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História Fire N Gold - Contos de Terror


Escrita por: CovenCult

Notas do Autor


Hey! Um capítulo um pouco calmo para vocês. Espero que gostem dos momentos fofos que aparecem aqui ♡
Me desculpem por erros que passam despercebidos.
Enjoy It :D
FAVORITEM POR FAVOR!!!

Capítulo 5 - Contos de Terror


Caleb foi o primeiro a terminar com o abraço quente que havia demorado alguns segundos no estacionamento da escola. Depois que ele me soltou, sorriu e começou a andar do meu lado até a sala onde teríamos aula de geografia.
Como sempre, ele se sentou em minha frente, mas logo o professor pediu para que sentássemos em duplas e ele logo veio para o meu lado. Eu ainda estava muito bobo com o que aconteceu. Caleb nunca tinha me abraçado, nem mesmo no meu aniversário, quando ele apenas apertou minha mão.
Enquanto fazemos a atividade proposta pelo professor, conversamos sobre o meu emprego.

- Fico feliz por ter conseguido – ele diz.

- Obrigado. Eu realmente queria ficar na cidade, e adoro bastante o que faço lá. Não conheço todos os meus colegas de trabalho, acho que nove pessoas trabalhavam na loja, agora são onze comigo e Steve.

- E seu chefe, é legal?

- Sim, Adam é ótimo. Ele até mesmo me deu carona para a casa ontem de noite – Caleb concorda com a cabeça e começa a preencher um pequeno gabarito da dupla.

- Estou pensando em conseguir um emprego também, meu pai está me enchendo com isso.

O pai de Caleb era uma pessoa que eu realmente não gostava. Nós nunca havíamos nos conhecido ou conversado, mas algo aconteceu para que não gostasse. Certa vez eu conversava com Caleb por mensagens e seu pai viu quando eu mandei o trailer de um filme de romance gay e o que aconteceu não foi muito bom. Seu pai pediu para que Caleb não conversasse mais comigo e etc. Isso, claramente, não aconteceu. Caleb não ligou para isso e continuou conversando comigo. Mas a partir dessa pequena discussão que ele teve com seu pai, eu sabia que aquele homem não era boa coisa.

- E você já começou a procurar? Foi por isso que faltou ontem também?

- Não, eu não estava bem mesmo.

Reviro meus olhos quando ele diz isso rabisco algo no caderno em minha frente. Ele sempre usava essa desculpa para quando faltava. Parecia viver doente, mas ele sempre aparecia um ou dois dias depois como se nada tivesse acontecido. Isso foi desde que começamos a conversar e ele parecia não se preocupar com as faltas.

- Você gostou mesmo do CD? – Pergunta ele, se esquivando do assunto.

- Sim, as músicas combinam bastante com você. Foi como estar com você sem estar com você – Minhas bochechas coram.

- Poxa... – ele pareceu se envergonhar com o que eu disse. Caleb termina de preencher nosso gabarito e então olha para mim. – Então preciso de algo que me faça lembrar de você também.

Eu não sei se deveria ficar feliz com esse tipo de coisa. Eu não tenho coragem para tentar algo tão “atirado”, não faz o meu tipo. Eu apenas sorrio e me levanto para levar nossa atividade para o professor que nos libera da aula.

- Quer ver algo legal? – Pergunta ele.

- Claro – Sendo com você, vou para onde quiser.

Ando ao seu lado até a biblioteca da escola e encontramos Joe Baker com seu uniforme do time de futebol. Ele nos olha e sussurra “namoradinhos” quando passamos ao seu lado. Ignoro como sempre e Caleb faz o mesmo, já conhecia Joe há muito tempo.
Vamos até o fim da biblioteca e sentamos no meio de duas estantes, com nossas costas encostadas na parede e nossas pernas cruzadas. Era um ótimo lugar para beijá-lo.

- Eu costumo vir aqui nas aulas de educação física – uma das aulas que não tínhamos juntos. – Nunca dão presença mesmo, então aproveito para ler isso.

Caleb tira um grosso livro da parte da estante que ficava mais próxima do chão. Tinha uma capa preta e um pequeno aviso que dizia ser propriedade da escola.

