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História First things first - Semana "calma"


Escrita por: Lehmay

Notas do Autor


enjoy it ;)

Capítulo 7 - Semana "calma"


- Ok, garotinha. – Skye disse com um leve aborrecimento na voz, estendeu o braço e o Thomas por instinto pegou a bolsa que ela havia largado, antes que atingisse o chão. Skye não estava nada feliz com as atitudes da amiga, ela era muito desesperada e paranoica e isso ia ter um fim agora. – Você vai deixar um cara qualquer estragar seu segundo ano na universidade dos seus sonhos?

Maya se encolheu no sofá ouvindo a pergunta retorica, encostando suas costas ao estofado macio e que trazia muito mais segurança que a amiga na sua frente em um acesso. Skye não parou por aí.

- Desde quando você deixa alguém te impedir de fazer alguma coisa? Ainda mais um homem!?

Thomas se encontrava parado, longe o bastante de Skye que ela não pudesse o atacar pelo simples fato dele ser uma pessoa do gênero masculino naquele momento, um pouco assustado com o discurso extremamente extremista de Skye.

- Joana D’arc não morreu em vão, minha amiga! – Skye apontou para a amiga.

- Ahmm-

- ZIP- Skye cortou o garoto que fechou a boca rapidamente, aquele olhar lembrava o do O Motoqueiro Fantasma, nada bom.

- As coisas estão chegando a um nível perigoso, muito rápido. – Thomas murmurou preocupado.

Maya continuava a encarar sua melhor amiga desembestar a falar e ela odiava admitir que Skye estivesse certa, desde quando ela deixava garotos/homens e qualquer outra pessoa por assim dizer a atingirem dessa maneira, não, ela não lutou em casa por sua liberdade – apesar de sua mãe ter sido a mais relutante, derramando lágrimas a cada conquista independente que ela tinha, seu pai estava muito orgulhoso da filha que criava. - para agir desta maneira.

Depois de o discurso chegar ao fim Skye aproximou-se de Thomas, que instintivamente dera um passo para o lado se afastando dela, com um enorme sorriso como uma criança.

- Você sabe que Joana Darc não morreu por ser uma mulher na guerra, certo? – Thomas perguntou.

- Meros detalhes, meu caro amigo, meros detalhes. – Skye disse dando leves batidas no ombro do garoto logo cruzando os braços sob o peito. Thomas arfou com o que ela disse, indignado.

- Como você sobreviveu à escola? – Thomas falou incrédulo balançando a cabeça vendo Skye se afastar se sentando ao lado de Maya com um pote de pipoca em mãos. E todo o episódio sumindo no ar como se nunca tivesse existido. Ele não viu Maya responder aquilo.

Mais uma manhã com a nova rotina instalada e Maya já não achava tão ruim assim, começava a gostar de se exercitar nas manhãs, só não tinha certeza se continuaria a gostar quando seu estágio começasse na próxima semana. Maya não foi para o prédio principal junto de Skye, o projeto do ano havia começado com diversos problemas e ela como encarregada chefe tinha que socorrer todos e tudo.

Maya se deliciava com sua bebida quente caminhando para o campus, sem preocupações pela primeira vez naquele começo de semana agitado, nem sinal de Connor nos dois dias passados, as coisas estavam maravilhosas, ele parecia nem existir, o trágico primeiro beijo nem passando por sua mente. Até alguém lhe assustar.

- Sério, Thomas?! – Maya exclamou pronta para meter a mão na cara do garoto que ria, mas logo parou vendo o olhar dela.

- É só um sustinho. – Ele deu de ombros.

- Eu não reclamaria em outra situação, mas nessa, não faça isso. – Maya falou apontando para o garoto não gostando nem um pouco da brincadeira sem graça.

- O que aconteceu com todo o discurso?

- Ah pode ter certeza de que não esqueci. – Maya falou com um tom sarcástico. – Ele só não foi posto em prática ainda.

