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História Fire in the hole - Judas


Escrita por: LadyCarrie

Notas do Autor


Boa leitura a todos ....

Capítulo 28 - Judas


Fanfic / Fanfiction Fire in the hole - Judas

POV MEGAN   

Com a sensação de ter água caindo sobre meu rosto despertei,  sentindo um peso no pescoço ergui a cabeça devagar, com o rosto todo latejando abri os olhos ao perceber que meu nariz estava sangrando.  

Confusa analisei o ambiente, a sala gigantesca estava vazia, paredes sem janelas e apenas a cadeira que estou amarrada, sem mencionar o detalhe de que tudo é branco, inclusive minhas roupas, ainda sonolenta cogitei estar sonhando e tentei acordar, doce ilusão.  

Tendo alguns flashbacks lembrei rapidamente a situação horrível em que estou, com os punhos apertados balancei o corpo pro lado tentando se soltar, desesperada e sem nenhuma noção acabei virando a cadeira batendo a cabeça com força no chão.  

Resmungando fechei os olhos  com um metade do corpo dolorido e a outra metade dormente, buscando refúgio em meus pensamentos se lembrei de Justin cantando, meu coração acelerou na hora e mesmo tentando segurar, cai no choro cantarolando baixinho.  

“ Yeah, sometimes the heart can see what’s invisible to the eye. 

Yeah, às vezes o coração vê o que invisível para os olhos 

All you gotta do is listen to your deepest feelings, they don't ever lie.  

Tudo o que tem que fazer é ouvir seus sentimentos mais profundos, eles nunca mentem.  

Well giving up is immature, there’s so much more to live for 

Desistir é imaturo, tem tanta coisa a mais pra se viver.  

They don’t want to see us together now, cause  we’re strong enough to endure.  

Eles não querem nos ver juntos agora, porque somos fortes o suficiente para suportar. “  

 

— HAHAHAHA, que comovente, até me emocionei. – disse uma voz atrás de mim, sem visão voltei a fechar os olhos segurando o choro. — Resolveu ficar quieta agora ? Gostei da música, canta pra mim amor. – gargalhou me erguendo pelo cabelo, pra não gritar de dor mordi os lábios com força o fazendo sangrar.  

— O que tá acontecendo, o que você vai fazer comigo ? – perguntei gaguejando.  

— Eu quero seu dinheiro, quero transar com você e claro atingir o Bieber.-  

— Você é um monstro doente, Justin é seu amigo de infância, ela fez muito por todos vocês e não merece um rato traidor o rondando e é por isso que você vai morrer. – ri fraco o fuzilando. 

— Hahahahaha .... isso é uma piada ? Quem vai vir me matar pra te salvar, seu namorado ? Relaxa gata a essa hora o idiota do Drew tá revirando a cidade inteira atrás de você e sabe o que é mais engraçado ? Ele não vai te achar. –  

— Ele vai te matar filha da puta. – gritei se debatendo  

— Não gata, ele vai perder tudo junto com você, sabe ....... desde muito novo aprendi a engolir sapo graças ao seu namorado, com aquele jeito esnobe e prepotente  ele se acha o ser humano mais importante da terra mas é muito burro, venho pegando dinheiro a anos daquele otário desprezível. –  

— Isso é tão doentio que chega até dar dó, sem o Bieber você não é ninguém, sinto dizer mas isso aqui não vai muito longe e quando ele te achar vai te destruir. - gritei quase sem ar.  

— De tanto conviver com o Drew você passou a falar merda demais, na verdade a culpa é sua, nunca passou pelos meus planos agir nesse momento, mas então você apareceu e virou a cabeça a dele, uma simples vadia agora controla a cabeça de um dos maiores traficantes do Canadá, isso é ridículo. – 

— Vadia é tua  mãe e a única cabeça controlada aqui é a sua, Justin sempre fez o que quis e estar comigo foi escolha dele, a gente se ama e isso você nunca vai conseguir destruir. –  

— Pensando bem até que você tem razão, realmente nunca vou destruir essa coisa nojenta que você chama de amor e é por isso que o plano vai bem além disso. –  

— Isso é blefe, não vou cair nessa. – sorri nervosa quase espumando pela boca de tanto ódio.   

— Quem dera Meg, quem dera ... pouco precisei pensar pra chegar a conclusão, não é tirando o dinheiro ou o poder que vou conseguir acabar com a vida do Drew, destruir ele significa destruir o que o faz feliz e essa felicidade é você Megan, e é por isso que você tem que morrer. 

