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História First time ever I saw your face - Stand by me


Escrita por: IronyMan

Notas do Autor


Bye Bye Baby Goodbye, ao som de Bay City Rollers.

Bem, mais uma fic que chega ao fim.
Ainda não finalizei, como podem notar. Deixei em andamento, porque pretendo postar um epílogo, mas, tecnicamente a fic chegou ao seu ponto final.
Espero que tenham gostado.
Dedico à todos aqueles que acompanharam.
Obrigada pelo incentivo e apoio!

Capítulo 7 - Stand by me


Fanfic / Fanfiction First time ever I saw your face - Stand by me

Os dias passavam quase de forma monótona. Seria, tirando um pequeno detalhe, Steve Rogers passava boa parte dos seus dias, dividido entre seu apartamento e o de Tony, levando coisas que talvez o ajudasse a relembrar de tudo. Por vezes, levando-o à lugares que haviam ido, ou como Tony havia sugerido, lugares novos, para que ambos criassem novas memórias.

Por hora era o suficiente, afinal, Steve tinha novamente ao seu lado o amor de sua vida. Mesmo que Tony não tivesse recobrado sua memória, alguns detalhes se faziam presentes, evidenciando que mesmo que pouco, ele se lembrava.

—  Sabe, estive pensando… E talvez uma viagem seja uma boa ideia. Nat pode segurar as pontas, junto com a Pepper, caso aconteça algo. Coisa que eu duvido, nunca acontece nada nos finais de semana. E não preciso gastar esses dias rodando por Nova Iorque como um bêbado perdido. —  Tony havia aumentado a voz, estava na cozinha do apartamento de Steve, servindo-se de mais uma caneca de café, naquela tarde de sexta-feira.

—  Viagem? —  Steve não chegou a elevar a voz, saiu da sala, parando próximo a entrada da cozinha, apoiando-se na bancada. —  O que tem em mente? Porque você pode não se lembrar, mas da última vez que você me levou pra viajar, você nem ao menos queria sair do quarto de hotel.

—  Definitivamente não me lembro disso, e se lembrasse negaria!

Steve sorriu de forma tão espontânea, fazendo com que Tony o imitasse no gesto, como um reflexo no espelho.

—  E eu posso saber para onde vamos? —  aproximou-se lentamente de tony, envolvendo-o em seus braços, trazendo-o para mais perto, selando seus lábios num beijo necessitado por ambos.

—  Vermont.

Mais uma vez ele sorriu. Tony poderia realmente não se lembrar, mas havia escolhido o lugar que Steve vivia falando que queria levá-lo. O lugar onde mêses atrás chegou a fazer reserva. O lugar onde o pediria em casamento.

—  Vermont, então.


 

Os preparativos haviam consumido toda a atenção de Tony, reservas, passagens aéreas. Tudo pensado até os mínimos detalhes, buscando proporcionar, não apenas para Steve, mas para ele mesmo, uns dias de descanso daquela cidade que não dormia. Daquele tumulto de pessoas e lugares que deveriam lhe trazer as memórias perdidas, e muitas vezes apenas o frustrava.

Precisava de um tempo a sós com Steve, num lugar novo. Para não relembrar, e sim criar novas lembranças. Para se acertarem como um casal novo, não como algo quebrado que busca conserto.

—  Então, assim que vai ser? —  Tony sorriu ao abrir a porta e encontrar Steve esperando por ele do lado de fora do apartamento. —  Vai sempre me buscar na porta de casa?

—  Preciso te conquistar, lembra? E não sei ser de outro jeito, então.

— Esse jeito está bom. —  mais que bom, Tony ousaria dizer, mas admitir coisas não eram de seu feitio.

A pequena mala de Steve, poderia facilmente esconder-se na mala que Tony carregava. O loiro olhou duas vezes, com maior atenção na segunda, tendo certeza do tamanho exagerado da mala.

