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História Fire N Gold - Mensagens


Escrita por: CovenCult

Notas do Autor


Hey! Mais um capítulo para vocês. Espero que gostem como eu gostei! Me desculpem a demora e perdoem erros que passaram despercebidos. Há um recadinho sobre o próximo capítulo no fim, então não se esqueçam de ler. Também não se esqueçam de favoritar e comentar.
*Há um momento hot nesse capítulo...
Enjoy It!

Capítulo 16 - Mensagens


Acordar na segunda de manhã foi algo complicado. Não dormi muito bem durante a noite achando que o desconhecido entraria em minha casa e tentaria algo. Por um momento pensei que poderia ser uma grande brincadeira e que era apenas algum idiota qualquer. Mas ele sabia de coisas que outras pessoas não sabiam, então decidi ignorar essa ideia.
Consegui dormir apenas com a ideia de quem o desconhecido não queria me machucar de algum jeito, mas sim me conquistar. Afinal de contas, havia via dito que gostava de como eu era confuso e havia mandando flores. Não gostou quando não respondi e queria interagir de algum jeito. Não que ter um perseguidor fosse bom, mas tirar a parte do perigo foi o que me ajudou a dormir.
Como dormi pouco, acordei com sono. Me vesti para a escola com o que encontrei jogado no chão de meu quarto. O clima não estava tão quente, então eu começava a achar que essa semana seria confusa em relação ao calor.
Como um pedaço de pizza como café da manhã. Sobrou bastante pizza por causa de ontem quando tio Jack trouxe Isobel para cá. Ela tem 42 anos e é viúva. Seu finado marido deixou uma boa quantia de dinheiro para que ela nunca mais trabalhasse em sua vida, mas ela trabalha mesmo assim, cantando em um restaurante cinco estrelas da cidade. Ela cantou na noite anterior quando ela e Jack beberam mais vinho e sua voz era realmente linda. Adorei conhece-la e acho que Jack será muito feliz com ela.
Na hora de sair de casa, me lembro de como costumava fazer o caminho até a escola com Nate. Com isso me lembro de que ele me deve uma bicicleta, mas agora nem ligo mais para isso, na verdade, nem quero mais ter qualquer tipo de interação com Nate. Vou em minha própria bicicleta para a escola. Havia recebido uma mensagem de bom dia de Adam antes de partir e o respondo com um coração. Não sei se devo passar na livraria para vê-lo após a escola.

(...)

Hoje me sentei atrás de Caleb depois de muito tempo. Ele estava realmente gripado e espirrou muito durante as aulas. Eu tentava não pensar que ele mandava as mensagens, mas vê-lo fazia ideias aparecerem em minha cabeça.
Ele passou o intervalo comigo, Dinah e Steve. Como não tínhamos amigos, nos divertíamos como podíamos. Joe não sentou conosco pois também tinha seus amigos do time de futebol.
Dinah havia me contado de seu encontro com Joe. Eles haviam se beijado e conversaram durante madrugada toda pelo telefone depois que ele a levou para casa. Ela estava realmente interessada em Joe.

- Quer ir comigo até a livraria depois da escola? – Steve pergunta me olhando do outro lado da mesa na cantina.

Como já havia decidido que sim, aceito a carona de moto para a livraria. Dinah iria com a minha bicicleta para casa e eu a pegaria de volta logo depois.
Caleb estava ao meu lado e seu braço estava encostado no meu. Era incrível como agora eu não sentia a mesma coisa de antes. Se isso fosse no começo do ano, eu estaria desmaiado ao seu lado. Mas agora somos apenas Caleb e Caleb, não quem achávamos que éramos e sentíamos. Não é ele. Eu sinto isso. Caleb não faria isso.
Ele observa minha aliança e então segura minha mão para passar o indicador sobre o pequeno ponto brilhante. Sua mão está gelada.

- É muito bonita.

