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História First time ever I saw your face - I love you


Escrita por: IronyMan

Notas do Autor


Eu sei, demorei. Mas dessa vez foi a saúde.
Essa safada vai me fazer atrasar tudo, com excessão do especial de ano novo, rs. (Assim espero)
Perdoem qualquer erro ortográfico, meu braço não está 100% então a dor me desconcentra um pouco.
Até logo mais!

Capítulo 4 - I love you


Fanfic / Fanfiction First time ever I saw your face - I love you

   New York, 9°c. O ar gélido açoitava as faces dos transeuntes. A cidade que não para, nem mesmo em épocas festivas como o aproximar do natal. Aliás, se possível, tornava-se ainda mais caótica e movimentada. O café os aquecia, tal como seus agasalhos e cachecóis. A proximidade dos corpos em nada atrapalhava-os de se locomoverem.

  — Então, central park? — Tony apontou na direção da imensidão de galhos, enrolados à milhares de mini-lâmpadas. Absurdamente enfeitado para o Natal.

  — Gosto bastante daqui. Tem ar puro, verde…

  — Branco. Está tudo branco. — o sorriso, embora discreto, perceptível nos lábios recém umedecidos de Tony.

  — Ainda é bonito. Nunca foi a um lugar, onde independente da estação do ano, seja seu lugar favorito? — era complicado, doloroso até. Ele sabia a resposta para toda e qualquer pergunta em relação à Tony e seus gostos… mas não poderia admitir.

  O silêncio reinou por alguns minutos. Nada constrangedor, apenas um silêncio acolhedor enquanto caminhavam em direção aos inúmeros pisca-piscas.

  Embora Steve conhecesse Tony como a palma de sua mão, essa pergunta sempre permanecera sem a devida resposta.

  — Tem um lugar… mas não tenho certeza de conhecê-lo de verdade. — seu olhar perdia-se enquanto observava a imensidão alva da neve.

  — E como é? — continuaram caminhando, até um banco próximo à eles.

  — Não é grande, mas é acolhedor. Eu sei que me sinto bem. Como voltar pra casa. As paredes são de um azul tão claro, que quase se confunde com branco. O piso de madeira polida, móveis rústicos. E cheiro de café. Não qualquer café. Torrado e moído na hora. E um som, uma risada. — Tony não ousou olhar para Steve, seu monólogo sucedeu-se com o moreno apreciando a vista do central park. Steve parecia estático. Seus olhos brigavam para manter as lágrimas nos dutos lacrimais. Tony estava descrevendo o seu apartamento. — E por último, mas não menos importante, um cheiro suave de sabonete de limão com alecrim. Eu não sei que lugar é esse, ou o porquê desses cheiros, mas… esse é meu lugar favorito.

  Quando finalmente permitiu-se olhar para Steve, pode enxergar com clareza que aquele azul parecia ainda mais intenso visto de perto, e que lágrimas se formavam ali. Sua única vontade era aproximar-se ainda mais, e impedir que as lágrimas caíssem. Steve, aparentemente notando seu estado, se recompôs, pigarreando para liberar a garganta do característico desconforto de quem segura o choro.

  — É a sua vez… sua vez de me levar à algum lugar especial. Mas, seja lá onde for me levar, o meio.de transporte será diferente. — Steve sustentava um belíssimo sorriso. — Faz parte das minhas coisas preferidas em New York! — num salto, pôs-se de pé, tomando a mão de Tony adjunto a sua, puxando-o para a direção desejada.

  Era estranho e familiar. Em outra ocasião, Tony reclamaria pela brusca invasão de seu querido espaço pessoal. Mas essas coisas pareciam não importar quando Steve tocava-lhe e puxava-o central park adiante.

  — Isso é sério? Vamos andar nisso aí, como se estivéssemos dentro daqueles filmes de comédia romântica? — não estava realmente contrariando a ideia, tendo em vista que encontrava-se confortavelmente sentado ao lado de Steve.

