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História Fire Meets Gasoline - Smoking, Drinking, Kissing


Escrita por: softgothjk

Notas do Autor


antes de qualquer coisa: larguem as pedras.

sem armas ou objetos que possam causar ferimentos à minha pessoa?

okay, então lá vamos nós:

EU VOLTEEEEI E AGORA É PRA FICAAAAR

YEHET MINHAS BOLOTAS! meu deus, quanto tempo faz que eu não atualizo isso aqui?! uns dois meses?!

amores de my life, peço imensas desculpas pelo hiatus, mas quem leu o aviso sabe dos motivos, e, bom, agora eu estou de volta, cheia de inspiração e ideias e tempo (obrigado, férias kajjdhkafkl) então pretendo atualizar com mais frequência esse meu bebê querido que ocupa meus pensamentos 24/7.

peço desculpas também pelo capítulo curto, os próximos tendem a serem mais longos e o conteúdo compensa, juro.

enfim, no mas, é bom estar de volta.

perdoem os erros e enjooy :)

Capítulo 12 - Smoking, Drinking, Kissing



Uma orquestra jamais parecera tão ensurdecedora.

 

O tocar baixo dos violinos somado à suavidade do piano e violoncelo traziam uma sensação de tranquilidade ao ambiente, mas não poderiam soar mais irritantes para Jimin. Aquele jantar estava sendo deveras entediante, e o Park estava cansado.

 

Cansado de tanta falsidade. Cinismo. Hipocrisia.

 

Cansado de ter que olhar para os rostos abarrotados de maquiagem daquelas dondocas que desfilavam de nariz em pé pela sala de sua casa. Cansado de escutar sobre os assuntos da empresa de seu pai, que era obrigado a participar por ser o “herdeiro”. Cansado de falar sobre suas ótimas notas no colégio, embora não se orgulhasse nem um pouco daquilo. Cansado de forçar sorrisos. Cansado de atuar o bom moço. Cansado daquela gravata ridícula lhe sufocando. Cansado daquele eu que não era ele.

 

Com um suspiro pesado, trancara a porta de seu quarto e se escorara a ela por um breve momento, agradecendo aos céus pela desculpa de ir ao banheiro ter funcionado. Já não aguentava mais aquelas velhas assanhadas dizendo o quão bonito era. Tinha espelho em casa, ora essa. E nem gostava de mulheres.

 

Afrouxando a gravata, caminhara lento pelo breu do cômodo em direção à sacada ampla embutida a uma das paredes, permitindo-se apoiar os cotovelos no parapeito e desfrutar do sentimento mínimo de liberdade que lhe acometera. O vento frio da noite lhe bagunçava os cabelos antes perfeitamente fixados com pomada capilar e fazia o terno caro que trajava esvoaçar levemente, e Jimin não poderia se sentir mais aliviado. Fingir ser alguém que não era podia ser realmente frustrante.

 

Fechando os olhos, deixara sua mente vagar sem rumo por algum tempo, acabando por, inevitavelmente, encontrar aqueles olhos negros que tão frequente se tornara encarar.

 

 A proximidade que criara com Min Yoongi naquelas duas semanas decorrentes ao incidente em seu apartamento era quase assustadora, tanto que fora impossível fugir de um Jeongguk completamente alarmado, perguntando que tipo de droga andavam usando. E se afinidade pudesse ser considerada uma droga, digamos que sim, eles usufruíram bastante dela.

 

À medida que foram se acostumando com os olhos, com o sorriso, com o rosto, com a voz e com a presença um do outro, também se habituaram a conversar, inicialmente sobre nada que, ainda assim, para Jimin, parecia tudo. Desde a matéria da aula de física até o que comeram no almoço de domingo, toda e qualquer besteira virava assunto para os dois mais novos amigos do pedaço, o que deixava os Taekook se mordendo de ciúme. Porque, segundo Taehyung, os Hyungs já não davam mais atenção aos dongsaengs quando juntos, e por mais que Yoongi insistisse em dizer que era tudo manha do casal, tanto ele quanto Jimin sabiam que era verdade. Embora jamais fossem admitir que se divertiam com a carência dos amigos.

 

 

E estava tudo às mil maravilhas... Se não fosse um detalhe que vinha a pertubar Jimin desde aquela maldita festa naquela maldita boate.

 

 

Pois era impossível olhar para a boca de Yoongi sem querer beijá-lo.

