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História First time ever I saw your face - The accident


Escrita por: IronyMan

Notas do Autor


Voltei com a atualização da fic, carinhosamente apelidada como amnésia.
Perdoem qualquer erro ortográfico. Grata.
Enfim, link da playlist nas notas finais, mas, pra quem não tem acesso ao Spotify, deixei os nomes lá também.

Ouçam em especial essa aqui; Falling in love at a coffee shop - Landon Pigg.
Até as notas finais.

Capítulo 3 - The accident


Fanfic / Fanfiction First time ever I saw your face - The accident

   A chuva quase não influenciava o percurso que o carro fazia, algumas curvas precisavam de maior atenção, mas nada alarmante. A música baixa que tocava no carro, embalava o semi-sono do homem sentado no banco do carona.

 

“The first time ever I saw your face, I thought the sun rose in your eyes…”

 

  Steve observava de soslaio o modo como Tony conseguia dormir tranquilamente apesar das várias curvas. O leve ruído que fazia vez ou outra, ou a forma como seus lábios formavam um perfeito biquinho, como se sonhasse com um beijo.

  Foi por uma fração de segundo, um descuido, um acidente…

  O carro derrapou na pista molhada, girando até perder o total controle, capotando algumas vezes antes de chocar-se contra uma enorme árvore.

 

  Tudo se apagou quando Steve não mais sustentou seus olhos abertos, embora tentasse ver se Tony estava em segurança… tudo se apagou.



 

  A respiração anelante, sufocava-o progressivamente. Seu peito, ardia como se estivesse privado de oxigênio, e estava. O suor molhava não apenas suas vestimentas, mas deixava marcado também o lençol de sua cama.

  Steve Rogers encontrava-se sentado, curvado sobre as pernas, buscando inflar seus pulmões, buscando desanuviar sua mente que sofria pela avalanche de lembranças e sentimentos.

  — Droga! — seus passos, guiaram-no diretamente ao banheiro. Abriu o chuveiro, despiu-se e esperou que a água ajudasse-o a pensar.

  Sempre que aquele sonho lhe invadia o subconsciente, acordava em total estado de nervos. Lembrar de Tony naquele carro, lembrar do vidro estilhaçado e dos galhos de árvore que penetraram a lataria do automóvel… lembrar das palavras do médico dizendo que alguns danos, só o tempo poderia curar… aquilo era demais para o loiro que agora, estava com lágrimas nos olhos. Todo um relacionamento, esquecido por um descuido ao volante.



 

  Os primeiros raios de sol, despertaram Tony de seu profundo sono. As lamúrias de quem não gostava de acordar com tanta claridade, a falta de vontade de sair da cama, até para fechar as cortinas. Sentou-se, deixando seu corpo se acostumar com a ausência da confortável cama sob suas costas.

  O andar vagaroso até o banheiro, para colocar sua higiene matinal em dia, um bom banho para despertar e tomar seu café. As vestimentas simples, afinal não tinha planos de sair de casa naquela manhã. Uma calça de moletom e uma camiseta preta, compunham seu visual descolado.

  O plano era, café… e trabalhar em seus projetos pessoais. Esse era o plano, mas imprecisos sempre batem à porta, literalmente.

  — Nat? O quê está fazendo aqui a essa hora? — abrindo a porta, dando passagem para que a ruiva entrasse com dois cafés em mãos.

  — Não banque o desentendido comigo, você sabe que estou aqui pelos detalhes da noite de ontem. Trouxe café, considere como suborno. — entregando um dos copos para o moreno, jogando no sofá para ouvir tudo, com a maior riqueza de detalhes possíveis.

  — Você largou o Bruce, pra vir aqui em pleno sábado? — instintivamente guiou o copo aos lábios, desfrutando do sabor de seu café espresso. A ruiva nada falou, apenas desferiu alguns tapinhas no sofá, para que Tony se sentasse. — Tudo bem, fomos ao The Modern, que não é surpresa, afinal você fez a reserva.

  Alguns detalhes da noite, Tony optou por manter em segredo, como a louca recordação de entrar no Starbucks com Steve, ou o comentário do mesmo sobre whisky escocês. Também manteve em segredo a sensação de estar ao lado de uma pessoa conhecida de longa data. Manteve em segredo também o sutil toque de mãos ao se despedirem.

  Não sabia ele, que Natasha já havia ligado para Steve naquela mesma manhã, em busca de informações que obviamente ela sabia que Tony manteria em segredo. Conhecia-o bem demais.

  — Conversamos sobre trabalhos também, ele é ex-militar. Afastou-se após um acidente em campo, acho que é isso. Comentei sobre meu trabalho de pesquisa robótica. Até diria sobre os projetos bélicos, mas não achei interessante para um encontro.

  — Claro, nada sutil num encontro, afirmar-se como o senhor das armas. — Natasha há muito havia findado com o café em seu copo, e ria das gesticulações de seu amigo. “Já tivemos uma conversa muito parecida antes…” seus pensamentos resumiam-se a essa frase.

  — Enfim, vamos tomar café hoje. No Starbucks da 6th ave². E o plano era passar a manhã ajustando o sistema operacional da inteligência do prédio, mas você resolveu madrugar na minha porta, para saber detalhes que eu poderia informar por uma vídeo chamada.