POV JUSTIN 

Sozinho e trancado dentro do quarto tentei se manter forte durante toda a madrugada, tudo relacionado a Megan é uma descoberta pra mim e dessa vez não foi diferente, quando a perdi pela primeira vez foi sufocante mas agora é muito pior, pensei que não era mais capaz de sentir desespero porém me enganei, a cada minuto silencioso que se passava a tortura só piorava, inacreditável eu sei mas lá pelas cinco da manhã perdi a pouca guarda que me sobrava e chorei, chorei por medo de perdê-la, chorei de arrependimento, chorei de ódio.  

O dia já amanhecia lá fora quando decidi sair do quarto, pensativo e sem um pingo de sono fui direto pra garagem, ficar aqui parado não vai me deixar mas calmo muito pelo contrário, isso tudo já passou dos limites, é hora da Meg voltar pra casa comigo e vou buscá-la aonde quer que ela esteja.  

Sai pelos portões da mansão cantando pneu, sem dormir a mais de vinte quatro horas cogitei passar no apartamento pra tomar um banho e trocar de roupa porém só de pensar em entrar naquele lugar com todas as suas coisas me apavora, não tenho tempo pra pensar em banho ou qualquer merda que seja, ninguém melhor do que eu  para virar essa cidade de cabeça pra baixo, decidido a recupera-la a qualquer preço fui direto pra toca do inimigo ou melhor dizendo, Companhia Jones.  

...  

— Bom dia senhor em que posso ajudá-lo ? – perguntou a ruivinha sardenta da recepção, haja paciência.  

— Quero falar com o dono dessa merda. – bufei sem paciência.  

— Desculpe quem é você mesmo ? – disse sinica, que vadia escrota.  

— Justin Bieber – respondi seco.  

— Ahah o que ? Desculpe, o senhor pode repetir ? – gaguejou nervosa.  

— Justin Bieber porra, você é surda ? Vai, telefona pro merda do seu chefe e fala que eu to aqui. – falei sério socando o balcão. 

— Chefe ? –  

— Cansei de você sardenta. – dei os ombros entrando sem ser anunciado.  

A escrota da recepcionista gritava atrás de mim tentando me impedir, sem saco algum tive de se segurar para não socar a cara daquela escandalosa que não parava  de chamar pela segurança, puxando e destravando a arma abri a única  porta do corredor, sem dúvidas aquele filho da puta está aqui.  

— Hooh quanto stress, se acalma amigo desse jeito você vai desestabilizar o ambiente. –  

— Hmm – resmunguei entre os dentes travando o maxilar. –  

— Lá no fundo eu sempre soube que você viria me procurar, achei que demoraria um pouco mais, me enganei. –  

— Não vim até aqui perder meu tempo, você vai me falar agora aonde a Megan está ou ... –  

— Ou o que ? – ele riu sínico se virando com a  poltrona, ver esse rosto demoniaco me faz ferver de odeio.  

— Hmm, aonde ela está Killian ? – perguntei fechando o punho, preciso manter o controle.  

— Você tá acabado, acho que nossa Meg não sumiu e sim fugiu, qual é cara você tá horrível. – sorriu largo de levantando.  

— Você tá mais louco que nunca Jones, cansei dessa brincadeira, é melhor você começar abri a boca. –  

— Vem, vamos caminhar um pouco. – sorriu apoiando a mão no meu ombro, engolindo a seco dei os ombros e sai da sala com ele logo atrás de mim.  

Em um ato de impulso saquei a arma, nem um pouco surpreso Killian ergueu as mãos em sinal de rendição, idiota.  

— Você acha que vai invadir o meu espaço e sacar uma arma pra mim ? – gargalhou estalando os dedos.  

Em instantes fui cercado, com quatro armas apontadas pra minha cabeça respirei fundo jogando minha arma no chão.  

— Ok Ok vamos conversar cara qual é, só quero saber aonde a Megan está. – resmunguei abaixando a cabeça com as mãos pra cima.  

— Não vai ser tão fácil quanto parece, acho que a Meg vai chorar muito no seu velório, pra sua sorte vou te fazer um favor, corroer seu corpo em um banho ácido, se o caixão ficar fechado ela chora menos. –  

— Digo o mesmo. – ergui a cabeça sorrindo largo — Vou evitar que sua irmãzinha vagabunda chore por você. –  

— Perdeu o medo de morrer Bieber ? – franziu a testa confuso. 

— Não Killian, eu nunca tive medo morrer, e você tem medo de morrer ? .... espera nem precisa responder, nós vamos descobrir. – pigarrei estalando os dedos, todos os funcionários ao nosso redor se viraram em noção direção apontando uma arma pra cabeça do Jones filho da puta.  