 

 

O Park se martirizava até o último fio de cabelo por aquilo, mas seu âmago não negava a vontade de pular em cima do Hyung e tomar-lhe a boca com vontade, bem como fizera na madrugada de seu aniversário. Sentia-se chateado com o fato de não terem repetido a dose daquele dia, mas compreendia totalmente o Min. Afinal, não havia dado sinal algum de que queria mais daquilo, e apesar de saber que o pálido também estava a fim, não tinha coragem de tomar a iniciativa. "Vai que ele mudou de ideia?", questionava-se em pensamento, afogando-se em sua própria insegurança.

 

 

Tão perdido estava em seus devaneios sobre como gostaria de sentir os lábios do esverdeado contra os seus outra vez que mal ouvira o singelo e sussurrado "psiu" aclamado para chamar-lhe a atenção, fazendo com que o autor do chamado bufasse, impaciente.

 

 

— Ei, psiu! Jimin!— a voz agora sussurrada em um tom gritado seguida de um assobio finalmente despertara o ruivo, que abrira confuso seus pequenos olhos e rondara-os pelo jardim lateral dos Park, arregalando-os ao reconhecer aquela figura ilustre ali parada, a lhe sorrir debilmente.

 

 

— Yoongi?! O que você 'tá fazendo aqui?! — seu timbre era similar ao do mais velho, porém ainda mais alarmado. Yoongi riu.

 

 

— Vim te resgatar, ué!— soltara como se fosse a coisa mais natural desse mundo, dando de ombros despreocupadamente.— Desce aqui, vai. Eu tenho uma garrafa de whisky e cigarros. — e balançara ambos no ar, um em cada mão, fazendo com que o Park chacoalhasse a cabeça em negação, rindo.


 — Da última vez que você me ofereceu whisky, voltei 'pra casa trocando os pés.— apoiara o cotovelo no parapeito e o queixo na mão, olhando debochado para o esverdeado, que não parecera se afetar.

 

— O que eu posso fazer se você é fraco 'pra bebida e não aguenta um ou dois goles de whisky? — falava alto, devolvendo o deboche e vendo o mais novo semicerrar os olhos em sua direção.

 

 — Você é ridículo, Min Yoongi.— o falso desgosto era notável em sua fala, fato que fizera o pálido rir.


— Ridículo que você não vive sem.— gabara-se convencido, ganhando um rolar de olhos em resposta.— Agora é sério, desce aqui. Eu sei que você 'tá morrendo de tédio aí, e eu não quero chapar isso aqui sozinho. Vem! — pedia, sorrindo de lado, apontando com a cabeça em direção à rua.


E o que Min Yoongi pedia sorrindo que Jimin não fizesse, sorrindo duas vezes mais?


A passos rápidos, desaparecera na escuridão do quarto e tirara o terno com pressa, desfazendo-se da gravata e abrindo um ou dois botões da camisa social, assanhando em seguida os próprios cabelos apenas para voltar à varanda, fitando silhueta do Min, escorada ao salgueiro que sombreava a calçada, logo abaixo da varanda.

  

— Eu vou pular.— avisara para chamar a atenção, já passando as pernas por cima do parapeito metalizado e sentando-se sobre ele.

 

 — Não me responsabilizo por nenhum membro fraturado.— o Min falava mórbido, mas era notável aquela pontinha de preocupação verdadeira. 


— Não é como se eu nunca tivesse feito isso antes.— rira, rolando os olhos.— Agora sai. Não vai me querer por cima de você.— Jimin apenas dera-se conta da ambiguidade em sua fala ao receber um sorriso malicioso da parte do Min, enrubescendo fortemente e desviando o olhar. — Você é um idiota. Só sai daí. — e dito aquilo, Yoongi se afastara a gargalhar, deixando o espaço que anteriormente ocupava livre para que o mais novo saltasse.

 

Calculando brevemente o local de sua queda, fizera impulso com os braços e desprendera as mãos do parapeito, flexionando os joelhos ao alcançar o solo e firmando os pés na grama fofa do jardim dos Park. Era tão experiente fazendo aquilo que a altura considerável do segundo andar já nem o assustava mais, bem como era desprovido do medo de se machucar. Yoongi sorrira de lado.

 

— Que coragem, Park.— era uma clara provocação. Jimin odiava ser chamado pelo sobrenome.

 

— Cala a boca e abre logo essa merda de whisky.— resmungara irritado, se aproximando a passos pesados e arrancando uma risada do Min.

 

— E você quer beber aqui?— fingia surpresa, arqueando as sobrancelhas em sua encenação.

 

— Foda-se.— seu dar de ombros externava o descaso e desrespeito para com a mansão em que residia, fato que fizera o esverdeado sorrir. Jimin era realmente mais imprevisível do que aparentava.