- É um livro com contos de terror. Eu já disse que sou meio medroso, então aproveito isso para ver se fico mais corajoso – Ele falava isso de um jeito tão fofo e inocente. – Alguns deles são bem ruins e não assustam, mas alguns me fazem ficar com medo de noite. Menos nas sextas feiras – dia que madrugávamos conversando. – Porque tenho você para me distrair.

- Você que me distrai – Ele fica me olhando com um sorriso bobo em seu rosto. Tenho certeza de que tenho um igual no meu. – Eu também não participo das aulas de educação física, mas não tento ficar mais corajoso com contos de terror.

- Hey, não brinca com isso – ele diz. – O que você faz então?

- Eu apenas converso com Nate no estacionamento da escola – Isso era 100% verdade. Nate e eu saíamos das aulas para conversar no estacionamento. Eu odiava suar enquanto o professor pedia para que jogássemos vôlei ou sei lá mais o que.

- Nate e eu jogamos online, você sabia disso? – ele pergunta folheando o livro até achar um marca-páginas.

Eu sabia que Nate adorava um jogo online, mas não fazia ideia de que ele jogasse com Caleb. Por que ele não me disse isso? Apenas concordo com a cabeça, mesmo não fazendo ideia sobre isso que ele acabou de me contar. Passa pela minha cabeça de que Nate queira me ajudar com Caleb e talvez faça isso por lá, mas Nate não se importa muito com o que digo de Caleb e sempre parece desinteressado quando conto as coisas que conversamos. Uma ótima ideia passa pela minha cabeça e logo formo um plano.

- Sábado é o aniversário de 18 anos de Nate e sairemos para comemorar. O que acha de ir junto? – Ele precisa aceitar.

- Para onde irão? – Ele retira o pequeno elástico que prendia seu cabelo e o coloca em seu bolso. Eu realmente não sabia como ele ficava mais bonito.

- O garoto que concorria comigo no trabalho, Steve, tem uma banda e ela tocará em um bar. Eu não sei direito onde é. – retiro da mochila o folheto que Steve havia me entregue e mostro para ele. – Não quero ir sozinho com Nate, tenho certeza de que acabarei sozinho por lá.

Ele analisa o folheto por alguns segundos e então me devolve.

- Eu conheço esse bar, vou lá de vez em quando com alguns conhecidos – Isso não me deixa muito feliz. Não consigo ver Caleb como esses garotos da escola que saem para beber com seus amigos e acabam voltando tarde e bêbados para a casa. – Mas vou pensar e qualquer coisa de aviso. Não tenho nada para fazer no sábado mesmo.

Ótimo. Eu havia feito algo. Já pensei em chamar Caleb para sair diversas vezes, mas algo sempre me impedia. Espero que ele vá, é minha chance de conversar com ele fora da escola e do celular.
Passamos algum tempo sentados no fundo da biblioteca, falando baixo e conversando sobre alguns dos contos assustadores. Quando ele dizia que ficava com medo de algo totalmente bobo, eu apenas queria abraça-lo e dizer que tudo ficaria bem.
Depois que saímos da biblioteca e andarmos no corredor para nossas próximas aulas, pergunto algo que agora vinha do meu coração.

- Por que você me abraçou hoje cedo?

Ele parece ter ficado muito surpreso com a pergunta. Coça sua nuca e balança os ombros.

- Eu disse que estava com saudade... não foi algo legal? – Ele não me olha nos olhos, parece disfarçar e olha para seus sapatos.

- Não, não é isso – logo me defendo. Coloco minha mão sobre seu ombro e sinto meu corpo arrepiar, como se ele tivesse recebido um fraco choque. Ele não podia achar que não gostei. – Eu só achei que você não era muito de abraços... Eu sou uma pessoa de abraços, então... Eu não porque perguntei isso, me desculpe. Só quero dizer que foi legal.

Ele só olha para mim para concordar com sua cabeça e balançar seus ombros novamente, depois começa a se afastar pelo corredor, indo para sua outra aula que não tinha comigo.
Eu só espero que ele faça mais isso. Quero ganhar seus abraços assim como quero um beijo.
Agora sei o que ele gosta de fazer em suas aulas de educação física. Eu poderia aparecer na biblioteca um dia e fazer companhia enquanto ele confronta alguns medos com um livro bobo.
Ando para minha sala de aula pensando no momento que tivemos há poucos minutos e isso me deixa tão bobo que acabo me perdendo nos corredores da escola.