Seus instintos ainda levavam o melhor dela a deixando em alerta todo instante, mas ela estava decidida a enfrentar Connor se ele a encontrasse  -o que ela esperava que não, já que, o campus era enorme, várias pessoas, porque ele a encontraria?-  ela ainda se sentia meio doida com esse negocio de alerta, coisa que não estava até Thomas dar uma de engraçadinho e perturbar sua paz superficial. Ela e Thomas caminharam juntos pelo Campus, tendo suas aulas no mesmo prédio naquela manhã.

Assim que puseram seus pés no saguão viram Skye com três pranchetas em mãos, próxima a uma mesa com um Banner pendurado acima, que haviam montado para as inscrições serem feitas, quando Skye os enxergou começou a balançar as pranchetas no ar, chamando a atenção deles.

- Pensei que vocês fossem me largar sozinha! – Skye disse quando se aproximaram o bastante para serem ouvidos no tom normal.

- Como se você fosse deixar! – Thomas disse. Skye o encarou feio, sorrindo falsamente empurrando com força demais a prancheta no peito do garoto, que fez uma careta de dor. Maya só balançara a cabeça com a implicância dos dois.

Ela pegou a prancheta que lhe fora entregue mais gentilmente e começou a preencher os espaços em branco com suas informações acabou em poucos segundos e entregou para Hayley, umas das integrantes do grêmio estudantil.

- Na sexta- feira, por volta das 7hrs da manhã passem aqui para pegar as pulseiras, certo?

 Hayley avisou os três e entregou um papel que continha seus nomes e um número, que Skye guardou se encarregando de pegar no dia, nem Maya nem Thomas se opuseram a isso. Depois da tarefa feita eles caminhavam para suas salas quando Skye avistou no mar de universitários caminhando para suas salas uma cabeça vermelha e ela soube exatamente quem era.

- Me escondam. – Skye sussurrou meio estrangulado ficando atrás dos dois, os puxando junto e andando, Thomas e Maya com caretas e andando desconfortavelmente de como Skye os segurava.

- De quem? – Maya perguntou procurando alguém que fosse ameaçador o bastante para fazer Skye se esconder assim. – Ei, sou eu que preciso de “proteção”!

Maya retrucou tentando se virar, já que Skye segurava sua blusa que a impedia de realmente se virar.

- Isla! – Skye sussurrou levantando a cabeça apenas o bastante para poder ter uma visão do corredor.

- Por mais que eu adoraria te ajudar, eu tenho que ir pra aula. – Thomas falou lutando com a mão de aço de Skye, lá se vai uma de suas únicas blusas novas e limpas. Skye os largou relutante, Maya lhe lançou um sorriso lhe assegurando que ela iria sobreviver, se ela mesma estava sobrevivendo ela também iria, então antes de deixar a garota, disse.

- Se lembre da Joana D’arc.

Maya riu vendo a careta de Skye e seguiu para sua sala, deixando a amiga para enfrentar seus próprios problemas.

----

O resto da semana se passou rápido – isso claro, para todos, menos para Maya – que até o dia da viagem sentia que alguém atrasava seu relógio uma hora, para cada minuto que se passava.

Para ela na verdade a semana não poderia ter sido pior, no mesmo dia em que Skye avistou Isla no corredor, Connor também acho um ótimo jeito de ser lembrado por ela. Maya assistia sua última aula do dia, contente e sem preocupações, até baterem a porta e dois garotos entrarem na sala e ela teve um mau pressentimento.

Um dos garotos segurava um enorme buque de todos os tipos de flores, mal se via a cabeça dele, já o outro garoto vestido de Shakespeare, fazia seu estômago se revirar, e ela rezava para não ter nada a ver com ela, mesmo no fundo sabendo que tinha tudo a ver com ela.

A sala composta por 40 pessoas olhava para os dois ansiosos, Maya se encolhia na cadeira, no centro da sala ao lado de dois colegas, que olhavam a cena expectativos. Maya quase choramingava, desejando ter a habilidade de se camuflar como um camaleão. Deveria ter ficado em casa, deveria não ter ido na ladainha de Skye.

O garoto que segurava o enorme buque se esticou para o Sr. Matteo que ouviu o garoto com o cenho franzido e apontou para Maya, que naquele instante nunca desejou tanto ser invisível, ela se sentia mortificada e envergonhada, mas seus colegas achavam fofo e agora se sentiam mais ansiosos para ouvir o que o garoto da turma de Drama estava ali para falar.