— O que ? O que é isso ? – gaguejou com os olhos arregalados. – hilário.  

— Hmm, você ficou um tempo fora e nesse meio tempo podemos dizer que fiz novos amigos, convenhamos que você nunca foi um patrão muito agradável e paga mal. – sorri largo.  

A parte engraçada foi ele tentando correr, o que por alguns minutos me distraiu um pouco.  

— Eu eu não acredito, isso é sério pessoal  ? – riu nervoso.  

— Isso é ótimo – pigarrei mandando um soco de direta bem dado.  

— Ohh não espera espera você não pode me matar, se me matar nunca vai descobrir aonde ela está. – resmunguei cuspindo sangue.  

— Então é melhor você começar a falar. –dei outro soco pra esquentar um pouco.  

— Se eu falar você me mata depois e isso não vai acontecer, já sai com a Megan algumas vezes e entendo seu desespero, aquela ali cavalga e geme como ninguém. – disse baixo com um sorriso entre os lábios  

— Eu vou te matar seu filho da puta desgraçando. – bufei alto lhe dado um chute no estômago, fora de si perdi o pouco controle que me restava.  

 Killian gritava e gemia de dor enquanto tomava chutes e pontapés por todo corpo, exausto e prestes a matá-lo espancado resolvi parar, o estrago foi grande.  

— Quer apanhar mais um pouco ou resolveu  abrir a boca ? – me agachei ao seu lado cruzando os braços.  

— Rua oitenta e nove número quatro B – disse baixo pingando sangue.  

— Coloquem esse lixo no porta malas do carro que ele vai junto. – falei se levantando.  

Ainda perdido peguei o telefone e liguei na mansão.  

.....  

LIGAÇÃO  

— Alô, quem é ? –  

— Ryan ? Sou ou –  

— Fala Drew, alguma novidade ? –  

— Tenho uma pista, tem mais alguém aí ? –  

— O Nollan e o Chaz estão aqui comigo, estávamos tentando hackear o sistema de câmeras da polícia.  

— Me encontrem daqui a 15 minutos na rua oitenta e nove, no sétimo armário preto no final da garagem tem uma maleta azul e preta, traga ela pra mim.  

— Beleza já estamos indo. – chamada finalizada.  

Por algum motivo eu estava suando frio, sem dormir muito menos se alimentar meu cérebro já não conseguia  processar mais nada, logo eu que sempre fui forte e cheio de saúde  me sinto fraco e sem forçar nenhuma. 

Dirigindo a quase duzentos por hora cheguei no endereço em menos de dez minutos, fumando um cigarro atrás do outro esperei cerca de cinco minutos pros três mongolóides chegarem.  

Já com uma arma na cintura peguei outra no porta luvas e desci do carro o travando em seguida.  

— Pensa rápido – joguei a chave do carro pra cima deles.  

— Pra que isso ? – disse Chaz pegando a chave.  

— Preciso que alguém leve o carro até o galpão e chip alguém pra mim. –  

— Chip ? Como assim ? Quem ? –  

— Chip localizador veado, Jones está no porta malas, depois que terminar o serviço solta ele em alguma  estrada. –  

— Tá, preciso ligar pro Chris por que não sei fazer isso sozinho. –  

— Isso já não é problema meu, faça o que for preciso.  

— Quando terminar eu ligo avisando – Chaz respondeu entrando no carro, ligando o som no ultimo volume o abusado saiu cantando pneu. –  

— Sua mala Bieber – disse Ryan se aproximando.  

— Hmm, os dois estão armados ? –  

— Até os dentes. – Nollan respondeu.  

— Vamos cercar a casa, vocês dois entram pelo jardim e eu pela porta da frente, enquanto distraiu os vigias vocês procuram a Megan  pela casa.  

— Pode deixar, vamos acabar com a raça desses ratos.  

— É aquela casa branca. – falei apontando pra frente. — Se aproximem em silêncio. –  

— Beleza – Ryan respondeu.  

Só quando os dois sumiram do meu campo de visão abri a maleta e vesti o colete, estalando os dedos respirei fundo e arrombei a porta.  

Derrubar os dois capangas que vigiavam a sala foi bem simples por sinal, uma coronhada em cada um e os dois babacas apagaram no chão, os arrastando até o primeiro cômodo que encontrei os tranquei lá dentro sem as armas, a passos leves vasculhei todo o andar de baixo que por sinal estava vazio, com a arma em punho subi as escadas dando de cara com Ryan caído e sangrando no chão, chequei a respiração e estava tudo bem então segui em frente  

Pegadas de sangue vinham da direção de um dos quartos, seguindo os rastros desencostei a porta com o cano da arma. 

