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História First Love - O passado vem à tona.


Escrita por: allforsabrinac

Notas do Autor


Hey gatinhas! Tudo bem? Desculpa o capítulo ruim e a demora para postar, mas tá aí! :)
Boa leitura!

Capítulo 12 - O passado vem à tona.


Fanfic / Fanfiction First Love - O passado vem à tona.

Sabe quando o seu anjo da guarda simplesmente não bate com o da pessoa? Ou quando o seu radar de piriguete começa a apitar tão alto que você praticamente acha que vai ficar doida? Ou melhor, sabe quando você vê alguém pela primeira vez e você tem certeza de que não vão se dar bem? Pois é, eu senti tudo isso assim que meu olhar cruzou com o da Priscila. 

- E então, ninguém me apresentar a amiguinha nova? - Ela perguntou em um tom de deboche.

Dei um meio sorriso mas permaneci calada.

Ela, que parece não se dar por satisfeita, continua me encarando esperando um resposta.

Ô mulherzinha, viu?!

- Peguetisinha nova, Caíque? - Ela perguntou ao Caíque enquanto dava uma risadinha.

Antes que ele possa responder, disparo:

- Cachorrinha velha, Paulo? Ou essa é a de quem você tava falando ontem? Sabe, aquele que você disse que faz um boquete tão ruim que você chega até broxar. Olha, não é sua culpa, viu? Eu li numa revista que se a mulher não sabe chupar direito, os homens broxam mesmo! - Respondi com um sorriso enorme no rosto.

Depois da minha resposta tudo parece acontecer em câmera lenta.

O Caíque me olha como se eu fosse de outro planeta.

O Nathan abre a boca como se não estivesse acreditado no que eu vi.

O Paulo que tava bebendo o conhaque que tinha pedido há alguns minutos, engasgou e cuspiu tudo no chão.

E a Priscila, bom, parece que eu coloquei ela no devido lugar.

- Eu... Eu... - ela começa a guagueijar - Paulo, você vai deixar ela falar assim comigo?

Paulo pega um guardanapo e começa a limpar os respingos que fez quando entornou sua bebida e fala:

- Relaxa aí, Priscila. Ela só está brincando, não é? - Ele diz olhando pra mim com aquele olhar cúmplice que só nós dois tínhamos quando eramos mais novos. Algo como "Por favor, me tira dessa".

Só que eu não sou mais aquela menininha que concorda com tudo que ele fala ou manda.

- Na verdade... - Eu começo.

- Na verdade, ela tá brincando, sim. A Mel é muito brincalhona, sabe? Vocês deviam se conhecer melhor, aposto que iam se tornar amigas. - Nathan diz me interrompendo.

Olho para ele como se ele fosse louco.

Amigas? Sério?

Ele olha pra mim e gesticula com a boca para que só eu posso entender "Aqui não, por favor".

Balanço a cabeça e apoio a mesma no ombro do Caíque que afaga meu cabelo com as mãos e diz baixinho:

- Calma aí, baixinha. Sem brigas.

Dou uma risada e olho pra ele e digo com uma piscadinha:

- Tô me comportando. 

                                           (...)

Já são quase 01:30h da manhã e a Tabatha acabou de descer do palco e se juntou a nós.

Ela passa por mim antes de se sentar ao lado do Nathan e diz:

- Melzinha, meu amor, pode ir até o bar comigo?

Apenas concordo com a cabeça e me levanto, deixando a minha bolsa sob a cadeira.

Antes mesmo de chegar ao bar, ela me pergunta:

- Amiga, que que foi aquilo? Eu tava cantando e do nada parece que vocês estavam discutindo. 

- Essa que é a ex do Paulo? 

- Aham.

- Meu santo não bateu com o dela. Por favor, quero um Cointreau Fizz Blues. - Falei pro barmen que estava atrás do balcão. - Ela veio com o maior tom de deboche pro meu lado, aí eu perguntei o Paulo se ela era cadelinha nova, ou aquela que chupava mal e ela ficou toda estressadinha.

Ela fica boquiaberta e começa a rir sem parar.

- Eu não acredito que você fez isso!

- Fiz sim e faria pior, mas o Nathan pediu pra eu segurar a onda. - Disse dando de ombros.

Tabatha pede sua bebida e esperamos ficar prontas para voltar à mesa.

                               (...)

Depois que voltamos a mesa, a Priscila parece querer ser simpática mesmo eu vendo que ela esteja forçando simpatia. 

Ninguém mais parece perceber, a não ser a Tabatha que vez ou outra parece estar de olho nela.

Rolo os olhos sem paciência.

- E então, você é de Nova York?

