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História First friend, my only love - II


Escrita por: pinkblooded

Notas do Autor


Me desculpem se tiverem muitos erros de ortografia, sou preguiçosa e não quis revisar u.u

Capítulo 2 - II


Após o término das aulas, Aiji me acompanhou até a saída. Conversamos coisas fúteis, no que acabei descobrindo que ele mora no sentido oposto à minha casa. Essa informação me entristeceu um pouco, mas fiz um amigo, é o que interessa.

- Bom, eu fico por aqui. Ao que parece moramos em direções opostas –lamentei, cabisbaixo.

- É verdade –ao que parece ele também ficou triste pelo fato, o que me alegrou.

- Nos vemos amanhã! –sorri enquanto acenava.

- Sim, até lá! –acenou de volta, também sorrindo.

 

-19 de fevereiro-

  Desde que cheguei, estou esperando Aiji na entrada da escola, mas até agora não vi sinal algum dele chegando. Será que ele está me evitando? Talvez seja isso mesmo; não ter amigos é meu destino, afinal.

  O sinal bateu, entrei na sala, e nada de o moreno aparecer. A cada segundo que passava, minha preocupação ia aumentando, e o pensamento de que ele talvez não me queira por perto também.

  A aula parecia estar muito mais chata que o normal. Apenas um dia se passou, mas eu sentia como se já o conhecesse anos. Sem ele ali comigo, minha vida voltava a ser inútil como antes de sua chegada, sendo sempre ignorado por tudo e todos. Ainda não consigo entender o porque que desde pequeno, todos se afastavam de mim, nem mesmo meus pais me davam atenção. Eu era, e ainda sou, apenas um objeto para dar o toque final na decoração da família perfeita, que de perfeita não tem nada. A única pessoa que me amava era minha avó, a qual eu quase sempre visitava, mas ela faleceu quando eu tinha apenas 6 anos. Desde então vivo essa vida completamente solitária, que mudou completamente quando aquele baixinho de cabelos negros se sentou ao meu lado e disse que seríamos amigos.

  Enquanto pensava nisso, meus olhos começaram a lacrimejar; coloquei as mãos no meu rosto, o tapando, pensando no quanto eu havia me apegado em tão pouco tempo naquele garoto e no efeito que sua falta fazia em mim. Francamente, não sei ao certo o que está acontecendo comigo, mas essa é a realidade.

  ....

  Ouvi batidas na porta da sala de aula, percebendo que já faziam dois períodos que eu estava completamente desligado do mundo, apenas pensando em Aiji. Nem levantei o rosto para ver o que era, pois não me interessava. Mas e se for ele ali? Rapidamente  olhei para a porta, vendo o professor abrindo-a e fazendo careta pra alguém, mas  eu não conseguia ver quem era. Foi então que um baixinho de cabelos negros pintados de loiro por baixo entrou na sala, na mesma hora que o professor saiu e todos começaram a conversar.

  Aiji?

  AIJI!

  Me levantei da cadeira muito rápido, assim fazendo um barulho estrondoso. Pela primeira vez em anos, todos se viraram na minha direção e ficaram me encarando. Sentei-me devagar, ollhando para baixo com os olhos levemente arregalados.

  Claro que minha ação não passou despercebida aos olhos de Aiji, que soltou uma gargalhada, conseguindo me deixar mais envergonhado do que já estava, se isso era possível. Meu rosto devia estar muito vermelho, por que eu o sentia praticamente queimar.

  Segundos depois, a ficha finalmente caiu. Ele não havia me abandonado, tampoco estava me ignorando. Meu amigo estava parado bem ali, na minha frente.

  Aiji seguiu em minha direção:

- Yo!

  Fiquei estático, não conseguia pronunciar uma palavra sequer em resposta a ele.

 Continuou:

- Eu dormi além... Sabe, costumo dormir como uma pedra, e hoje o despertador não conseguiu me fazer acordar –riu.

  Fiquei encarando o nada, o que chamou a sua atenção.

- Hey. Maya.

  O encarei.

- Algo aconteceu? Você está bem? –indagou preocupado enquanto sentava do meu lado.

  Meus olhos lacrimejaram e logo senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, mas não era de tristeza. Era de felicidade, muita felicidade.

- M-maya? –gaguejou –Eu disse algo errado?

  Balancei a cabeça em negativo:

- Eu só... Estou muito feliz que você esteja aqui, Aiji. Pensei que nunca mais te veria, eu... Eu... –eu já não conseguia mais controlar as lágrimas, que escorriam por minha face sem parar. Aiji então me abraçou e disse:

- Eu vou sempre estar aqui, com você. Sempe do seu lado. Sempre... –apertou o abraço, me fazendo chorar mais ainda. Ficamos assim por alguns segundos, até ele me soltar.

- É uma promessa –sorriu estendendo o dedo mínimo para mim.

- Sim, um promessa. –estendi o meu também, entrelaçando os dois, sorrindo de canto a canto.

  Passou as mãos em meu rosto, limpando as lágrimas que restavam.

- Você fica mais bonito sorrindo, Maya. Então não chore mais, ok? –me olhou nos olhos, dando um sorriso fechado.

- Vou tentar –rimos.

  Logo o professor entrou na sala novamente, e tivemos que ficar em silêncio. Se ele nos pegasse conversando seríamos encaminhados pra diretoria, e a diretora não é nem um pouco simpática. Uma vez ouvi que um aluno que foi encaminhado para lá logo depois se transferiu para outra escola. Pensar no que pode ter acontecido me dá calafrios.

  A aula estava passando muito devagar, e isso estava me dando nos nervos. Mas finalmente o tão desejado intervalo chegou.

  Hoje é sexta-feira, o que significa que não verei Aiji por dois dias... Mal tive tempo para pensar nisso, o mencionado se manifestou:

- Quer dormir lá em casa nesse final de semana?

- Hã? Tá falando sério?

- Claro que não, você não é meu amigo –falou com seriedade, ao que o encarei com cara de cachorro sem dono.

- Claro que eu estou falando sério, seu bobo! –riu, me descabelando.

- Waaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa~ -pulei e o abraçei, só depois percebendo o que eu tinha feito, deixando nós dois sem graça.

- A-ah, me desculpe, eu...

- Teu chip tá precisando ser trocado, né Maya?

- Hã?

- Nada não. –suspirou- E então? Você vai?

- Preciso mesmo responder? –sorri.

- É, acho que não –sorriu igualmente.

  Logo o sinal tocou novamente, e para a minha tristeza, tinha matemática. Nunca fui bom nessa matéria, muito menos gosto da mesma. Aiji tem cara de inteligente, talvez eu possa pedir um pouco de ajuda a ele.

  Minha dedução estava certa: como era apenas o segundo dia de aula, a matéria estava começando a ser passada hoje. O moreno entendia tudo na hora e resolvia as atividades que eram passadas com uma rapidez incrível, como se já tivesse estudado aquilo muitas e muitas vezes. Resolvi que lhe pediria ajuda quando estivesse em sua casa, já que de qualquer forma na escola não daria tempo.

  O sinal tocou novamente, anunciando o início do último período. Matemática, de novo. Deus, o que eu fiz de errado pra merecer isso?  

  Escutei o sinal pela sexta vez na manhã, assim sabendo que a aula havia acabado e eu não precisaria mais resolver contas chatas. Quero dizer... Fazer de conta que estava resolvendo, mas isso realmente não vem ao caso.

  Estou muito ansioso para o dia seguinte, é a primeira vez que dormirei na casa de um amigo~


Notas Finais


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