 

— Vamos sair daqui. Eu não quero problemas com o seu pai.— deixara a razão falar mais alto, vendo uma careta confusa se formar no rosto do mais novo.

 

— Por que você teria problemas com o JungHyun? — questionava desentendido mas já começava a caminhar, sendo acompanhado pelo pálido. — Você 'tá comigo. Ele não tem nada a ver com quem eu ando. — seu tom era quase revoltado, o que causara certo constrangimento no mais velho. 


— Mesmo assim. Quero te levar 'num lugar legal.— e fora quase imediato a curiosidade se apossar das feições bonitas do Park.

 

— É? Onde?— Yoongi não sabia se era proposital, mas Jimin conseguia ser extremamente fofo em certas situações. Será que ele percebia o quão mordível ficava com os olhinhos brilhantes e aquele biquinho?

 

— Quando chegarmos lá você vai saber.

 

— Ah não, Yoongi!

 

— Ah não nada. Você vai gostar, confia em mim.— e ante ao bufar derrotado do ruivo, permitira-se rir.

 

O caminho era desconhecido mas não temido por Jimin, visto que, junto ao pálido, eram quase nulas as coisas que tinha a temer. Ao passo que casas simples e singelas começavam a substituir as mansões caras do bairro nobre em que o ruivo vivia, a conversa evoluía de gostos musicais àquele meme da internet, tal como a garrafa de whisky ia secando, pouco a pouco, com os goles fartos que não resistiram em beber. As risadas dos dois soavam altas pelas ruas desertas daquele bairro azul, a luz amarelada dos postes fazendo-lhes companhia no negror gélido da noite e a fumaça densa dos cigarros que eventualmente acenderam dissipando-se como suas tensões ao estarem lado a lado. O clima era envolvente, gostoso e leve; tanto que o Park se esquecera totalmente do intuito inicial daquela escapada, e não conseguira conter sua surpresa ao, finalmente, chegarem a seu destino.

 

— Meu Deus, isso aqui é lindo... — murmurava encantado, bobo com a vista linda que tinha da cidade iluminada dali de cima.

 

— Não é? Eu realmente gosto muito daqui. — o Min confessara, postando-se ao lado do mais novo mas, diferente dele, sentando-se ao chão cimentado do topo do prédio abandonado.

 

— Como foi que você descobriu esse lugar? — indagava curioso, sentando-se ao lado do mais velho e vagando os olhos cintilantes pelas estrelas de chão.

 

— Não lembro como foi que descobri. Mas costumo vir aqui quando quero ficar sozinho. — sua fala era serena, bem como sua expressão.

 

— Mas você não ‘tá sozinho agora. — achara importante lembrar, e fora pego desprevenido pelas orbes negras do outro sobre as suas.

 

Yoongi o fitara com devoção; os olhos percorrendo cada traço do rosto, desde o contorno das sobrancelhas até a ponta do queixo. Os olhos pesados pela bebida, os lábios rúbeos de frio, os cabelos esvoaçantes devido ao vento. Ele era tão, mas tão bonito...

 

— Eu sei que não. Você ‘tá comigo. — não desviara o olhar ao concluir sua fala, e Jimin não tivera coragem de fazê-lo.

 

— Então por que me trouxe aqui? — sua voz explanava dúvida, mas suas feições se mantinham intocadas; perfeitamente suaves.

 

— Eu não sei porquê. Eu só... quis te mostrar isso aqui. Um pouco mais do meu eu que ninguém vê. — dera um riso breve ao fim de sua fala, os olhos se tornando brilhosos, porém distantes. 

 

Aquilo, por mais estranho que soasse, era uma das coisas que mais cativava o Park; aquele olhar longínquo, aquele riso frouxo, aquela voz aérea. Ele era tão misterioso mas, de alguma forma, tão previsível. Tão obscuro e, ainda assim, uma clareira. Simplesmente incrível.

 

— Então eu sou ninguém?

 

— Huh?

 

— O seu eu que ninguém vê. Se eu estou vendo ele agora, acho que sou o ninguém. — uma risada alta por parte do mais velho se fizera ouvir, bem como o farfalhar repentino das galhas secas de uma árvore próxima.

 

— É. Acho que você é o ninguém. Mas o meu ninguém, Park Jimin.

 

— Pois saiba que é uma honra ser o seu ninguém. Min Yoongi.

 

E a partir dali, um silêncio cômodo se instalara; não por falta do que dizerem, mas sim por ausência de coragem para fazê-lo. Havia tanto para ser dito... Tanto daquilo que os olhos transbordavam e os corações estavam cheios.

