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História Fireproof (sendo reescrita) - Chapter Twelve


Escrita por: igotdrew

Capítulo 13 - Chapter Twelve


Fanfic / Fanfiction Fireproof (sendo reescrita) - Chapter Twelve

— Muito bem pessoal, prestem atenção. A nossa vítima é Misha Garza, dezenove anos, filha de Michele e Estevan Garza. Ela cursava direito na universidade Fordham no Bronx, a mãe afirma que a filha saiu às oito da manhã de casa para ir para a faculdade, ela tinha uma prova importante naquele dia. Sabemos que ela ia para a faculdade mas nunca voltou pra casa e isso já tem seis horas.

— Precisamos recriar toda a rotina de Misha naquela manhã, se parou em algum lugar, onde foi vista pela última vez, precisamos de todas as informações possíveis. — Diana passou seus olhos por toda sala. Parecia dar um aviso silencioso. — Vocês sabem como é, quanto mais tempo demorar para encontrarmos ela menor é a chance de achar ela com vida. 

— Justin quero que vá até a casa dela, converse com os pais, tente descobrir algo que possamos usar. — Landon apontou para o homem sentado ao meu lado e logo depois me olhou. — Agente Gomez vá com ele, essa é a sua primeira missão então preste bastante atenção nos detalhes. 

Concordei em um aceno e então levantei quando Bieber fez um gesto para que eu o seguisse. 

— Vai precisar de um colete. — afirmou entrando em uma sala ao lado da que estávamos. Tinham vários equipamentos espalhados por ali. Justin caminhou até o armário de coletes e me entregou um, depois me deu um comunicador e escuta junto de uma câmera minúscula que se encaixava no botão da minha jaqueta. — Está nervosa? 

Seus olhos pareciam me estudar. 

Dei de ombros.

— Seria maluca se não estivesse.

— Tem razão. — ele me deu um sorriso divertido. — Está com sua arma? — concordei em um aceno. — Certo, regra número um da lição? 

— Nunca tenha só uma arma. 

— Muito bem. — logo ele estendeu uma em minha direção. Justin apontou para as costas indicando onde deveria esconder o objeto e assim o fiz. — Agora sim, está pronta. Vamos nessa. 

Caminhamos em direção a saída. Podia sentir todo meu corpo vibrar em euforia, mas sabia que aquilo seria de longe algo divertido. Agora as coisas estavam ficando sérias, não era apenas um treinamento, era para valer e tínhamos uma menina de somente dezenove anos desaparecida. 

Entramos na SW4 preta, ela não possuía identificações além da sirene que brilhava como um led na parte superior do parabrisa e na parte inferior do capô do carro. 

Seguimos o caminho em silêncio, aproveitei para examinar o perfil da desaparecida. 

— Que estranho. — concluo depois de ler cada parte do seu arquivo. Justin me olha curioso, desviando sua atenção entre mim e a pista na nossa frente. — Misha é o tipo de garota exemplar, ótimas notas, histórico impecável, faz parte de vários grupos beneficentes e acima de tudo, os pais não tem dinheiro, ela entrou na faculdade graças a uma bolsa de estudo. Porque alguém sequestraria ela? 

— Não faz muito sentido agora, mas sempre aparece algo. Vamos descobrir o que é.  

Justin estaciona o carro na frente da casa de Misha, desço e dou uma olhada ao redor, tudo parecia muito calmo. Sigo o homem à minha frente até a porta da casa, não demora dois segundos para uma mulher abrir a porta. 

Seu semblante é de cansaço.

Mostramos nossas identificações ao mesmo tempo.

— FBI, sou o Agente Bieber e essa é minha parceira, Agente Gomez. Estamos aqui para fazer algumas perguntas sobre a sua filha, podemos entrar?

As palavras de Justin foram o suficiente para faze-lá chorar. O lugar não era nenhuma casa chique, era apenas mais uma casa simples do Bronx, alguns porta retratos estavam espalhados em um aparador logo após a porta. 

Pude reconhecer a Misha em praticamente todos eles. Sempre sorrindo.

— Está sozinha? 