 

Já era minha hora do almoço no trabalho. Steve e eu estávamos sentados em uma mesa perto da janela da cafeteria no outro lado da rua. Hoje eu não estava com fome, pedi apenas uma garrada chá gelado. Steve estava faminto, havia pedido três croissants e um chocolate quente grande.
Ele falava sobre algo de sua banda e eu não prestava atenção, apenas olhava pela janela e via o lugar vazio em frente a livraria que Adam estacionava seu carro. Ele não apareceu hoje. Esperava que ele fosse participar do meu primeiro dia de trabalho (e de Steve), não para supervisionar ou algo do tipo, apenas achei que estaria aqui.
O abraço de Caleb ainda continuava em minha cabeça, mas o aperto de mão de Adam na noite passada dividiu lugar com essa lembrança. Era estranho pensar isso, mas Adam me passava segurança. Não sei se era seu tamanho ou o jeito como falava, mas do mesmo jeito que ele conseguia me deixar envergonhado com coisas idiotas, conseguia me deixar “protegido” sem perceber. Adam é pai, deve ser por isso.
Volto novamente a me lembrar do abraço de Caleb enquanto tomo um gole de chá gelado. Passo meus olhos pelo lugar, não dando ouvidos ao que Steve dizia. Vejo uma folha de papel pendurada em frente ao caixa de atendimentos e a leio. “Contratando”, nela estava escrito em caneta preta. Eu trabalharia aqui se não tivesse conseguido o emprego na livraria, mas acho que acabaria comendo muitas das coisas vendidas e seria demitido. Espera... estão contratando! Caleb precisa de um emprego! E é em frente ao meu emprego! Eu preciso contar isso para ele.

- E é por isso que sou vocalista e baterista – Steve parece concluir algo enquanto mastigava um grande pedaço de seu segundo croissant.

Eu não fazia ideia do que ele disse, apenas concordei e sorri, sempre uso esse truque.

- Um segundo, por favor.

Me levanto da mesa e ando até o caixa. Faço algumas perguntas para a mulher sorridente que lá estava e anoto o número que ela me dá para que eu pudesse dar para Caleb. Assim que pego informações, volto para minha mesa e Steve começa a falar sobre seu pequeno show no sábado. Ele sabia que Nate e eu iríamos para o bar e ficou contente com isso.

- Eu chamei mais amigos meus, vai reconhece-los – Ele diz isso apontando para sua cabeça. Com isso, penso que todos devem ter seus cabelos no estilo militar, como um grupo do exército. – Pode chamar mais alguém se quiser, não me importo de mais pessoas conhecendo a banda.

- Não tenho mais alguém para chamar, mas se for tão bom como fala eu uso até uma camiseta de sua banda – digo.

Rimos e ficamos mais alguns minutos na cafeteria enquanto ele come.
Quando voltamos ao trabalho, Peter diz uma das senhoras do caixa havia saído por causa de uma emergência e que um de nós dois deveria ficar em seu lugar. Digo para Steve que não me daria muito bem ali, e sem reclamar, ele parte para a parte de trás do balcão, sorrindo e hipnotizando clientes com seus olhos azuis.
Peter diz que eu deveria fazer algo no escritório de Adam. Ele não pôde ir até a livraria por problemas familiares. Me pergunto se seus irmãos estavam envolvidos nisso.
Eu deveria contatar algumas pessoas e editoras, e apenas o computador de Adam tinha esses contatos. Faço o que é pedido e subo até seu escritório. A livraria estava muito movimentada, e agradeço um momento por me afastar de tantas conversas que enxiam o lugar.
Ando até o fim do escritório e me sento na grande cadeira de Adam, atrás de sua mesa de vidro. Aquele lugar era realmente bonito. Eu adorava o carpete azul e os quadros que se espalhavam pelas paredes de madeira clara. A janela circular atrás de mim bloqueava o frio do dia.
Abro o computador de Adam e procuro pelos contatos com as informações que Peter havia me dado. Presto atenção novamente no porta-retrato que ele tinha sobre sua mesa. Janine, sua irmã, era realmente bonita.
Passo um bom tempo ligando para algumas pessoas que conversavam rapidamente comigo. Eu falava tantos nomes de livros e combinavas datas que algumas faíscas saíam de minha cabeça. Dou uma pausa e relaxo na cadeira. Tiro meus óculos e depois de limpar as lentes com minha camiseta, massageio minhas têmporas. O telefone toca sobre mesa e me assusto. Atendo enquanto coloco meus óculos novamente.