  — Grosso! — um tapa seguido por uma risada. Natasha sabia muito bem que Tony não mencionaria mais nada do encontro. — Eu entendi o recado, vou deixar você trabalhar tranquilamente. — levantou-se, seguida por Tony até a porta. — A propósito… o Bruce me falou que você ajudou com a surpresa. — um beijo casto na bochecha do gênio, uma despedida breve. — Nos falamos mais tarde.


 

  Tony, enfim sozinho e desperto… sentou-se novamente, deixando que sua mente vagasse pelas recentes recordações. O sorriso de Steve, o encontro das mãos quando por fim se despediram, o percurso de volta à casa, até mesmo a música que ouvira no rádio… “...And the moon and stars were the gifts you gave. To the dark and the endless sky, my love…” tudo tão recente em suas lembranças, que bastava fechar os olhos para sentir como se estivesse acontecendo naquele exato momento… até que outras imagens tomassem cada pequeno espaço de sua mente…

 

  Um baque, barulho de sirenes, um chamado desesperado por seu nome, choro, soluços. Uma voz aparentemente conhecida, cantando aquela música… um beijo. Lembranças caóticas demais para que ele entendesse qualquer sentido que fosse.

 

  Abriu seus olhos, marejados pelas lágrimas que nem mesmo sabia o porquê de estarem ali. Um aperto no peito, uma sensação estranha, como se estivesse deslocado de tudo. Tony perdeu-se na própria sala por alguns instantes. Deixando seus olhos se adaptarem ao recinto já conhecido.



 

  A manhã passou, particularmente, rápida para Tony, ajustes em seus projetos pessoais, algumas vídeo conferências com alguns acionistas da empresa. Nada que lhe tirasse a graça do dia, nem que lhe tirasse do pensamento aquela sensação de que algo lhe faltava, algo estava errado. A tarde, seu almoço nada saudável; pizza da geladeira. A única expectativa de seu dia, era encontrar com Steve Rogers para um café.



 

  Sentado, observando os transeuntes caminharem apressados, esbarrando e espremendo-se entre eles. Steve Rogers conversava com Maria, a barista do Starbucks, enquanto esperava por Tony.

  — Então, como foi?

  — Quase estraguei tudo. Sabe, a grande ironia da vida, foi que eu permaneci com a memória intacta. Enquanto ele… ele esqueceu cada recordação de nós. Então, eu preciso lembrar que ele não lembra. Preciso pensar duas vezes antes de fazer qualquer comentário que demonstra que eu o conheço. — a tristeza naqueles olhos azuis era de uma dor ímpar. Steve lembrava de tudo, mas era uma lembrança dolorosa. Principalmente por saber que ele havia causado aquilo.

  — Eu sinto muito. Mas ficar lamentando não é o jeito certo de fazer com que ele se apaixone por você… pela segunda vez. — as palavras, ganhando notas cada vez mais baixas. Fosse pelo distanciamento, ou pela chegada de Tony ao estabelecimento.

  O sorriso de Steve dissipou qualquer pensamento aleatório na mente de Tony. Naquele lugar, parecia só existir o loiro e ele, nada mais.

  — Boa tarde. — Steve cumprimentou, imitando o gesto de Tony na noite passada, levando-se para puxar a cadeira para ele. — Está disposto à fazer algo diferente? — empurrou novamente a cadeira, deixando-a em segundo plano.

  — Boa tarde… algo diferente? O quão diferente? — confuso, estava confuso e prestes a sentar, porém interrompido por Steve, que indicou o balcão, onde Maria esperava sorridente.

  — Maria, o de sempre, por favor. — Steve alcançou seu bolso traseiro, trazendo em sua mão, sua carteira. Retirando quantia suficiente para pagar pelos cafés.

  — Quero um…

  — Espresso intenso duplo? — a mulher perguntou, cortando-o.

  — Sim. Como…?

  — Fez esse mesmo pedido ontem. — sorriu, contando meias verdades, afinal, quantas vezes já não ouviu aquele pedido. Quantas vezes ela já não sorriu para o casal que sempre estava ali naquela cafeteria.

  Com os devidos copos de café em mãos, Steve sinalizou para que Tony o acompanhasse. Rumaram para o Central Park. O caminhar entre o apressado e o vagaroso.

  — O que tem em mente, Steve? — Tony apressava-se para acompanhar as largas passadas de Steve.

  — Quero te levar nos lugares que gosto. Que tal? Você pode fazer o mesmo. Me leve pra conhecer os lugares que você mais gosta aqui em NY. — o brilho nos olhos de Steve, faziam Tony oscilar em seus próprios pensamentos. Deixando-se levar pela ridícula sensação de déjà vu. Pela sensação de familiaridade com aquele loiro.

  — Combinado. Mas garanto que meus lugares preferidos vão surpreender você. — Tony riu, se fosse mesmo levar Steve aos lugares preferidos, acabariam em sua cama. 


Notas Finais


PLAYLIST: https://open.spotify.com/user/marcal.carol/playlist/726ew9ZEqohKVGc6BrU2TZ

{Hollow drum - Laura Welsh; I wanna dance with somebody - Bootstraps; Mess is mine - Vance Joy; Nervous - Gavin James; Waiting - Alice Boman; First time ever I saw your face - Johnny Cash; Falling in love at a coffee shop - Landon Pigg.}


A MÚSICA citada é FIRST TIME EVER I SAW YOUR FACE. (nome da fanfic, pois é)

Tentarei atualizar semanalmente, Okay?
Beijos!


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