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História Finding and Uncovering (Hiatos) - Dreyar


Escrita por: laey

Notas do Autor


Oiee, tudo bem com vcs? 💘

Bom, por mim já teria postado o capítulo, mas, porém, contudo, entretando, fiquei empacada n sei quantas vezes... É, foi foda e bem, hj foi um dia que a vida não me perdoou 😂 uma vergonha aqui no coração, para o coração de vcs ❤😂

Sem delongas, aproveitem esse daí com uma boa sofrência e fofurice, fui!

Ah, boa leitura anjinhos ⚡

Capítulo 10 - Dreyar


"Vai embora... Me deixe em paz." Suplicou chorosa, se escondendo no lençol conforme Laxus ficava plantado, confuso.

Ok. Ele demorou um bocado de tempo para concluir que Mirajane estava-lhe expulsando do quarto. O louro até piscou algumas vezes para ver se estava sonhando... Céus, como isso foi acontecer?

Sem demora, apressou os passos e ficou lá, em frente a cômoda; fitando-a de sobrancelhas franzidas, sem saber o que fazer. Sua mente ficou toda embaralhada. As sensações do beijo ainda se mantiveram presentes, e a tentação de seguir os seus próprios instintos de segurar-lhe pela mão e levá-la para longe, também estavam conflituando dentro si. Se ele não estivesse tão absorto, gesticulando coisas que gostaria de dizer aos ventos mas que conservou-lhe em seu peito, notaria que Mirajane havia acabado de submergir do seu lençol como um gato fujão. Provavelmente ela foi checando o ambiente para ver se ele realmente havia ido embora. Que decepção. 

Laxus pegou-a no ato, e sem fraquejar, jogou o lençol para os quatro cantos, voltando a encará-la olho no olho. Ele deu uma contornada em sua face, e constatou que estava quebrada. Imaginou se conseguiria enxergar o que se passava em seu interior. Torceu o nariz para qualquer informação que pudesse remeter ao tremor incômodo dos seus lábios. Mirajane choramingou ainda mais ao ser analisada.

Respirar naquele quarto encontráva-se deveras complicado. Encará-la sem ao menos conseguir reintegrar suas cordas vocais estava o matando. Sentiu-se irrelevante pela primeira vez, embora tivessem quase se passado um mês de conversas, confusões, de ser ombro amigo um do outro...

A atmosfera efetuosa e límpida não habituava-os mais. Aquele fervor capaz de aquecê-los nas temporadas mais frias do ano não fazia mais morada. Tudo o que restou foi apenas uma distância congelante. Uma ponte de gelo entre eles; algo que ambos lutaram muito para não existir.

Demorou segundos para depositar cada dedo em seu ombro descoberto. Sua testa ameaçou uma gota de suor, receoso se aceitaria o seu toque. Ela estava sentada em pernas de índio sobre a cama, um tanto retraída. Parecia forçar as fungadas de tão profundas, enquanto seu nariz lembrava um de palhaço, tanto pelo choro quanto pela ventania que fazia fora da janela aberta.

Liberou um suspiro, este que parecia ser contido a um bom tempo. Posicionou sua esquerda no queixo de Mirajane, trazendo o seu tronco, junto o seu olhar em suas orbes. Os olhos celestes pareciam filetes de tão para baixo. Não ignorou a cintilância neles, porém, Laxus sabia que eles foram assim pelas lágrimas. Gostou de pensar que talvez um dia eles tivessem brilhado, tendo ele como razão. 

"Você pode se abrir pra mim... Eu não vou ligar de te ouvir"  A face de Mirajane ganhou cor e Laxus soltou um risinho de satisfação; Mirajane se viu encarando este "À propósito, me desculpe por não ter ido embora quando me pediu" Coçou a cabeça envergonhado, enquanto Mirajane ergueu a mesma para assentir levemente.

"Eu estava preocupado com você" Uma frase tão simplória, mas que fez o coração da albina bater mais depressa. Ela tentava fitá-lo sem ser pega. Uma tarefa difícil já que Laxus a olhava de rabo de olho incessantemente. 

Silêncio. 

Pondo um fim naquela quietude que constrangia sua face de tanta vergonha, Mirajane pegou a mão em seu ombro e a apertou; como se dela ganhasse a coragem que tanto precisava.

"Eu só me lembrei de algo" Ela comentou, mordendo os lábios "Mas elas não têm nada haver com você" O encarou. Suas lágrimas já haviam cessado e sua voz estava menos embargada.

"Elas?" Ponderou antes de dizer, porém não se aguentou. 