—  Só pra constar, vamos passar quantos dias fora? —  enclausurados pelas paredes metálicas do elevador, Steve olhava-o com curiosidade e um belo sorriso estampado nos lábios rosáceos.

—  Um final de semana. Mas não sei quanto à você, mas eu sinto frio às vezes.

—  Eu posso te ajudar com isso. —  aos poucos, e muito aos poucos, Steve tentava retomar a confiança de estar num relacionamento com Tony. Falando coisas que só antigamente teria coragem para falar, fazer e pensar.

—  Vou cobrar, Steve.



 

O trajeto até o aeroporto fora tranquilo, e diferentemente do habitual, sem tanto trânsito pelas ruas de NYC. A conversa era tranquila, os olhares entregavam a felicidade de ambos, por finalmente tirarem um tempo à sós. Tempo mais que necessário. Mãos que se tocavam brevemente, como um claro e simples sinal de que estavam ali, um ao lado do outro. Steve passando segurança para Tony, e o moreno se certificando que estavam mesmo ali, que não era mais um de seus sonhos acordado.

A viagem de avião, tão tranquila, ou mais, que a de carro. Sem turbulências, com uma belíssima visão do sol sob as nuvens, mostrando uma nova gama de cores naquele céu esplêndido.

 

—  Planos para hoje, ou sexta-feira é o dia de ficar no quarto do hotel? —  Steve havia quebrado o silêncio apenas quando fora do táxi, apreciando a fachada do hotel no qual se hospedariam. Olhou brevemente seu relógio de pulso, certificando-se do horário; 14h.

—  Bem, check-in e um tour pelos arredores do hotel. O que acha? Ótimo! —  não, ele não havia dado tempo para que Steve respondesse, como sempre.

A fachada do Capitol Plaza Hotel¹ era simples, num tom de areia, com colunas brancas para sustentação e decoração. Estilo clássico. A recepção, tal como na maioria dos hotéis contava com recepcionistas 24 horas por dia. O check-in havia ficado a encargo de Tony, enquanto Steve olhava pelo hotel, acostumando-se com o novo ambiente.

— O que achou? — Tony estava parado pouco atrás de Steve, observando o loiro.

—  Uma excelente escolha de hotel. —  o sorriso que estampava os lábios de Steve evidenciava sua felicidade por estar ali, por estar ao lado de Tony, pela chance de um recomeço para ambos.

—  Espera até ver o quarto. A recepcionista garantiu que a vista vale a pena.

O mensageiro havia se encarregado de subir com as malas, deixando o casal livre para andar pelo hotel. Mas nenhum lugar havia instigado a curiosidade de Tony tanto quanto o quarto. A mão sutilmente tocou a de Steve, deixando os dedos se entrecruzarem. Intimidade conquistada aos poucos, por parte de Tony, que pouco se lembrava do relacionamento.

O elevador tocava alguma melodia incompreensível no momento, deixando-os apenas relaxados pela sutileza das notas emitidas num volume quase inaudível.

O quarto não ficava muito longe do elevador, apenas três portas à direita. A porta encontrava-se aberta, e as malas estavam próximas a porta, recentemente colocadas ali pelo mensageiro, que estava prestes a sair do quarto. Steve estendeu a mão num cumprimento tradicional, entregando uma nota de vinte como agradecimento.

—  O quarto é realmente muito bonito. E espaçoso. —  olhando ao redor, Steve fechou a porta apoiando-se contra ela.

—  A vista aqui é melhor! —  a voz e Tony um pouco distante, atiçou a curiosidade do loiro, que se afastou a passos largos da porta, seguindo a direção da voz do moreno, encontrando-o de frente para a janela.

—  Aqui também.

A pouca luz do sol invadia o quarto pela janela aberta, banhando Tony com uma claridade suave, intensificando o tom de seus fios. O moreno estava apoiado na janela, provavelmente apreciando os arredores do hotel, e a pouca neve que ainda resistia, mesmo com o sol banhando-a.