— Megan ? – respirei aliviado quando a vi amarrada em um cadeira no meio do quarto.  

Ainda sem acreditar pisquei os olhos alguma vezes, seu rosto estava inchado e todo sujo de sangue pisado, o olhar fundo e vazio quase não respondia a estímulos, com um aperto no peito puxei a fita que tapava sua boca com cuidado, respirando bem baixinho ela gemeu de dor.  

— Não se mexe meu amor, eu vou te soltar. – falei se agachando  pra desamarrar suas pernas.  

— Jus ... Justin. – ela sussurrou.  

— Calma Meg já to terminando de tirar. –  

— Justin ...  – ela disse mais alto dessa vez, sua voz estava áspera, seca. –  

— Pronto, estica os braços pra mim te pegar no colo. – falei me levantando, com os olhos arregalados Meg olhava fixamente em direção à porta. — Nollan o que você tá fazendo parado aí ? Vai ajudar o Ryan seu inútil. – me virei vendo ele encostado na porta.  

Do nada Megan começou a chorar e tremer sem parar, já Nollan por sua vez continuava lá parado nos encarando sem dizer uma palavra, dando os ombros me virei para pega-lá no colo, foi quando ouvi uma arma destravando, em questão de segundos senti Megan jogar a cadeira pro lado enquanto tentava se segurar em mim, perdendo o equilíbrio ela nos derrubou no chão ao se assustar com barulho dos disparos. .  

Ágil se levantei do chão, Nollan havia disparado em nossa direção sem motivos ou melhor dizendo, com a intenção de matar, com a arma apontada pra cabeça da Megan ele sorriu se aproximando devagar, confesso que demorei alguns segundos pra processar o que acabará de acontecer.  

De canto de olho observei Meg ao meu lado ainda deitada no chão, erguendo as mãos pro alto me virei devagar sem nenhum movimento brusco.  

— Antes de tocar nela jogue suas armas pra cá – ele disse calmo, sem opções fiz o que ele pediu. — Agora sim pode se aproximar. – sorriu pegando minhas duas armas do chão.  

Toquei nela que estava gelada igual um cadáver, sua respiração estava mais fraca e os olhos quase fechados, levantado seu corpo notei o sangramento no ombro, engolindo a seco levantei a manga da blusa se deparando com o buraco do tiro, tremendo sem parar Megan tentava falar mas a voz não saia, ela estava apagando e o desespero bateu, o  tiro no  ombro não pode causar sua morte mas a desidratação somada a perda de sangue pode.   

Com cuidado envolvi meus braços nela a pagando no colo, aparentemente  desmaiada Meg estava perdendo muito sangue, por instinto anunciei correr mas Nollan estava atento.  

— O tiro que ela tomou era pra você. –  

— Era você ? O tempo todo você armou pelas minhas costas Nollan, o dinheiro que vem sumindo a todo esse tempo já não foi suficiente ? –  

— O dinheiro foi só uma distração, meu objetivo sempre foi te colocar no seu devido lugar. -  

— Qual seu problema ? Sem mim você ainda seria aquele moleque pobre e burro, de todos você foi o único que nunca desconfiei, sinto dizer meu amigo mas você é um homem morto. –  

— Esse é o problema, sua arrogância e estupidez, passei anos ouvindo desaforos de um cara que se acha Deus e mesmo nessa situação tem coragem de me ameaçar. –  

—Não é uma ameaça, sai da minha frente agora caralho, ela precisa de um médico. –  

— O tiro que ela tornou era pra você. – repetiu debochado.  

— Já ouvi filha da puta, agora abaixa essa merda de arma e eu te deixo vivo pra contar história. –  

— Hahaha você ainda não entendeu, ela sabia que o tiro era pra você e eu sabia do colete, não é engraçado ?. –  perguntou esfregando o cano da arma no meu rosto,  temendo outro disparo se agachei devagar a colocando de volta no chão.  

— Sou eu quem você  quer machucar, a Megan não precisa sofrer, olha quanto sangue ela tá perdendo Nollan. –  

— Quanto a isso tenho minhas duvidas, é mais que notável como a dor dela te afeta e pelo menos uma vez você está certo, essa garota ainda teria uma família se não tivesse te conhecido, ela fugiu e quando estava quase se restabelecendo você a trouxe de volta pro inferno e agora ela tem que morrer pois essa é a única maneira de te atingir. – Nollan estava sem foco, o mínimo de observação já me fez perceber como suas mãos estavam trêmulas, nervoso e disperso.  

