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História First Love - Não é o fim, é um recomeço.


Escrita por: allforsabrinac

Notas do Autor


Gatinhasssssssssssssss! Demorei mas voltei! Desculpem a demora, aqui anda muito corrido pra mim.
Os capítulos até a volta do Paulo vai ser bem pequeninhos, ok? Mas eu tô com um projeto alheio de escrever só sobre a vida dela em NY depois, o que acham?
Espero que goste do capítulo.
Xx

Capítulo 4 - Não é o fim, é um recomeço.


Fanfic / Fanfiction First Love - Não é o fim, é um recomeço.

 

                                  (...)

- Melina, levanta dessa cama agora! - minha mãe gritou de novo.

- Eu. Não. Quero. Sair. Daqui. Nunca. Mais. Entendeu? - Falei devagar para ver se ela finalmente percebesse que a minha vontade era ficar ali pra sempre.

- Você não pode ficar aí pra sempre, filha! Tem um mundo imenso te esperando lá fora. - Minha mãe disse enquanto se sentava do meu lado. Cobri minha cabeça com o cobertor e virei pro outro lado. - Tá, você que sabe, crie raízes aí, eu não me importo! Só pensa como você tá sendo ingrata, Melina! Quantas pessoas se matam por uma oportunidade dessa?

O silêncio foi a única resposta que eu consegui dar.

Ela se levantou e saiu em passos pesados pela porta.

Realmente, eu estava sendo um pouquinho ingrata mesmo. Mas eu não era uma dessas meninas que se matariam pra mudar de país, eu estava feliz na minha terrinha.

Cheguei a dois dias e eu só sai da cama pra comer e ir ao banheiro, ao que eu evitava muito. Não queria que o Otávio e a Sofia percebesse que eu não estava feliz. Se bem que ficar o tempo todo trancada no quarto não é um ótimo jeito de demostrar felicidade. 

Ainda não tive coragem de abrir a carta do Guto. Parece que se eu abrir tudo vai acabar, tenho medo de que é tudo fruto da minha imaginação, por isso, estou mantendo a carta quietinha debaixo do meu travesseiro.

Minha mãe já tentou ler vários vezes, mas não deixei. Ela chegou ao ponto de tentar pegar a carta enquanto eu dormi durante uns 5 minutos no voo. 

Falando em voo, ele não foi muito tranquilo. Assim que eu sentei na minha poltrona, eu chorei. Chorei como se nunca tivesse chorado na minha vida. Queria chorar até as lágrimas que tinham dentro de mim se esgotasse. A aeromoça veio perguntar se eu estava passando mal ou precisava de alguma coisa, minha mãe tentou explicar (com o péssimo) inglês dela que tava tudo bem, que eu só estava tendo um homesick antecipado. Vários passageiros tentaram me consolar, mas, quanto mais eles falavam, mais eu chorava. Minha mãe cogitou me dar um derruba cavalo, mas no final ela só me deu um calmante bem fraquinho, o que resultou nos meus cinco minutos de sono.

Quando desembarcamos e fizemos toda aquelas bobagens de esperar a mala (eu agradeci aos céus por minha mala não ser extraviada, já que eu não estava com toda a sorte do mundo), nós encontramos o Otávio e a Sofia nos esperando. Mamãe correu e se jogou nos braços do meu novo "pai" enquanto eu fiquei encarando a Sofia totalmente sem saber o que dizer. Ela era bonita, muito bonita. Na verdade, ela parecia ser mais brasileira que eu. Ela era magrinha, morena, tinha um cabelão castanho que batia na cintura e a cor da pele dele era saudável, diferente da minha que é um branco transparente. 

Acho que ela também não saia muito o que fazer, por isso se aproximou de mim e me deu um abraço que quase quebrou todos os meus ossinhos e disse:

- Hi sister, welcome to New York. - E quando me soltou, olhou pro pai dela e disse: - She is so white I I think she living here for years.

Assim, na maior cara de pau, como se eu não estivesse ali.

O Otávio olhou pra ela a repreendendo e disse:

- Sofia , you can speak Portuguese ? It will be best for them , Martha does not understand very well.

No qual ela respondeu:

- Ok, Dad. - Olhou pra mim e completou: - Desculpa, Mel. Faz bastante tempo que eu não falar português. Sorry.

E depois eu fiquei totalmente alheia as boas vindas, porque minha mãe roubou a cena como sempre.

Colocamos as nossas malas no carro e fomos conhecer o nosso bairro antes de ir pra casa.

Era calmo, bonito e tinha umas casas que eu só tinha visto em filmes. 

A Sofia deu a ideia de almoçarmos fora, mas recusei e pedi para que me deixassem em casa antes porque estava cansada e queria dormir, o que não era uma mentira. E foi assim que eu vim parar no meu (novo) quarto. Ele era azul bebê, a minha cor favorita, tinha um closet, uma cama de casal, uma escrivaninha e uma estante, o que me animou um pouco, porque eu amava livros.

