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História Firmamento 2 - Revelações


Escrita por: jubsbang

Capítulo 12 - Revelações


Minha mente vagava por caminhos sem rumo, por um momento, juro que pude ver todo meu passado passando diante de meus olhos. Sendo tocada muitas noites por homens nojentos, sem piedade alguma, sem respeito algum. Aruan recolhendo-me das ruas por uma única proposta, uma proposta que mudaria minha vida de uma vez por todas.

O peso de minhas pálpebras foram se decaindo, até dar-me a força para abrir meus olhos. Eu não reconhecia o ambiente, olhei de um lado, olhei para o outro, e nada.

Me dei conta da situação quando olhei para baixo, e me vi vestida com a roupa do hospital, merda!
Acima de mim, haviam alguns aparelhos respiratórios, como eu vim parar aqui?

Mais a frente, pude ver a enfermeira entrar em meu quarto. Fria, intimidadora.. Suas mãos estavam cobertas por luvas brancas, seus cabelos estavam presos, sua máscara tapava sua feição..

Por via das dúvidas, eu tinha a impressão de que ja tinha visto aquela mulher em algum lugar, mas.. de onde exatamente?

Ela: Bom dia minha querida, como você está?

Eu: Bem, eu acho.. -tentei me levantar mas não consegui.. Como eu vim parar aqui?

Ela: Um acidente

Eu: Acidente? Não me lembro de nada! Minha cabeça só falta explodir

Ela: Não faça esforço.. Quando souber da verdade, não precisará se preocupar em se lembrar de nada

Eu: Do que você está falando?

Ela não disse uma palavra se quer. Me olhava de uma maneira estranha, deixando-me intimidada

A mesma aproximou suas mãos até a touca que estava em seus cabelos. Tirou a mesma vagarosamente e desfez o coque. Tirou sua máscara e balançou a cabeça..

Foi aí que minha ficha caiu! Essa mulher, é a mulher que me atormenta, a mulher que Daniel viu na balada, a mulher que encontrou-me na floresta..

Não medi esforços e gritei, alto, forte, com esperanças de que alguém pudesse me tirar daquele pesadelo, mas nada saiu de meus lábios, nem um som sequer.

Ela gargalhava e se contorcia, olhando-me fixamente..

Eu: O que você quer de mim? -sussurrei

Ela: Eu quero que você pague. Pague por tudo, pague com sua alma, e pague pela vida desse demônio que carrego dentro de mim! -disse ela, apontando para sua barriga..

Eu: Essa criança.. Não me diga que..

Ela: Eu estou te vigiando, por todos os lados, por todos os cantos. Não foi acidente coisa nenhuma, não estou aqui neste hospital por acaso... Daniel não me viu na balada por acaso, vocês não foram acampar naquela mata por acaso... Eu controlo sua vida agora! Controlo seus paços..

Eu: Você é louca!

Ela: você ainda não me viu louca -disse ela, levantando a mão..

Me debati contra os braços da cama, chutei, gritei, e nada.. Aquela louca foi se aproximando,  vagarosamente.

Meu transtorno caiu por terra quando avistei o médico entrando no quarto..

Ele: Renata! O que você pensa que está fazendo?

Ela: Eu.. eu só estava vendo se a paciente estava bem! -disse ela, tentando contornar a situação

Ele: Não fique muito tempo em uma sala apenas. Outros pacientes também precisam de atenção

Ela: Sim senhor!

Renata aproximou-se de mim vagarosamente, encostou próximo à meus ouvidos e sussurrou tenebrosamente..

Renata: Seu silêncio, por sua vida!

A mesma saiu do quarto em seguida, dando-me a cena dela se perdendo em meio aquele enorme corredor de hospital.

Doutor: Como você está?

Eu: Aparentemente bem -disfarcei..

Doutor: Você está suando, está fria

Eu: Deve ser o ar condicionado

Doutor: Não é pra menos. Você chegou aqui pela madrugada, e ficou em coma até agora! Achamos que você não iria voltar..  Você se lembra como chegou aqui?

Eu: Não, eu não lembro! Minha cabeça não consegue formar pensamentos concretos

Doutor: Ele deve se importar muito com você! Chegou no hospital todo desesperado, gritando, derrubando tudo.. Chegou e adormeceu na poltrona, esperando você acordar

Eu: Do que o senhor está falando?

Doutor: Dele! -apontou para o lado..

Pqp, Daniel estava ali! Dormindo tranquilamente na poltrona, enquando aquele inferno quase caía sobre minha cabeça. Não é possível que ela não tenha escutado nada, o sono do Dani é tão leve quanto uma pluma, qualquer barulho ele acorda.

Eu: Vou ficar aqui por quanto tempo? -disse encarando o Daniel..-  Doutor? Dou..

Ela ja não estava mais ali. Havia restado apenas eu e Dani naquele quarto, que mais parecia estar maldiçoado..



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