Concordo com um sorriso e ele aperta minha mão antes de soltá-la. Digo a todos que preciso ir ao banheiro antes da próxima aula que era educação física e me afasto da mesa.
Depois de fazer xixi e lavar minhas mãos, meu celular vibra em meu bolso. Logo imagino que seja uma resposta do desconhecido. Ontem havia pedido para ele que não machucasse ninguém e a mensagem que leio agora é totalmente o contrário do que esperava.

“Mas é claro que não machucarei ninguém, meu pequeno. Eu só quero te agradar de algum jeito. Me desculpe se te assustei. ”

Como assim a intenção do desconhecido não era me assustar? Dizer que poderia entrar em meu quarto para descobrir que tipo de coisas eu gosto não me parece algo fofo de se mandar por mensagem. E que coisa foi essa de “meu pequeno”? Sinto um pouco de nojo dessa mensagem. Tenho que responder isso? Penso por um minuto encostado na pia do banheiro e então decido responder.

“Não seria melhor se você revelasse quem é? Ou talvez me ligar para conversar. Eu já tentei fazer isso, mas você não atende. Tenho certeza de que podemos resolver isso. “

Envio a mensagem e guardo o celular em meu bolso. Acho que foi uma boa mensagem. Não passei medo por ela e tentei conseguir respostas. Se a intenção do desconhecido não é me assustar, então continuará com esse pensamento. Uma boa oportunidade de descobrir quem é essa pessoa.
Volto à mesa da cantina e chamo Dinah para a quadra de vôlei, onde teríamos aula de educação física. Eu sempre as pulava com Nate, mas agora que tenho uma amizade com Dinah, ela acha que devo participar das aulas.
Steve tem aula de história, então se despede. Caleb tem aula de Biologia, mas diz que faltaria para nos ver jogar. Digo que seria legal e então andamos até a quadra.
Chegando lá, percebemos que estamos um pouco atrasados e o professor nos olha com uma cara feia. Caleb se senta na arquibancada e nos observa. Não jogaríamos vôlei, jogaríamos queimada. Duas salas estavam juntas, então dois jogos ocorriam ao mesmo tempo. Vejo Nate ali e acho estranho. Ele nunca participava das aulas e agora estava ali. Me encara por alguns segundos e então observa Caleb na arquibancada, não escondendo um sorrisinho que me deixa nervoso.
O tempo havia mudado enquanto estávamos na escola. Um frio fraco invadia as salas e começar a jogar ajudou a esquentar nossos corpos. Dinah e eu não gostamos muito de jogar queimada. Usamos óculos e tememos por eles quando vemos uma bola vindo em direção ao nosso rosto. Mesmo com esse medo, começamos a eliminar boa parte das pessoas que jogavam contra nós. Caleb sorria enquanto assistia. Minha mochila estava ao seu lado e meu celular estava lá dentro. Penso se posso ter recebido outra mensagem do desconhecido.
Minutos depois o professor soa seu apito irritante e tem suas mãos para cima.

- Façam uma pausa. Resolverei algo na secretaria e não quero vocês jogando queimada enquanto estou fora. Não confio tanto em vocês.

Ele se afasta olhando para um garoto encrenqueiro da outra turma que revira os olhos e sorri.
Vou com Dinah para perto de Caleb e tomo um gole de água que ele me oferecia.

- Vocês são bons nisso. – Caleb diz.

- Precisamos compensar em alguma coisa que envolva atividade física. – Respondo.

Rimos. Pego meu celular na mochila e vejo que não havia recebido nenhuma mensagem. Talvez o desconhecido estivesse ocupado.
Quando me viro novamente para falar com Dinah, sou atingido fortemente na cabeça por uma bola de vôlei. Meus óculos caem no chão e perco um pouco meu equilíbrio, me apoiando no joelho de Caleb.

- De onde veio isso? – Dinah exclama agitada e olha ao redor quando me segura.

- Me desculpe. – Diz uma voz familiar. Sinto raiva dentro de mim imediatamente. – Foi sem querer.

