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História Finding and Uncovering (Hiatos) - Do outro lado da rua


Escrita por: laey

Notas do Autor


Oiie amores, surpresos? Até eu tô me estranhando postando capítulo no dia seguinte... Sentiu esse cheirinho de magia braba? Kkkk

Esse de hoje tá com uma cara mais descontraída, então espero que curtam bem o clima porque... ×0×

Não deixem de dar um review, se estão curtindo a história. Incentiva um tanto! 😘

Kissus da larybakachan & até o próximo ⚡

Capítulo 6 - Do outro lado da rua


Fanfic / Fanfiction Finding and Uncovering (Hiatos) - Do outro lado da rua

"Você achou mesmo que poderia fugir de mim depois de todos esses anos?" Empurrando fortemente a porta que não lhe pertencia, o homem por fim se apresentou.

"A quanto tempo, papai"

Makarov não esperava por isso. Mesmo depois de todos esses anos, ele prometeu a si mesmo, ao seu neto, que nunca mais em sua vida voltaria a trocar até mesmo palavras com o seu filho. Só de pensar na hipótese de que estava sozinho e frente a frente com esse homem, fazia sua cabeça esquentar.

"Você..." Tentou se manter firme. Até com os estragos feitos em sua porta, "Como ousa aparecer aqui depois de tudo o que aconteceu? Responde Ivan!"

"Como conseguiu me encontrar?!" Furioso, Makarov deu um rude passo para frente e mesmo com a diferença de altura, encarou-o de igual para igual.

"Na verdade, nada do que me motivou a vir aqui tem haver com você... velho," debochou, "Eu quero o garoto. Onde está Laxus?"

"Ele não está! Agora faz favor de se ret-"

O vovô de idade foi bloqueado por um pontapé em sua canela. O que o fez cair de cara no sofá. "Você irá me pagar, Ivan!"

Abrindo portas e mais portas, o detetive não encontrava absolutamente nada. Não havia nenhum sinal daquele moleque imprestável. Justo na hora em que ele mais precisava, amaldiçoou.

Sua procura pelo quarto mal iluminado foi interrompida por uma ligação de seu cliente.

"Senhor Strauss, no que posso ajudá-lo novamente?" Tentou não demonstrar o quão cansado estava daquilo tudo. Em seu consciente, ele só queria mandar esse senhor e sua família para o inferno. Porém tinha uma coisa importante nessa ligação.

Ela valia ouro. Muitos dólares para dizer a verdade.

"Apenas pensei que já pudesse ter conseguido alguma informação sobre o garoto. Mas vejo que deve estar ocupado, parece" O tom abafado da voz de Ivan o denunciou.

"É, sim. Eu não estou em um bom momento para conversas Senhor Strauss. Já são mais de 22:00, amanhã à tarde passo em sua residência para pormos as novidades em dia"

"Não poderá ser mais cedo? A tarde eu tenho um compromisso bastante importante. Algo que não posso remediar..."

O local em que estava falando ao celular já não era um dos melhores. Agora o velho tinha que justamente abrir a boca?

"Ivaaaan! Saía da minha casa. Agora!"

"Alô... Alô, Detetive Reyard? Quem é esse tal de Ivan? Está na linha?"

Se recuperando dessa situação desconfortável que poderia até mesmo acabar com os seus planos se não tomasse alguma atitude, o homem tentou de tudo para finalizar a ligação.

"Bem, eu tenho que desligar Senhor Strauss. Está tendo uma confusão na rua em que estou empenhando um trabalho, então está meio perigoso de eu ficar com o celular em mãos por aqui. Eu tentarei chegar o mais cedo possível nessa reunião, tchau" Desligou a chamada de qualquer jeito.

Á medida em que colocava o celular no bolço, ao mesmo tempo em que se virava em direção a porta do quartinho, a figura pequena já o ultimava.

"Eu não quero saber que Senhor 'Strass' é esse que você tanto falava, pois nada mais me interessa do que uma coisa. Por que está tão desesperado pelo Laxus? Eu sei que nossa relação não é das melhores mas. Eu não irei perdoá-lo se tentar machucá-lo de novo!" Enquanto era grosso com suas palavras, Makarov não podia se segurar. Não quando se tratava da vida do seu neto.

"Relaxa velho. Meus assuntos com Laxus não dizem o menor respeito à você. E pode ficar tranquilo que eu não quero o mal do menino, longe disso"

Ele só queria o dinheiro que a presença de Laxus poderia proporcionar à ele. Apenas.

"E a propósito, acho bom arranjar logo um marceneiro para consertar essa porta. Sabe como é né? O dia está ficando muito perigoso".

***

Mirajane

Não era de hoje que Mirajane acordava com um sorriso inocente no rosto. Ao mesmo tempo em que abria a janela para permitir que o calor de fora consumisse o lugar, um borbulhante sentimento em seu estômago começava a ganhar vida.