  — Para onde?

  — Top of the rock. — Steve sorriu ao ouvir Tony informar ao cocheiro o destino.

  — Rockfeller Center, por quê? — automaticamente, assim como em todas as vezes que saiam juntos, Steve acomodou a mão, deixando-a espalmada na superfície da coxa coberta de Tony. O moreno chegou a lançar-lhe um olhar curioso, colocando sua mão por cima da do loiro logo em seguida. Algumas coisas nunca mudam.

  — A vista compensa qualquer infortúnio do dia. — comentou enquanto o veículo ganhava velocidade.

 

  — Vale a pena sim. — Steve olhava maravilhado para a vastidão de prédios altos, cobertos por neve alva.

  Top of the rock, Rockefeller Center, 30 Rockefeller Plaza, New York, NY 10020, EUA. Um dos arranha-céus mais altos do mundo. Com um observatório em seu último andar, agraciando a vista dos espertos que ousavam visitar aquele prédio de 69 andares.

  — Bonito, não é? — debruçado nas barras de contenção, Tony não ousava tirar os olhos daquele esplendor branco.

  — Muito bonito. Talvez a coisa mais bonita que eu já vi. — não, ele não se referia à bela paisagem urbana. Referia-se à Tony, o belo moreno de estatura mediana que tinha o sorriso mais encantador e os olhos mais intensos.

 

 

 

  — Esse é um belo lugar. Não devemos desperdiçar esses momentos. — Tony sorriu, aproximando-se de Steve, envolvendo seus braços ao redor do pescoço do loiro.

  — Eu não desperdiçaria nenhum momento. Vou beijá-lo sempre que possível.

  O toque, suave e lento. Um singelo roçar de lábios, seguido por uma breve mordiscada, como se instigassem um ao outro para elevarem o nível de contato. O beijo, apaixonado e repleto de carinho.

 

 

 

 

  — Preciso ver uma coisa… — Tony sempre fora ousado quando colocava alguma idéia em mente. Precisava entender o porquê daqueles sonhos com o loiro, e o porquê de sonhar acordado.

  Steve não teve tempo de reagir, ou impedir - não que o quisesse, obviamente -. A mão, quase trêmula, acomodou-se na nuca de Steve, puxando-o para um selar de lábios, que logo deu início a um beijo tímido e suave. A mesma sensação, o mesmo desejo de jamais se afastar. “O que diabos está acontecendo?” O único pensamento que se formou após o beijo.

  — Talvez devêssemos procurar um lugar mais calmo para conversar. — Steve sugeriu, mordiscando o lábio inferior, evitando os olhares curiosos dos presentes naquele arranha-céu.

  — Se você não se importar, pode ser na sua casa. — Tony sorriu brevemente, deixando o olhar se perder entre a feição de Steve, e os curiosos que lhes sorriam.

 

 

  Um prédio simplório, porém repleto de adornos natalinos, pisca-piscas, renas de material impermeável afixadas à calçada perto da portaria. Algumas poucas crianças corriam e faziam disputas de boneco de neve, ou anjos no chão. Algumas, mais travessas, jogam bolas de neve.

  — Vizinhança bem familiar. — o comentário aleatório veio no exato momento em que uma das crianças sorriu e acenou para Tony. — Criança simpática. — levemente sem já o moreno sorriu e acenou de volta.

  — Peter. — confinados entre quatro paredes metálicas que compunham o elevador. — Ele é sim, muito simpático.

  “Peter… soa familiar. Tudo perto de Steve soa familiar.

  — A casa é simples, mas quero que você se sinta confortável aqui.

  As portas metálicas abriram-se, revelando um corredor de coloração gelo, com rodapé em madeira de lei e piso lustrado.  O apartamento 6A, assim como os demais daquele corredor, tinha a porta numa tonalidade de amarelo claro. Steve parecia nervoso, levando a destra ao bolso em busca da chave, enquanto a restante seguia até sua nuca, apertando-a na intenção de amenizar a tensão. Não levou um minuto, mas pareceu uma eternidade. O girar da maçaneta, o típico clique metálico, o leve ranger da porta e por último o interruptor na parede próxima. O suficiente para mais uma sensação de déjà vu.