Nate havia jogado a bola. Ele não estava tão longe, mas jogou a bola com força o bastante para que eu ficasse um pouco tonto. Coloco meus óculos novamente e olho para Nate. Ele estava com algum grupinho que eu nunca havia reparado pela escola. Acho que depois que nós terminamos nossa amizade, ele foi imediatamente atrás de alguém para que não ficasse sozinho. Suas desculpas vieram acompanhadas de um sorriso ridículo em seu rosto. Não faço nada, apenas lhe dou minhas costas e respiro fundo.

- Ele não pode fazer isso com você!

Caleb diz isso bravo e tenta se levantar do banco, mas o seguro.

- Ele está tentando chamar nossa atenção! Isso é ridículo! – Ele me olha chocado e apenas balanço minha cabeça. Dinah se senta ao lado de Caleb e rói as unhas.

- Pois é, isso é ridículo. Então apenas ignore. – Digo tentando acalmá-lo.

- E você quer deixar isso assim?

Poxa, ele realmente não gostou disso. Eu estava bravo, mas não como ele. Foi como se ele tivesse sido atingido. Eu sinto alguma vontade de me vingar de Nate pela foto que ele espalhou pela escola, mas acho que fazer isso apenas dará corda para que ele continue com isso, e eu não quero continuar, o quero apenas longe de mim. Uma ideia boba aparece em minha cabeça.

- Por que não nos abraçamos? Sabe... para causar ciúmes.

Ele me olha sério e então abre os braços devagar. No segundo seguinte estamos abraçados. Meu rosto está perto do pescoço de Caleb e seus braços me apertam sem muita força. Sinto novamente o cheiro de seu perfume e lembro de minha escolha. Não consigo mais ver Caleb do jeito antigo. Agora eu sinto que estou abraçando Adam. Porque o abraço de Adam é o único que realmente me faz sentir algo. Caleb passa sua mão pela parte de minha cabeça que foi atingida, é como um carinho.

- Ele está olhando. – Dinah cochicha segurando uma risada. – E parece estar furioso.

- Ótimo. – Digo me afastando de Caleb.

Sorrio por ter conseguido o que queria, mas Caleb me encara sério.

- Não... não foi o bastante. – Ele diz.

Então Caleb se levanta e pega a bola que estava perto de nossos pés. Anda um pouco pela quadra e a lança. Ouvimos um barulho alto e vejo Nate caindo na quadra. A bola atingiu a parte de trás de sua cabeça ele perdeu o equilíbrio.

- Desculpa, cara! – Caleb grita agitando os braços. Fingindo muito bem. – Foi sem querer.

O grupinho de Nate o ajuda a levantar, mas ele grita alto enquanto o puxam pelos cotovelos. As outras pessoas que se espalhavam pela quadra não faziam ideia do que tinha acontecido e agora olhavam confusas. Quando Nate se vira, podemos ver dois dedos tortos em sua mão esquerda. Ele grita e faz uma careta enquanto observa aquilo. Caleb se vira para nós com a boca aberta. Dinah ri como se não fosse nada.

- Meu Deus... – Digo. Caleb havia quebrado os dedos de Nate.

O professor volta para a quadra vê o que acontece.

- Mas o que é... Eu disse que não confiava em vocês!!! – Seu rosto fica vermelho e ele arruma o boné sobre a cabeça enquanto anda até Nate. – Quem fez isso? – Grita para todos da quadra.

Caleb levanta a mão imediatamente. Nate o olha chocado, aposto que pensava que eu era o culpado. Dinah ainda ria e eu dou um tapa em seu joelho para que acabasse com aquilo.

- Venham os dois! Você vai para a enfermaria. – Ele pega o ombro de Nate e começa a andar para a saída enquanto fala mais alguma coisa para Caleb. – E você vá para a diretoria. Resolverei seu caso depois.

Caleb olha para mim e sorri com se não fosse nada e houvesse feito o certo. Começa a andar e penso em chama-lo, mas apenas o vejo sair da quadra. Ele havia feito aquilo por mim... ele quebrou dedos de Nate e foi embora sorrindo. Caleb estava realmente sendo um bom amigo.

(...)

No estacionamento converso com Caleb ao lado de seu carro. Dinah já havia partido com minha bicicleta e Steve me esperava fora da escola com sua moto para que eu fosse até a livraria.