 

— Sabe — Jimin começava, acendendo um cigarro e dando um gole no whisky, já passado da metade. —, eu realmente gostaria de saber quem é Min Yoongi.

 

— Como assim?— o esverdeado estava confuso.

 

— Quem é Min Yoongi, oras. Esse cara carrancudo, que fala tão pouco, mas que parece saber sobre tudo e todas as coisas. Aquele por quem as garotas se derretem de amores e, pasmen, nem dá bola ‘pra elas. O rapaz com o cabelo de alface que prende a atenção por onde passa. — concluíra seu dizer placidamente, a fumaça deixando seus lábios de modo hipnótico aos olhos do Min.

 

— Então eu chamo atenção ‘pra você?— parecia divertido ao falar, e o ruivo apenas rira.

 

— Não banque o leigo a essa altura do campeonato. — e não se importara em passar o cigarro ao pálido, vendo-o tragar profundamente e fechar os olhos, provavelmente inebriado com a sensação relaxante da nicotina.

 

— Não há muito sobre mim que você precise saber, Park Jimin. — falava baixo, rouco o suficiente para que o Park sentisse tremores se apossarem de seu corpo. — A única coisa que você precisa saber é que eu quero muito te beijar agora. — abrira os olhos, pesados e semicerrados, na direção do mais novo, que, com um sorriso de lado, esgueirara-se para mais perto, subindo em seu colo sem hesitar e roubando o cigarro de suas mãos.

 

— Pensei que não fosse dizer isso nunca. — tragando o cigarro, passara a nicotina enevoada para a boca alheia diretamente de seus lábios e, por fim, unira-os aos do esverdeado, de cara sentindo as línguas se entrelaçarem em um dançar preguiçoso, lento e sensual.

 

O sabor do fumo se mesclava ao gosto amargo do whisky e da boca de cada um, o que dava ao beijo um quê de excitante que nenhum dos dois sabia explicar. As mãos de Yoongi, muito bem presas aos quadris de Jimin, o faziam se lembrar de que aquilo era mesmo real, estava mesmo no topo de um prédio abandonado, fumando e bebendo e beijando Min Yoongi outra vez. Daquele jeito que era exatamente como queria.

 

— Não é possível que vou precisar ficar bêbado toda vez que quiser te beijar. —  o mais velho comentava minimamente ofegante ao quebrar o beijo, a mente nublada pelos os lábios do ruivo seguindo caminho para seu pescoço.

 

— Você sabe que definitivamente não precisa ficar bêbado ‘pra me beijar. Eu quero isso tanto quanto você. — falava sem desgrudar os lábios da derme pálida de outrem, suas falanges embrenhadas nos fios levemente embaraçados de seus cabelos e o cigarro – ou o que restara dele – já esquecido em algum canto no chão.

 

— Como você pode ter tanta certeza disso? De que eu quero tanto quanto você?

 

— Não tente se fazer de reticente agora, Hyung. — rira contra a audição do esverdeado, puxando a argola prateada que pendia no lóbulo de sua orelha com os dentes e se divertindo ao ver a pele arrepiar. — E mesmo se você quisesse, os seus olhos não mentem. — sussurrara roucamente, sendo pego de surpresa por um puxão nada delicado do Min em sua cintura, este que fora capaz de colar os troncos e fazer as respirações se mesclarem.

 

— Não brinca assim comigo, Jimin. — o tom era de aviso, mas Jimin não se sentia ameaçado. Muito pelo contrário.

 

— Brincar? Quem disse que eu ‘tô brincando? — e o que viera em seguida fora um beijo de, literalmente, tirar o fôlego, como se Yoongi estivesse completamente enlouquecido; sedento.

 

E entre beijos quentes, outros mais calmos, toques fervorosos e alguns nem tanto, seguiram madrugada a dentro até que a respiração pesasse e os lábios adormecessem e o sol nascesse e o mundo fora do universo paralelo que tinham construído sem ao menos planejar se tornasse completamente diferente. Um lugar novo, onde estarem juntos parecia a melhor das opções.

 

 

You [06:13 AM]:

jeongguk

você não vai acreditar

eu beijei min yoongi

min yoongi me beijou

nós nos beijamos

e puta que pariu

cara

acho que eu tô apaixonado



Notas Finais


ah, quantas saudades dessa estória...

espero, do fundo do meu coração, que me perdoem por isso, e que não desapareçam devido a esse hiatus.

amo vocês, não se esqueçam.

até breve.

XOXO ^^


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