No momento certo o ataquei, de costas pra mim o peguei desprevenido lhe dado uma chave de braço, agora sim esse traíra filho da puta vai descobrir  o que acontece com quem mexe com a minha mulher.  

Sem tempo fiz a coisa mais prática  que me veio à mente, revistando os bolsos de Nollan achei a knife de bolso que eu sabia que estava lá já que esse idiota não sai de casa sem ela.  

— Fica em pé – falei alto limpando a lâmina na minha calça, se mijando inteiro ele  nem se moveu. — Levanta caralho, não tenho tempo pra ficar assistindo você mijar na calça, vamos anda – gritei lhe dando um chute na perna.  

Cambaleando ele se levantou com dificuldades, sem mais delongas fui logo ao que interessa, posicionando a faca fiz um corte profundo e sem dó em cada perna, assustado e sem entender o que estava acontecendo Nollan se espatifou no chão.  

— O que você fez Bieber ? Não consigo mexer as pernas. – perguntou desesperado.  

— Seus tendões estão cortados. – joguei a faça no chão pegando a Megan colo.  

— O o  que ? Como assim ? –  

— Você não vai mais andar. –  

— Pro resto da vida ? – gritou  

— É essa a intenção. – pigarrei saindo do quarto com ela nos braços.  

Pálida  e gelada Meg continuava a perder sangue, apressando o passo passei pelo corredor gritando o nome do Ryan, ainda jogado no chão ele levantou o pescoço devagar resmungando alguma coisa.  

— Levanta, você não pode ficar aqui. –  

— Justin o Nollan me atacou, o que aconteceu caralho ?. - 

— Já imaginava, ele atirou na Megan, era ele o tempo todo mas agora não tenho tempo de explicar merda nenhuma, Nollan está no quarto lá no fundo, dei um jeito pra que ele  não saia do lugar, o resto é com você. –  

— Pode deixar, ainda não caiu a fixa mais vai cair, corre com ela pro médico que eu me viro aqui. – ele tossiu se levantando.  

Assentindo com a cabeça sai apressado em direção ao carro, a cada minuto que se passava seu estado piorava.  

 

....  

Oito horas depois  

Embora o sono fosse grande a preocupação era maior, sem pregar olhos não sai do lado dela um segundo sequer, amparada por uma equipe de médicos Meg foi bem cuidada e não corre mais riscos porém ainda está desacordada graças a anestesia.  

John e um grupo de capangas estão lá fora fazendo guarda na porta do hospital que por sinal é de um dos meus clientes mais assíduos, Holly, Chris e Chaz aguardam na sala de espera enquanto estou aqui sentado nessa poltrona desconfortável esperando o médico vir lhe dar alta.  

Sem paciência e sem um pingo de confiança em nada nem ninguém tudo que desejo agora é tirá-la daqui, não vou ter paz enquanto não estivermos literalmente sozinhos, o mínimo que eu poderia fazer era protegê-la, falhei com meu único dever colocando sua vida em risco, Nollan por mais podre que seja estava certo em um coisa, isso tudo é culpa minha. 

Distraído em meio a meus pensamentos e o sentimento de culpa despertei ao ouvir alguém sussurrar meu nome.  

— Meg – levantei apressado parando em pé ao lado da maca. — É tão bom ouvir sua voz baby. – falei baixo lhe dando um beijo na testa.  

— Achei que não fosse  te ver outra vez. – Meg disse baixo e devagar com os olhos lacrimejando.— Tá tudo bem ? Ele conseguiu te machucar ?. – aumentou um pouco o tom de voz agitada.  

— Calma tá tudo bem. – sorri fraco coçando a testa. — Você é raptada, torturada, leva um tiro e tá querendo saber se eu me machuquei ? Você é louca baby. – sorri entre os lábios acariciando seu rosto.  

— Com licença senhor Bieber – disse o médico entrando no quarto e dando um susto na Megan. — Vejo que a paciente finalmente acordou, como sente senhorita ? – perguntou enquanto escrevia em sua ficha.  

— Com fome – ela respondeu sorrindo sem mostrar os dentes, feito um bobo ri de sua expressão.  

— Logo você vai se alimentar querida, antes disso preciso te examinar pra poder assinar a alta. – disse se aproximando, enquanto o médico a examinava Meg ficou praticamente travada, com olhos  arregalados e o corpo agitado outra vez, ela estava em pânico.  

— Justin ... eu não quero isso, me tira daqui por favor . – disse chorosa tentando se debater, se afastando o médico assentiu com a cabeça em silêncio.  

