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História Flavors - Capítulo Único - Sabores


Escrita por: sankdeepinside

Notas do Autor


Olá!
Aqui estou eu novamente com outra fanfic para o projeto You Are The One. Eu torci muito pra tirar um XiuHo nessa fase, mas fiquei tão feliz por ter tirado XiuLay! Yixing é bias e fazer ele com o Minseok foi algo muito gostoso. MInha criatividade pra plots está bem fraca esses dias, então saiu algo bem simples, mas vou me esforçar para fazer algo mais complexo na próxima fase.
O tema é comida!
Espero que gostem!
Beijão!

Capítulo 1 - Capítulo Único - Sabores


Já se passaram três horas. Ele não vem.

Tento aceitar aquele fato enquanto encaro a taça de água pela metade. Pela primeira vez, em toda a minha vida romântica, levei um bolo.

Suspiro pesado enquanto sinto meus ombros caírem com aquela derrota. O que poderia tê-lo feito mudar de ideia? Eu havia parecido ser chato na internet? E se por acaso ele tiver aparecido e não tiver gostado do que viu? Eu estava feio? Estava fedendo? Inclinei a cabeça para o lado e discretamente funguei minha axila. Não, eu estava cheirosinho. Então por que meu correspondente não veio?

O garçom, que viera na mesa cinco vezes perguntar se eu já estava pronto para fazer meu pedido, me encarava à distância com pena. Ele sabia que eu havia levado um fora e parecia lutar internamente entre vir me consolar ou me mandar desocupar a mesa.

Aquela era uma cantina italiana pequena e aconchegante, alguns casais riam em mesas próximas enquanto davam as últimas garfadas de seus jantares românticos. Me senti um tolo por estar sozinho ali, naquele lugar obviamente feito para reunir casais apaixonados.

Maldita hora que eu resolvi ouvir Sehun e baixar aquele aplicativo de namoro! Mas eu estava solteiro a tanto tempo e já não aguentava mais servir de vela para os encontros e passeios de Sehun com seu namorado Jongin, eu precisava de alguém, nem que fosse para trocar uns beijos sem compromisso, estava solitário.

- Senhor – o garçom pigarreou ao meu lado – estamos quase fechando, ainda pretende fazer algum pedido?

Olhei no relógio de pulso e percebi que já estava tarde, entretanto eu estava ali há três horas e não havia comido nada além das torradas sobre a mesa e bebido a taça de água, tudo de graça. Seria um desperdício enorme eu ter ido naquela cantina que cheirava a coisas deliciosas e ter comido apenas pão e água. Meu convidado não havia aparecido, mas isso não significava que eu não podia transformar aquela experiência horrível em algo bom, não é mesmo?

Eu já havia lido o cardápio trocentas vezes durante aquelas horas de espera, então já sabia exatamente o que pedir.

- Seria muito incômodo se eu pedisse um spaghetti a essa hora?

- O senhor levou um bolo, não é mesmo? – O garçom anotava as coisas num bloco enquanto eu ruborizava com a vergonha daquele fato ser comentado em voz alta por um desconhecido.

- Sim. – Murmurei.

- Tenho certeza que nosso chef será compreensivo com esse fato. – O garçom, que era um rapaz jovem e alto me sorriu com um misto de piedade e gentileza que quase me fez afundar a cabeça no chão.

Já era vergonhoso demais ter sido abandonado, as pessoas ainda iam sentir pena de mim? O garçom entrou na cozinha para fazer meu pedido ao chef, enquanto isso, observei que os poucos casais que ainda restavam na cantina se levantavam para sair. Eu ia ficar sozinho no restaurante.

- Seu pedido foi feito senhor, o chef pediu um pouco de paciência, ele sabe que está com muita fome, mas em breve seu spaghetti ficará pronto.

- Obrigado. – Agradeci timidamente e em seguida vi o garçom seguir até a bancada e retirar o avental.

Oh não. Ele também ia embora.

- Hey! Vou ficar aqui sozinho? – Reclamei e me senti a pessoa mais carente da face da terra, mas o garçom abriu um sorriso apontou para uma porta nos fundos.

- Ele irá lhe fazer companhia.

O chef.

