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História First Love - Encontros e desencontros da vida.


Escrita por: allforsabrinac

Notas do Autor


Oi minhas goxxxtosas!
desculpa a demora para postar, mas como estamos no meio de uma votação, não queria parar para escrever e, também estou com meu emocional abalado. Me apeguei muito ao Caíque ultimamente e não queria escrever para não mudar o rumo da história
espero que gostem!
amo vocês

Capítulo 9 - Encontros e desencontros da vida.


Eu mau consegui dormir. Depois que acordei no meio da noite, foi impossível pregar os olhos novamente.

O que na verdade foi um grande erro. Fiquei atenta em tudo que tinha dentro do quarto. 

Os livros dele, o guarda-roupa com algumas peças de roupa ainda, os quadros de fotos, o cheiro...

Não sei o porquê dele não estar aqui e muito menos para onde ele foi. A tia Rosângela não falou nada, e eu também não fiz questão de perguntar. Eu fiz uma promessa a muito tempo para mim mesma e iria prosseguir com ela até o fim.

"Se você realmente o ama, por favor, esquece ele. Ele já sofreu demais." Não foi fácil ouvir aquelas palavras, muito menos por em prática. Depois daquele dia eu não tive contato nenhum com ele. Não falávamos sobre ele, não falávamos o nome dele, não fazíamos nada que me lembrava a ele, seria melhor assim. E foi. E quando a minha mãe veio visitar os meus avos e eu neguei até o fim para não vir com ela, ele não perguntou sobre mim e, se perguntou minha mãe achou melhor que eu não soubesse. 

Olhei para a janela e o vi a luz do céu mudar. Ele ganhava um tom de amarelo e laranja, a escuridão ia para a luz ganhar o seu lugar. 

Me levantei devagar para não fazer barulho e comecei a juntar as minhas coisas.

Pego a roupa que eu estava usando ontem quando encontrei o João; calça jeans e uma blusa de manga comprida; e me visto tentando fazer o máximo de silêncio.

Pego o meu celular em cima da mesinha e confiro as horas. 05:39.

Levanto ou não? Espero ou não espero?

Decido que esperar é a melhor opção, afinal, eles me receberam de braços abertos quando eu não tinha um lugar para ficar. Tá, tinha os hotéis, mas é bom que eu economizei mais dinheiro. Tenho que me despedir.

Olho para escrivaninha na minha frente e meu coração dá bate mais forte e meu estômago embrulha.

Sou eu. Somos nós. Lembro de quando tiramos essa foto. O tio Paulo levou a gente para o sítio e ele quis me ensinar a andar de bicicleta. Eu fiquei com medo, neguei até o fim e disse que não faria. Mas, com apenas um "confia em mim", eu baixei minha guarda e fui. Fiquei com bastante medo, mas eu consegui. Ficamos o dia todo andando de bicicleta até que o tio Paulo levou a gente para fazer trilha. 

Tia Rosângela bateu essa foto antes de eu me esborrachar no chão e rasgar meu joelho. Levei sete pontos.

Meus olhos começam a arder e sinto que vou começar a chorar a qualquer momento.

Foram momentos tão bons, tantas risadas...

Chega, Melina! Para! Ele não faz parte da sua vida mais. 

Pego a minha bolsa e minha mala e saio do quarto.

Se os costumes da casa não mudaram, a tia Rosângela já está de pé para preparar o café da manhã.

Largo minha mala na sala e vou para cozinha.

Bingo! Ela está de costas para mim e parece bater uma massa de bolo numa tigela. 

- Bom dia - Falo baixinho.

Ela se vira e me encara com um sorriso no rosto.

- Bom dia, Mel! Tudo bem? Conseguiu dormir direitinho? - Ela pergunta.

- Uhum - Minto e procuro mudar logo de assunto. - Que isso?

- Bolo de cenoura! - Ela responde alegremente. 

- Com cobertura de chocolate? - Pergunto animada.

- Mas é claro! É o preferido de vocês! 

Vocês? Como assim?

Pela cara que ela fez, ela falou alguma coisa que não devia, por isso mudou logo de assunto.

- Por que de pé tão cedo?

- Hum, eu quero chegar logo no aeroporto para não correr o risco de perder meu voo.

Ela junta as sobrancelhas como se estivesse confusa e quase deixa a tigela cair quando se dá conta do que eu falei.

- Mas já? Eu pensei que você iria só de noite, ou amanhã! Melina, você não pode ir... Quer dizer, você acabou de chegar. 

- Desculpa tia, meu voo sai hoje cedo e não posso trocar. Sinto muito. - Digo dando de ombros. Quero sair daqui o mais rápido que posso.

Dou a volta no balcão da cozinha e dou um abraço desajeitado nela.

- Muito, muito obrigada mesmo, viu? Eu nem sei o que faria se não fossem vocês - mentira, faço sim. - Obrigada por me receber, foi muito importante para mim! Dá um beijo no João por mim?

- Claro, dou sim. - Ela me olha com cara de decepção. Tenho vontade de me enterrar num buraco quando ela me olha assim. Para Mel, você já é uma mulher; não pode ter medo de uma olhadinha assim.

Pego meu celular e ligo para o táxi que vai me levar ao aeroporto enquanto pego as minhas malas. Quando chego na porta dou um tchauzinho sem graça e fecho a mesma atrás de mim. 

Respiro fundo, aliviada. 

Não sabia que poderia viver tantas emoções em apenas alguns dias desde que sai de Nova York.