— Sim, meu marido vai espalhar alguns cartazes, ele não consegue ficar dentro de casa. 

Vejo os dois caminharem até o sofá mais não faço o mesmo, continuo olhando ao redor, procurando algo que possa nos dar uma luz. 

Aparentemente era só mais uma família normal, mesmo sendo um bairro perigoso e cercado de criminosos e gangues a família não parecia ser envolvida com coisas ilícitas. O que só me fazia questionar ainda mais o porquê.

Sinto o celular em meu bolso vibrar e logo o pego. Meus olhos se desviam da tela para o homem a alguns metros de distância de mim. 

Temos um corpo.”

Quando torno a encarar Justin ele já estava se levantando. Em passos lentos caminhamos em direção a saída da casa.

— Qualquer informação nova entraremos em contato. 

— Só encontrem a minha menina, por favor. 

Sua voz embargada pelo choro fez um nó se formar em minha garganta. Eu conhecia sua dor.

Eu já tinha visto uma pessoa morta antes, mas nada comparado ao que estava na minha frente agora. Me sentia enjoada e assustada. Quem poderia ser tão cruel para fazer algo assim? 

Misha estava em uma posição nada sutil. Seus joelhos estavam apoiados no chão, assim como sua testa, de bruços e sem nenhuma peça de roupa. 

— Encontraram a bolsa e alguns pertences dela a alguns metros de distância. O nome dela é Misha Garza. 

— Quem encontrou ela? 

— Aquele casal, estavam caminhando quando viram. O assassino não se preocupou em esconder o corpo. 

— Já tem a causa da morte? — pergunto evitando olhar para a garota que agora era movida pela equipe.

— Não, vão levar ela para o legista. Ela tem muitos ferimentos e ao que indica foi torturada por horas. 

Respiro fundo e concordo.

— Obrigada. 

Sopro o ar preso em meus pulmões enquanto Justin me analisa. 

— Desculpe, eu estou bem, é só que…

— Eu sei. — ele me corta e logo apoia sua mão em meu ombro. — Não é fácil, tire um minuto para respirar e então vamos falar com aqueles dois. 

Meu ombro formiga na região em que sua mão me toca, posso sentir quase um choque, mas logo ignoro aquela sensação e balanço a cabeça em consentimento deixando claro que estava pronta agora. 

— Boa noite, sou a Agente Gomez e esse é o Agente Bieber. Queremos fazer algumas perguntas. 

Justin me deixa conduzir a conversa, faço as perguntas padrões, por fim deixo um cartão para que entrem em contato caso se lembrem de algo. 

— Agente Gomez. — viro ao ouvir meu nome e caminho até o outro lado da trilha. Vi o momento em que uma policial tirou o celular do meio das folhas. Olho para Justin e ele suspira aliviado, aquela poderia ser nossa maior pista. 

— Maravilha, obrigada. — coloco minha luva e pego o aparelho em mãos colocando logo em seguida dentro do saco estéril. — Vamos levar para a agência e ver o que descobrimos. 

Quando entro no carro vejo o olhar de Justin sobre mim. 

— Tudo bem? — ele parecia realmente interessado.

— Não pensei que fosse ver algo tão pesado assim no meu primeiro dia, mas sim, estou bem.

— Tem que se acostumar, essa é a sua realidade agora. Estamos cercados de monstros. Cada um pior que o outro. E se serve de consolo você está indo muito bem.

Bieber me deu um sorriso sincero e eu agradeci por isso. 

Era mais ou menos onze e quarenta da noite quando atravessei a porta de casa. Eu estava cansada, mas ainda podia sentir uma grande carga de adrenalina correr pelo meu corpo.

Assim que bato a porta da frente vejo uma cabeça loira aparecer próximo ao batente da porta da cozinha. 

— Aí é você! Me assustou. — ouvi Ashley falar. Tirei minhas botas e as deixei ali mesmo ao lado da porta. — Pensei que não viesse agora pra casa. 

Disse assim que entrei na cozinha. A mesa estava com muitos papéis e seu notebook estava ali também. Respiro fundo e sinto minha boca salivar quando sinto o cheiro da comida. 