— Posso conversar com o senhor lá fora um instante ? Enquanto isso vou pedir pra enfermeira a preparar pra alta. – disse o médico saindo da sala.  

— Já voltou Meg, respira fundo e tenta se acalmar. –  

— Não me deixa sozinha Jus. –  

— Você não tá sozinha baby, preciso conversar com o médico pra podermos ir pra casa, vou ficar aqui na porta. – sorri tentando acalma-la.  

Suspirando baixo Meg assentiu fechando os olhos, arfando baixo abri a porta torcendo mentalmente por boas notícias.  

— Dr Beadles. – o chamei esticando a cabeça pra fora.  

— Sim senhor Bieber, pedi para conversarmos aqui fora para não agitar a paciente, clinicamente falando ela está bem, é claro que terá de seguir uma dieta regulada junto à meia dúzia de medicamentos mais isso é só por alguns dias, o ferimento precisa ser trocado uma vez ao dia, a senhorita Megan  deve evitar ao máximo erguer peso e fazer esforços até que o ombro cicatrize. –  

— Entendi, apenas uma dúvida, essa agitação que lá demonstra em certos momentos ...  

— Sim, é um efeito pôs traumático comum em situações como a dela, a recuperação psicologia por incrível que pareça é mais complicada que a clínica e esse é o caso, recomendo que seja feito um acompanhamento psiquiátrico o quanto antes, Megan é um jovem cheia de saúde que não merece sofrer com as sequelas dessa trauma, sem o acompanhamento médico e a medicação necessária ela será uma pessoa assustada e desconfiada pelo resto da vida. –  

— O que eu posso fazer nesse momento para ajudá-la ? –  

— Ela precisa se sentir protegida e acolhida, pelo menos nos primeiros dias é vital que pessoas desconhecidas mantenham distância, minha assistente vai entregar ao senhor a lista de medicamentos juntamente com todas as recomendações, a paciente já está liberada, é difícil mas não impossível então caso o quadro dela apresente alterações me ligue a qualquer hora. – sorriu me entregando seu cartão.  

— Obrigada Dr. – assenti com a cabeça voltando pra dentro.  

— Podemos sair daqui ? – Meg perguntou enquanto se sentava na maca devagar.  

— Sim podemos. – sorri se aproximando. — Vamos ver se você consegue ficar em pé ? – perguntei segurando suas mãos.  

— Não me deixa cair. – resmungou medrosa colocando os pés no chão, mesmo com dificuldades e cambaleando Meg conseguiu ficar em pé.  

— Acha que consegue caminhar até a saída ? Posso te levar no colo ou pegar uma cadeira de rodas se preferir.  

— Hmm, vou tentar ir andando, minhas pernas estão doendo de tanto ficarem paradas.  

— Apoia em mim – se agachei um pouco lhe dando o ombro.  

— Olá Megan,  vim trazer o envelope com as recomendações. – disse à enfermaria parando na porta.  

— Obrigada – Meg agradeceu sorrindo.  

— Com licença – respondeu a enfermeira assentindo com a cabeça.  

Dando um passo de cada vez Meg fez questões de ir embora caminhando mesmo com dificuldades, assim que nos viram passar pela sala de espera Holly, Chaz e Chris se levantaram vindo em nossa direção.  

— Meg graças a Deus que você tá bem amiga, todos estávamos aqui preocupados com você. – disse Holly abrindo os braços para abraçá-la, por instinto entrei na frente a impedindo de encostar na Megan.  

— Ela precisa descansar, depois vocês conversam. – falei sério fechando o punho.  

— Calma Drew ninguém aqui vai fazer mal pra ela, só queremos saber como tudo está – disse Chaz.  

— Amiga fala comigo – disse Holly me olhando por cima dos ombros, sem responder Meg me abraçou afundando a cabeça em minhas costas.  

— Agora não Holly, depois vocês conversam. –  

— Justin só estou preocupada, quero abraçar minha amiga e ter certeza que está tudo bem. – Holly bateu o pé insistindo.  

— Não. – respondi sem paciência. — Ninguém vai falar muito menos chegar perto de ninguém agora, outro dia vocês conversam hoje não. –  

— Como assim hoje não ? – perguntou Chris.  

— Vai me dizer que você vai proibir todos de  conversar  com ela agora ? – Holly cruzou o braços fechando a cara.  

— Exatamente. – respondi  

— Você não pode fazer isso Justin – Holly revidou. — Amiga fala comigo, ele não pode te  dizer o que fazer. –  

— Sim um posso fazer isso, agora saiam da frente que  precisamos ir embora. – respondi impaciente se virando e pegando ela no colo.  

