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História First Love - Em busca dos sonhos.


Escrita por: allforsabrinac

Notas do Autor


Ei, minhas goxxxxxxxxxxtosas! Desculpe a demora para postar, mas é que realmente as coisas estavam complicadas para mim.
Espero que gostem e muito! Fiz com muito carinho!
Xx

Capítulo 6 - Em busca dos sonhos.


Burro. Essa é a única palavra que pode me definir.

Como eu fui capaz de dizer aquelas coisas horríveis pra Melina?

Me levantei da cama num pulo e soquei a porta do meu guarda- roupa.

- Burro! Burro! Burro! Burro! - Falei para mim mesmo enquanto colava minha testa na madeira a minha frente.

Ouvi batidas na porta e meu pai colocou a cabeça para dentro.

- Posso entrar? - Sua voz saiu como se ele estivesse com medo da minha reação e se preparando pro pior.

- Já entrou. - Respondi enquanto sentava de volta na minha cama.

Peguei meu violão e comecei a dedilhar enquanto murmurrava algo inaudível.

Meu pai se sentou na minha frente e ficou me encarando. Normalmente eu não gosto de que me vejam se quer tocar no meu violão, quem dirá tocar. Tudo bem que eu não estava literalmente tocando, mas mesmo assim. Sempre achei muito íntimo, como se eu estivesse pelado no meio de um monte de gente, por isso, tocava sempre sozinho no meu quarto. O violão e eu é só uma coisa minha, um segredo que eu queria que fosse só meu; porque parecia que se alguém descobrisse, toda aquela magia acabaria. Mas com meu pai era diferente, ele me apoiava e acima de tudo, acreditava em mim, nos meus sonhos. Por isso, eu não me importava de tocar na frente dele.

- Paulo... - Ele começou com uma voz arrastada. Continuei a dedilhar o violão. - Eu realmente não sei sobre os sentimentos que você tem pela Melina, eu tinha percebido alguma coisa no seu olhar quando vocês estavam juntos, mas isso foi a muito tempo, você ainda era um pirralho... Mas, você cresceu e parece que aprendeu muito bem esconder seus sentimentos... - Dei uma risadinha sarcástica. - Filho, presta atenção no seu velho! Sei que o que eu vou dizer parece bobagem, mas acredite em mim, eu já vivi muito e sei do que eu estou dizendo: você é muito novo ainda, está começando sua vida agora... Já é praticamente um homem formado! Olha pra você, eu ainda não consigo acreditar no quão rápido você cresceu e se tornou o meu orgulho. - A voz do meu pai estava carregada de saudade. - E a Melina... bom, ela é praticamente uma criança ainda. Vocês dois ainda tem muito o que viver, se descobrir... Vocês ainda vão conhecer várias outras pessoas, vão se interessar por cheiros, por sorrisos diferentes... Paulo, a Mel tá praticamente do outro lado do mundo e as coisas não vão ser fáceis pra ela. Imagina só, uma menininha do interior numa cidade grande daquelas, ela vai precisar ser forte e ter muito força pra não querer voltar pra cá e deixar a Marta sozinha lá...

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

Eu sabia o que ele queria me dizer, sabia que seria o certo a fazer, que seria o melhor para nós dois, mas eu não queria.

- Paulo Augusto, eu sempre te achei uma pessoa muito madura pra sua idade, sabe? Claro que às vezes tem lá os seus surtos, mas, quem é que não tem? Eu sei que você vai compreender o que vou te pedir, até porque é para o seu bem, você entende, não é? - Balancei a cabeça em confirmação. Parecia que um nó enorme tinha se formado na minha garganta. - Eu acho melhor você tentar esquece-lá, vai ser melhor para vocês dois, pelo menos por enquanto. Quem sabe quando vocês tiverem maior, com mais juízo, decidem o que querem para os dois, você pode até ir atrás dela daqui uns anos, ou ela voltar, mas por ora, eu te faço esse pedido e estou mandando que vocês se afastem. Entendi?

Fiquei em silêncio de novo e olhei para ele.

- Você tem razão, pai. A Mel merece ser feliz, e comigo no pé dela só vai piorar as coisas. Eu... eu vou me afastar dela, vai ser melhor para nós dois. 

