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História First time ever I saw your face - First memorie


Escrita por: IronyMan

Notas do Autor


Então, vamos ao monólogo ;)
Ficará um pouquinho maior do que o previsto, pelo simples motivo de: quis dividir os capítulos.
Tem playlist e vão encontrar o link nas notas finais, mas, sei que nem todos usam o Spotify, então, listei os nomes lá também ;)

Dedico esse capítulo pra minha Fofinha <3 @Balunch
Que faz aniversário hoje, então... O capítulo é pra ela. Mas, pra todos vocês também.
E como eu gosto demais de uma amiga, e quero dedicar à ela também, porque quando eu tô meio lusco-fusco, ela sempre me anima. @Caahs

Capítulo 2 - First memorie


Fanfic / Fanfiction First time ever I saw your face - First memorie

   Atipicamente, o dia apesar de nublado e chuvoso, parecia muito, muito promissor. Tony Stark caminhava pelo mar de gente, que vez ou outra, se espremiam nas calçadas de New York.

  Não precisaria caminhar, mas, fazia por um simples fato. Certo dia, simplesmente acordou com uma necessidade estranha de caminhar, e avistou o loiro no Starbucks. Mesmo sem retribuir seu sorriso, Tony continuou a caminhada todos os dias.

  — Feliz demais. Viu um canário por aí? — ela chegava a ser irritante, sempre aparecendo nos momentos mais inesperados.

  — Canário? — mal havia colocado os pés dentro da empresa, e Natasha já o bombardeava com perguntas estranhas.

  — O loiro da cafeteria. Canários são amarelos…

  — Nat, não precisa me explicar essa parte. Sei que canários são amarelos! E o loiro da cafeteria, se chama Steve Rogers. — comentou quando confinados nas paredes metálicas que compunham o elevador.

  — Até que enfim foi falar com ele. Esse era o plano desde semana passada! — revirando os olhos, ela gargalhou logo após. Era de seu natural, implicar o tanto quanto podia.

  — Parece um cara legal, mas… parece preso a alguém do passado. Complicado.

  — Desafio! Você sempre pensa nele, significa que gosta. Eu te desafio. Você não é o gênio, bilionário, playboy e filantropo? Te desafio a chamá-lo pra um… almoço talvez. Ele já frequenta demais o café. — falou tão rápido quanto o moreno, mas sabia que se alguém acompanharia seu falatório, seria ele.

  — Não deveria me desafiar. Sabe que não resisto. — as portas se abriram, e Natasha esgueirou-se por elas.

  — Por isso mesmo, querido. — comentou antes que as portas tornassem  à fechar.

  Natasha apressou seus passos, seguindo para sua sala, em busca do seu celular. Desbloqueou a tela, apreciando sua tela de bloqueio, uma foto divertida dela com Tony.

  Digitou os números, que mesmo na memória do celular, também permaneciam em sua memória. Esperou por dois toques, até que finalmente a ligação fosse atendida.

  — Me conta tudo, ele não vai contar. — falou assim que a pessoa atendeu. — Anda Steve!


 

  Tony sentou-se, vislumbrando os muitos e-mails que piscavam no monitor de seu ultrabook. Sua mente, vagava muito longe dali. Nenhum e-mail de negócios o faria fixar seus pensamentos. Não quando sua mente era ocupada por infindáveis lembranças do sorriso daquele loiro… o sorriso de Steve.

  Era loucura se sentir tão atraído, por um alguém que mal conhecia. Mais ainda a terrível insistência de Natasha naquele assunto. Sempre o empurrando para o loiro da cafeteria, sem nem mesmo conhecê-lo.

 

  O dia, pacato e demorado. As horas se arrastavam, como uma tortura. Tony havia perdido a conta de quantas vezes olhou para o relógio em seu ultrabook, seu relógio de pulso, até mesmo em seu celular. E quando Pepper entrou em sua sala, com inúmeros documentos… perguntou também a hora para ela.

  — Sabe, podemos achar tudo na internet. Essa danadinha causa estragos, mas, às vezes salva a pátria! — Natasha nem se deu ao trabalho de bater na porta. Impunha sua presença, quer Tony quisesse… Ou não.

  — Pátria? Esqueceram de avisar que você descende de russos? Porque me lembro de ouvir comentários do tipo. — virou-se na confortável cadeira, deixando de observar as luzes da cidade. Apoiando os cotovelos na mesa, para maior sustentabilidade de seu queixo, que apoiava-se nas mãos.

  — Vou fingir que a piada atingiu o nível desejado da graça. — aproximou-se, retirando um dos lápis da mesa, jogando-o no moreno que ria. — Presta atenção nas partes certas da conversa! Parece o Bruce. Preciso repetir, porque ele foca em tudo, menos no que deveria focar.

  — Nat, você quem está perdendo o foco agora. Não quero detalhes da sua vida com o Banner! — não conteve sua vontade de rolar os olhos quando viu Natasha bufar em desistência.

  — O número de Steve Rogers! — levantou o pequeno pedaço de papel, com uma série de números rabiscados na caligrafia de Natasha. — Basta ter acesso à internet, e saber o nome da pessoa… e pronto! Sabemos da vida toda. — colocou o pedaço de papel na mesa de vidro. Empurrou o moreno, prensando-o na cadeira, ganhando um brecha para sentar ao seu lado. — Anda, chega pra lá.

  — O que você pretende fazer, Natasha? — a contragosto, espremeu-se na cadeira. Ficando ambos sentados - desconfortavelmente -. Natasha desbloqueou a tela do ultrabook digitou algo na barra de pesquisa, mas, seus cabelos impossibilitavam que Tony tivesse uma visão ampla.

