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História Fireproof (sendo reescrita) - Chapter Eleven


Escrita por: igotdrew

Capítulo 12 - Chapter Eleven


Fanfic / Fanfiction Fireproof (sendo reescrita) - Chapter Eleven

Juro lealdade à bandeira dos Estados Unidos da América e a República que representa uma nação, sob Deus, indivisível, com liberdade e justiça para todos. 

Uma chuva de aplausos cercou todo o campo junto de gritos de comemoração. Quando todos se acalmaram os nomes começaram a ser chamados.

Sentia um enorme frio na barriga, minhas mãos estavam suando e balançavam incansavelmente. Queria que meu pai estivesse aqui, queria que ele pudesse ver tudo que conquistei e que fosse ele a me entregar meu distintivo. 

— Agente especial Gomez. — meu nome foi chamado e assim me pus a caminhar em direção ao palco. Sorri olhando a bandeira dos Estados Unidos e para todos os presentes ali em cima. 

— Seja bem-vinda ao FBI. — as palavras de Ryan me fizeram sorrir, logo ele se aproximou e colocou o distintivo em minha jaqueta. 

Apertei sua mão e fiz o mesmo com as pessoas depois dele até chegar ao outro lado do palco. 

Então era isso. 

Os dias de treinamento chegaram ao fim e agora eu finalmente era uma agente especial do FBI. Amanhã partiremos de volta para Nova York e eu estava ansiosa para chegar em casa. 

Fazia mais ou menos quinze graus essa noite. Podia sentir todos os meus ossos doerem, mas ainda assim não era suficiente para fazer eu querer voltar para meu quarto e para debaixo das minhas cobertas. 

Acomodei meu corpo ali no muro e deixei toda neblina e frio da noite me envolver. O céu diferente da maioria dos dias não estava tão cheio de estrelas, sabia que elas estavam ali, mas naquele momento eram ofuscadas pelas nuvens carregadas que anunciavam a chegada do inverno. 

Não era a noite mais bonita, mas era a minha noite favorita desde o dia que cheguei aqui. A alguns metros podia observar a entrada da reserva de Quântico, a base era cercada pela floresta densa e fechada e eu podia ouvir o barulho de alguns pequenos animais que viviam por ali. 

— ‘Tá querendo ter uma hipotermia ou algo do tipo? — A voz masculina me assustou. Justin sempre fazia isso. 

— Porque vive me assustando? 

— Eu não, você que se assusta fácil. — zombou se aproximando com algo em mãos que não consegui identificar o que era. — O que faz aqui? Pensei que estivesse no quarto. 

Suspiro voltando minha atenção para frente. 

— Me despedindo, eu acho. 

Não consigo decifrar sua expressão, mas quando ele está perto o suficiente percebo que o que tem em mãos é uma garrafa e um pano. 

— O que é isso? 

Vi um sorriso se formar em seus lábios. — Seu presente de formatura e de despedida. — anunciou jogando o pano na minha direção, abri o mesmo vendo que era uma toalha grande. Olhei para Justin e vi aquele mesmo sorriso de sempre, de canto, discreto, mas que queria dizer muitas coisas. 

Abri a toalha no chão e logo me sentei ali encostando minha costa na parede atrás de nós. Justin fez o mesmo e então estendeu a garrafa em minha direção. 

— Nós podemos beber? 

— Você sim, está formada e livre do trabalho até segunda ordem. Já eu, tenho algumas tarefas. 

Estreito meu olhar no seu tentando entender onde ele iria chegar com aquilo, ou se queria chegar em algum lugar. Talvez fosse apenas coisa da minha cabeça. 

Muito provavelmente era coisa da minha cabeça. 

Arranquei o lacre da garrafa de vinho e fiz um breve esforço para conseguir arrancar a rolha que voou alguns metros a frente. Dei o primeiro gole no próprio gargalo já que Justin não se preocupou em trazer copos e senti minhas papilas se alterarem com o sabor adocicado e alcoólico. 

Quase gemi com a sensação. Faz meses que eu não sabia o que era tomar um bom vinho. 

— Esse é um ótimo vinho. — falei repousando a garrafa entre minhas pernas. — Onde arrumou isso? 

— Tenho meus contatos. 

Falou sem muita importância. 

— Então… Finalmente formada, como se sente? 

Sua pergunta me fez sorrir. 

— Eu sei que pode parecer loucura, afinal eu esperei por isso durante meses, mas não tem nenhum sentimento extraordinário, me sinto bem e feliz, mas é só isso. É estranho? 

— Não, não é estranho. Na verdade essa sensação é completamente normal… Não é como se fosse a sua primeira entrevista para o FBI onde você fica cheia de expectativas sem saber se vai ou não ser chamada, já faz parte de você. É como chegar em casa depois de uma longa viagem, você se sente bem, feliz e confortável, porque está em casa.

Era exatamente aquilo. 

Sorri satisfeita por ele entender exatamente o que eu estava sentindo e por dar nome aquilo. 

Tomei mais um gole da bebida e fechei meu olhos sentindo o vento frio soprar. 