- Escritório do Sr. Carter, pois não? – Eu não fazia ideia do que deveria dizer, então isso saiu.

- Peter? – Uma voz feminina responde.

- Não, meu nome é Caleb, com quem eu falo?

- Ah, você... – A voz diz isso e posso sentir um pouco de desprezo em sua voz. Eu não faço ideia de quem seja. – Espere um pouco.

Escuto alguma conversa do outro lado, mas não sei o que diziam.

- Olá, Caleb. Sou eu, Adam – Essa voz eu conhecia. – Veja só quem está em minha sala. O que faz aí?

Explico o que Peter havia me dito para fazer e Adam brinca que espera que eu esteja fazendo o melhor possível.

- Poderia me fazer um favor, Caleb? Diga para todos os funcionários que a livraria não abrirá amanhã. Diga que explicarei depois. Tentei ligar para Peter, mas deve ser seu horário de almoço – Ele fala algo para alguém que está com ele do outro lado e depois de despede. – Até mais, Caleb. Tenha um ótimo dia.

- Você também, Adam.

Eu desligo o telefone primeiro e encaro o notebook aberto em minha frente. Eu não precisaria trabalhar em meu segundo dia como contratado? Isso era ótimo! Poderia aproveitar minha sexta feira.
Termino o que havia começado a fazer no escritório e em mais ou menos quinze minutos termino. Ao passar pelo segundo andar, já aviso alguns funcionários sobre a “folga” de sexta feira, e quando chego ao primeiro termino de contar. Todos que trabalham aqui parecem entrar em sincronia quando se movimentam pelo lugar e isso é ótimo. Gosto de como me tratam e tomo o cuidado de fazer o mesmo com eles.
Não há muito a se fazer no resto do dia. Certa hora, apenas observo a rua pelo vidro da livraria enquanto penso no que poderia fazer amanhã.

Saímos 17:30 e passo na loja de antiguidades do avô de Nate que fica ao lado da livraria. Não gosto do cheiro daquele lugar, era forte por causa de algum produto de limpeza. A iluminação da loja não era algo agradável, o lugar era escuro e algumas corujas empalhadas o deixavam sinistro. Passo por cadeiras extravagantes e televisões antigas até chegar no balcão onde o avô de Nate estava. Ele era muito velho e parecia cochilar atrás da tela de um computador. Tusso para chamar sua atenção e consigo. Ele sorri e arruma seus óculos no rosto.

- Olá, jovem – O Sr. Charles sempre chamava os colegas de Nate de jovens, acho que não lembrava o nome de todos e acabava escolhendo um caminho seguro.

- Olá, Sr. Charles. Nate está aqui? Não vi sua bicicleta lá fora.

- Ele saiu para me fazer um favor, jovem, mas acredito que volte daqui a pouco.