Coincidentemente essa sensação de borboletinhas em seu estômago passou a ser tão presente quanto o seu sorriso.

Já andava tranquilamente do seu quarto para a cozinha da casa. Depois de todos esses dias fazendo o mesmo percurso, acabou por se acostumar.

Abafando um bocejo, foi apanhada de surpresa quando o seu campo de visão foi apenas vapor. O som da porta sendo destravada e a imagem de Laxus sacudindo seus fios dourados usando apenas uma toalha, a fez pensar que estivesse sonhando. Um sonho muito pervertido, admitiu.

Assim, a mesma passou direto. Perdendo a chance de ver a confusão nos olhos de Laxus.

Pouco à pouco os habitantes da casa começaram a se reunir na mesa já ajeitadinha. Quase sempre Freed era o primeiro a chegar; já que era ele que preparava o café na maioria das vezes. Mas hoje foi um daqueles dias que era Mirajane que tomava a iniciativa na cozinha.

Durante o tempo que preparava algo simples para as três pessoas sentadas à mesa, uma voz empolgada acabou chamando a atenção de todos.

"Já decidi o almoço de hoje. Vamos fazer um churrasco na brasa!" Encostado na abertura da cozinha, um Freed descabelado afirmou exaltado.

"Churrasquinho na brasa, einh? Gostei!" Agora foi a vez de Bixlow quebrar o gelo que Freed estava levando por longos segundos.

"...Achei uma ótima oportunidade de mostrar minhas técnicas de churrasqueiro" Cruzou os braços.

"Ah, não se gabe tanto Laxus" Evergreen repreendeu, dando-o um tapinha em sua testa.

"E você Mirajane, o que acha?" O verdeado perguntou, notando sua presença.

Estavam perguntando-a se estava de acordo com algo? Isso só fez Mirajane mais feliz naquele dia.

A branca não iria confessar que estava achando um máximo que os colegas de Laxus estavam se adaptando com a sua amizade e com a sua presença. Lembrou-se quando Laxus havia dito que era só ser legal que eles logo a aceitariam. Com certeza aqueles dias divertidos com os seus mais novos amigos compensavam boa parte da saudade que tinha de casa.

"Por mim tudo bem. Até posso te ajudar nas compras se você quiser Freed"

"Já eu acho melhor Evergreen ir com você para as compras. Ela deve estar morrendo de saudades" Começou Bixlow.

"Saudades de quê? Saudades de quem?" Isso só deixou Ever ainda mais confusa.

"Das suas irmãs, carambolas. As franguinhas vão acabar virando chester se você não correr à tempo para se despedir"

"Quanta idiotice..." Bufou Ever, logo cruzando os braços.

E a tranquilidade reinou a partir daí.

Na cidade

"Você tem certeza que essa é a direção certa?"

"Qual é Mirajane? Parece que nunca veio a um supermercado antes" Ever deixou escapulir.

"Na verdade..." Começou lentamente.

Ironia ter sido a primeira vez que saiu de casa, justamente quando foi expulsa de casa?

"Nem precisa continuar. De onde é que você veio em que nunca precisou fazer umas compras sequer?" Continuou, guiando o carrinho de compras, "Se não sabe a localidade das coisas, então porque concordou em ajudar o Freed?"

"Eu só queria ser útil para alguma coisa..." Respondeu, mas ainda se mantinha apreensiva com o que iria acabar por dizer, "E respondendo a sua pergunta, eu nunca precisei comprar mantimentos para casa. Meus pais contratavam pessoas para isso."

"Então por que saiu de casa afinal?"

É. Evergreen foi a pessoa mais complicada de se lidar nesses últimos tempos. Mirajane não sabia se Ever era implicante de natureza com qualquer sujeito novo no bando ou se o problema era justamente ela.

O jeito em que Evergreen perguntou, foi como se esperasse por aquela resposta a muito tempo. Algo que estava entalado em sua gargante e meio que agora tinha sido a oportunidade ideal para cuspir fora.

"Eh... Olha! Não é ali que fica o freezer? As carnes que tanto procuramos devem estar por-"

A morena havia empurrado o seu braço de volta, o que acidentalmente fez Mirajane bater com a bacia em cheio no carrinho de metal.

"Ai!..." E assim, direcionou o olhar para Evergreen, franzindo o nariz.

Talvez não tenha sido uma boa ideia juntá-las numa saída por fim.

"...Eu... Me desculpa mesmo por isso, Mirajane"

Porém, já tinha sido um pouco tarde para pedir desculpas.

Passou-se um tempo em que a branca parou de ouvir os gritos escandalosos de Ever por todo o supermercado a sua procura. Ela sabia que estava sendo um pouco criança se escondendo de uma situação que por parte tinha provocado. Mas por que? Por que tinha vezes que Evergreen a tratava tão mal?

Limpando um pouco as lágrimas com o punho, Mirajane respirava fundo enquanto caminhava calmamente entre as diversas prateleiras. Provavelmente o seu pai estava sendo equivocado nisso também, parando para refletir. 