"Minhas memórias... Elas não têm nada haver com você" Repitiu, praguejando pois sim, ela tinha memórias com Laxus. Porém elas eram inesquecíveis de uma maneira boa, e não de uma maneira assustadora como aquelas que surtiram em sua mente foram.

Ao longe da janela, um feixe de luz cobriu em segundos a escuridão que foi aquela noite. O barulho do relampejar foi estrindente, e mais o abalo emocional que destruía sua estabilidade por dentro foram suficientes para a branca pressionar a palma das mãos em seus tímpanos com força. Esse fenômeno natural a fazia relembrar daquela noite. A maldita noite em que descobriu toda a verdade.

"Ei! O que foi?" Embalou-a num abraço apertado sem pensar duas vezes "Você não gosta deles, não é? Eu irei te proteger ok? Ela estava com o rosto enterrado em seu peito, impedindo ao máximo que as lágrimas voltassem a cair.

"Eu não gosto deles porque... Porque..." Laxus interrompeu sua explicação afobada "Shiii, não tem problema. Você está aqui comigo, não precisa temer nada" Ele tratou de acariciar suas costas com carinho.

Se lembrou minutos depois "Você se assustou não é? Não nessa vez, mas sim quando estávamos nos beijando. Eu ouvi o trovejo mas não liguei, me desculpe" Mirajane deu uma acalmada, porém se aterrou mais ainda em seu peito por conta da vergonha do beijo.

Laxus ficou encarando a mulher de cabelos brancos que já adormecia em seu torso. Riu anasalado por esta dormir feito uma pedra, mas também pela memória de quando cochilaram pela primeira vez no sofá, no exato dia em que se conheceram. Mesmo com o pouco contato, ele já sentia algo se aflorando em seu peito. Compaixão. Porém esse algo foi crescendo à medida em que conhecia e explorava as várias constelações de Mirajane Strauss. Cada cantinho que a fazia única diante dos seus olhos. Algo que o deixava mais exibido quando estava por perto, e confuso quando seus pensamentos se voltavam para a bela adormecida em seus braços.

Os relâmpagos não deram mais as caras no decorrer da noite. Mesmo estando relutante em não querer parar de estudá-la, principalmente porque a branca foi uma coisa linda de se ver em seu sono, o louro resolveu que era hora de ir embora do quarto. Ele tirou delicadamente algumas madeixas de seu rosto, e, logo acariciou superficialmente suas bochechas que em parte estavam escondidas em seu peito. Analisou-a novamente antes de envolvê-la com cuidado em seus braços, até depositar sua cabeça no único travesseiro que tinha. Laxus não precisou levantar-se da cama para acomodá-la com carinho. Se despediu dando um selinho singelo no canto da boca corada, mas como ficou indecidido, optou também por selar a sua testa com ternura. Ele não percebeu que a respiração da mulher ficou mais grave quando resolveu se distanciar.

"Laxus..." Mirajane estava sonhando com ele conquanto o loiro fechava a porta do lado de fora do quarto. Sentiu falta do seu calor logo de cara, enrrugando a testa em insatisfação ao balbuciar sonidos fofinhos. Durante o tempo que se acostumava com sua nova temperatura e com o lençol que cobria parcela do seu corpo, a albina passou a reviver os momentos; um por um dos momentos que passou ao lado de Laxus. Desde o seu suposto afogamento até os dias de hoje. Contudo, ela não contou que seu sorrisão murcharia aos poucos, e que uma nova perspetiva de encarar os fatos amargos de sua vida a atingiria em cheio.

"Pai" Ele voltou a encará-la.

"Você está fazendo o mesmo que ele. Está me convencendo de aceitar tudo isso!" Prosseguiu, "Vou dizer pela última vez. Eu não serei tola como ela. Nunca!"

"Pense bem. Arrumarei um jeito de achar esse Dreyar o mais rápido possível. Vocês ficam juntos, e a nossa família também, sem nenhum risco de acontecer um desastre entre nós" Disse o homem, colocando as mãos em seus ombros.

"Pai, por favor..." Soluçou.

"Não há outra saída. Eu não tive culpa de nascer nessa família, nem você."

"Então me deixa. Me deixa ser livre e viver com a minha própria vida, sem essa obrigação a minha volta" Suplicou, pondo os joelhos no chão à frente de seu pai.

"Filha, eu-"

"Eu juro. Eu prometo que não vai acontecer nada. Só não me peça a viver ao lado de uma pessoa que eu não amo."

"Me desculpe, porém eu não tenho esse direito" Caminhou, voltando para atrás de sua mesa, "Agora que você já sabe de tudo, contratarei os melhores procuradores da região, não perderei mais nenhum segundo."

