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História First Love - Acerto de contas.


Escrita por: allforsabrinac

Notas do Autor


Oi goxxxtosas! Primeiramente queria agradecer aos 100 favoritos, é sério, é pouco mas é muito importante para mim, e espero que essa família cresça cada vez mais e mais. E também quero agradecer por todas as visualizações que FL está tendo. Quem sabe mais para frente rola um sorteio, hein.
Espero que gostem do capítulo que comentem muito!
Beijinhos e bom feriado!

Capítulo 13 - Acerto de contas.


Fanfic / Fanfiction First Love - Acerto de contas.

                     07:01h

O tempo não passa.

Dentro da minha cabeça parece ter uma bomba. 

Tic tac, tic tac, tic tac ...

                07:02h

Meu corpo está um caco. Não consegui dormir nada essa noite. Depois que o Paulo me deixou sozinha no banheiro e foi embora, eu tive que lutar muito para não deixar transparecer que aconteceu alguma coisa.

Me sento no balcão da cozinha e começo a pensar em tudo que aconteceu.

Nova York, Paulo, August, Tabatha, Brasil, Tabatha...

- O que você tá fazendo aí?

Dou um pulo quando escuto a voz atrás de mim e me viro.

- Nada. - Respondo, enquanto vejo Nathan andando até a geladeira a procura de algo. - A Tabatha também tá acordada?

- Não, ela só vai acordar agora lá para às duas da tarde. Eu só acordei agora porque minha mãe me ligou igual uma louca, eu tava esquecendo que íamos para o litoral. - Ele falava enquanto colocava um pouco de leite em um copo e pegava alguns biscoitos. 

Eu não posso esperar até as duas da tarde, mas também não posso sair igual uma louca andando por uma cidade que eu mal conheço.

- Tato - Chamei com o apelido carinhoso que eu tinha o presenteado, - você obviamente sabe onde o Paulo mora, né? - Perguntei nervosa.

- Uhum. - Ele respondeu com a boca cheia.

- Então, sabe... Eu tava pensando aqui, será que você pode me dar uma carona?

Ele termina de beber o leite e coloca o copo dentro da pia e começa a lava-lo.

- Claro, cê quer ir pra onde?

- Pra casa do Paulo.

Ele para o que estava fazendo e vira para me encarar.

- Olha Mel, sem querer me meter, mas, o que você vai fazer na casa do Paulo?

Meu Deus, e agora? Será que eu conto a verdade?, penso.

- Hum... Eu... Eu...

- Tá, não precisa se explicar. - Ele me corta. - Eu já tô pronto, quer que eu te esper...

- Não! Eu não quero te atrasar - falo descendo do balcão -, podemos ir?

Ele me analisa de cima a baixo e ergue uma das sobrancelhas.

- Você vai assim?

Olho para mim mesma por alguns segundos e vejo meu short de pijama, uma blusa de moletom e minhas rasterinhas.

- É, algum problema?

Ele dá uma risadinha, balança a cabeça e diz algo tão baixo que eu não consigo decifrar. Nathan passa por mim e vai para sala, onde estão as chaves do carro. 

Vou atrás dele que já está do lado de fora do apartamento.

Descemos em silêncio até a garagem e assim permanecemos até a metade do caminho, onde ele resolve quebrar o silêncio. 

- É você, não é? - Ele pergunta sem tirar os olhos da rua.

Levanto a minha cabeça que estava encostada no vidro e olho para ele confusa.

- Sou eu o quê?

- A Melina.

- Claro que sou eu, Tato. Que conversa louca é essa? - Rio.

- Não, quer dizer, é claro é você, mas, eu tô falando da Melina do Paulo - Ele olha para mim e meu estômago se revira. Como ele sabe disso? - A amiga do Paulo que abandonou ele.

- Abandonou? É assim que ele conta a história? - Pergunto com uma fúria começando a crescer dentro de mim.

Eu não abandonei ele, eu fui obrigada à deixa-lo. E depois foi ele que mandou eu me afastar. 

Nathan ri fraco e dividi sua atenção entre mim e a rua.

- Que mundo pequeno, né? 

- Pois é, - digo encolhendo minhas pernas e colocando as mesmas sobre o banco - eu nunca pensei que eu ia voltar para o Brasil e encontrar ele, ainda mais aqui, sendo amigo de vocês.

Ele balança a cabeça como se também não acreditasse e dá um sorriso.