Meu pai passou a mão nos meus cabelos bagunçando eles um pouco. 

- É isso aí filhão!

 Ele disse se levantando e antes de sumir pela porta, ele me chamou de novo:

- Paulo?

- Hum?

- O futuro à Deus pertence, e o destino pode trazer coisas maravilhosas para você, como coisas que você pode não gostar também, esteja preparado.

E saiu me deixando perdido em meio aos meus pensamentos.

 

                                                          (...)

                    Três anos depois.

- Paulo, tem certeza que você não esqueceu de nada, meu filho? - A voz da minha mãe ecoou pela casa.

Absoluta dona Rosângela. - Disse enquanto pegava minha mochila e o violão.

Minhas malas estavam no carro desde cedo. Eu já estava preparado para o que viesse. Eu já tinha tomado essa decisão a um bom tempo.

Dei a última olhado no meu quarto e fechei a porta.

Coloquei com cuidado meu violão no colo do João que estava no banco de trás. Me sentei do lado dele e coloquei minha mochila no espaço vazio. Meus pais entraram no carro e deram a partida. 

Fazia tempo que eu tinha tomado essa decisão na minha vida.

Não era uma decisão fácil. Eu teria que abandonar a minha família, a minha cidade natal, os meus amigos... Tudo por um único sonho. O meu sonho! Sonho que eu demorei a aceitar na minha vida, para falar a verdade.

Minha mãe não estava lidando muito bem com isso, estava chorando desde o inicio da semana.

João andava bem calado, para um menino que sempre foi sempre hiperativo. Acho que o maior medo dele é que eu o deixasse, o que era uma grande mentira. Nunca iria abandonar o meu caçula, nem que se eu fosse pra Lua. 

O meu pai era o único que estava me apoiando nessa ideia maluca. Minha mãe também estava, mas cara, não é fácil pra uma mãe deixar o filho sair de debaixo das asas, né?

Eu só espero que tudo dê certo.

                                                             (...)

A viajem até o aeroporto foi tranquila, apesar de ter implorado pra vir de ônibus, para evitar exatamente o que estava acontecendo.

- Mãe, para de chorar, por favor! - Eu falei enquanto minha mãe praticamente me deixava sem ar em um dos mil abraços que ela já me deu.

- Me promete que vai me ligar quando chegar lá. E quando sentir medo, e fome...

- Mãe, mãe, para! Olha pra mim, eu já sou bem grandinho pra isso, não acha? Eu já tenho 18 anos, dona Rosângela.

Em resposta ganhei um belo de um tapa no braço. 

Meu pai riu da reação da minha mãe.

- Não importa, Paulo! Você pode ter 80 anos que sempre vai ser o meu filhinho. Agora, promete pra mim! Promete que vai ligar todos os dias.

- Prometo, eu prometo! Agora para de chorar.

- Amor, será que eu posso me despedir do filho que eu ajudei a fazer também? - Meu pai perguntou em tom de deboche.

- Não!

- Mãe! - A repreendi.

- Tudo bem, tudo bem. - Ela disse se afastando.

Meu pai me deu apenas um abraço forte.

João ainda estava amuadinho, mas quando eu o puxei pra um abraço, ele começou a chorar. 

- Ei, ei. Olha pra mim. Vou deixar uma grande responsabilidade pra você agora. Quero que você cuide da mamãe e do papai, ok? Agora você é o homem da casa. 

Se despedir do João não foi fácil, me cortou o coração, mas era necessário.

Quando eu fui para fila do meu voo, meu pai me puxou e disse:

- Me promete uma coisa...

- Já sei, vou ligar todos os dias.

- Não. Prometa ser feliz e fazer esse sonho valer a pena.

E foi com essas palavras que fui em busca da minha felicidade. 


Notas Finais


Eu tive adiantar a história por uns motivos que será óbvio nos próximos capítulos.
E aí, palpites pra onde o Paulo vai? Hum hum?
Comentem bastante para eu postar mais e mais.
Quem quiser entrar no grupo da fanfic é só deixar o número aí ou me chamar no whatsapp ou twitter.
Tt: @minhapazpaulo
Wpp: 33*84*33*62*60


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