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História First friend, my only love - VI


Escrita por: pinkblooded

Notas do Autor


Peço desculpas por ter ficado tanto tempo sem postar, e ainda trazer um capítulo tão curto. Me perdoem. Mas ultimamente eu ando sem idéias para essa fic; já havia escrito esse capítulo uma vez, mas nem queiram saber a merda que ficou '-'

Capítulo 6 - VI


-22 de fevereiro-

  Eu nunca havia acordado chorando. Ao menos não daquela forma.

  Lágrimas de um misto de desespero, tristeza e medo escorriam por minha face. Aquele pesadelo fora o pior que eu poderia ter, mas de alguma forma me fez refletir: por quanto tempo Aiji ficaria ali, do meu lado? Havíamos feito uma promessa, mas sei que ela duraria apenas até ele achar uma namorada, e muito provavelmente, esquecer da minha existência. Não gosto dessa realidade. Isso é um pensamento totalmente egoísta, mas... Eu gostaria que Aiji ficasse de meu lado para sempre, apenas comigo. Ele é meu único amigo e a única pessoa com a qual eu desejo estar.

  Sequei as últimas lágrimas que insistiram em escorrer por meu rosto, logo levantando da cama e indo vestir o uniforme, que após a chegada de Aiji eu aprendera a gostar. Fiz minha higiene e desci as escadas do triste e silencioso apartamento, pois como todas as manhãs, a única alma viva presente ali era a minha.

  No meio do caminho, acabei encontrando o namorado do irmão de Aji, Kai. De alguma forma ele estava indo na mesma direção que eu, então acabamos por seguir juntos. Ele então resolveu quebrar o silêncio, fazendo aquelas típicas perguntas que eu sempre escutava quando uma pessoa começava a conversar com alguém: “Tudo bem?” “Como vai a escola?”. A partir disso, foram surgindo assuntos aleatóreos, até que veio a pergunta:

 -Você e Aiji namoram?

  Que raio de pergunta era aquela?!

 -N...namo...rar? – gaguejei. –Não! Somos a-amigos! – por alguma razão, comecei a ficar nervoso, e creio que meu rosto deve ter ficado um pouco corado.

 -Sério? Eu pensei... – cortou a frase, franzindo o cenho e olhando pra mim. – Mas você gosta dele, não é? – sorriu de canto.

 -Claro, se ele é meu amigo é óbvio que eu gosto dele!

  Kai suspirou:

 -Eu quis dizer no sentido romântico, Yamazaki-kun.

  Meu rosto deveria estar parecendo um tomate prestes a explodir. Eu já ficava gaguejando antes, agora só pioraria.

 -C-c-c-como assim? – permaneci olhando para o chão, a fim de não encarar o que estava do meu lado e quem sabe esconder minha vermelhidão.

 -Yamazaki-kun... Olhe para cá – balancei a cabeça negativamente, assim recusando seu pedido. Mesmo assim ele tornou a falar. A essa hora já haviamos parado de andar.

 -O que você sente quando está perto dele? – calmamente perguntou.

  Nem parecia que era a primeira vez que conversávamos, por que, bem ao contrário de mim, ele era espontâneo. Senti que deveria responder às perguntas que ele fizesse.

 -Eu... Eu me sinto bem... Quando estou com ele, desejo que o tempo pare e eu possa ficar do seu lado para sempre – respondi com sinceridade, ainda olhando para o chão.

 -Você tem ciúmes dele? Quer que ele fique apenas com você?

 -Sim...

 -O seu coração acelera quando ele fica perto de mais? – nesse ponto já estava começando a parecer que ele lia minha mente.

 -S-sim...

 -Yamazaki-kun, olhe para mim.

  Finalmente criei coragem e o fitei. Ele me olhou nos olhos e fez sua última pergunta sobre aquilo:

 -Você o ama?

  Foi a única pergunta a qual eu não pude responder, e havia uma razão: eu não sei o que é amor. Nunca soube. Eu “amava” minha avó, mas... Sinto que mesmo assim não sei exatamente o que é esse sentimento. Realmente gostaria de descobrir.

  Uma lágrima escorreu por meu rosto, visivelmente surpreendendo Kai, que ficou sem reação. Resolvi esclarecer, mesmo em meio ás lágrimas que não paravam de fugir dos meus olhos.

 -Eu... Eu não sei o que é amar, Kai – confessei. – Nunca soube. Não posso responder a sua pergunta, por que simplismente não tenho como respondê-la – sequei meu rosto, mas logo mais lágrimas voltaram a molha-lo.

 -Yamazaki... – ele me olhava, as sombrancelhas levemente franzidas – Posso dar uma resposta à minha própria pergunta?

  Balancei a cabeça em confirmação.

 -Tudo isso que você sente quando está com Aiji, é amor. Quer sempre estar com ele, seu coração bate rápido em sua presença... Você já descobriu esse sentimento, apenas não soube distingui-lo dos outros – seu olhar era confortador, calmo. Era como o olhar que eu imaginava que um pai deveria direcionar a seu filho.

  Tornei a chorar, mas agora de felicidade, o que era visível, pois eu sorria em meio ao ato. Kai afagou minha cabeça, me acalmando.

  Então... Era amor. Eu amava Aji, muito mais que como apenas um amigo. Mas e agora, o que fazer? Ele provavelmente não me via da mesma forma. Foi o que perguntei ao moreno que estava ao meu lado, mas a resposta que obtive foi “Isso você terá que descobrir por si próprio”, junto a um sorriso.

  Voltamos a caminhar. Quando estávamos a duas quadras de minha escola, Kai de despediu de mim, pois ali ele teria que seguir por um caminho diferente. Passei a parte que faltava para chegar a escola imerso em pensamentos, tanto que quase passei do portão da mesma, onde Aiji já estava me esperando.

 -Bom dia Aiji! – sorri.

 -Eeh? Que sorriso enorme é esse no seu rosto? Algo bom aconteceu? – sorriu também.

  Apenas soltei uma risada, não respondendo ao que ele perguntara.

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  Passei a aula toda em devaneios, o moreno de vez em quando me olhava, como que indagando o que eu estava pensando. Mesmo que quisesse, eu não poderia contar, afinal não queria que nossa amizade terminasse por algo como aquilo, e além de tudo eu não tinha coragem o suficiente para me declarar.

  Nem fez tanta diferença quando o sinal tocou indicando o término do período de estudo, já que eu não havia prestado atenção em nada mesmo. Quero dizer, prestei, mas tenho certeza de que não foi na aula, se é que entende.

 Eu e o mais velho guardamos nossas coisas, nos dirigindo ao portão da escola. Nos despedimos, e eu sorria mais do que nunca.

 Era tão bom amar.


Notas Finais


Vou me desculpar também por não ter conseguido colocar o resto dos integrantes do GazettE na fic #corre


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