- É o destino conspirando ao favor de vocês.

- Não existe "vocês", existe o Paulo e existe Melina, separados, em mundos diferentes.

- Sei... - Ele diz, parecendo pensativo de repente.

Entramos dentro de um condomínio gigante e passamos por três prédios diferentes, até entrar no quarto.

- O que ele significa pra você, Mel?

- Nada - respondo rápido. Rápido demais. - Quer dizer, eu cresci, muita coisa mudou... Ele não significa nada para mim.

Ele me analisa em silêncio e solta a bomba nas minhas mãos.

- Então por que você tá aqui?

                              (...)

O Nathan entrou comigo para que não interfonasse pro apartamento do Paulo, mas assim que chegamos no elevador ele me desejou boa sorte e vou para o carro. 

A porta do elevador se abre e eu saio com relutância, meus pés parecem pesar muito mais do que eu posso suportar. 

Andei mais um pouquinho até o fim do corredor e parei em frente a porta.

- Por que eu tô aqui? - Repeti a pergunta que o Nathan me fez à pouco antes de apertar a campainha. 

Nada.

Encosto a cabeça na porta para ver se ouço algum barulho. Nada.

Aperto a campainha mais um vez, e agora deixo meu dedo pressionado por mais tempo. 

Quando estou prestes a ir embora, não sei como, já que não trouxa nenhum dinheiro e o Nathan já foi embora, a porta se abre.

Paulo abre a porta apenas com uma cueca box preta e com o cabelo todo bagunçado.

- Mel? O que você tá fazendo aqui? - Ele pergunta coçando o olho e ainda meio grogue. 

Enquanto eu o observo calada, me dou conta de como senti falta de vê-lo assim pela manhã, com o cabelo todo bagunçado e carinha de sono.

Ele mudou muito mas ao mesmo tempo parecia o mesmo. 

O oceano que são os seus olhos, continuam a banhar o seu rosto angelical, que agora está com um maxilar definido.

Suas pintinhas que são espalhadas pelo corpo todo ainda continuam ali, dando a imagem de um menininho pequeno e frágil, mas agora várias tatuagens as acompanham. 

O seu cabelo loiro claro escureceu e se tornou rebelde.

Como uma pessoa pode ser tão ela, mas ao mesmo tempo tão diferente? 

- Melina? - Ele me chama de novo e ganha a minha atenção.

- Oi. - Respondo baixo.

- O que você tá fazendo aqui a essa hora? Que horas são? - Ele olha em seu relógio de pulso e me encara de novo. - Não são nem 08:30h, aconteceu alguma coisa?

Aconteceu! Aconteceu você que não sai da minha cabeça desde ontem à noite.

- Não. 

Ele continua me olhando como se me encorajasse a continuar. 

- Eu só vim aqui porque você pediu, mas... - Eu olho para de cima em baixo e pela primeira vez vejo que ele tem uma tatuagem na barriga, na qual a cueca cobre a metade. - Mas... parece que não é uma boa hora, desculpa. - Falo e me viro pronta para ir embora. 

- Não, não, não - Ele disse enquanto puxava a minha mão e me fazia virar. Assim que ele me tocou parece uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, igual aquilo que vemos em filmes de romance. Ele também pareceu sentir o mesmo, porque solto a minha mão no mesmo instante. - Por que você não... Entra?

Ele deu espaço para eu passar e eu entrei dentro do apartamento.

O apartamento era grande e espaçoso. Tinha as paredes pintadas da cor amarela e tudo se mantinha arrumadinho. 

Continuei olhando tudo ao meu redor e ele perguntou:

- Você quer comer alguma coisa? 

Eu mal tinha percebido o quanto a minha barriga roncava, por isso apenas concordei com a cabeça. 

- Tá, espera só um minuto, eu preciso colocar uma roupa. 

Concordei com a cabeça e ele sumiu em direção, ao que eu acho que deve ser o quarto.

Comecei a analisar tudo novamente.

A sala tinha uma varanda que tinha uma vista incrível, onde o sol brilhava. De repente comecei a sentir calor, o que não estava tanto de manhã. Tirei minha blusa de moleton e só fiquei com a minha camiseta de alcinha que tinha colado para dormir.

Na parede ao lado, tinha várias fotos do Paulo com os amigos. Tem várias fotos dele de quando era criança, e conheço a maioria das pessoas que estão com ele nas fotos.

- O que você quer comer? - Paulo pergunta atrás de mim. 