- Então está tudo bem? Você não será punido ou nada do tipo?

Estava muito animado com a notícia que Caleb havia me dado.

- Não. Eu disse para o diretor que foi sem querer e ele apenas me deixou ir! Conseguiu se vingar quebrando dois dedos de Nate!

- Não, você quebrou os dedos de Nate. – Digo rindo.

- Tanto faz, foi ótimo fazer aquilo.

Nós rimos e observo seu rosto por um tempo. O desconhecido não era Caleb de jeito nenhum. Ele não seria capaz de fazer isso comigo. Não o meu Caleb.
Agora o abraço de verdade e não para provocar ciúmes a ninguém.

- Até amanhã.

- Até amanhã. – Ele repete com sua voz gripada. – Aliança bonita.

- Você já disse isso!

Ele me mostra a língua e entra em seu carro. Observo ele se afastar junto com a ideia de que ele poderia fazer algo de ruim para mim. Eu nunca desconfiaria de Caleb novamente.
Vou até a entrada da escola e vejo Steve ao lado de sua moto.

- Esqueci de trazer capacetes hoje, então correremos um pouco de perigo. Eu acho isso ótimo, então não é um problema. – Ele sorri e sobe em sua moto. – Fiquei sabendo que aquele garoto quebrou os dedos na educação física.

- Sim, Caleb os quebrou.

Subo em sua moto e apoio uma mão em seu ombro enquanto descanso a outra em minha perna. Era incrível como o tempo havia mudado. Agora um vento gelado corria pela rua da escola e o céu começava a escurecer. Acho que logo teríamos chuva. Como estava sem nenhuma blusa para vestir, senti o frio em meus braços.
Steve usava usa jaqueta de couro preto que combinava perfeitamente com ele em sua moto. Seu cabelo havia crescido e saído do corte militar que tinha quando o conheci no primeiro dia de trabalho. Ele era muito bonito, não sabia como não era popular na escola por isso.

- Você estava fumando? – Digo com uma careta. Havia sentido cheiro de cigarro em sua jaqueta.

- Dois ou três cigarros.

- Odeio esse cheiro.

- Me desculpe. Fumo quando estou nervoso.

- E por que está nervoso? – Ele ri um pouco e balança a cabeça.

- Vamos logo ou me atrasarei. Eu ainda trabalho lá, você não.

Steve era tão reservado que às vezes isso me preocupava. Saber que ele fuma quando está nervoso não me conforta. Apenas fico quieto enquanto vamos embora da escola.
Sentir ainda mais vento gelado em meu corpo não me ajuda a pensar que o frio ficaria mais forte quando eu fosse para casa. Adam ainda não sabe que passarei para visita-lo na livraria. Lembro do dia anterior, de quando não me despedi muito bem dele no carro e de como o queria quando ele me deu a aliança. Pensar nisso faz meu corpo se aquecer um pouco. Lembro de sábado quando me deitei ao seu lado para dormir e seu pijama marcava seu membro. Agradeço por Steve não poder ler meus pensamentos enquanto atravessamos a cidade em sua moto. Eu preciso de Adam agora. Quero visita-lo em seu trabalho e fazer algo com ele.


Minutos depois chegamos até a livraria. O carro de Adam estava no mesmo lugar de sempre e Steve estaciona sua moto um pouco adiante, como sempre.

- Obrigado pela carona. – Digo e ele pisca um de seus olhos azuis para mim. – Melhoras para você... seja lá o que estiver acontecendo.

- Valeu. – Ele sorri e confere alguma coisa em sua moto.

Entro na livraria. Fazia um tempo que eu não ia ali. A última vez em que visitei o lugar foi quando resolvi coisas de minha demissão com Peter. Todos os funcionários me encaravam naquele dia por causa do boato que eu estava envolvido com Adam. Agora que entro na loja, alguns funcionários ainda me olham, mas não tenho o que pensar disso, pois agora realmente namoro com Adam.

- Bom dia, Caleb. – Eve, a senhora do caixa, diz para mim.