- Sou.

- E como você fala português tão fluente?

Dou uma risada sarcástica.

- Sou brasileira.

- De onde?

- Isso é uma investigação? - Pergunto grosseiramente.

Ela dá de ombros parecendo se divertir.

- Sou curiosa, só isso.

- Sou do sul.

- Sul onde?

O Paulo que antes estava conversando com o Caíque, pareceu ficar totalmente interessado no nosso papo.

- Campo Largo. - Respondo tentando demonstrar desinteresse. 

- Ah, o Paulo também é de lá, não é meu amor? - Ela pergunta para ele com uma irritante voz de neném.

Ele me encara e eu consigo ver várias emoções indecifráveis no seu olhar. 

Ela se aproxima mais dele e começa a beija-lo.

Não tenho estomago para isso, sério.

- Ow, leva ela pra casa, Paulo. Acho que ela já bebeu demais. - Tabatha diz olhando com cara de nojo para ela que praticamente estava em cima do colo do Paulo, que tentava a todo custo tirar ela.

- Dá licença, preciso vomitar. 

Me levantei de uma vez só quase derrubando meu copo e fui em direção ao banheiro, depois de um tempo procurando, finalmente adentrei naquele lugar imundo.

Coloco meu copo em cima da pia e entro dentro de um dos box vazios.

Faço meu xixi com muita dificuldade, tomando cuidado pra não encostar no vaso e dou descarga.

Abro a porta de uma vez só e meu coração parece parar.

Olho pra frente e vejo o Paulo encostado na pia de braços cruzados. 

Mantenha a calma, penso.

- Você sabe que aqui é o banheiro feminino? - Pergunto rude.

- Sei.

- Sempre desconfiei mesmo. 

Passo do lado dele e paro em frente ao espelho tentando arrumar meu cabelo.

Ele continua na mesma posição e fica de costas pra mim.

- Eu queria entender o que você tá querendo com isso, Melina?

- Querendo com o que? - Pergunto devagar enquanto limpo o borradinho do meu batom.

- Com isso de fingir que não me conhece. 

Meu coração volta a bater forte de novo.

- Eu não te conheço. - Respondo me virando pra ele.

Ele se desencosta da pia e fica cara-a-cara comigo.

Ele dá um sorrisinho de canto e fala:

- Você e eu sabemos que isso é mentira e sabemos tudo que a gente viveu juntos...

- Eu só tinha treze anos! - Falo interrompendo dele.

- E só por causa da nossa idade você acha que não foi importante pra mim? Porra, Melina, você era minha melhor amiga.

Encaro-o e dou uma risada pesada.

- É isso que eu era pra você, sempre foi, sua melhor amiga.

Ele fica calado e eu me viro para sair do banheiro sem ao menos pegar o copo.

Ele pega meu braço fortemente e me gira, fazendo chocar contra ele e em seguida me encosta na parede. Ele segura meus braços contra meu corpo.

Começo a me debater e falo:

- Me solta, agora! Eu vou começar a gritar.

- Você não pode ir embora assim de novo.- Fico em silêncio fitando aqueles olhos azuis. - Você me esqueceu tão fácil assim?

- Você mandou eu te esquecer! Você falou que eu te fazia mal! Você falou que era pra fingir que você não existia mais! - Gritei praticamente cuspindo as palavras. - Agora você quer colocar a culpa em mim? Não tem essa, Paulo! Eu cresci! Eu não sou mais aquela menininha boba que você mandava e desmandava.

Ele ouve tudo em silêncio e me solta. 

Ele passa a mão pelos cabelos e parece querer arranca-los.

- Olha, por favor, me escuta! Eu vou te passar o meu endereço e quando você quiser, por favor, me procura. A gente... A gente precisa conversar.

Ele puxa um pedaço de papel toalha e uma caneta que não sei de onde surgiu e começa a escrever no papel.

Eu sei que eu devia sair dali, não dar ouvidos à ele, fingir que nada disso aconteceu, mas eu não consigo. A única coisa que consigo prestar atenção é no biquinho que ele faz enquanto escreve. E vendo isso eu me senti em casa novamente, como se eu ainda fosse a antiga Melina. Ver que ele ainda tem essas manias que eu conheço tão bem, me faz sentir estranhamente aconchegada.

- Toma, tá aqui. - Ele diz me entregando o papel e me tirando do transe. - Por favor, pensa no que eu te falei. Por mim...

Olhou para mim pela última vez e saiu, me deixando ali sozinha novamente e com milhões de pensamentos me torturando. 

 


Notas Finais


E aí, o que vocês acham que vai acontecer? Será que a Melina vai atrás dele?


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