— É a noite mais fria desde que cheguei aqui. — digo sem olhar para ele, mas posso sentir seu olhar sobre mim. 

— Pegue. 

Abro meus olhos para encarar sua mão em minha direção, ele tirou sua jaqueta e estendeu para mim.

— Não precisa. 

Bieber revirou os olhos e se aproximou de mim, suas mãos rodeando meu corpo enquanto ele repousava a jaqueta sobre meus ombros, feito isso ele se afastou e cruzou os braços encarando a floresta. 

Respirei fundo e pude sentir seu perfume penetrar em mim, era bom. 

— Tem certeza de que não quer? — ofereci novamente e vi seus olhos caírem nos meus. Justin ficou quieto e em silêncio, parecia pensar se deveria ou não. Quando fez menção de se aproximar ouvimos o barulho de trovões ao longe e pequenas gotas começaram a cair do céu. 

— Agora minha formatura está completa. — zombei e ri tomando outro gole da bebida. Meu corpo parecia mais leve e se me levantasse rápido demais tinha certeza de que iria cambalear. Não era de beber tanto assim então algumas taças eram o suficiente para me fazer ficar tonta. 

— É melhor a gente ir. — ele disse sério, como se algo estivesse lhe incomodando. Quis perguntar, mas não o fiz. Justin levantou e em seguida estendeu a mão para mim que recusei insistindo em me levantar só. Péssima ideia. 

Senti minha cabeça girar e ele foi rápido em me segurar, eu ri. 

— Não acredito que esteja bêbada. — falou com um meio sorriso.

— Não estou. Só que eu praticamente não bebo, então… 

— Se eu soubesse que sua resistência ao álcool era quase zero não teria lhe dado isso. Vem, eu te acompanho até seu quarto. 

Revirei os olhos. 

Ele estava fazendo aquilo de novo.

— Você precisa parar com isso. — Digo tocando meu indicador em seu peito, um sinal para que ele se afastasse, mas ele não o fez. Apenas ficou me encarando esperando que eu continuasse. Seu aperto em minha cintura não deixava eu raciocinar direito, ainda assim, respirei fundo e continuei. — Fica agindo como se fosse meu namorado. Isso só dá mais motivos para as pessoas falarem da gente. 

Senti seu corpo enrijecer e o vi engolir a seco minhas palavras.

— É o que você acha? 

— É o que parece. 

— Você nunca reclamou antes, quer que eu pare? — sua resposta foi afiada e seu corpo estava perigosamente perto do meu. Perto o suficiente para respirar o mesmo ar que o seu. 

Sorri e espremi meus lábios dando um passo para trás, Justin não me segurou, continuou ali enraizado no mesmo lugar, assim continuei andando, dando um passo de cada vez até não existir mais nenhum resquício de perigo em nossa proximidade. 

— Boa noite Justin, obrigada pelo presente. 

Jogo meu corpo na grama verde do parque sentindo toda minha energia se esvair de mim, assim como o oxigênio em meus pulmões. Eu era uma agente em forma e treinada do FBI, mas não existia treinamento no mundo que se comparasse a energia de uma criança. 

Por algum momento passou pela minha cabeça que eu poderia brincar de pique com Grace pelo parque sem sentir minhas pernas tremerem pelo cansaço. Estava errada. 

A garota logo parou na minha frente, seu cabelo amarrado em uma trança holandesa e sua franja assim caindo na sobrancelha. 

Suas bochechas estavam vermelhas e o suor escorria pela testa, ainda assim ela parecia ter mais fôlego que eu. 

— Preciso de uma pausa. — digo soprando o ar em meus pulmões. Ela ri.

— Você se cansa muito rápido. 

— Isso é porque você é a garota mais veloz que eu conheço. — digo e vejo seu sorriso aumentar. 

— Quero sorvete. — anuncia e aponta na direção contrária a minha. Forço minha vista por conta do sol que aponta naquela mesma direção e vejo o carro de sorvete se aproximar. Logo minha irmã junto de várias outras crianças começam a correr atrás do carro. 

Ignoro a dor nas pernas e me levanto correndo para alcançar a multidão de baixinhos viciados em açúcar. Quando Grace e eu somos atendidas, escolho meu sabor de flocos e ela chocolate. Sento no primeiro banco que vejo e bato no espaço ao meu lado para que ela faça o mesmo. 

— Lena, quando vou poder ir para a sua casa? — sua pergunta chama minha atenção. — A mamãe disse que eu poderia ir se você deixasse. 

É claro que disse. 

— Preciso ver minha agenda de trabalho primeiro, baixinha. — Sou sincera e vejo ela fazer uma careta. 

— Com o que você trabalha? 

Penso por um minuto. 

— Trabalho em uma grande empresa privada. — me limito a dizer e aquilo parece ser o suficiente, não poderia sair falando para Grace que era da polícia e tão pouco do FBI, era arriscado. 

Tinha dois dias que tinha voltado de Quântico, nos deram esse tempo para organizar nossas coisas para então começar o trabalho. Ver Grace estava no topo da minha lista de prioridades e mesmo assim só tinha conseguido fazer isso agora, sabia que a garotinha sentia minha falta da mesma forma que eu sentia a sua, mas não poderia encher ela de promessas para acabar não cumprindo. 