Vou para o quintal e me despeço do Bob. Sinto a falta dele, mesmo depois de tanto tempo. 

Ouço uma buzina e corro para frente da casa. Meu táxi!

O motorista me ajuda a colocar as malas no carro e em seguida me acomodo dentro dele. 

Olho para a casa do meu lado e sinto um vazio estranho e uma sensação de que ainda não acabou.

 

                                                         (...)

Sinto um friozinho normal na barriga quando o avião aterrissa. 

Depois de todos os procedimentos já feitos vou pegar a mala e manda uma mensagem para a Tabatha que combinou de me pegar no aeroporto assim que eu chegasse. 

"Já cheguei! Vou esperar você chegar. Trinta minutos, mais ou menos?"

A resposta não demora muito para chegar.

"Já estou aqui! ;) Mal posso esperar para te ver, gatinha! Saudades saudades saudades!"

Respondo na mesma hora.

"Como assim? Você não sabia a hora que eu ia chegar!"

"Anda logo, o Na e um amigo estão ansiosos para te conhecer. Onde você está?"

Antes mesmo que eu possa mandar uma outra mensagem em resposta, aquela manda outra.

"Vou te esperar na saída"

Reviro os olhos e dou uma risadinha.

Pego a minha mala e caminho rápido para a saída.

Meu estômago ronca e eu percebo que estou com fome. Aquele café da manhã que deram no avião no matou a minha fome, e ainda por cima tinha gosto de borracha.

Mau chego até a saída e já ouço a risada contagiante da Tabatha.

Chego de fininho por trás dela e pergunto. 

- Posso saber o motivo da risada?

Ela se vira e quando me vê dá um gritinho e joga os braços em volta de mim num abraço apertado.

Respondo o seu abraço com um quê de urgência. 

Incrível como nós nos damos conta da saudade que sentíamos por conta de um abraço.

- Eu tava com tanta, tanta, tanta saudade de você! - Ela diz me soltando.

- Nossa, ela mal chegou e já fui trocado, não acredito nisso! - Um dos meninos fala.

E pela primeira vez me dou conta que não estamos sozinha. O Nathan, o namorado da Tatá também veio. Ele era beeeem bonito, para falar a verdade, e o sorriso dele é uma gracinha. Ele parece ter acabado de acordar, porque o cabelo dele tava bagunçadinho.

Ao lado dele estava um menino alto, branquinho, cheio de tatuagem e com o cabelo branco. Era para eu achar estranho, mas na verdade eu gostei, combinou com ele. 

Eu devia estar olhando demais, porque ele deu um sorrisinho de canto no qual mostrou suas duas covinhas. 

- Mel, esse aqui é o Na, que você já conhece e esse aqui é o...

- Gamei em você, prazer. - O garoto de cabelo branco falou interrompendo a Tabatha.

- Hãn? - Perguntei confusa soltando uma risadinha. 

- Quer dizer, Caíque Gama, prazer. - Ele respondeu ficando vermelho, mas não tirou o sorriso do rosto. 

- Esse é o bobão do quarteto. - A Tatá completou rindo.

- Prazer, Melina Medina. - Respondi dando um beijinho na bochecha do Caíque e logo depois no do Nathan.

- Como vocês chegaram aqui tão rápido? - Perguntei olhando para a Tabatha.

- Nós viemos trazer um amigo aqui, na verdade, de novo né. Ele tentou viajar ontem, mas não tinha voo. Por pouco vocês não se conheciam, ele acabou de viajar. - Ela respondeu enquanto íamos para o estacionamento. - Era disso que eu tava rindo. Esse nosso amigo foi visitar a família, porque acho que uma prima caiu de paraquedas na casa dele, algo assim, e o Nathan falou "Imagina se fosse a Mel essa menina."

Dei uma risada.

Os três me encaram, depois olhando entre si e falaram "Não", enquanto ria.

- Eu só fico com pena dessa prima dele, já que o cão de guarda foi atrás.

- Amor, não fala assim dela, ela é namorada dele. - O Nathan disse enquanto colocava minha mala no porta-malas.

- Ex, ex-namorada! Só que eu acho que aquele cão ainda não percebeu que não existe mais relação.

Entrei no banco de passageiros junto com o Caíque atenta a tudo que acontecia nesse ambiente.

O Caíque vez o outra dava uma opinião, e já deu para perceber que ele é bem legal. Sei que vamos nos dá bem.

- Por que seu namorado não veio, Mel? - Nathan perguntou enquanto dirigia.

- Porque eu não tenho namorado mais. 

- Mentira! - A Tabatha gritou virando para trás. - Vocês terminaram mesmo?

- Aham... Ele era a pessoa certa.

- Então já que tá na area deixa comigo que vou te apresentar a noitada de São Paulo! - Caíque brincou enquanto passava o braço por trás de mim.

- Cuidado, Ique. Não magooa minha menina que eu arranco seu pau. - Todos rimos, menos o Caíque, ele parece que ficou com medo da ameaça. - Tô brincando, ela é toda sua!

- Sua? Por acaso eu estou a leilão e não sabia? - Perguntei brincando.

- Preparada? - O Caíque perguntou.

- Pra que? 

- Pra viver no nosso mundo a partir de agora.

Dei um sorriso em resposta.

Eu já estava mais que preparada para o que der e vier. 

 

 


Notas Finais


E aí, o que acharam?
Quem quiser entrar no grupo do whatsapp, me chama aqui 33*84*33*62*60 ou no twitter @minhapazpaulo


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