— Pra onde vocês vão Drew ? – perguntou Chaz.  

— Não sei e é melhor vocês não saberem também, só posso dizer que irei me ausentar por alguns dias até que a Megan melhore. –  

— Vocês não precisam ir embora Bro, a mansão é cheia de gente e sempre vai ter alguém pra fazer companhia pra ela. – palpitou Chris.  

— Ela não precisa passar por isso sozinha – disse Holly.  

— Nem você JB, somos uma família esqueceu ? –  

— Minha única família é a Megan e é só com ela que devo me preocupar, agora se me dão licença preciso tirar minha namorada daqui. – dando de ombros sai andado com a Meg nos braços os deixando pra trás.  

Chaz chamou meu nome umas duas  vezes, sem dar ouvidos continuei andando em direção à garagem do hospital, com um olhar distante e encolhida em meus braços Megan não pronunciou uma palavra até chegarmos no carro, com cuidado a coloquei sentada no banco do passageiro passando o cinto, durante o caminhando até o apartamento Meg começou a me contar como tudo aconteceu, com o estômago revirado e um aperto no coração tudo que eu conseguia sentir era culpa.  

— Não via a hora de chegar em casa – ela respirou aliviada assim que entramos pela porta da sala.  

— É só por essa noite, amanhã vou procurar outra lugar pra gente ficar. – falei passando a chave na porta.  

— Jus vem aqui – resmungou do corredor.  

— O que foi amor ? – perguntei indo até ela.  

— Toma um banho comigo ? –  

— Depois eu tomo Meg, vou preparar alguma coisa pra gente comer. –  

— Não, primeiro nós vamos tomar banho e depois eu vou fazer algo pra comer enquanto você espera na cama. –  

— Até parece, você precisa de cuidados. –  

— Você também meu amor, tá na sua cara o quanto está exausto, eu estou bem e descansada agora me deixa cuidar de você um pouquinho ? – perguntou manhosa.  

— Hmm, não sei o que eu faria se tivesse perdido você outra vez. – suspirei lhe dando um abraço. — Me desculpa por tudo, se eu não fizesse parte da sua vida nada disso teria acontecido, destruo e afasto tudo ao meu redor Meg e com você não foi diferente, era minha obrigação te proteger e eu falhei por ser um estupido egoísta.  

— Shiu – ela sussurrou tapando minha boca com o dedo indicador. — Você não destruiu minha vida Justin, para de se culpar por tudo que acontece comigo, isso não é justo com ninguém. –  

— Não consigo mais suportar tudo isso sem você baby, quando ... quando – gaguejei coçando a testa. — Quando você desapareceu fiquei desesperado, apavorado... tive muito medo de te perder. – sussurrei sarrando minha boca na sua.   

— Eu te amo – Meg respondeu sugando meu lábio em seguida.  

— Eu também te amo – resmunguei entre os lábios pedindo passagem em seguida.  

Em um beijo lento e paciente explorei sua boca com maestria, o cansaço e o sono simplesmente desesperancem dando lugar ao prazer e a paz, minhas mãos inquietas buscavam toca-la a todo instante, entregue ao momento a peguei no colo devagar indo até o banheiro.  

— Me ajuda a tirar a roupa. – disse baixo afastando nossos lábios, sem pensar duas vezes a coloquei no chão e liguei a banheira.  

— Ergue o braço devagar. – falei puxando a blusa  que ela estava pra cima. –  

— Ai pura que pariu. – gritou de dor por que levantou o braço com tudo, teimosa.  

— Eu falei devagar Megan – bufei baixo serrando os olhos. — Vai agora a calça. – falei puxando pra baixo.  

Por alguns instantes paralisei fitando seu corpo todo machucado, a sensação horrível que senti é indescritível, engolindo a seco tentei disfarçar e tirei a roupa, tapando o corpo com os braços ela tenta se esconder a todo custo.  

— Quer que eu vista as roupas ? – perguntei enrolando uma toalha na cintura.  

— Ahh ... não, não é você sou eu. – desviou o olhar visivelmente envergonhada. — Sei lá é que ... estou horrível, não quero que você me veja feia desse jeito. – sorriu sem mostrar os dentes. 

— Isso não é verdade,   sou louco por você e esses machucados não mudam em nada. – respirei fundo fixando meu olhar no seu. —Agora nós vamos entrar na banheira e relaxar ok ? Apenas relaxe baby. –  

— Ok –  

— Vem que eu te ajudo, toma cuidado pra não cair. – estiquei o braço lhe dando a mão.  

