História Five Nights at Freddy: A Nova Esperança - Eles sofreram mais do que nós.

-Freddy-

Eu não conseguia acreditar naquilo. Ela era só uma menina e teve tudo tirado dela. Assim como...nós. Eu segurei firme aquela esfera que ela havia me dado que continha a minha alma e sem pensar duas vezes eu caminhei até ela e parei na frente dela. Então ela abaixou a cabeça e assim que ela fez isso eu a abracei. No começo ela pareceu um pouco confusa mas logo ela retribuiu o abraço. Eu me afastei, olhei nos olhos dela e disse:

- Não importa se você mentiuu. Você não é diferenete de nós. – Eu baguncei o cabelo do Puppet Bonnie e depois me virei pro resto do pessoal e continuei. – Eu não sei vocês mas eu não vou abandonar eles.

- Eu também não. – A Chica disse dando um passo a frente e caminhando até nós.

- Nem eu. – O Bonnie disse vindo para o nosso lado.

- Quer saber? Dane-se quem são vocês ou que vocês mentiram. Eu não vou abandonar  vocês agora. – O Foxy disse por fim.

-Ballora-

Depois disso nós todos nos abraçamos pela primeira vez em muito tempo eu estava realmente feliz. Mas de repente eu escutei um “ah ah”. Era quase como um suspiro. Eu me afastei dos braços do pessoal e fiquei de frente para a escuridão que estava a nossa volta.

- O que foi Ballora? – O Freddy perguntou.

- Vocês ouviram isso? – Eu perguntei encarrando a escuridão.

- Isso o que? – A Chica perguntou confusa.

- Foi só por um segundo mas eu escutei. Era tipo um suspiro. – Eu disse olhando atentamente para as trevas tentando ver alguma coisa.

- Eu também ouvi alguma coisa. – O Puppet Bonnie disse também olhando atentamente para as trevas.

De repente eu ouvi de novo “ Ah ah”. Eu corri na direção do barulho e quando vi de onde vinha eu não acreditei. No chão encostada na parede com uma metade de seu rosto faltando e algumas partes roboticas a mostra estava a minha velha amiga Circus Baby. Eu fiquei de joelhos perto dela e eu não acreditei mas ela perguntou quase como se fosse um sussurro:

- Quem esta ai?

- Baby sou eu. Ballora. – Eu disse passando a mão na parte do rosto dela que estava intacta e derramando algumas lágrimas de alegria.

De repente o olho da parte do rosto dela que não estava danificada começou a brilhar. Ele brilhava no mesmo tom de verde de antigamente

- Ballora? É você mesma? – Ela perguntou em um suspiro.

- Sim sou eu. Baby é tão bom te ver. – Eu disse sorrindo.

- Digo o mesmo. Ballora não temos muito tempo. Escute o Ennard... – Ela não conseguiu completar a frase por que começou a tossir.

- Calma Baby. Vamos te tirar daqui. – Eu ia colocar o braço dela no meu pescoço mas ela segurou a minha mão com força.

- Não. Me escute não temos muito tempo. – Assim que ela disse isso eu me calei na hora e apenas esperei para ouvir o que ela tinha para me dizer. – O Ennard conseguiu. Ele desmontou cada um de nós, colocou nossas peças no corpo dele, matou o senhor Afton e tomou o corpo dele. – Ela disse com um tom de sussurro e tristeza na voz.

Eu nem sabia o que dizer. Então ele realmente conseguiu e deus sabe o que ele pode estar fazendo com o corpo do senhor Afton. De repente a Baby e tirou dos meus devaneios.

- Que bom que pude te ver uma ultima vez... Minha amiga. – Ela disse em um tom que misturava felicidade e tristeza.

- Não diga isso. Nós podemos te ajudar é só você deixar. – Eu disse em um tom de tristeza.

- Não. Eu adoraria passar mais tempo com você. Mas eu estive prendendo o espirito da garotinha por tempo de mais. Esta na hora de deixa-la descançar. – Ela disse no mesmo tom mas dessa vez parecia que junto com o tom de sussuro havia um tom de felicidade.

Eu deixei que algumas lágrimas caissem e como se fosse um impulso eu abracei ela. Com os olhos fechados e com as lágrimas caindo eu disse:

- Eu nunca te esquecerei Baby.

- Nem eu te esquecerei... Ballora. – E essas foram as ultimas palavras dela.

Quando me afastei o brilho verde que estava no rosto dela sumiu. Eu me levantei e de cabeça baixa eu disse:

- Vamos embora.

- Você esta bem Ballora? – A Mangle perguntou preocupada.

- Estou Mangle. Eu só... Eu só preciso sair daqui. – Eu disse em um tom calmo.

Eles não disseram nada apenas me seguiram para fora daquele lugar.

-Chica-

Assim que nós voltamos pra casa atual da Ballora ela foi direto pro quarto com o Puppet e a Mangle. Foxy e Bonnie ficaram na sala brincando com o Puppet Bonnie e eu e o Freddy decidimos vir dormir. Teve um momento em que eu acordei e o Freddy já não estava mais na cama. Eu olhei em volta e o vi parado na frente da janela olhando para a lua cheia. Eu me levantei, me aproximei dele, abracei o braço dele e disse:

- Estou orgulhosa de você. Fiquei feliz em saber que você não abandonaria eles.

- Eu não conseguiria. Não depois de ouvir a historia deles. Parece que eles sofreram mais do que nós. Depois disso eu não parei de imaginar a mesma cena: Uma menina aprisionada no corpo de uma bailarina robo dançando nas sombras sempre sorrindo por fora mas sempre  chorando por dentro. – Ele disse em um tom calmo e triste.

- Eu sei. Eu sei. – Eu disse abraçando ele.

-Ballora-

No dia seguinte eu não estava muito afim de sair do meu quarto. Enquanto eu estava sentada na minha escrivaninha que ficava de frente para a janela a luz do sol começou a bater no meu rosto e eu comecei a ver todo o meu passado. Desde o dia em que me transformei em Ballora até o dia em que fugi daquele lugar. Então finalmente depois de passar tantos anos cega eu finalmente vi a verdade. Esse tempo todo eu estava simplesmente me escondendo do Ennard e de mim mesma. E quer saber? Eu já estou cansada disso. Eu desci as escadas rapidamente em direção a sala que era onde todos estavam. Assim que eu parei na frente da entrada da sala todos olharam pra mim. Então com determinação eu disse:

 - Pessoal tem uma coisa que eu preciso contar a vocês. Esse tempo todo eu não voltei lá por que eu estava com medo do Ennard. E agora que eu sei que ele esta livre e fazendo maldades na superfície eu não consigo mais ter medo! Eu vou atrás dele! E vou detê-lo! De uma vez por todas!