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História First Love - Tudo está desmoronando.


Escrita por: allforsabrinac

Notas do Autor


Oi goxxxxxxtosas! Desculpem a demora, mas é que a fic flopou e isso me desanimou muito a postar. ): Eu nem sei se vou continuar mais...
Bom, espero que gostem do capítulo.
Boa leitura!
Xx

Capítulo 5 - Tudo está desmoronando.


                                              (...)

                     Duas semanas depois.

Depois daquela conversa com a Sofia, o tempo passou rápido. Eu sai do meu novo esconderijo, conversei com a minha mãe e com o Otávio, pedi desculpas por estar sendo uma babaca total e expliquei tudo que eu estava sentindo. Eles entenderam toda a confusão que estava acontecendo comigo (ou parte dela) e me prometeram que iam fazer de tudo para que eu me sentisse em casa, em outras palavras, cartão de crédito liberado.

A Sofia está sendo uma verdadeira irmã pra mim. Está do meu lado sempre, quando sai pergunta se eu quero ir e até me apresentou alguns de seus amigos. Nós saímos praticamente todos os dias desde quando a Sofia deu a ideia de "reformar" o meu quarto e o meu guarda-roupa, sendo assim, saímos sempre depois do café da manhã e voltamos quando já estava anoitecendo.

A Sofia praticamente deu um piripaque quando eu disse que eu queria comprar minhas coisas numa lojinha que era parecida com uma antiquário. Só tinha coisas antigas e muito lindinhas, bem o meu gosto mesmo. A Sofia disse que eu iria me arrepender já que eu tinha um cartão de crédito só pra mim no qual eu poderia comprar o que eu quiser. Mas eu tentei explicar para ela na maior calma possível que eu gostava de coisas usadas, todas tinham uma história e eram bem conservadas, eu me sentia importante de estar com aquele item. Já que ela viu que não teria como, desistiu de me fazer comprar em "lojas de verdade" como ela disse.

Depois do meu quarto praticamente todo arrumado, com uma estante todinha cheia de livros (o que foi a minha perdição), um tapete azuzinho todo macio, vários desenhos na parede, um abajur e vários outras coisas, resolvemos partir para parte das roupas.

Apesar de sermos bem parecidas no jeito, nossos gostos para roupas são totalmente diferentes. Enquanto a Sofia queria uma roupa que aparecesse as curvas dela, queria uma que tampasse a falta das minhas. Isso foi motivo de discussão várias vezes, e acho que  a pior delas foi quando nós estávamos numa loja pequenininha no quarteirão de casa mesmo.

Eu estava mexendo em algumas araras de calças enquanto ela via a de shorts.

- Mel, olha esse shortinho que gracinha, vai ficar ótimo para você, vamos levar!

Eu nem olhei para o short e disse:

- Não!

- Por que não? Você pode pelo menos olhar para ele?

- Não. - Disse enquanto continua mexendo nas calças.

- Olha só, Melina, não que eu esteja reclamando nem nada, mas eu vim aqui na maior boa vontade com você e você mau olha para as coisas que eu te mostro, that bag!

- Você sabe o caminho da sua casa, não sabe? - Disse e logo depois já me arrependi, eu estava sendo uma estúpida. 

Antes que eu tivesse a chance de consertar, ela respondeu:

- Não sei se você percebeu, mas é a NOSSA casa agora, entendeu? Você mora aqui agora, não no Brasil. Então, vê se para de ser ignorante comigo porque eu não estou fazendo nada demais, tá ouvindo?

Fiquei calada porque eu sabia que estava errada.

- Ok, Sofia. I'm sorry, okay? - Disse em inglês.

Minha mãe pediu para que a Sofia começasse a conversar comigo em inglês para eu começar a treinar para quando as aulas começassem. Eu não gostei da ideia nem um pouquinho, pra falar a verdade. Ah, qual é, até a minha língua nativa eles queriam tirar de mim?

- Agora será que você pode olhar para esse shortinho maravilhoso? - Ela disse numa nova tentativa.

Resolvi pegar o shorts só para ela esquecer disso. Até que ele era bonitinho. Era rasgado e cheio de taxinha, então resolvi levar.

                                                                 (...)

- Mel?

- Hum? - Respondi ainda olhando para a televisão.

- Faz mais pipoca pra gente, por favor? - Sofia disse naquela vozinha de criança que faz quando quer alguma coisa.

Estamos assistindo A Múmia, um dos meus filmes preferidos jogadas na minha cama.

- Ah não, Sofi. Tá na minha parte preferida, por favor. - Respondo sem tirar os olhos da televisão.

- Quem é a minha sweet little child? Quem é a minha irmã preferida? - Ela falou enquanto me cutucava.