- Bom dia. Adam está em sua sala?

Ela finaliza a compra de uma cliente e diz que sim. A livraria estava muito cheia, o dia estava corrido ali dentro. Vejo Peter, meu antigo instrutor. Ele continuava estranho, com sua coluna curvada e grava borboleta vermelha. Parecia o Slender andando pelos clientes com livros nas mãos. Vejo outros funcionários e aceno para eles que retribuem. Subo para o segundo andar e ando até seu fim onde há a mesma porta de sempre. Subo a pequena escada caracol que leva à sala de Adam e bato na porta.

- Estou ocupado agora. – Ele diz.

Sorrio e abro a porta do mesmo jeito. Logo o vejo sentado atrás de sua mesa de vidro e olhando para seu notebook. Usava óculos de lentes redondas e armação fina que o deixavam muito fofo, não esperava ver isso.

- Eu disse que estou ocupa... – Então ele me vê e um lindo sorriso aparece em seu rosto. – O que faz aqui?

Fecho a porta atrás de mim e giro a pequena chave para trancá-la e depois a retiro. A seguro em minha mão enquanto ando até o fim do escritório. Um sorriso ainda estava em seu rosto e seus olhos verdes brilhavam.

- Vim lhe visitar, ué. Não posso?

Me inclino em sua direção para lhe dar um selinho demorado que me permite sentir seus lábios quentes contra os meus.

- Pode, mas estou muito ocupado e...

- Desde quando usa óculos?

Me sento em seu colo enquanto ele relaxa em sua cadeira e retiro seus óculos. Os coloco e vejo como seu grau é fraco comparado ao meu. Devolvo para ele, vendo como fica fofo.

- São para descanso, eu...

- Fica lindo de óculos.

- Obrigado, amor, eu...

- Estou com saudades.

- Pode me deixar terminar alguma frase? – Ele segura meu queixo e me beija com vontade, depois se afasta e encosta sua cabeça na cadeira enquanto me olha. – Está falando muito hoje. Também estou com muita saudade. Muita mesmo. Mas estou tão ocupado agora, acho que não poderei nos ajudar.

- Nem um pouquinho? – Faço um bico para ele que arranca uma risada baixa.

- Hoje estou totalmente ocupado, me perdoe. – Ele me abraça, esquentando meu corpo. – Você veio sem nenhuma blusa? O tempo está frio, Caleb!

- Não estava quando eu saí de casa, pare de ser chato.

Ele me encara sério, mas mostro a língua e ele sorri. Encosto minha cabeça em seu peito e encaro a porta do cômodo em seu fim. Adam está quente sob mim, logo me lembro de quando estava quente atrás de mim. Coloco uma mão sobre a de Adam que está sobre minha coxa e a movo até minha bunda, onde faço ele dar um aperto sem força.

- Caleb, não tenho tempo para isso... – Ele cochicha perto de minha cabeça e respira fundo. – O que você tem hoje?

- Saudade.

Me levanto de seu colo e fico parado em sua frente. Ponho a chave que segurava em minha mão sobre a mesa de vidro perto de nós e ele levanta as sobrancelhas curioso.

- Você trancou a porta?

Confirmo e me ajoelho lentamente em sua frente. Ele percebe o que estou fazendo e se inclina para frente em sua cadeira.

- Hey, eu preciso trabalhar...

Seguro seu rosto com uma mão para um beijo. Sua língua não demonstra a mesma resistência que ele. Minha outra mão passa por sua coxa e para entre suas pernas, onde sinto o que procurava. Um gemido sai de Adam enquanto nosso beijo continua e o aperto sem força. Ele começava a ficar duro. Então afasto Adam lentamente, empurrando seu peito para que ele se encostasse na cadeira novamente. Ele já buscava por um pouco de ar após o beijo.
Começo a abrir seu cinto e logo seu zíper. Puxo sua calça e cueca para baixo com um pouco de ajuda, a deixando perto de seus sapatos. Suas pernas agora estão nuas e expostas assim como seu membro que seguro com minha mão direita. Ele já estava duro e movo minha mão enquanto me olha de cima, mordendo seu lábio inferior. Ele move seu quadril um pouco e logo aumento um pouco a velocidade em que o masturbo. Um gemido sai de sua boca e suas mãos seguram os cantos da cadeira com força. Aproximo minha boca de seu pênis e deslizo a língua pela ponta. Movo minha cabeça para baixo e o coloco em minha boca, arrancando mais um gemido dele. Seguro sua coxa com uma mão enquanto a outra segura a base de seu membro.

