História First and only love - Capítulo único

- Hyung, você... você sabe o que é amor? Você já sentiu amor?

O pequeno olhava para seu Hyung com os olhos brilhantes, enquanto sentados na beira de uma ponte, em algum lugar abandonado, o mais velho lhe sorriu, afagando-lhe os cabelos e lhe abraçando por cima dos ombros, o puxando para mais perto de seu corpo. 

- Acho que existem vários tipos de amor, Jeon... Existe o amor dos amantes, os namorados apaixonados que sorriem o tempo todo. O amor do casal idoso, que para sempre durará... Existe o amor dos irmãos, que apesar das brigas sempre acontecerem, se amam e se protegem de forma incondicional... Tem o amor em família, amor de mãe e de pai. O amor de amigos, aqueles que nunca se separam, que guardam segredos, que participam de todos os momentos, sendo bons ou ruins... Que encobrem suas mancadas e te tão uma dura depois...

Yoongi parou olhando para o horizonte antes de continuar a falar, aquele pensamento lhe fazia sorrir, eram diferente de todos e ao mesmo tempo totalmente iguais a cada um dos tipos de amor...

- E tem nós... Mas eu não sei explicar o nosso tipo de amor, Jeon... Eu não sei.

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Aquele pensamento já não importava mais para o pequeno moreno que agora ofegava, sentado nos pés da cama daquele quarto de hotel sujo, imundo. O papel de parede do local estava rasgado, e algumas palavras nada inocentes estavam escritas nela. Cansado de tentar convencer Yoongi de levantar daquela cama, que há tempos não se trocava os lençóis, ele sentou-se para descansar; passando as mãos trêmulas de dedos finos pelos fios lisos, que logo caíram escorridos sobre seus olhos, ele fechou os olhos e sua voz fora ouvida novamente. 

- Yoongi...

- Já chega, Jeon. Não adianta falar nada ta legal?

- Hyung, você tem que agir! Sair dessa cama, o pessoal está preocupado com você. Eles querem saber onde você está, o que aconteceu. Me pressionam o tempo todo por causa disso e...

- Eu não ligo, e se você quiser parar de vir aqui, que pare! Assim eles não vão mais te pressionar e eu não serei mais um estorvo para você. 

O loiro sentou-se na cama e passou a mão pelo rosto pálido e magro. Magro até demais aos olhos do pequeno que o olhou, segurando sua mão com os olhos cheios de lágrimas. 

Yoongi não via mais volta em sua vida. Não via mais sentido desde que fora usado e machucado por uma garota que surgiu em pouco tempo em sua vida. Uma garota que ficou alguns meses, e levou consigo quando foi embora todas as forças do garoto, junto de seu coração... Fora embora da maneira mais dolorosa, o abandonou da forma mais cruel... Ainda assim, Jeon continuou sempre ao seu lado. O menor só não entendia agora, de repente, o porquê de Yoongi o estar mandando embora.

- ‘Tá dizendo que não liga para a minha presença?

- Eu não gosto de ver você sofrendo por eu estar me destruindo sozinho.

- O que custa você esquecer aquela garota? O que ela fez para você ficar assim, Yoongi? Me diz, o que ela fez?
As lágrimas tristes insistiam em cair de seus olhos, agora apertados, e um soluço, guardado como um nó na garganta, escapou alto quando ele soltou a mão de seu Hyung e levantou-se da cama.

- Você não entenderia... É só uma criança... Jeon, pare de chorar, por favor!
Yoongi levantou-se, e caminhou até o moreno; cambaleou e quase caiu, por não ter forças nas pernas. O corpo magro, com os ossos saltados, abraçou o corpo quente do garoto à sua frente, e mesmo que o cheiro de bebida ou cigarro fossem fortes demais, Jeon não fugiu e sequer separou-se dele. 

- Crianças não sabem amar... Mas eu sei amar. 

- O que sabe sobre o amor, uhn? Não chore...

- Eu sei o que você me ensinou... 

- Não confie nas minhas palavras, são amargas e agora não valem de nada. 

- Valem sim, e não vai ser por causa de uma mulher qualquer que eu vou deixar você se matar desse jeito, Min Yoongi! 

Jeon segurou os ombros do mais velho que lhe sorriu irônico, se afastando.

- Você não tem direito de falar assim dela, nem a conheceu... 

- Ela não me deu a chance de conhecê-la, já que quando apareceu te tirou de mim sem pensar duas vezes, e ainda... Ainda afastou você de tudo para agora ir embora sem mais nem menos e acabar com a sua vida!