— Hmm, a água tá tão quentinha. – bocejou se sentando. – Seu olhar tá tão pesado, não vamos demorar aqui, preciso te por na cama. – ela se aproximou mordiscando meu braço.  

— Você também precisa descansar, daqui a pouca horas temos que estar de pé. – bocejei acariciando sua mão.  

— Isso é mesmo necessário? – resmungou jogando espuma em mim.  

—  Sim, não acho que continuar nesse apartamento ainda seja viável. –  

— Posso saber pra onde vamos ? –  

— Eu não sei, pensei em fazermos as malas e decidir na hora. –  

— Sério ? Só eu e você ? –  

— Só eu e você –  

— Por quanto tempo ? –  

— O tempo que for preciso – tombei a cabeça pra trás bocejando outra vez.  

Após horas seguidas de pura pressão e stress finalmente consegui respirar aliviado, em meio a amassos e trocas de carinho ficamos cerca de 20 minutos na banheira, assim que saímos a ajudei se secar e se vestir, teimosa como sempre Meg bateu o pé até me convencer a ir se deitar, mesmo relutante não tive força suficiente parar debater, pingando de sono vesti uma samba canção e se joguei na cama, sem perceber acabei cochilando enquanto esperava a comida ficar pronta.  

Sussurrando baixinho Meg me acordou com um prato de comida na mão, quase sem conseguir abrir os olhos se sentei com dificuldade pra comer, depois disso não me lembro o que aconteceu, simplesmente capotei.  

Nervoso e incomodado acordei agitado no meio da madrugada, abrindo os olhos devagar respirei fundo ao perceber que era só um sonho ruim, no sonho Megan estava morta.  

Apalpando o colchão se levantei com um pulo ao perceber que ela não estava na cama, esfregando os olhos esbarrei em algumas coisas até achar o interruptor, pela fresta da porta vi um abajur acesso, saindo do quarto sem fazer barulho caminhei até a sala seguindo os sussurros.  

Encolhida no sofá ela chorava baixinho abraçada a uma almofada.  

— Hey, o que você tá fazendo aqui sozinha ? – perguntei rouco coçando a cabeça.  

— Perdi o sono. – respondeu chorosa. –  

— Vem comigo pra cama vem – bocejei alto.  

— Vou ficar aqui mais um pouco, já já eu vou. – respondeu tentando disfarçar o choro.  

— Não vou conseguir dormir enquanto você estiver aqui sozinha. – caminhei até ela a puxando devagar. — O que você tá escondendo de mim ?  

— Nada – engoliu a seco me dando um abraço, seu corpo estava trêmulo, suando frio.  

— Você já dormiu ? – perguntei sério.  

— Ahah, não estou cansada. –  

— A mim você não engana, me fala o que tá acontecendo, sem saber do que se trata não tenho como ajudar. – 

— Eu ... não quero dormir, por mais sono que eu tenha pensar em sonhar me deixa apavorada, sei que fingi estar legal com isso mas não é verdade, quando fecho os olhos consigo ver ele me machucando outra vez. – respondeu se enrolando com as palavras algumas vezes.  

— Eu sei que você não tá bem meu amor e é por isso que precisamos nos afastar por um tempo, vou te ajudar a ficar bem e quando isso acontecer nós vamos voltar e lidar com tudo isso juntos, agora vamos voltar pra cama. – falei a guiando de volta até o quarto.  

Agitada e ansiosa ela se deitou ao meu lado respirando fundo, ajeitando a cabeça no travesseiro envolvi seu corpo no meu, aconchegando a cabeça em meu peito Megan logo se aquietou.  

— Pode dormir tranquila, nada vai acontecer – falei sonolento.  

Ainda desconheço o porque e pra falar a verdade por enquanto quero ficar sem entender mas tudo o que aconteceu me mudou de algum jeito, repensando em tudo que faço e já fiz percebi que preciso se afastar  

Não sei responder quem pegou no sono primeiro mas posso dizer que o resto da noite foi calma e sem mais interrupções, aproveitemos então essa noite calma pois o dia vem chegando e junto com o sol os problemas vão ressurgir.  


Notas Finais


QUE SAUDADEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE ♥♥♥

sem feedback hoje pessoal, tenho Enem amanhã e preciso dormir.
Semana passada não postei pois estava muito nervosa com a venda dos ingressos.
Quem ai vai na PWT SP? /// Comentem o que acharão do capitulo.

Twitter @ladycaarrie / @carolocanha
Não se esqueçam de votar no EMA ♥♥♥

Fui beijinhos ♥


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