- Oh, Caleb... continue.

Ótimo, então ele queria mesmo aquilo. Sinto ele duro e quente em minha boca. Abaixo mais minha cabeça, indo mais fundo e voltando para a ponta, onde fico por alguns segundos com meus lábios. Isso era muito bom e aposto que Adam acha o mesmo, pois geme ainda me olhando fazer isso. Faço isso por mais um tempo, aproveitando.
Sinto sua mão na parte de trás de minha cabeça, me puxando para mais perto, querendo que eu fosse mais fundo. Adam fecha os olhos e encosta sua cabeça na cadeira. Move seu quadril novamente para cima e o sinto perto de minha garganta.

- Estou quase lá.

Passo minha língua por todo ele e então volto a colocá-lo em minha boca, mas só a cabeça de seu pênis. Faço isso a tempo de sentir seu líquido quente em minha boca e então descer por minha garganta. Passo a língua pela ponta de seu membro enquanto Adam tenta controlar seu gemido para que não fosse tão alto. Seu peito se move rapidamente sob a camisa social e sua mão para em meu queixo, me puxando para que eu me levantasse. Me aproximo de seu rosto e sinto sua língua em minha boca, invadindo onde antes ele também estava. Seu gosto era bom e ele queria que eu soubesse disso. Quando nos afastamos ele sorri, seus olhos estão fechados e sua mão segura a minha.

- Eu disse que estava ocupado com o trabalho.

- Você não tentou me impedir de continuar.

- Tentei sim, mas é você... Não consigo. – Sua mão vai até minha bunda e ele aperta.

- Bom saber disso.

Dou um sorriso malicioso e me afasto dele. Ele se levanta da cadeira e sobe sua calça, depois fecha o cinto e sorri balançando a cabeça negativamente. Pego uma garrafa de água sobre sua mesa e tomo um gole enquanto olho para a rua pela janela circular que fica logo atrás de sua cadeira. Observo a cafeteria do outro lado da rua e lembro de Caleb, acho que seu turno não havia começado ainda. Sinto Adam beijar minha nuca e segurar minha cintura enquanto fica atrás de mim. O beijo mais uma vez. Eu adorava fazer aquilo.

- Vista isso. – Diz ele quando se afasta e retira seu sobretudo das costas da cadeira que antes estava sentado. – Não irá para casa sentindo frio.

- Isso é muito grande! Não posso sair por aí com isso.

Ele revira os olhos e anda até o meio do cômodo, onde fica a pequena sala de estar. Do sofá, retira um suéter preto e me dá quando volta até mim.

- Isso é melhor, querido? – Diz com uma voz chata.

- Sim, muito obrigado. E não fale assim comigo. Esqueceu o que acabei de fazer?

- De jeito nenhum. Na verdade, queria continuar. – Isso faz com que eu fique animado e ele repara em meu rosto. – Mas! Eu preciso trabalhar, ou seja, você precisa ir embora, amor.

- Está me expulsando? – Digo exageradamente.

- Claro que não, pare com isso. – Ele segura meu braço enquanto me acompanha até a porta da sala. – Mas você me distrai tanto... – Seu rosto vai até meu pescoço, ele sente meu perfume e aperta minha bunda mais uma vez. – E não posso me distrair no momento.

- Ok, certo. – Digo fingindo que estou bravo. – Mas é melhor não me ligar essa noite.

- Sinto muito. – Faz um bico que o deixa mais fofo ainda com seus óculos. – Te amo.

- Também te amo.