O buque foi entregue em suas mãos, seu sorriso desconcertado e embaraçoso, o garoto lhe franziu o rosto sentindo por ela. Se ele estava se sentindo assim, como ela estava se sentindo? Esperando Deus a puxar pela mão, talvez. Ela queria chorar e se agarrar a ele pedindo aos prantos para ser levada de lá. Mas se manteve firme e forte, lembrando das palavras de Skye, não iria dar esse prazer a Connor, não se desmereceria dessa maneira, jamais. Respirou fundo e se preparou para o que fosse vir. Com uma encenação para lá de ruim, a cópia de Shakespeare começou.

Não tem olhos solares, meu amor;

Mais rubro que seus lábios é o coral;

 Se neve é branca, é escura a sua cor;

 E a cabeleira ao arame é igual.

 Vermelha e branca é a rosa adamascada

 Mas tal rosa sua face não iguala;

 E há fragrância bem mais delicada

 Do que a do ar que minha amante exala.

Nunca vi uma deusa deslizando

Mas minha amada caminha no chão.

Mas juro que esse amor me é mais caro

Que qualquer outra à qual eu a comparo.

Sua semana tinha começado ali. Assim que a breve declaração com direito a “Seu grande amor Connor lhe dedica este simples soneto” acabou ela correu, queria evaporar, sumir, a ideia de mudar de país, identidade, uma plástica, era tentadora. Ela andou rápido até o apartamento evitando tudo e todos, e tentando não chamar atenção com aquele enorme buque pendurado em seu braço.

Se a situação não fosse aquela, o exagerado -e diga se de passagem- feio buque, a má encenação, e o poema que ela não entendia, lhe fariam derreter, cair de amores pelo garoto, mas a situação era bizarra e o garoto cego de um amor que não existia.

As tentativas do garoto não pararam por aí, Maya a partir daquele dia andava em grupo, uma estratégia que no mundo selvagem funcionava muito bem, quando um leão ataca um membro do bando de Buffalos eles tentam salvar seu membro. Era quase a mesma coisa, ela nunca estava sozinha e evitava Connor, e Isla por infelicidade havia conseguido a encontrar e parecia não entender as negativas da amiga, sempre insistindo.

- Maya! – Skye gritou da sala, Maya não atendia mais a porta, o apartamento das duas se encontrava com vários bichos de pelúcia com corações, escrito “EU TE AMO” em letras garrafais, caixas com os melhores bombons, Connor havia até apelado para sua mãe que ligava incansavelmente com alguns sermões do tipo “eu não te criei dessa maneira” ou “isso não é jeito de tratar um garoto tão bom.” Sua mãe com certeza não tinha noção do que era bom e ruim, Maya só revirava os olhos, sua mãe conseguia ser uma ótima atriz melindrosa, em uma das ligações ela até chorava. Depois de pelo menos cinco ligações, Maya cansou e passou a ignora-lás. Até o pobre Rhys havia sido arrastado para os apelos.

- O que chegou dessa vez? – Maya perguntou saindo do quarto recusando mais uma ligação de sua mãe, bufando, ela já estava começando a perder a paciência. A semana começava a chegar ao fim, mas parecia estar muito longe.

- Chocolates! – Skye anunciou animada, com uma caixa em formato de coração em mãos com diversos bombons dentro. Maya pegou um e colocou na boca, sendo agraciada com a graça do cacau.

- Nada de bilhetes? – Maya perguntou se juntando ao sofá, Skye somente balançou a cabeça prestando atenção no que assistia.

Isso era um começo, um ótimo começo, era o que Maya pensava, mas ela não conseguia evitar pensar que o dia tinha sido muito calmo comparado com os outros dias e que isso geralmente não era bom, era como a calmaria antes da tempestade, mas pelo resto do dia ela resolveu ignorar tudo o que tinha acontecido naquela primeira semana de aula, porque no dia seguinte eles todos iriam para Malibu e Connor não iria destruir um dia magnifico de paz, mas nem pensar. 


Notas Finais


espero que gostem, muita coisa ainda por acontecer!!


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