- Qualquer coisa - Falo enquanto me viro para olhar para ele. Quando ele disse que precisava colocar uma roupa se enquadrava em apenas e os seus antigos óculos. - Você ainda usa óculos? 

Ele olho para mim de cima em baixo, como se estivesse me vendo pela primeira vez. Me encolho toda, mesmo não sabendo o motivo.

Ele dá de ombros e vai para cozinha comigo logo atrás.

- Só na parte da manhã, até meus olhos se acostumarem com a claridade. 

- Ah...

Ele vai para geladeira e pega algumas coisas lá, depois faz o mesmo com o armário. Logo ele começa a mexer em tudo isso, tentando de alguma forma preparar alguma coisa. Ele parece um pouco perdido.

- Quer ajuda? - Pergunto.

Ele olha pra mim e ri.

- Seria muita cara de pau se eu dissesse que sim?

- Não.

Vou para o lado dele e começo ajuda-lo.

No fim, temos pão com nutella, biscoitos, café, leite e queijo.

Sentamos na mesa para comer e o Paulo não parava de me encarar, o que estava me incomodando, porque eu odiava que me observassem comendo. 

- O que foi?

- Nada - Ele disse com um sorriso nos lábios -, só que parece que nada mudou, que continuamos do ponto de partida. 

Paro de comer no mesmo instante.

- Você tá enganado. Temos muito que conversar.

- Você tem razão, me desculpa. 

Terminamos de comer rapidinho e lavamos toda a louça. 

Enquanto íamos para o sofá conversar, Paulo pergunta:

- Eu juro que não quero ser indelicado, mas você sai com esse pijaminha mostrando praticamente todo esse corpo, sempre?

- Eu juro que não quero ser indelicada - começo, tentando imitar a sua voz -, mas você não tem nada a ver com isso.

É porque eu passei a noite em claro pensando em você. Satisfeito?

Ele põe a mão no coração fingindo dor.

- Nossa, essa doeu. Você continua afiada nas patadas hein.

Me sento no sofá e ele faz o mesmo.

- Vamos estabelecer umas regras. Um - levanto o dedo indicador na sua frente -, não age como se você me conhecesse, porque você não conhece mais. Dois, para de falar que eu te abandonei. Três...

- Para de fingir que você é assim porque você não é.

- Que?

- Você tá tentando criar uma pessoa que você não é, isso é chato.

Me levanto rápido e pego meu moletom. 

Ele se levanta junto comigo e me joga sentada no sofá de novo.

- Agora você vai me ouvir! Eu passei anos, Melina, anos, pensando em você. Você não tem ideia do que era isso. Eu quase fiquei louco! Pensei em tudo! Na amizade que tínhamos, no que podíamos ter, pensei no passado e no futuro. E você nem ao menos quis saber como eu estava, simplesmente sumiu no mapa. Você me bloqueou de todas suas redes sociais e esqueceu tudo que viveu aqui. Esqueceu da sua família, dos seus amigos... De mim.

Me levanto de novo e fico de frente para ele. Tudo o que eu queria agora é esmurrar a cara dele, gritar, quebrar coisas.

- Você não tem esse direito, Paulo! - Gritei. - Você mandou eu sair da sua vida! Você! Você é o culpado de tudo. Foi você quem mandou eu me afastar, e eu apenas obedeci. Agora você quer jogar toda a culpa em cima de mim? Quer falar que eu te abandonei? 

Nossas respirações estavam pesadas. Meu corpo estava cansado. Minha cabeça ainda doía. 

Ele se aproximou e nossos corpos quase se tocaram. Suas mãos pareciam confusas, ele não sabia onde coloca-las. Por fim, ele se jogou no sofá, com a cabeça entre as mãos.

- Desculpa. Você tem razão. Foi tudo minha culpa! 

Me sentei ao lado dele e olhei para frente.

- Pelo menos falamos tudo que estava agarrado na garganta.

Ele olhou para mim e sorriu.

- Amigos? - Ele disse enquanto estendia as mãos.

Eu olhei para elas com uma certa desconfiança, mas aceitei.

- Amigos.

Nos encostamos no sofá e ficamos em silêncio, apenas apreciando o momento.

- Olha pelo lado bom, pelo menos somos amigos. 

Ele me olhou e senti o peso do azul oceano sobre mim.

- Veja pelo lado bom, pelo menos eu tenho você.

 


Notas Finais


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