Ele tenta se inclinar para mais um beijo, mas destranco a porta com a chave que havia pego sobre a mesa novamente e saio de lá. Ainda escuto ele dizer “Te amo muito” quando desço os degraus da escada caracol. Não havia acabado com todo meu desejo por Adam, mas isso parecia ser o suficiente por enquanto. Visto o suéter fora da sala e decido ir embora.
Desço até o primeiro andar e saio da loja sem falar com ninguém, pois estavam todos ocupados. Eu deveria ir até a casa de Dinah para que assistíssemos algum filme e para que eu pegasse minha bicicleta de volta, mas decido que não estou com vontade disso e vou até minha casa. Envio uma mensagem para ela dizendo que pegaria minha bicicleta com ela amanhã na escola.

(...)

Depois de tomar um banho e comer alguma coisa, me deito em minha cama com Kali aos meus pés. Tio Jack estava trabalhando e a casa estava totalmente silenciosa. Alguns cachorros da vizinhança latiam pela rua enquanto brincavam. O céu escurecera mais, e ainda não eram nem 15:00. Havia mandado uma mensagem para Adam falando que meu tio queria que ele jantasse aqui em casa na quarta-feira e consegui apenas um “Certo amor, depois combinamos melhor isso. Ocupado, lembra? ”. Ele não queria mesmo saber de mim hoje. Me lembro de tê-lo em minha boca e me reviro na cama, ficando de barriga para baixo e com meu rosto contra o travesseiro. Meu celular vibra. Era uma mensagem do desconhecido.

“Desculpe não responder mais rápido, meu pequeno. Um pequeno incidente aconteceu de manhã, mas agora estou aqui. E não, não posso dizer quem sou ou falar com você, não agora. Tudo em seu tempo.”

Um pequeno incidente... Então ele planeja continuar fazendo isso comigo? Não hesito em responder.

“Primeiro, não me chame de seu pequeno, eu não faço ideia de quem você é para que me trate assim. Segundo, se não me dirá quem é, o que quer continuar fazendo?”

Sinto nojo quando leio “meu pequeno” na mensagem. Não saber quem era agora me dava raiva. O medo parece pequeno comparado a minha curiosidade. O celular vibra.

“Mas você é meu pequeno... só não sabe disso ainda. Eu quero te agradar, já disse isso. Quero te conhecer melhor. Ah, quase me esqueci de dizer! Bonita aliança.”

Encaro o teto. Poderia ser qualquer pessoa. Eu fui para a escola e andei pela rua hoje, qualquer um poderia ter visto minha aliança. O desconhecido quer me conhecer melhor... certo. Eu também quero conhecê-lo, então devo continuar com isso... certo?

“Só deixo me conhecer se eu também souber um pouco sobre você.”

A resposta demora um pouco para chegar.

“Tentador... aceito.”

Certo, preciso fazer algumas perguntas então.

“Você é homem, não é? Me conhece há quanto tempo?”

Agora já estou sentado em minha cama com as costas no travesseiro. Kali me observa como se quisesse algo.

“Sim, sou homem. E te conheço há tempo o bastante para saber que estou apaixonado por você.”

Isso me deixa tão enjoado. Eu não poderia confiar 100% nele, mas sabendo que ele é homem, descarto Janine de minha desconfiança. Não totalmente, pois sei quem ela é, mas no momento é bom ter um limite. Ele me manda outra mensagem.

“Preciso me controlar para não ir até você e te beijar quando o observo de vez em quando.”

Eu estava realmente enjoado com isso. Me levanto da cama e abro a janela, recebendo um vento com cheiro de chuva em meu rosto. Respondo.

“Pare de dizer isso. Pare de ficar me observando. Isso é horrível.”

Observo a rua pela janela. Não havia nenhum carro ali que eu pudesse desconfiar ou qualquer sombra atrás de uma moita no jardim do vizinho. Sua resposta chega.

“Mas meu pequeno... eu gosto tanto de você. Me desculpe se isso parece ruim. Preciso ir agora, conversamos depois. Não se esqueça de mim.”