Não se sabe quantos minutos ficou perambulando pelos corredores quando um contorno conhecido passou a chamá-la no final do corredor. Esse que acabou por vir para aonde estava.

"Mirajane..." Deu uma pausa para recuperar o fôlego, "Eu já estava morta te procurando"

A albina sabia que Evergreen usou desse tempo para fazer as suas próprias compras.

Mantendo a cabeça baixa, a morena percebeu que ainda estabelecia um clima pesado entre elas. O que só a fez contorcer as sobrancelhas.

Mirajane pensou que não era a coisa certa ignorá-la. Todos temos problemas e dificuldades de expressar o que sentimos em determinados momentos, como foi o caso de Ever impurrando-a sem pensar duas vezes nas consequências. Ás vezes, mesmo ela já agiu por impulso. Na verdade, muitas vezes contando com a semana passada.

Então ela somente abraçou Evergreen. Havia sido a primeira vez em uma semana que se aproximava da garota, que antes somentes seus olhos tristes falavam por si só.

Em contrapartida, Ever ficou realmente surpresa que Mirajane não a xingou pelos cantos a fora. Mas já era de se esperar, pois a menina sequer assustava uma mosca.

"Então né, o freezer está logo ali" Apontou Ever se desfazendo do abraço.

"Sim. Vamos lá para conhecer a sua família" Mirajane abriu um sorriso implicante.

"Não brinque com isso Mirajane!"

"Ok, ok..."

Ao sair do mercado, Evergreen teve a brilhante ideia de rodar pela cidade. Mas por trás disso, ela só queria ter tempo suficiente para passar na frente de todas as vitrines. De roupas, sapatos, até mesmo bijuterias...

"Sério que não se interessou por nada? Absolutamente nada?"

"Não que seja isso... É que eu estou mesmo pensando nos meninos. A gente meio que perdeu um bom tempo encarando essas vitrines..." Disse ao passear pela calçada, enquanto olhava de soslaio para as bolças de plástico misturadas com outras de marca que Evergreen "rapidamente" parou para comprar. Ao mesmo tempo em que só havia carnes em suas mãos.

"Coitados. Eles devem estar morreeendo de fome," apressando o ritmo para acompanhar Mirajane, surgiu em sua mente uma nova ideia, "Vamos parar naquela banca ali. Ai compramos balinhas para disfarçar a fome. Ah, lembre-se de comprar as de menta para Bixlow, porque meu Deus aquilo fede como um gambá!"

"Vou me lembrar disso..." Soltou uma gargalhada após.

Ao lado do balcão estreito em que se localizavam os potes de balas, Mirajane gostaria de uma segunda opinião.

"Er... Ahn ... Ever, por que não me ajuda a escolher os sabores"

"O quê?" A morena estava muito entretida com as diversas revistas femininas.

"Qual sabor você acha que o Laxus mais gosta?" Falou mais de boca pra fora.

"Pera, pera. Por que você quer tanto saber disso?" Apoiou os óculos na ponta do nariz na espera da resposta.

Virando a cabeça no lado oposto de Evergreen para enconder seu rubor, coincidentemente sua face estava voltada para a rua. Dava para ver que a mesma estava decorada com alguns adereços e enfeites coloridos.

Fitando os perfis dos cidadãos que passavam com um ar de segurança, desleixo ou até mesmo quase saltitando pela rua, sua mente ainda apoiava a questão dos adereços, fazendo-a até mesmo se esquecer da pergunta de Evergreen.

Sem tirar seus olhos da rua, Mirajane perguntou devagar.

"Ever, você tem ideia do... porque a cidade... está toda..."

Até quando sua garganta secou.

A menina estranhou um certo perfil ao atravessar o sinal. Inesperadamente aquela fisionomia parecia familiar. "Ela era viril e..." Forçando a vista para esse ponto específico, Mirajane quase caiu na pequena diferença entre o chão e a banca. Não restavam mais dúvidas. Com certeza era ele.

Deixando a morena no vácuo outra vez, a albina correu o mais depressa até o outro lado da rua. Ela não podia perdê-lo de vista. Isso nunca.

Quase se desequilibrando no chão de paralelepípedos, não percebeu que sua amiga estava logo vindo atrás. Berrando o seu nome, aliás.

E quando parou a sua frente, a única coisa que queria era poder ouvir a sua voz.

"Elfman, é você mesmo?"

"Ever..."

Ou no caso, um amontoado de sacolas em baque no chão. 


Notas Finais


Sentiu raiva do Ivan? High Five! ✋

Me digam que riram nesse capítulo, porque sempre quando eu faço uma piada as pessoas ficam me olhando com cara de "bunda" e isso não é legal 😒

Mais um kissus e até o mais rápido possível.

Críticas construtivas podem vir e plágio pode sair!

Ps: Não liguem que hoje a autora está passando por problemas "mentais".


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