- Fuck! Você me fez perder a minha cena favorita no filme inteiro e eu sou sua única irmã. - Olhei para ela tentando fazer cara de brava.

- Já que você perdeu a sua cena preferida, será que agora pode fazer mais pipoca pra gente? - Ela falou fazendo aqueles olhinhos do gato do Shrek. O telefone começou a tocar lá em baixo. - Aproveita e atende o telefone, deve ser sua mãe para saber se eu ainda não te joguei pela janela.

Mostrei língua pra ela enquanto descia da cama. Desci correndo as escadas para poder atender o telefone.

Quando o peguei do gancho ele ficou mudo. Ótimo, a pessoa resolve ligar mas não tem paciência pra esperar atender, típico da minha mãe.

Resolvi largar o telefone de lado e colocar a pipoca no microondas.

Enquanto esperava os milhos começarem a explodir, o telefone tocou de novo.

- Hello? - Disse pronta pra ouvir uma bronca por não ter atendido na primeira vez.

- Hello? Hum, Marta? - Congelei. Fazia tempo que eu não ouvia aquela voz, e agora é como se eu fosse jogada na realidade.

- Oi, tia Rosângela, sou eu. - Disse com uma nó enorme na garganta.

- Ah, então a nossa mocinha está bem, pensei que você tivesse sido sequestrada. - Dei uma risadinha sem graça em troca.

Ficamos em silêncio.

- Mamãe, com quem você está falando? - Ouvi a voz de fundo. Aquela voz. A minha voz preferida em todo o mundo. Fechei os meus olhos com força porque se fosse um pesadelo, eu queria acordar.

- Hum, com a Mel, meu amor. - Tia Rosângela respondeu com um certo nervosismo na voz.

Ouvi alguns barulhos no telefone e depois ele.

- Oi, você sumiu. Tá tudo bem?

- Oi... hum, tá sim e com você? - Puta que pariu, que situação mais constragedora. 

Eu ainda não tinha entrado em nenhuma rede social e muito menos respondido a cartinha dele. Tinha prometido a mim mesmo que eu iria resolver a minha vida aqui, depois resolveria a minha vida lá.

Agora eu estou aqui, no meio desse campo minado sem saber o que falar e muito menos agir. O Guto também parecia estar na mesma situação, mas ele foi direto ao ponto.

- Melina, tá tudo bem entre a gente?

- Claro, por que não estaria? - Falei dando uma risadinha.

- Você leu a minha carta?

- Li...

Silêncio.

- Por que você não me respondeu? Eu estava louco atrás de você! Deixei vários recados em vários lugares! Você se esqueceu que tem amigos aqui? Porque as suas amigas me perguntam todos os dias sobre você!

Ai não..

- Não é nada disso! É que as coisas estão bem difíceis aqui, eu tô tentando me estabilizar, me enturmar...

- Ah, então é isso. Você quer se enturmar? Beleza Mel! - Ela falou me interrompendo.

- Para Guto, não é nada disso! - Comecei a guagueijar já com lágrimas nos olhos.

- Para de me chamar assim, eu odeio. Quer saber? Vê se me esquece, Melina! - Ele falou praticamente gritando.

- Não, Paulo... Por favor. - Comecei a entrar em desespero enquanto chorava.

De repente eu ouvi um "Bum" e vi que a pipoca tinha estourado no microondas. Em dois segundos a Sofia estava do meu lado com cara de assustada. 

Ela viu que eu estava chorando e perguntou: 

- What is going on? Aconteceu alguma coisa com sua mãe ou com meu pai? Me responde Melina, por favor.

- Paulo? - Falei entre soluções. - Por favor, fala comigo.

- O que você quer? - Percebi que a voz dele saiu engasgada.

- Fala comigo, por favor. Me... me desculpa, Guto...

- Eu já falei pra você parar de me chamar assim, você não tem mais esse direito. Tchau, Melina!

Tudo ficou em silêncio e eu pude ouvir um barulho de porta batendo.

- Mel, é melhor você deixar ele.

- Tia.. Por favor, não. Eu amo o Guto!

- Se você realmente o ama, por favor, esquece ele. Ele já sofreu demais. Se cuida.

E desligou.

Deslizei até o chão e apoiei a cabeça na parede.

Sofia sentou do meu lado depois de desligar o microondas e me puxou pro colo dela.

- Não chora, meu amor...

Me agarrei nela com toda a força e continuei a chorar.

O meu mundo estava desmoronando e o único que podia me ajudar, me deixou assim.


Notas Finais


O que acharam? Comentem MUITO e me ajudem a divulgar, por favor!
Amo vocês.
Wpp: 33*84*33*62*60
Tt: @minhapazpaulo


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