Concordo com a cabeça e pergunto se ele se incomodaria que eu esperasse com ele. Ele diz que não havia nenhum problema e pergunta se eu não gostaria de olhar alguns acessórios que ele havia recebido mais cedo.
O senhor tira uma caixa de madeira debaixo do balcão e coloca sobre ele. Assim que o abre, posso ver muitos anéis, colares, pulseiras e brincos. Algumas dessas coisas tinham pedrinhas coloridas que quando juntas formavam um arco-íris desconstruído.
Eu não costumava usar acessórios, mas me interessei por um colar que achei no meio das outras coisas. Uma pequena esfera preta estava nele, como uma pequena pérola. Quando olho de perto, percebo pequenos pontos brilhantes dentro da esfera, como um mini universo. Fico hipnotizado por alguns segundos e então decido compra-lo. O avô de Nate diz que eu não precisava pagar e que poderia ficar com ele, então agradeço e sorrio.
Nate chega na loja enquanto observo a esfera agora pendurada em meu pescoço por um fino cordão preto. Nos despedimos de seu avô e logo estamos andando pela rua em sua bicicleta.
Quando chegamos em minha casa vamos diretamente para a cozinha. Tio Jack não trabalhava hoje, então poderíamos aproveitar juntos enquanto cozinhávamos alguma coisa. Nate começa a preparar alguns tipos de pães que não conhecemos e nos dá informações sobre o que fazer. Kali não fica perto de nós por medo de Nate, ele costumava assusta-la.
Enquanto tio Jack resolve ascender a lareira, Nate e eu ficamos sentados na mesa da cozinha.

- Não me disse que jogava com Caleb pelo computador – digo lhe dando uma fraca cotovelada na barriga.

- Há um tempo eu descobri que ele joga, então resolvi fazer amizade. Não fique bravo, mas estou tentando descobrir se você tem chance com ele – Eu sabia! Nate era o tipo de amigo que fazia essas coisas sem que pedíssemos. – Até agora não surgiu uma oportunidade sobre o assunto, mas estou tentando.

- Obrigado – digo e sorrio. – Ah, convidei ele para o bar no sábado. Ele não sabe se vai, mas tentei.

- Pelo menos você tomou alguma atitude, Caleb parece ser o tipo de pessoa que espera as coisas caírem do céu.

Ele tinha razão, eu precisava começar a fazer algo em relação a Caleb. Não poderia ficar apenas esperando algo dele, era eu quem estava apaixonado e perdido.
Depois que comemos, vamos até meu quarto e escutamos música. Nate passaria a noite aqui em casa e iríamos juntos para a escola amanhã. Combinamos de passar toda a sexta feira assistindo filmes, então já estávamos ansiosos para o dia seguinte. Não passo essa madrugada conversando com Caleb. Ele nem mesmo me mandou uma mensagem.

 

Finalmente o sábado chegou, assim como o aniversário de Nate. Nós passamos o dia anterior jogados no sofá de minha casa após a escola. Vimos tantos filmes e comemos tantas besteiras que quase viramos partes do sofá. O clima mudou na sexta feira e um fraco Sol começou a aparecer, mas no sábado ele apareceu com força total.
Aos sábados, Jack costumava conversar com sua mãe, minha avó, pelo telefone. Antes ela se preocupava somente com seu filho, mas agora ele vivia junto com seu neto e queria muitas informações sobre como nos virávamos por aqui. Eu havia contado para minha avó sobre meu primeiro emprego e ela ficou muito feliz, mas disse que continuaria me mandando dinheiro sem que minha mãe soubesse. Achei isso ótimo e agradeci pela ajuda.
Enviei uma mensagem de parabéns para Nate assim que acordei no sábado, mas de tarde me lembrei de que ainda não havia comprado um presente para ele.
Eu trabalhava um sábado sim e um sábado não, hoje era Steve quem trabalharia. Como erámos peças extras na loja, Adam achou melhor nos dividir desse jeito. Resolvo ir até a livraria para comprar o último livro de uma trilogia de Nate adora. Assim que chego lá, vejo o enorme carro preto de Adam estacionado em frente à loja. O lugar não estava muito movimentado e logo vejo Steve perdido no meio de duas estantes.

- O que faz aqui? – Pergunta ele.

- Vim comprar um presente de aniversário para Nate.

- Ótimo, agora vendemos CDs. Venha ver.

Steve me leva até o fim da livraria, onde ficava a área em que os clientes descansavam e uma parte dela tem caixas enormes. Steve me mostra os CDs e logo acho um que Nate queria muito. Procuro um livro para acompanhar e me despeço de Steve após desejar boa sorte na apresentação de hoje. “Espero que fique na frente quando eu cantar aquela música” ele disse. Eu não fazia ideia de que música ele estava falando, então apenas sorri e fui para o caixa.
O pôr do Sol começava a aparecer e eu queria sentir o ar quente que agora circulava pelas ruas. Espero que o frio não volte tão cedo, gosto mais do calor. Uma luz alaranjada invadia a loja pelo vidro e eu queria que aquilo continuasse por muito tempo, mas sei que logo a noite chegaria e a comemoração do aniversário de Nate viria junto.

