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História Find my way - Limite


Escrita por: _Maria_MandM

Notas do Autor


Gente, esse capítulo, teve tantas coisas que doeu escrever... Minha nossa

Boa leitura ❤

Capítulo 8 - Limite


Fanfic / Fanfiction Find my way - Limite

Capítulo 8 - Limite 

As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.

- Leonardo da Vinci

 

Alec encarava seu pai, com os olhos arregalados e incrédulos. 

Ele nunca havia o batido antes! 

Cerrou os punhos, tremendo levemente, sentindo seus olhos marejarem e a bochecha arder. 

— Então quer dizer que você fugiu da empresa da família para fazer a merda de uma audição para uma peça da escola?! — o mesmo gritou, segurando o pulso do garoto. 

Você me bateu... — murmurou.

— Ainda fugiu com aquele garoto! — olhou para Magnus, o fuzilando com o olhar. 

O asiático se perguntou era esse o momento em que deveria puxar Alec para si e dar um soco na cara do Robert, mas achou melhor não. 

Pelo menos não ainda!

— Além de ser gay, meu filho é pirado! O que mais falta? 

— Pirado?! — Alec o olhou, se soltando, acordando do choque. — Pirado é você, Robert Lightwood! 

— Olha como fala com o seu pai! — levantou a mão novamente, como se fosse o bater. 

Magnus ia avançar, quando Isabelle o segurou. 

— Vamos! Me bata! Me bata de novo! Vai! — deu a outra bochecha. — Você não é meu pai, um pai nunca faria isso. O que eu fiz para você me odiar tanto?!

Robert cerrou os punhos, se controlando. 

— Eu não te odeio, Alexander. — falou. 

Magnus riu, sarcasticamente e se soltou de Isabelle, andou até parar do lado do seu garoto de olhos azuis e segurando sua mão. 

— Não odeia? Que jeito estranho de demonstrar amor, querido sogro! — o olhava com ódio, enfatizando a última parte, e com um sorriso irônico no rosto, que aumentou ao ver a cara de nojo que o mesmo fez ao ouvir a palavra sogro. — Priva seu filho de viver o sonho dele, faz um inferno na vida dele e agora ainda dá um tapa na cara dele? Você sabia que o sonho dele é ser ator? 

— Ser ator?! — arregalou os olhos em surpresa. 

— Ah, sabia também que ele é muito bom nisso? Não? Imaginei. Afinal você não enxerga nada além de si mesmo. 

Alec olhou para o asiático, surpreso.

Era incrível como esse homem mexia com o seu coração! Até em um momento como esse, apenas com ele estando ao seu lado, se sentia seguro e confiante. 

Olhou novamente para seu pai, que estava estático, o mesmo respirou fundo. 

— Ser gay, ser ator... O que mais falta, Alexander, para você me decepcionar mais? 

Foi como se tivesse recebido um tapa pior que o anterior! Uma angustia cresceu em seu peito e entalou em sua garganta. 

Você é o pior pai do mundo. — soltou, não enxergava muita coisa. 

Sua visão estava borrada pelas lágrimas, que aos poucos iam descendo pelas suas bochechas e caíam em pequenas gotas no chão. 

— Então é assim que você me vê, não é? — continuou, com a voz embargada. — Como um erro. Uma decepção. Nunca te dei orgulho, pai?

Robert estava em choque com as palavras do filho, não esperava por isso!  

Alec nunca havia agido assim. 

— Alexander, ei... — Magnus sussurrou, passando o polegar pelas suas bochechas, limpando as lágrimas. — Por favor, não chora, eu... 

Mas Alec não conseguia escutar nada, era o seu limite. Queria apenas dizer tudo que havia guardado esses últimos anos desde que havia se assumido gay, que foi quando esse inferno com seu pai havia começado! 

Agora que começou a falar tudo que sentia, não iria parar. 

— Eu sou gay! Gay! E isso não é uma doença! Eu me lembro muito bem que quando eu me assumir gay, foi a primeira coisa que você disse! Desde então você finge que não sabe disso, fica me apresentando para as filhas dos seus amigos, não olha direito na minha cara e me trata com frieza. Isso dói! Você não imagina o quanto machuca, lembrar de quando você me tratava com tanto carinho e de repente com tanto nojo... — se afastou. — Eu sinto muito por não ser como você esperava que eu fosse, mas é assim que eu sou. E eu queria muito que você me amasse desde jeito, mas sei que não é possível. — deu as costas e andou em passos apressados de volta para dentro da escola! 

Magnus olhou para Robert, que estava sem palavras e parecia segurar o choro. 

— Você mereceu. — disse, logo indo atrás do garoto que amava. 

Isabelle olhava para o seu pai, com os lábios contraídos e abaixou cabeça, murmurando baixinho: 

— Você já foi muito melhor... 

 

Alec estava encostado na parede, no espaço vázio entre os armários e escorregou até sentar no chão, limpando o rosto e fungando. 

Se sentia mais leve em ter soltado tudo que tinha guardado, era como se um peso tivesse saído de seus ombros!  

Não sabia o que fazer agora, não queria olhar para o pai. Não queria vê-lo! 

Talvez ficar longe dele seria a única maneira de se sentir livre.

De ser ele mesmo. 

Mas para onde iria? 

​Queria que tudo fosse tão fácil...! 

Olhou duas pernas pararem na sua frente e olhou para cima, olhando para os lindos olhos de gato, sentindo seu coração se aquecer! 

O mesmo se agachou a sua frente e colocou a mão em sua bochecha, a mesma onde havia levado um tapa e fazendo um leve carinho, suspirou, calmo, inclinando levemente o rosto e beijando-lhe a palma, arrancando-lhe um sorriso. 

Era incrível como ele o fazia tão bem!  

— Vamos para casa, Alexander... — Ele sussurrou.

— Não quero voltar para casa... — respondeu, também sussurrando. 

— Aquela não é a sua casa. — sorriu de canto, o olhando com ternura. 

O Lightwood o olhou confuso, buscando respostas em seu olhar ou expressões. 

Continuou: 

— Sua casa é estar comigo.


Notas Finais


βyё♥βyё


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