 

 

 

  — Ridículo me carregar assim, me sinto sempre tão menor que você quando… — um beijo roubado, fazendo assim com que Tony calasse a boca por um tempo. Suas pernas, envolvidas à cintura do loiro, que o carregava apartamento adentro.

  Com ambas as mãos ocupadas sustentando o corpo de Tony adjunto ao seu, usou o pé para fechar a porta. Naquele instante não importava muito se trancaria a porta ou não.

  — Quer mesmo discutir isso agora? — seu olhar entregava todo o desejo que sentia no momento, e Tony podia sentir devido à proximidade de seus corpos.

  — Depois do sexo de reconciliação, brigamos de novo. Assim teremos que repetir a dose.

  — Você não muda mesmo, não é? — os lábios só trocaram os movimentos de falar, para um roçar provocativo no pescoço do moreno.

  — Pra sua sorte, não.

  As passadas, levemente desordenadas. A excitação do momento impedia que uma linha reta fosse traçada. As peças de roupas perdiam-se pelo caminho, sapatos na sala, camisa no abajur do aparador no corredor, outra camisa agarrada a maçaneta da porta do quarto.

  O beijo, tão repleto de amor e desejo que era capaz de fazer o moreno esquecer qualquer motivo de briga, assim como Steve sempre perdia o foco das discussões quando Tony lhe sussurrava algo no ouvido.

  — Eu te amo, nunca esqueça isso…

 

 

 

  Lágrimas eram visíveis tentando romper a barreira imposta por seus cílios compridos. Sua boca entreaberta, sua feição de dor e pesar. Não eram simples sonhos, eram? Como imaginaria algo tão vívido quanto aquilo?

  Aquela casa, Tony estava parado na porta, olhando Steve e seu apartamento. O piso de madeira, os móveis rústicos, a parede num tom de azul tão claro… seu lugar preferido. Aproximou-se de Steve, na esperança de que talvez estivesse apenas vendo coisas, ou sonhando.

  — Tony, o quê?

  Aproximou-se o suficiente para acomodar seu rosto na curvatura do pescoço alheio. Limão e alecrim.

  — Isso é algum tipo de brincadeira? Porque não tem graça. Natasha chamou você para me pregar uma peça, para me fazer pagar pelo aniversário dela? O que está acontecendo aqui? Quem é você e por que eu sinto que te conheço? Por que eu tenho esses sonhos, sei lá, com você? — abalado, jogou-se no sofá, esperando por uma resposta.

  — Tony… nos conhecemos. E não são sonhos, são lembranças reprimidas. Eu posso te explicar tudo, só precisa de um pouco de paciência e…

  — Se me conhece, sabe que paciência não é meu forte. Isso, isso tudo não tem graça. Chega de brincadeira. — sua cabeça girava, doía e aparentemente a memória cismava de bombardeá-lo com imagens desconexas de Steve.

  Não saberia dizer como havia chegado ao térreo daquele prédio, nem quando achou um táxi e se embrenhou nele evitando olhar pra trás, ou ouvir Steve chamando-o.

 

 

  — Natasha? Ele lembrou de alguma coisa...E saiu daqui transtornado.


Notas Finais


PLAYLIST: https://open.spotify.com/user/marcal.carol/playlist/726ew9ZEqohKVGc6BrU2TZ

{Hollow drum - Laura Welsh; I wanna dance with somebody - Bootstraps; Mess is mine - Vance Joy; Nervous - Gavin James; Waiting - Alice Boman; First time ever I saw your face - Johnny Cash; Falling in love at a coffee shop - Landon Pigg.}

Lugares citados nessa fanfic, correspondem à endereços reais.


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