—  Eu queria trazer você aqui. Antes de tudo acontecer. —  a voz suave, buscando as palavras certas para se expressar. —  Já havia planejado tudo com a ajuda da Nat.

—  Eu sei. —  Silêncio. Apenas olhos nos olhos, como se contassem suas histórias por alguma forma de telepatia. —  Ela acabou me contando. Por isso resolvi trazer você aqui. Ela falou que você estava ansioso para isso, até que o acidente aconteceu, e eu… e eu esqueci sobre nós. —  apesar da voz suave por ele também utilizada, era perceptível uma pontada de tristeza. Afinal, havia perdido não apenas as memórias, mas tempo.  —  Quis trazer você aqui para continuar do ponto no qual paramos. Quis trazer você aqui para te dar a chance de fazer o que você havia planejado, no lugar onde você havia planejado.

Tony aproximou-se vagarosamente, apoiou ambas as mãos nos ombros de Steve, numa espécie de carinho levemente desajeitado. Subiu a destra até tocar o dorso no rosto de Steve, deixando morrer ali algumas carícias.

—  Eu me lembro de algumas coisas. Me lembro de uma noite na qual você chegou na minha casa completamente molhado pela chuva. Você estava sorrindo, parecia muito feliz. E eu me lembro de perguntar o motivo de tamanha felicidade e você me respondeu…

—  Que eu estava feliz porque sabia quem iria abrir a porta.

—  Apesar da chuva torrencial que caía, você não conseguiu deixar de ir me ver. Ainda não entendo como você conseguiu se molhar tanto.

—  Meu carro estava na oficina, de táxi levaria uma hora até sua casa, então eu fui correndo. Não contava que a chuva fosse ficar tão intensa.  Você se lembra de alguma coisa. Isso é um progresso. —  talvez uma lágrima ou outra começasse a brotar nos olhos do loiro.

—  Também me lembro da primeira vez que você disse aquelas três palavras. —  Steve aproximou-se ainda mais, deixando quase nula a distância entre eles.

—  Se bem me lembro, foram mais que três palavras naquela frase.

—  Certo, você disse: Tony, cala a boca e deixa eu falar que eu amo você.

—  Você não parava de falar, engatou um assunto no outro e eu não achava a deixa para me expressar. E aquilo estava me tirando do sério, eu amo seu falatório, mas…

—  Steve, cala a boca e deixa eu falar que eu amo você.

Steve havia perdido o fio da meada, seus pensamentos perderam-se momentaneamente entre um flashback de quando ele havia falado aquilo para Tony, e o exato momento que o moreno usou as mesmas palavras para se declarar.

Nada seria mais certo que o beijo que sucedeu à declaração. Um beijo repleto de desejo, amor. Uma vontade tão ardente de amar e ser amado. Como uma corrente de eletricidade que baila por cada célula. Entorpecendo algumas partes, dando vida a outras. Uma reação em cadeia.

—  Então, você me ama?

—  Mesmo não conseguindo lembrar de tudo o que vivemos juntos, sim. Com você eu sou mais eu mesmo, do que jamais consegui ser. Você me aceitou como eu sou, e me ajudou a melhorar.

—  Você está mesmo falando isso? Pode repetir, preciso ter certeza.

— Sem repetições, perdeu sua chance de filmar e guardar pra posteridade.

—  Não preciso filmar, temos todo o tempo do mundo. Você vai acabar falando isso de novo. Provavelmente nos votos do casamento.

Steve muito provavelmente acertaria esse quesito. Afinal, ele conhecia muito bem o moreno a sua frente. Conhecia seus gostos, suas manias.

—  Temos todo um finals de semana, mas tem uma coisa que eu preciso fazer o quanto antes. —  Steve afastou-se de Tony, buscando algo em sua mala, colocando o objeto em seu bolso dianteiro. —  Vamos?