E agora eu estou aqui, me recusando a sair da cama, ao menos que seja pra voltar pro Brasil.

- Mel, vamos ao shopping comprar algumas roupas. Quer ir? - Minha mãe disse aparecendo na porta.

- Não, obrigada. Tô feliz com meu pijama. - disse debaixo das cobertas.

- E o que você vai fazer quando o seu pijama estiver imundo e ter que por pra lavar, vai ficar pelada? 

- Trouxe dos pijamas, eles vão aguentar a guerra firmes e fortes.

- Eu não vou ficar insistindo, ao contrário de você, vou aproveitar a minha vida. Tenho pizza no microondas, quando você precisar sair da cama, já sabe onde está.

- Meu estômago agradece. 

Esperei que ela saísse de casa e ouvi o som do carro ligando. Contei até 100 bem devagar e desci os degraus de dois em dois pro andar debaixo. Fui correndo pra cozinha e coloquei a pizza esquentar. Eu estava morta de foma, mas não daria o braço a torcer e sairia da cama quando minha mãe tivesse em casa.

Abri a geladeira com um pouco de vergonha, e procurei por alguma coisa pra beber. Achei um restinho de refrigerante, ótima, vai servir. Coloquei num copo, peguei a pizza do microondas e coloquei tudo sobre a bancada.

Comi tão rápido que eu pensei que a minha vida dependesse disso. No último pedaço, ouvi uma voz e quase cai da cadeira com o susto.

- A melhor tática de todas. Comer enquanto eles estão fora. Já fiz isso, e se você quer saber, funcionou por dois meses. Meu pai pensou que eu ia morrer de fome, até que me pegou comendo uma torta debaixo da cama. - Sofia disse sorrindo enquanto puxava uma cadeira na minha frente e se sentava.

- Eu não tô comendo escondida. - Falei com a boca cheia. Ela arqueou uma sobrancelha pra mim como quem dissesse "não?". - Tá, eu me rendo. Eu tô comendo escondida sim, mas por favor, não conta para eles.

- Não vou contar, relaxa. Mas você acha mesmo que sua mãe vai te por no primeiro avião só porque você tá fazendo greve de fome? Oh God, Mel, eu pensava que você era mais esperta que isso. - Ela disse como se a minha ideia fosse a mais idiota do mundo.

- Olha só, você não sabe nada sobre mim e nem sobre a minha mãe, então não aja como se você fosse a minha irmã de verdade porque você não é! - Respondi com raiva. Qual é! Essa menina mal chega na minha vida e já quer sentar na janelinha? Calma aí!

- Ei, não precisa me tratar com grosseria, Melina! Eu só quero te ajudar! Eu sei pelo que você tá passando, quando minha mãe morreu e eu tive que me mudar pra cá com meu pai, eu sofri muito. God, como sofri! Eu realmente achei que seria o fim pra mim. Fiz exatamente o que você está fazendo, tratei meu pai mal, não saia do quarto, me recusava a falar com alguém, pra mim, tudo tinha acabado... - Ela disse com um olhar distante, reparei que seus olhos estavam lacrimejando. Meu Deus, como eu sou uma idiota por ter tratado ela assim! Queria ir dar um abraço nela, mas seria intimo demais, por isso só coloquei minha mão sobre a dela. Ela sorriu. - Mel, quero que você entenda que não vai ser fácil. Mas eu juro que você vai se adaptar, e no que for preciso, eu vou te ajudar! Isso não é o fim, é apenas um recomeço. 

Sorri tentando controlar meu choro novamente.

Tudo que ela disse é verdade. A minha vida não acaba aqui, é apenas o começo. E o que eu deixei pra trás, não vai ser esquecido, é um parte importante da minha história que eu vou carregar comigo pra sempre.

- Olha, eu não sou boa com as palavras como você, então só posso te dizer obrigada, Sofi, muito obrigada mesmo, de coração. - Disse me levantando. Dei a volta na mesa e dei um abraço apertado nela. Eu acho que ela não esperava, ele ficou parada por alguns segundos até me abraçar de volta.

Coloquei a louça na lava-louça e subi correndo pro quarto.

Ouvi um grito da Sofia enquanto subia a escada:

- Girl, onde você vai com tanta pressa?

- Vou atrás da minha outra vida. - Gritei em resposta.

- Boa sorte, sister! - Ela disse rindo.

Entrei no meu quarto correndo e pulei em cima da cama.

Peguei a minha carta debaixo do travesseiro. Suspirei e contei até três antes de abrir.

Dentro dele tinha uma foto minha soprando as velhinhas na minha festa de despedida com um recadinho na porta, e uma cartinha.

Sorri. Sorri porque ele era umas das partes mais bonitas da minha vida, e assim que eu pudesse, iria atrás da minha felicidade. 


Notas Finais


Comentem bastante pra eu ficar feliz!
O que acharam da Sofia e pensaram nela como?
E quem quiser entrar no grupo é só chamar.
Wpp: 33*84*33*62*60
Tt: @minhapazpaulo


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