"Filha!" A chamou.

"Eu já disse que me recusarei a isso" Disse, logo se levantando e indo em direção a porta.

"Um, dois, três!" A paciência de seu pai estava esgotando, "Mirajane, retorne já para o centro da sala! É uma ordem!" Se exaltou.

"Acho que terei que me recusar a isso também" Disse, com um sorriso amarelo.

"Se sair por aquela porta, saiba que nunca poderá retornar" Rosnou.

"Isso não é justo" Resmungou, baixo, se virando para encarar o rosto enfurecido do pai.

"Irá se esquecer da história de sua bisavó e da sua família, já que prefere abandoná-la pelo seu orgulho" Ele não a impediu de ir embora, "Ah, e isso conta para os seus irmãos também!"

"Eu não queria.." Já com a mão na maçaneta, direcionou-o o olhar, pela última vez. Assim, permitiu-se chorar.

"Vá embora, Mirajane. Deixe que sua família se arruine sozinha!"

Por mais que tentou esquecer, fingir que nada disso a abalava, Mirajane não podia. Não podia e não conseguia viver a sua vida sem se lembrar das palavras duras do seu pai em momentos como esse. Não tinha o direito de não se assustar com os entrondos dos relâmpagos que remetiam ao diário da sua bisa, a foto que se perdeu para sempre naquele mar aberto. A maldição martelava em sua cabeça como se estivesse grudada ali, e agora ela se via angustiada depois de muito tempo. No tempo em que ela se esqueceu do motivo de estar ali, naquela casa. Ela literalmente deslembrou das custas que a levaram para longe de sua família. Porque foram tantas experiências novas, tantas coisas repletas de felicidade e carinho, que ela acabou se iludindo; acabou se esquecendo da sua realidade, do seu destino que já foi decidido no passado, muito antes de sequer existir.

Chorou porque não queria ser prometida a alguém que não amava. Fechou os olhos com força porque não queria se esquecer das borboletas em seu estômago, não queria se esquecer dos olhares de Laxus que desafiavam sua alma, do seu coração descompassado... Desabou porque não queria que sua família pagasse pelos seus prejuízos. Ela nunca quis.

"Eu não posso envolvê-los dessa forma... Mas, sem nem perceber, eu me envolvi com eles dessa forma. Com ele mais ainda".

Será que era tarde demais? Foi tarde demais para privar seus amigos de tanto sofrimento?

Mirajane suava frio; gotas de suor escorriam por suas têmporas, grudando alguns fiapos de cabelo em sua testa. Era como se estivesse presa em um campo de força abafado, sem luz e sem companhia. Sentia que se afundava cada vez mais em sua própria escuridão. Nas suas próprias questões enquanto se remexia na cama para tentar esquecer-se delas.

Imaginou também se conseguiria privar Laxus de todos os seus segredos. De toda a dúvida que existia em seus olhos, de todo medo que só agora passou a sentir se algo de ruim acontecesse com ele caso o inseri-se cada vez mais em seus sonhos de todas as noites, em sua vida... Entretanto, essa seria a coisa mais sensata de se fazer. Ela não fazia ideia do que a maldição faria com ele e com as pessoas que ama se fosse contrariada. 

Mirajane teria que fazer isso. Sem chances de rendição. Mesmo querer sendo a última coisa que gostaria.

Visto que ela se importa com ele. Muito, demais. E foi exatamente por isso que ela iria afastá-lo de tudo enquanto era tempo.

Mesmo que Mirajane desmonte ainda mais os pedaços do seu coração no processo. Seria melhor do que dois. Seria melhor do que o coração dele.

Pois ela sabia que uma hora, um senhor de sobrenome Dreyar apareceria a qualquer momento em sua vida e que quando isso acontecesse... Ela teria que abandonar tudo de novo, e de novo.

Porque mesmo diante das palavras insistentes de seu pai… Ela não queria que sua família pagasse por suas escolhas. Então, não envolver ninguém em sua vida de ai por diante, foi uma obrigação.

Já bastou ela sofrer.

"Dreyar... Mesmo que eu não saiba onde você está... Por que continua a bagunçar minha vida?"


Notas Finais


Que impasse hein! Será que foi a melhor decisão essa daí?... Veremos o desenrolar desse conflito nos prox capítulos 😏

Flashback com o pai de família exemplar e uns relâmpagos malditos... Que boa combinação para o desastre! Rs, Brincadeiras à parte, eu espero mt que tenham curtido o cap 😘

Plágio é crime babes e qualquer crítica construtiva é bem vinda!

Até mais! 💘


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