente? 

— Você quer isso? — abriu um sorriso largo.

 — Eu quero, desejo! Desejo te ver, te ter, casar com você!

Júlio, tem uma barata aqui, vem logo! — a voz da irmã dele soou novamente e Magnus revirou os olhos. 

Voltaram a se encarar e sorriram.

— Eu deixei um papel com o meu número em seu bolso na boate, Romeu. — disse. — Me mande uma mensagem! 

Júlio! — novamente a voz. 

— Já vou! — gritou, voltando a olhar para Romeu. 

— Irei mandar uma mensagem! — Alec disse, sorrindo. 

— Podemos marcar um encontro as escondidas! 

— Se é o que deseja, sim! 

— Júlio, por favor!! 

Magnus bufou e olhou para o Lightwood e riu baixinho. 

— Boa noite, meu Romeu! 

— Boa noite, meu anjo! 

 

Era o fim da peça, todos os atores estavam parados atrás da cortina, esperando a mesma abrir. 

Ouviram a voz da narradora do outro lado da mesma: 

— Quando os Capuletos e os Montechio chegaram e encontraram aquela trágica cena de seus filhos mortos, sentiram toda dor causada pela consequência de uma rixa e do preconceito que custou a vida dos quais mais amavam! Então Senhor Capuleto e Senhor Montechio prometeram que iriam lutar contra a homofobia e que a rixa havia acabado ali mesmo. E assim, sepultaram as desavenças juntamente com seus filhos. E a história de amor de Romeu e Júlio seria eternizada por várias gerações! 

Assim que terminou, as cortinas se abriram e todos os atores fizeram uma reverência! 

Alexander ria e olhou para Magnus, que ainda estava sentido pela cena da morte! 

O mesmo tinha os olhos marejados e um leve biquinho, sorriu e virou o rosto dele para si. 

— Ficou emocionado? — perguntou. 

— A adaptação ficou linda, Alexander, óbvio que fiquei! — fungou e o abraçou. — Obrigado pela experiência, acho que foi uma das melhores coisas que já fiz. 

O abraçou de volta e enterrou o rosto em seu pescoço, sorrindo bobamente. 

— Eu que agradeço, Magnus.

 

 

 

 


Notas Finais


βyё♥βyё


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