Isso aconteceu muitas vezes comigo e por mais que eu amasse o trabalho do meu pai e entendesse que ele cuidava e salvava vidas não diminuía o fato de ele ter quebrado uma promessa, e aquilo em uma criança dói em proporções inimagináveis. 

— Que tal fazermos assim, em duas semanas eu termino de me organizar e vou ter uma folga, vou buscar você e vamos fazer uma festa de pijama das garotas. 

Vi os olhinhos de minha irmã brilharem.

— Podemos comprar doces e pijamas combinando? 

— É claro que sim. 

Grace vibrou e a sua felicidade naquele momento de preencheu. Tive a mesma sensação de quando era uma garotinha e fazia planos com papai. 

Desviei minha atenção de Grace para o celular na minha mão que vibrou indicando uma nova mensagem. Senti meu coração palpitar. Era uma chamada do escritório, estava sendo chamada para uma missão.

— Ei, preciso te levar para casa agora. — digo vendo seu sorriso murchar. — Mas eu prometo que teremos nossa festa do pijama. — aquilo parece confortar Grace e logo seguimos para meu carro.

Não desço do veículo quando paro na frente de sua casa, minha mãe é quem aparece na porta e a única que faço é lhe dar um meio aceno antes de dar partida no carro. 

O caminho até a agência não é longo e o trânsito é ameno. Atravesso o Hall de entrada e cumprimento algumas pessoas no meio do percurso e meu coração bate fora do ritmo enquanto espero o elevador subir. Quando as portas se abrem dou de cara com Samuel, o homem parece surpreso em me ver ali.

— Agente Gomez. 

— Agente Smith. 

Ele permanece sério por dois segundos e então me dá um daqueles seus sorrisos. A surpresa é maior quando sua mão me puxa para fora do elevador para receber um abraço desajeitado. 

— Quando foi que chegou? 

— Tem dois dias. Eles nos deram um tempo para organizar as coisas. 

— E como foi lá? 

— Você poderia ter me preparado melhor para enfrentar aqueles treinamentos todos, mas acho que dei conta. — ele riu concordando. 

— Sabia que daria, soube desde o primeiro dia. 

Suas palavras causaram um frenesi em mim e eu apenas sorri sentindo minha bochecha mudar de tom. 

— É… Então, eu fui chamada. — mudo rapidamente o ponto da conversa. — Sabe me dizer onde fica a sala de reuniões três? Ainda não me acostumei com o tamanho desse lugar. 

— Eu te levo até lá. 

Me preparei para aceitar seu convite quando ouvi uma voz soar logo atrás de mim, precisei girar sobre os calcanhares para ver que não estava imaginando coisas e que era realmente Justin parado atrás de mim. 

Ele parou, sua postura rígida e séria, percebi a mesma coisa acontecer com Smith. Não precisei de mais do que dois segundos para notar a tensão entre eles.

— Agente Smith, agradeço os cumprimentos a minha parceira, mas pode deixar que eu mesmo a levo até a sala. 

Havia uma ênfase ali.

Minha boca secou. 

Os olhos de Smith escureceram, como se nuvens carregadas estivessem estagnado e tomado para si aquele lindo tom de azul. Quando sua atenção voltou para mim, ele pareceu tentar disfarçar e sorriu se aproximando. 

Me assustei quando sua boca tocou minha bochecha tão rápido quanto um pensamento. 

— Estou feliz que voltou, conversamos melhor depois. 

Foi tudo que disse antes de me dar as costas e ir embora. Precisei de cinco segundos para me recompor e então olhar para Bieber que também não tinha cara de bons amigos. 

— O que faz aqui? Foi você quem me chamou?

Perguntei confusa. 

— Sim. 

Se limitou a dizer enquanto caminhava, tentava acompanhar seus passos, mas ele andava rápido e com raiva. Eu estava confusa, e toda aquela nuvem carregada de informações pairava por minha cabeça me deixando nervosa. Parei então, chamando seu nome alto o suficiente para que ele fizesse o mesmo. 

— Pode me explicar o que está acontecendo? 

Justin respirou fundo, parecia ainda mais irritado com minha pergunta, mas seja lá o que estivesse o afetando ele resolveu deixar de lado por um momento. Bieber deu dois passos em minha direção e enfiou as mãos nos bolsos. 

— Em Quântico você me disse uma coisa. Na noite em que te contei sobre como seu pai morreu de verdade, você me olhou nos olhos e disse que eu deveria parar de me esconder, que eu fizesse valer a morte dele e que alcançasse os lugares que ele não alcançou. — suas palavras começaram a fazer sentido para mim. — É isso que estou fazendo e eu te chamei pois achei que gostaria de colocar suas habilidades em prática. Então, o que me diz?

Ele já sabia a minha resposta, mas só queria ter a certeza ouvindo cada sílaba saindo de minha boca. Sorri. 

— É claro que eu estou dentro.

— Ótimo, então vamos para a sua primeira missão. 



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