A gargalhada seca vinda da boca de Suga, como gostava de ser chamado por seus amigos, fez Jeon tremer... Era assustadora, irônica, sem compaixão, e até mesmo debochada. Jeon agarrou a ponta do moletom preto que usava e fungou mais uma vez, após um soluço cortante. Yoongi, que agora estava de costas para ele, olhou sua figura pelo espelho a sua frente, sua expressão se mantinha com ironia, seus olhos vermelhos indicavam a droga subindo à sua cabeça. 

- Ciúmes? Oh, sério? Francamente, o que você pensa que é meu para sentir ciúmes?

- ... Não fale como se...

- Como se você não fosse importante? E-E se eu falar? Falar que você não é nada para mim? 

No mesmo instante ficou sério, fitando a imagem de Jeon cair de joelhos no chão, enquanto chorava sem parar. Era uma mentira, ele amava aquele garoto mais do que podia, mais do que queria, e por isso sentia medo de machucá-lo... Ninguém merecia alguém como ele era, principalmente seu pequeno dongsaeng... Ele sim merecia alguém bom e que fosse cuidar dele, aquele amor todo em seu peito o fez mentir, porque se o Jeon fosse embora, seria mais fácil para ele simplesmente se matar aos poucos e sozinho. Seria mais fácil se ele sentisse falta do menor.

- VOCÊ ESTÁ MENTINDO, YOONGI!

- Não ‘tô.

- VOCÊ TÁ! VOCÊ... T-Tem que estar... mentindo.

Levantou-se empurrando o loiro, o fazendo cambalear e virar para trás, recebendo um soco do pequeno, mais um e logo outro. Não reagia e isso deixava Jeon cada vez mais irritado com a situação. 

- Eu não vou te machucar... Me bate, e depois vai embora.

- Isso é culpa daquela garo...

- Já chega, seu idiota! Eu não quero mais te ver aqui!

O tapa estalado fora desferido quase em câmera lenta para si. Não acreditava que estava sendo capaz de machucar sua criança; não acreditava que estava sendo sujo ao ponto de praticar o ato que quebraria de vez qualquer vínculo que os dois tivessem naquele mesmo instante. Tudo ficou em silêncio, e apenas a respiração ofegante dos dois eram ouvidas... As lágrimas deram lugar ao olhar distante e assustado de Jeon. Yoongi baixou o olhar, e Jeon sorriu.

- ... Entendi.

Jeon falou.

- ...

Yoongi não entendeu o motivo do sorriso, mas sorriu também, porque aquele era o motivo do seu... Sempre foi. Sempre, antes de aquela garota aparecer e tomar conta de tudo, ele se arrependia de ter abandonado tudo, de ter abandonado Jeon. 

- ... Quero que saiba Yoongi, que agora eu consigo... definir nosso amor. Ele é doentio, ele machuca, dói. Mas ele cura, ele alegra. Ele é amor de irmão, amor de amigo, amor dos amantes, do casal velhinho que vai durar para sempre independente do que acontecer... Ele é amor, ele é de verdade, e é daqueles que te deixam sem ar. Ele é único, e por mais que você negue, você o sente como eu também sinto...

O moreno bateu no peito algumas vezes, vestiu o capuz do moletom, e caminhou até Yoongi lentamente, abraçando-o, e deitando em seu peito. Em seguida selou lentamente seus lábios nos do mais velho assim que levantou a cabeça. Um selar rápido, mas cheio de sentimentos bons... Talvez até alguns ruins... Sentimento de saudade, antes mesmo dos dois seguirem seus caminhos.

- Fique com a certeza de que ninguém no mundo te amou mais do que eu um dia fui capaz de fazê-lo.

Deu as costas, saindo dali o mais apressado que pode; seu peito ardia como as chamas de um fogo aceso. Ele chorava, mas não se importava se estava esbarrando nas pessoas, ou se alguém estava vendo que chorava. Não sentia vergonha, não via ninguém... Apenas queria andar e desaparecer para sempre, queria que aquela dor passasse. A dor do seu primeiro amor. 

Do outro lado, Yoongi caiu de joelhos no chão do quarto e gritou o máximo que pode, se permitindo chorar. Rolou pelo chão agarrando a camisa branca e suja em cima do peito... Seu coração estava apertado e ele pronto para morrer. Ele chorou até não poder mais. Só parou quando se deu conta de que não podia deixar as coisas ficarem daquela forma. Jeon o amava, e ele amava Jeon, apesar de ter ficado com o coração partido por algum outro amor qualquer. Jeon sempre fora sua droga, sua cura, seu refúgio... Ao mesmo tempo sabia que só serviria de atraso, ele o faria chorar de novo ou sofrer por conta da sua indecisão, do seu jeito duro, do seu jeito livre demais... 