 

O sol escondia-se por entre as nuvens, deixando a luminescência cada vez mais fraca, logo dando lugar ao brilho da lua nova. As ruas pouco movimentadas, dava a sensação de estarem sozinhos naquela cidade. Sinalizaram para um dos táxis dispostos perto do hotel.

—  Hubbard Park², por favor.


 

A neve ainda cobria boa parte do chão e da vegetação no parque. A luz era propícia para que alguns poucos turistas parassem para observar o local. Steve mantinha sua mão firme à de Tony, impedindo o moreno de parar, por qualquer motivo que fosse.

A construção antiga, e aparentemente inacabada, chamou a atenção de Tony. Rústica feita em pedras de diversos tamanhos, mais parecia uma torre de observação.

—  Vamos entrar aí? —  a incredulidade estava explícita em seu tom de voz, mas fora ignorado por Steve, que manteve-se firme em seus passos, basicamente arrastando Tony construção adentro.

Ao contrário do esperado por Tony, as escadas encontravam em boas condições, mas em nada aquilo o animava para subir.

—  A vista valerá a subida. —  Steve estava cinco degraus acima, observado a incerteza de Tony entre render-se e subir, ou dar as costas e sair logo daquele lugar. —  Pelo menos era o que diziam nos panfletos.

“Panfletos, me fez subir aqui porque panfletos disseram que seria legal. Tinha outros planos, algo mais interessante que isso.” Tony pensava enquanto subia degrau por degrau, não muito satisfeito com o aparente desfecho do dia.

No final, Steve e seus panfletos estavam certos. A vista era maravilhosa. A torre dava ampla visão do parque recoberto por uma fina camada de neve, o verde que sobressaia na imensidão alva, um pequeno lago esbranquiçado, e um Steve Rogers ajoelhado com uma singela aliança em mãos.

—  Você tinha razão, a vista vale muito a pena. —  Steve sorriu com o comentário, respirou fundo, tomando a coragem para falar o que havia planejado há meses.

—  Anthony Edward Stark… você aceita se casar comigo?

—  Tive que esperar um acidente, pra você finalmente me pedir. —  as piadas não ficariam de fora, e Steve já sabia disso, e se ainda não estivesse totalmente acostumado, ficaria. —  Sim.

Steve mal teve tempo de se levantar, Tony havia basicamente se jogado em cima do loiro, envolvendo seus braços ao redor do pescoço de Steve, selando seus lábios num beijo necessitado.

 

A volta para o hotel havia sido regada de beijos e risos, e algumas promessas para uma noite memorável.

Lençóis bagunçados, peças de roupas perdidas pela extensão do quarto, suor que delimitava os músculos, gemidos que faziam a sinfonia da noite, movimentos não muito contidos, desejos nada contidos. Anseios de algo mais voraz e incandescente. Uma forma de comemorar o noivado, e de tentar repor todas as noites perdidas. Ajudando a recordar, trazendo antigas sensações, e criando novas memórias dignas de lembranças. Estavam conectados, não apenas fisicamente, mas mais uma vez, estavam conectados como um casal. Mesmo que repletos de diferenças, ainda perfeitos um para o outro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

The end?


Notas Finais


Avengers Assemble! (virou bordão, já era)

1- Capitol Plaza Hotel, é um hotel real localizado em Montpelier, capital de Vermont.
[100 State Street, Montpelier, VT 05602, Estados Unidos]
2- Também é real, como qualquer outro lugar aqui citado ;)

Agora é com vocês: querem um epílogo?

PLAYLIST: https://open.spotify.com/user/marcal.carol/playlist/726ew9ZEqohKVGc6BrU2TZ

{Hollow drum - Laura Welsh; I wanna dance with somebody - Bootstraps; Mess is mine - Vance Joy; Nervous - Gavin James; Waiting - Alice Boman; First time ever I saw your face - Johnny Cash; Falling in love at a coffee shop - Landon Pigg.}


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