História ▪first mistake▪nate maloley - One

"Você não tem que ter medo." ele disse soltando a fumaça enquanto se sentava na beira do terraço, se inclinando pra frente, ele observava os carros que passavam na rua sem nenhum medo de cair dali "Vem logo, Kelsey. Você não vai cair." ele disse apagando o cigarro e jogando pra baixo
"Eu tenho medo, Nathan." eu disse ainda numa distância segura, sempre tive medo de altura, o garoto inventa de vir pra cima do prédio e a culpa é minha?
"Confia em mim e para de palhaçada!" ele disse rindo fraco, respirei fundo e fui até a beira, segurei sua mão com força e me sentei, ouvi uma risada dele e fechei os olhos. "Assim não, abre os olhos!" a voz dele soou com um tom de deboche.
"Eu ja disse que tenho medo, Nate." eu disse quase que num sussurro.
"Olha essa vista! Quando ver vai perder esse medo estúpido em um segundo!" ele disse com segurança, ousei abrir os olhos. Mais uma vez, fui estúpida. Ver o quão alto era aquela merda só me deixou mais nervosa.
"Nate, vamos descer." eu disse levantando, ele me puxou pra baixo, depois de uns segundos incrédula soltei a respiração que nem percebi que havia prendido. "Você é louco?" eu disse com a voz falha.
"Sente essa merda comigo!" ele disse botando a mão na minha coxa. "Medos foram feitos pra serem superados."
"Não, medos foram feitos pra nos proteger, esclarecer os nossos limites." eu rebati.
"Eu sempre supero os meus próprios limites." ele rebateu novamente.
"Não tem medo de nada?" perguntei séria.
"Da minha mãe." ele brincou e eu ri.
"Ah sim, por que a Kami é muito mais perigosa do que cair daqui!" revirei os olhos e levantei, ele levantou também e veio atrás de mim.
"Com certeza, ja viu ela braba?" ele riu e abriu o portão pra mim.


{...}


-As coisas ja estão arrumadas? Nós vamos pra casa do Sammy amanhã! -eu gritei pro Christian e esbarrei com a pestinha que corria com meu sutiã pela casa- Anda, Valerie! Volta aqui! -disse correndo atrás da mesma- Se as coisas não estiverem arrumadas nós não vamos pra casa do titio Sammy. -eu disse após uns minutos correndo atrás da peste, parei de correr e me apoiei no meu joelho, minha respiração estava ofegante.-
-Tio Sammy! -ela gritou e correu até mim- Ele ainda está com a tia Stassie? -ela perguntou pulando-
-Está sim, princesa. -eu disse sentando e puxando ela pra sentar comigo-
-Eba! -ela levantou em um pulo e começou a fazer uma dança estranha-
-Eba o que? -Lola perguntou esfregando os olhos, suas tranças estavam meio soltas por ter acabado de acordar.-
-O tio Sammy ainda está com a tia Stassie. -Valerie disse sentando no sofá, Lola veio sentar junto.-
-E desde quando o Sammy fica por tanto tempo assim com alguém?-Lola perguntou e eu ri fraco-
-Eles se amam! -Valerie seu língua e a nossa querida e educada Lola, que só anda com boas influências, seu dedo do meio, a repreendi com o olhar e ela revirou os olhos.-

[...]


-Querida? -senti mãos me puxaram pela cintura, a respiração do Chris no meu pescoço causou-me arrepios.- Temos que sair daqui a uma hora, ja arrumou tudo?
-Ja sim, só tenho que conferir com o Samuel se ele vai mesmo nos buscar, sabe como ele é né? -eu disse e nós rimos fraco, ele assentiu e saiu do quarto, abri a gaveta e peguei um álbum de fotos.
Tinham fotos minhas com o Sammy quando éramos adolescentes, fotos nossas com o Dillon, Nash, Jacks, -ah, que saudade dos Jacks!- Cameron e... ele. Que saudades dele, do seu sorriso, do seu cheiro, dos seus olhos azuis que eu achei que eram castanhos por dois anos, das suas covinhas, do seu jeito, de tudo! Que saudades do Nate...
Despertei-me dos pensamentos com os gritos roucos da Lola.