  — Voilà! Aqui tem tudo o que você precisa saber sobre o loiro da cafeteria. — sorrindo, feliz consigo mesma. — Como eu disse… a internet salva a pátria. Independente da sua nacionalidade. — concluiu ao ver o amigo abrir a boca, prestes a mencionar algo.

  — Vejamos… — arrumou-se melhor na cadeira, quase derrubando Natasha. — Ex-militar. Atualmente residindo no Brooklyn, solteiro… Hm, não há muito o que ler aqui.

  — Tony, querido. Olha a data que a página foi criada. Hoje! Logo após vocês finalmente conversarem. Ele está deixando pistas pra você. Meu Deus, vocês são todos tão inteligentes… e cegos! — levantou-se num rompante, andando de um lado ao outro.

  — Ei! Não desconte sua frustração com o Bruce… em mim! Eu não esqueci nenhuma data importante para vocês dois. — crueldade falar assim, mas, ele precisava irritá-la. Afinal, Bruce havia pedido. Só assim a surpresa funcionaria.

  — Senhor Rogers, aqui quem fala é a assistente do Senhor Stark…

  — Romanoff! — claro que ela estava aprontando algo. E ele notou tarde demais. Ela nunca andava de um lado para outro… só quando escondia o que estava fazendo.

  — Ele está um pouco ocupado no momento, mas, gostaria de convidá-lo para um jantar hoje. — ela ignorava qualquer gesticulação que Tony fazia. Assim como o impedia de se levantar, apoiando sua mão livre em seu torso. — Bom, então hoje às sete no MoMA¹. — ela finalizou a ligação, jogando o celular para Tony.

  — Quando… Como… o celular estava no meu bolso! — apalpou em seus bolsos, em vão, pois o celular estava agora, em suas mãos. — Natasha, você me paga. E… porquê do MoMA? — guardou o celular no bolso interno de seu terno. Levantou-se da cadeira quando avistou a hora no monitor do ultrabook; 17:45.

  — Você comentou que queria jantar no The Modern². E honestamente, eu não queria ir com você lá. Pronto, juntei o útil ao agradável. — Natasha envolveu seu braço ao de Tony, rumando para fora daquela sala. — Arrume-se para matar. Lembre-se, é um encontro. — apertou o botão do elevador e despediu-se dele. — Boa sorte, Tony.

  Ele contestaria, ou mencionaria qualquer coisa. Mas quando Natasha o abraçava, ele simplesmente se calava e apreciava o momento. Apesar dos anos de amizade, eles não eram dados à abraços. E ali estava a ruiva, lhe desejando sorte.


 

  Se ele estava nervoso… deixava isso bem claro, afinal, gastou cada segundo possível para escolher a roupa que melhor combinasse com a ocasião. Levou tanto tempo, até para escolher o perfume, e qual dos Bvlgari usaria. Sua mão insistia em criar uma fina camada de suor. Assim como sua testa deixava transparecer algumas gotículas.

  Ali estava, Anthony Edward Stark no The Museum of Modern Art, 9 W 53rd St, New York, NY 10019, sentado numa mesa mais reclusa, bebericando de um scotch de malte único³. E por breves instantes achou que tivesse exagerado na dose, pois sentiu uma intrigante sensação de déjà vu. Steve Rogers entrou trajando uma belíssima combinação de terno azul marinho, com blusa social branca.  E tudo, desde o sabor do scotch até o andar de Steve, tudo lhe pareceu tão absurdamente familiar.

  — Boa noite. — Steve sorriu quando Tony levantou-se, e puxou a cadeira para que ele sentasse. — Obrigado.

  — Você está muito bonito. — sorriu, e pôs fim à bebida em seu copo quadriculado. — Garçom, outra dose de scotch pra mim e…

  — Vinho branco. — Steve completou, aproveitando-se da deixa.

  — Os escoceses são os melhores…

  — Nada melhor que álcool envelhecido em barris de carvalho. — Steve arrependeu-se no momento que terminou sua frase.

  — Pensei que só eu usasse essa frase. — bem a tempo do garçom colocar os copos, e mostrar-lhes o menu. — Mas, deve ser de uso popular. Deve ser o tipo de coisa que os pais falam para os filhos. Pelo menos o meu dizia bastante. — cessou seu falatório, quando se perdeu em mais um de seus sonhos acordados, como costumava dizer.

 

  Chovia, torrencialmente e o lugar mais próximo era uma das inúmeras cafeterias do Starbucks. Entraram, para abrigar-se no seco, longe do vento que lhes açoitava a face… ele e Steve.

 

  — Tony?

  Steve movia as mãos frente ao rosto de Tony, que parecia catatônico por algum pensamento que lhe invadia a mente. Pigarreou, chamando a atenção do outro.

  — Sim, claro. Bom pedido. — obviamente, não havia prestado atenção em nada… e aquele loiro estranho, lhe parecia tão, tão familiar.

  — Carpaccio de salmão? — Steve repetiu a pergunta.

  — Perfeito!

  Mas Steve sabia, claro que sabia. Afinal, foram dois anos de relacionamento. Ele conhecia Stark, como a palma de sua mão.


Notas Finais


PLAYLIST: https://open.spotify.com/user/marcal.carol/playlist/726ew9ZEqohKVGc6BrU2TZ

{Hollow drum - Laura Welsh; I wanna dance with somebody - Bootstraps; Mess is mine - Vance Joy; Nervous - Gavin James; Waiting - Alice Boman; First time ever I saw your face - Johnny Cash.}

Especificações: ¹- MoMA = The Museum of Modern Art. (Museu de arte moderna)

²- The Modern = um restaurante, dentro do MoMA.

³- scotch de malte único = whisky escocês, envelhecido por treze anos num barril de carvalho, com 700litros.

Obs.: Todos os endereços aqui citados, correspondem a vida real.


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