- Hoje não é seu dia de folga? – Pergunta Eve, uma das senhoras do caixa.

- Sim – respondo sorrindo. – Vim comprar esses presentes para um amigo.

- Deixe que cuido disso – Adam aparece dizendo atrás do balcão.

Ele usava uma camisa azul escura e calça social preta. A manga de sua camisa estava um pouco levantada e um de seus botões estava aberto, acho que ele não esperava esse calor. Ele tem um grande sorriso em seu rosto e tenho um igualzinho no meu.

- Presente, hein? – Adam lê o título do livro e concorda com a cabeça. – É uma ótima trilogia. – Então olha para o CD que escolhi. – Só não gostei muito do CD.

- Eu também não gosto muito dessa cantora, mas Nate é um grande fã.

- Nate é o garoto que quase atropelei com você no primeiro dia de treinamento?

- Você nunca vai esquecer isso, não é? – Não fico mais envergonhado com essa história, ele fala tanto sobre que meu cérebro se acostumou.

- Eu não costumo esquecer as coisas, Caleb – Ele me olha sério, como se eu houvesse feito algo de errado. Então ele sorri e faz com que tudo fique bem novamente. – E é uma boa história.

Depois de comprado, ele pergunta se quero embrulhar tudo em papel de presente. Digo que sim e logo vamos para o lado do balcão, onde ele começa a embrulhar o livro e o CD.

- E como irão comemorar o aniversário desse Nate? Os adolescentes dessa cidade costumam fazer festas tão grandes que a polícia costuma ser chamada.

- Não, não será esse tipo de festa! Eu nem mesmo gosto tanto assim de festas, prefiro ficar em casa – Ele ri do que eu disse e concorda com a cabeça. – Mas vamos até um bar onde Steve se apresentará com sua banda.

- Steve tem uma banda? – Adam pergunta isso enquanto acaba se atrapalhando com a fita que prenderia o embrulho do presente.

- Sim, tem. Só vou mesmo por que ele me falou bastante sobre, e por que Nate se animou com a ideia – Adam parecia não fazer ideia de como se embrulhar um presente. – Então, depois nos contará o porquê da nossa folga de sexta feira?

- Não foi nada demais, mas sim, podemos conversar sobre isso com você durante um café ou algo do tipo.

Concordo e esqueço a história. Adam acaba prendendo seus dedos no embrulho, então o ajudo. Em um minuto embrulho os presentes de Nate e mostro para Adam.

- É assim que se faz.

- Impressionante. Não me arrependo de te contratar – Ele cruza os braços e levanta as sobrancelhas. – É um grande embrulhador de presentes.

- Obrigado – digo segurando uma risada. Guardo o embrulho em uma sacola da loja e seguro a mão de Adam que estava estendida em minha direção. Ele a aperta fraco e novamente sinto o calor de quando ele me levou para casa. – Até mais, Adam.

- Até, Caleb – Relaxo minha mão, tentando encerrar a despedida das mãos, mas ele a continua segurando firme enquanto me olha no fundo dos olhos. – Se cuide mais tarde, por favor.

Ele falou isso muito sério, parecia realmente se preocupar. Concordo com a cabeça e dou um sorriso que o tira daquele estado, fazendo outro pequeno sorriso aparecer em seu rosto. Me despeço e saio da loja. Paro em frente a porta e recebo um fraco vento quente que em meu corpo. O calor precisava continuar até mais tarde. Não quero uma noite gelada. Quero uma noite quente como o abraço de Caleb, ou o aperto de mão de Adam.


Notas Finais


E então? Algumas coisinhas fofas para a história. Precisei trazer isso antes do próximo cap que tem coisas "reveladoras".
Estou ficando apaixonadinho pelo Caleb 2 e pelo Adam, estou no triângulo amoroso também. Espero que tenham gostado do capítulo e espero não demorar com o próximo. Me digam o que acharam e juro que não vou odiar se mostrarem a história para algum colega aushuahsh
XOXO ♡


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