— Acabei sendo liberada mais cedo, não tinha muito o que fazer além de aguardar. — jogo meu corpo na cadeira depois de encher um copo com água. — O que está fazendo?

— Macarrão com almôndegas. — provou o molho e logo em seguida apagou o fogo. — E então, como foi seu primeiro dia? Prendeu alguém? 

Ri de seu entusiasmo. 

— Ainda não. Na verdade, hoje apenas rodamos atrás de pistas. Uma garota foi morta. — minha amiga parou o que estava fazendo e virou em minha direção assustada. — Foi horrível, a cena mais horrível que eu já vi na minha vida. — fui sincera.

Se fechasse os olhos ainda podia ver a imagem daquela garota. Seu corpo nu, amarrado e de joelhos, suja de terra e folhas. 

— Eu ouvi sobre isso no jornal.  Caramba, é muito louco pensar que vamos trabalhar praticamente juntas. 

— Nossas funções são completamente diferentes. — digo e a vejo fazer careta. — Ah claro, eu sou a fofoqueira e você entra com o colete a prova de balas e uma arma na mão. Agente Gomez, a heroína. 

— Idiota. — minha amiga sorri, e coloca dois pratos na mesa. — Você sabe usar uma arma?

Minha amiga vira o corpo em minha direção, seus olhos azuis dilatam com minha pergunta repentina. 

— Claro que não, já me viu com alguma arma alguma vez? Eu mal tenho coordenação para usar uma faca de cozinha. 

Reviro os olhos com suas palavras.

— Quero que aprenda. Existem vários locais que dão aula e posso conseguir uma licença pra você. 

— ‘Tá espera aí, acho que me perdi no meio da conversa. Porque quer que eu tenha uma arma assim de repente? 

— Você não viu o que eu vi hoje. — sinto meu corpo murchar sobre a cadeira. — E o Justin tem razão, existem muitas pessoas ruins por aí, e agora que você é uma jornalista investigativa vai sofrer ameaças, e eu não quero que ande por aí sem proteção. 

Um sorriso gentil se estendeu em seus lábios. Ashley colocou a travessa de macarrão com molho de almôndegas ferventes na mesa e se sentou ao meu lado. Sua mão segurou a minha dando um aperto. 

— Prometo que vou tomar cuidado e também vou pensar a respeito de ter uma arma. — abro minha boca para contestar mais logo a vejo fazer uma careta. — Tudo bem? 

Contra gosto, concordo. 

— Agora que história é essa de Justin? Você está falando do professor bonitão que todos pensavam que estava tendo um caso com você? — a animação em seu rosto era evidente. 

— Ele mesmo. 

— Caramba! Ele veio atrás de você.

Foi a minha vez de fazer uma careta. 

— Não viaja. Ele apenas seguiu um conselho, e quer saber? Acho que fez certo. Ele é bom demais para ficar somente dando aulas. 

— Bom demais? Aposto que sim.

— Engole esse macarrão e fica quieta. 

Falo rindo de suas caras e bocas. Momentos como aquele me fizeram pensar no quanto senti falta da sua companhia enquanto estava em quântico. Era bom estar em casa novamente. 

Depois de longas conversas e de organizar toda a cozinha deixei Ashley voltar ao trabalho e fui para meu quarto. Meu corpo pedia por um descanso, mas minha mente ainda permanecia ligada e pensando na pobre garota. 

Me perguntei naquele instante como meu pai conseguia ver coisas como essa todos os dias e chegar bem em casa. Provavelmente ele era muito bom em guardar suas emoções e agora eu teria que fazer o mesmo. 

Sinto que não dormi quase nada, e constato isso quando abro meus olhos e o relógio ainda marca quatro e meia da manhã. Meu celular vibra incansavelmente no aparador ao lado da cama, demoro alguns minutos para processar as informações. 

O número é desconhecido mais atendo assim mesmo. 

— Eu já liguei três vezes, você tem um sono pesado. 

— Justin? 

Ouço sua risada do outro lado da linha. 

— Você não dorme? — questiono olhando novamente para o relógio. 

— Estou aqui em baixo, você tem quinze minutos para se arrumar e descer. 