Com certeza eu não esqueceria das palavras que me deixam enjoado. Pelo menos conversei mais com ele. Do meio disso precisa sair algo que me ajude a descobrir quem ele é.

(...)

- E então? Ele virá ou não?

Tio Jack preparava nosso jantar enquanto eu perguntava a Adam por mensagem se ele ainda estava ocupado para que pudesse conversar comigo.

- Ele disse “Certo, amor”. Mas tenho certeza que não prestava atenção. Ele está muito ocupado com o trabalho.

- Bom, quarta feira é o único dia que Isobel poderá vir jantar conosco. Ela preparará a comida. Ela canta tão bem e ainda cozinha. Estou apaixonado.

- E conhecerá Adam. – Começo a achar a situação um pouco estranha.

Recebo uma ligação de Adam vou até o sofá para atendê-lo.

- Finalmente algum tempo para mim?

- Hey, eu já disse que sinto muito. Estou no supermercado com Hana e Grace. Posso conversar com você por enquanto. Depois resolverei algumas coisas da empresa com James.

- Você não consegue sair mesmo disso, não é?

- Eu tento, mas ainda precisam de mim.

- Eu também preciso de você, a diferença é que não o consigo.

- Você consegue sim... – Ele cochicha e ri baixo. – Diga, amor. Sobre o que quer conversar?

- Tio Jack quer saber se você virá jantar aqui em casa na quarta-feira.

Falo isso e tio Jack quebra um prato na cozinha e fala um palavrão. Adam dá risada e diz algo para Hana enquanto Grace reclama de alguma coisa.

- Quarta-feira...

- Estará ocupado também? – Digo fingindo estar bravo.

- Não, quarta feira está ótimo. Amanhã é que estarei ocupado.

- Posso te ver depois da escola? – Sorrio enquanto falo isso, lembrando de hoje.

- Talvez... – Uma risada envergonhada chega até mim. – Seria legal... – Agora dou risada com ele. – Mas não torne isso hábito, afinal de contas, eu preciso trabalhar.

- Pode deixar.

- Só isso? Não quer conversar mais comigo? – Ele pergunta de um jeito fofo.

Eu queria conversar com ele. Queria contar que havia um cara atrás de mim e que eu não fazia ideia de quem era. Mas ele se preocupou até com o frio que eu passaria na volta para a casa mais cedo, se souber disso não sei o que fará. Resolvo brincar com ele.

- Só isso mesmo, vai que você fica ocupado do nada. – Consigo outra risada gostosa que me faz sentir protegido em meu sofá. Como se ele estivesse ao meu lado. – Vejo você amanhã então, ok?

- Combinado. Se cuida, amor. Te amo.

- Também te amo.

Encerro a ligação e volto para a cozinha. Tio Jack pegava os pedaços do prato do chão.

- Ele virá. – Digo.

- Ótimo! Mal posso esperar.

E logo jantamos juntos na cozinha. Tio Jack falava mais sobre Isobel e eu fingia que prestava atenção quando na verdade pensava no estranho das mensagens e em sua fixação por mim. Preciso contar tudo isso a Dinah. Pelo menos alguém precisa saber disso.
Vejo minha aliança e me lembro de Adam. De quanto seu abraço me conforta e de como o queria agora. Amanhã eu o veria novamente e isso era algo bom de se pensar. Pensar em um futuro com Adam era agradável. Eu poderia passar horas fazendo isso. Não... eu realmente poderia tem um futuro com Adam. Eu teria um futuro com Adam.


Notas Finais


E então? Gostaram? Mais mensagens para Caleb. Caleb2 vingando o amigo de um modo agressivo, momento entre Adam e Caleb na livraria. Me digam o que acharam, quero muito saber!!!
Ah, sobre o próximo capítulo: Eu viajarei e voltarei somente no domingo, então um novo capítulo será publicado na noite ou tarde do dia 15. Quis avisar vocês para não estranharem a demora. Prometo que o capítulo vai compensar com o jantar de Adam na casa de Caleb e cenas mais intensas que esse não teve... ♡
Então é isso. Favoritem e comentem, significa muito. Obrigado.
XOXO


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