Jeon andava pelas ruas com os olhos embaçados, não enxergava nada além de luzes embaçadas, ouvia vozes de todos os lados e parecia não achar ninguém...
Yoongi despejou todo o líquido das garrafas de bebida que continham em seu quarto, até este ficar fedendo a todo o tipo de bebida barata possível. Sentou-se na beira da cama, pegando seu isqueiro, e passou a brincar com ele enquanto fungava, imaginando como seria a vida de Jeon... Talvez ele encontrasse alguém que lhe amasse de verdade. Talvez ele chorasse por um tempo, mas logo superasse... Talvez, só talvez ele nunca se esquecesse de Yoongi.

O barulho alto de buzina chamou a atenção do moreno que atravessava a rua sem rumo, sem noção ou atenção ao que estava acontecendo... O moreno fitou a luz forte do carro, e o baque deixou tudo branco... Um sorriso em seu rosto pode ser visto antes que o carro acertasse em cheio seu corpo fazendo com que ele fosse parar em algum lugar da faixa de pedestres. Ele olhava o céu, e a chuva fina que começara a cair aos poucos, aumentando cada vez mais e molhando seu corpo... Não que agora ele sentisse algo. Nada além de dor. 

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- Hyung! Corre! Você vai perder essa chuva gostosa?

Jeon gritava do lado de fora, chamando pelo mais velho, que apareceu na porta do prédio com a cara de sono típica. Bocejou, dando de ombros, e revirou os olhos, sentando na entrada do local onde era coberto. 

- Tá brincando que vai ficar sentado aí, Suga! Vem...

- Prefiro olhar você se divertir... Estou cansado.

- Eu amo chuva, eu amo quando chove... Eu to pedindo pra você aproveitar comigo.

- Sabe que odeio me molhar, Jeon...

- Hyung, por favor!

- Tem algo que você não me convence a fazer? Pirralho...

O loiro levantou-se, e andou até o pequeno que agora corria de um lado ao outro, como uma criança serelepe que era. Ele não parava, principalmente quando chovia daquela forma. Yoongi se deixou sorrir puxando o menor pela mão e o abraçando. 

- Fica quieto, eu to aqui agora...

- Pabo... Eu amo a chuva

- Eu sei.

- E amo você.

- Eu também sei disso... 

- Convencido!

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A lembrança fez mais lágrimas dolorosas escorrerem por seus olhos negros, misturados agora com a chuva grossa que caía sobre seu corpo. Vozes altas, pessoas à sua volta, e um barulho de sirene... Ele não sentia mais nada do seu corpo, e sentia a respiração ficar fraca enquanto rezava para que fosse um sonho e ele estivesse apenas dormindo ao lado de Yoongi, como fazia quando mais novo, antes de tudo acontecer. 

Yoongi fitou no canto do quarto um piano velho e inutilizado que ele e Jeon haviam resgatado de um lugar velho, e o arrumado como puderam... Mordeu o lábio inferior levantando e caminhou até o objeto sentando sobre o banco que ficava em frente a este, e tocou nas teclas... Alisando-o, e arriscando algumas notas que o mais novo o ensinara, mesmo que seu interesse por tocar fosse pouco. Seu interesse estava mesmo em deitar-se na cama e observar de lá o mais novo tocar animado, já que esse era seu hobbie favorito.

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- Toca para mim... aquela.

- Não, estou irritado com você...

- Jeon, não seja infantil. Eu não queria que você se machucasse.

- Você me trata como uma criança, Suga.

- Você é uma. Agora toca, por favor. 

O mais velho lhe direcionou um olhar pidão, e um sorriso sem deixar os dentes à mostra; era uma expressão fofa comparada à cara de tédio que ele tinha sempre... Isso realmente funcionava com o moreno, já que quase nunca se podia ter o privilégio de ver Yoongi sorrir. 

- Tá, tá! Deita aí, eu vou tocar. Mas só uma! Eu to bravo ainda.

- Tanto faz.

Fechou os olhos, ouvindo as notas soarem, sentindo as teclas serem tocadas em um ritmo calmo e lento; em um ritmo gostoso e aliviante... Sentia inveja daquelas teclas, que eram tocadas com tanta delicadeza pelas mão finas e macias do pequeno Jeon, que agora dedicava sua atenção apenas ao piano velho, ainda sim chamado de "xodó". Era um objeto de muito valor sentimental. Tocar piano fazia Jeon feliz, ele amava praticar e dedilhar pelas teclas, isso o deixava tão bem que nem mesmo Yoongi, que o conhecia mais do que qualquer um, poderia imaginar o que se passava pela cabeça do mais novo enquanto tocava. Sequer podia imaginar o sentimento que ardia dentro do peito deste. Ao terminar, abriu os olhos, sorrindo de forma radiante, e fitou Yoongi sereno, deitado sobre a cama com os olhos fechados e a respiração lenta... Ele sabia que seu hyung não dormia. Se jogou ao seu lado na cama e deitou a cabeça em seu peito ouvindo o coração do mais velho bater acelerado.