Meu corpo salta da cama e caminho em direção a janela do quarto. As ruas ainda estão escuras e a neblina ainda é presente por ali. Olho para baixo vendo o carro que usamos ontem parado na frente da entrada do prédio. 

— Como sabe onde eu moro?

— No sistema. — sua resposta sai como se fosse algo óbvio. — Anda logo, estou te esperando. 

Sem esperar que eu falasse algo ele desligou. Passo pelo menos meio segundo olhando a tela do celular antes de correr para me arrumar. 

Quando saio na porta do prédio sinto o vento gelado acertar meu rosto em cheio. O inverno chegava em Nova York. Aperto a jaqueta peluda contra meu corpo e corro para dentro do carro. 

— Demorou mais que quinze minutos. 

— Só passou três minutos e eu deveria estar dormindo. Afinal, o que faz na minha porta a essa hora da manhã? 

— Queria te ver. 

Suas palavras me causam um choque repentino, mas me recomponho assim que vejo um sorriso travesso surgir em seu rosto. 

— Ridículo. 

— Joe ligou, a autópsia saiu. — engoli a seco. 

— Tem algum DNA?

Justin deu partida no carro depois de me encarar por uns segundos. Seu maxilar estava travado e seus dedos apertaram o volante com força. 

— Pelo menos cinco. 

O olho incrédula. 

Seus olhos carregavam uma tristeza e raiva quase palpável, aquilo me bastou para entender que sim, era verdade. Aquela garota foi torturada e abusada por vários homens antes de ser morta. Engoli o nó em minha garganta e respirei fundo olhando o caminho ainda escuro na nossa frente. 

A sala onde Joe trabalhava era gelada e sem janelas. A única luz do local eram as luzes do teto. O corpo no meio da sala deixava tudo com um ar mais pesado. Sua mesa estava impecável e cheia de anotações. Me aproximo da garota e espero que ele puxe o lençol para baixo. 

— Já descobriu qual a causa da morte? 

— Sim, ela foi asfixiada com uma espécie de corda, encontrei fios na pele dela. Ainda assim, ela foi torturada por pelo menos umas oito horas antes de ser morta. 

— Isso condiz com o tempo que ela passou sem dar notícias à mãe. — Justin pondera enquanto analisa os machucados no corpo dela. 

— E quanto ao DNA que encontrou? 

— Temos vários, encontrei mais um depois da ligação com o Agente Bieber. Foram seis agressores e todos eles parecem ser inexperientes porque não se preocuparam em ocultar evidências, tem mordidas pelo corpo dela e ela foi abusada, mandei tudo para o escritório. — ele faz uma breve pausa. — Tem mais uma coisa, encontrei DNA debaixo das unhas dela. 

Meus olhos encontraram os seus e depois tornaram a encarar a garota.

— Ela tentou lutar, tentou se defender.

Conclui e o vi concordar. 

Olho novamente para meu relógio e vejo o mesmo marcando as cinco e quarenta da manhã. 

— Vamos prender esses filhos da puta. 

Digo enfim me afastando do corpo da menina. Justin sorri e vem logo atrás de mim. 

— Você precisa se acalmar. — diz enquanto desce as escadas ao meu lado. 

— Estou calma. 

— Não é o que parece. Tá pensando em fazer o que com essa arma? — sua pergunta me faz parar e olhar para minha mão que apertava o objeto sem consciência. — Certo, para um minuto. 

Ele pede passando na minha frente, novamente sinto um choque em meus ombros quando ele me toca, mas dessa vez tal efeito parece chegar até ele também.

Seus olhos desviam dos meus por uma fração de segundos e então ele me olha de novo. 

— Sei que está com raiva, sei que quer justiça por aquela garota, mas preciso que se lembre de tudo que aprendeu. Não estamos mais em Quântico e isso aqui é vida real, não pode atirar neles a não ser que ofereçam perigo para a gente, nosso trabalho aqui é encontrá-los e prendê-los. 

— Eu sei, mas devo ser sincera e dizer que estou torcendo para que eles tentem nos atacar, só para ter o prazer de enfiar uma bala na cabeça deles. 



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