- ... Obrigado.

Em um sussurro, fora a última coisa que Yoongi dissera naquele dia... Na verdade, nenhum dos dois ousou pronunciar alguma outra coisa.

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Deixou que um sorriso brotasse em seus lábios. Como sempre, Jeon tinha o dom de fazer milagres acontecerem. Como um simples sorriso, e até mesmo um sentimento de calma botar em seu peito... 
Ele novamente brincava com o isqueiro, e aquele sentimento de calmaria durou por pouco tempo, já que o baque que sentiu fora tão forte que o fez gemer de dor. Angústia, agonia, dor e desespero... Mesmo sem saber o porquê daquilo, Yoongi gritou o nome de Jeon e caiu novamente sobre o chão. Ele sabia que nada estava bem, ele sabia que algo tinha acontecido com sua criança, e que ele não tinha forças para continuar... Ele sentou-se no chão e o primeiro sinal de morte que teve foi quando olhou seu isqueiro sobre o chão, e o fogo começar subindo pelo piano velho, que pela madeira gasta, não demorou à se espalhar por inteiro, fazendo o objeto ficar completamente em chamas.

- Me desculpa, Kook, me desculpa... me desculpa... 

Levantou-se vendo o fogo se espalhar pelo quarto com a ajuda do álcool que antes havia despejado por ali.

- EU JURO QUE TENTEI, EU TENTEI MUDAR POR VOCÊ... EU... Não posso... Eu fui quebrado e não estou mais inteiro para você, não estou e não ficarei... Me desculpe.

Ele riu, riu e se deitou sobre a cama, puxando de seu bolso a pequena foto com o rosto de Jeon. Ele se perguntava porque as coisas ficaram assim se ambos se amavam. Teria ele sido culpado de iludir o pequeno todas as vezes? Teria sido ele burro de ter negado quase que todas as vezes para si mesmo o quanto poderia amar o mais novo? Fechou os olhos e cantarolou a música que gostava de ouvir Jeon tocar, ele apenas esperou... Esperou até o fogo atingir tudo, em menos de minutos o local inteiro já estava em chamas. Seu corpo ardia junto do fogo... Em algumas horas, o que restaria de tudo ali seriam apenas cinzas, e nada mais. 

Jeon ouviu as sirenes, os murmúrios e o homem que o atropelou tentar se explicar para os políciais. Sentia seu sangue se esvair, e mãos o tocarem para por o corpo pequeno na maca. Um polícial que ligava para algum famíliar, falava e tentava ser calmo ao dar a notícia.

- Hyung...?

Mexeu a boca tentando chamar por Yoongi, quase em vão. Enfermeiros pediam para ele manter a calma, mas ele não queria... Queria que Yoongi fosse avisado. Mal sentia seu corpo, e as partes que sentia doíam tanto, que ele preferia que estivesse totalmente dormente. Talvez tivesse se quebrado completamente... Seu peito subia e descia rapidamente em busca de ar, e sua visão ficava cada vez mais longe e fraca, escura... Ele queria gritar, mas não podia, e nem conseguia. Ele queria correr para os braços de Yoongi e o ouvir dizer que iria passar.

- ... Yoongi...

Ele falou baixinho, e de repente, pode ver sobre si, de cabeça para baixo, a visão do mais velho lhe sorrindo. Pôde sentir sua carícia. Pôde sentir o calor de sua pele, mesmo que não soubesse se aquilo era real ou apenas uma miragem, por estar delirando pela dor...

- Me tira daqui, hyung... Me tira...

- Shh, vai ficar tudo bem agora, nós dois vamos ficar juntos... Prometo que vai ser diferente, Jeonnie... Eu prometo. Feche os olhos, e confie em mim.

Ele sorriu, abertamente e obedeceu... Aos poucos foi fechando os olhos, e o sorriso foi sumindo de seu rosto. As pessoas à volta assistiam tudo sem entender nada do que estava acontecendo ali. Jeon não sentia absolutamente mais nada; não sentia mais dor, não via mais nada... Não ouvia mais nada... Apenas segurou na mão de seu Hyung, e o seguiu, como sempre fazia. Sem reclamações, sem mais ninguém, apenas os dois.

Se o amor dos dois era certo ou errado, isso ninguém nunca descobriria... Talvez os dois tivessem sido destinados um ao outro, mas não nessa vida, não agora... O que importava era que independente do lugar, da hora, do dia. Jeon amaria Yoongi, e vice versa. Por mais que doesse, por mais que fosse um amor difícil... Qualquer tipo de amor é amor.