Engoli seco. Eu nunca conheci um chef de cozinha antes, com exceção de minha nainai, que era ótima na cozinha. Nunca tive interesse nem dinheiro para gastar em restaurantes caros, do tipo que o chef vem em pessoa apresentar seu prato refinado. Me vi esperando com ansiedade para ver o rosto do cozinheiro e para descobrir o sabor meu spaghetti. Seria decepcionante se o chef na verdade fosse um italiano gorducho, mas eu ao menos esperava que fosse uma boa companhia e, é claro, que o spaghetti fosse saboroso.

Levou quarenta minutos. Quarenta longuíssimos minutos que pareceram uma eternidade para alguém com a minha fome. Mas então a portinha nos fundos se abriu. Sorri com um alívio descomunal ao perceber que o chef da cantina não era apenas bonito, mas sim lindo e sorria com uma gentileza transbordante que quase me fez esquecer da minha fome.

Era coreano, com certeza, tinha olhos bonitos em um formato incomum, lábios perfeitamente desenhados e um sorriso infantil completamente cativante. Se ele não fosse arrogante e estivesse solteiro seria uma vitória completa.

- Me desculpe pela demora. – Ele falou com um sorriso enquanto pousava o prato diante de mim. – Chanyeol me contou sobre seu encontro, então pensei em fazer algo muito bom para compensar sua tristeza.

O aroma do spaghetti era uma coisa de outro planeta, me vi salivando apenas com aquele cheiro maravilhoso. Percebi que o chef também havia pousado uma garrafa de um vinho que eu sabia ser caríssimo diante de mim. Quando abri a boca para dizer que não tinha dinheiro para pagar aquele vinho, ele apenas acenou brevemente e disse que era por conta da casa.

- Por favor, aproveite bem sua refeição, não se preocupe com o tempo.

- Obrigado.

Sorri timidamente e o chefe me sorriu de volta. Seria o ápice da carência se eu dissesse que estava completamente encantado? O chef então se virou para voltar à cozinha, mas me vi segurando em seu pulso desesperadamente. Ele tinha a pele quente.

- Por favor, não me deixe aqui sozinho.

Ele olhou para mim por cima do ombro com seus olhos hipnotizantes e riu de leve.

- Me deixe pegar mais uma taça, então.

Soltei devagar os dedos que apertavam seu pulso, completamente aliviado por ter uma companhia tão boa quanto a dele.

- Qual o seu nome? – Perguntei.

- Kim Minseok. – Ele abriu um sorriso completo –  É um prazer conhecê-lo, senhor Zhang Yixing.

Senti meu queixo cair enquanto ele se retirava. Kim Minseok era o nome do meu correspondente.

 

 

- Por que me deixou aqui esperando por três horas? TRÊS HORAS! E se eu tivesse ido embora? Eu devia ter ido embora!!! – Reclamei enquanto enterrava uma garfada cheia de macarrão na boca. Aaah, o macarrão estava tão bom! Mas eu tinha que me manter firme na minha raiva.

Não importava se Kim Minseok era lindo e tinha uma risada gostosa, eu fiquei esperando todo aquele tempo achando que havia sido abandonado enquanto ele estava ali o tempo todo, me vendo passar o maior papel de trouxa da minha vida.

- Me desculpe Yixing e-eu... eu estava com medo.

- Por que? Eu não pareci confiável? – Respondi constrangido após engolir.

Minseok passeou o indicador pela borda da taça de vinho.

- Isso é muito estúpido, mas esse não foi o primeiro encontro que marquei pelo Tinder, as coisas não saíram muito bem da última vez. Você parecia uma cara bacana, mas o outro também parecia, não podia arriscar. Precisava te observar um pouco antes. – Ele abriu o sorriso tímido e apoiou a testa na mão – você aguentou bastante, quase senti pena.

- Você me fez de bobo.

- Eu sei, me desculpe por isso.

Suspirei. Eu estava agindo como uma criança.

- Tudo bem, tem mais comida? – Fiz um bico enquanto apontava para meu prato quase vazio. – Eu estava morrendo de fome aqui.

- Eu teria aparecido antes se tivesse feito o pedido mais cedo.

- Sério?

- Sério. Meu garçom, Chanyeol, disse que você era um cara doce ainda nos primeiros minutos em que atendeu você aqui.

Me vi sorrindo feito um idiota. Eu devia estar zangado, mas ele me olhava com um carinho difícil de repelir.

- Termine seu spaghetti, vou pegar sua sobremesa.

Não o contestei e tomei um gole do vinho, observando Minseok tirar o chapéu de chef antes de entrar na cozinha. Ele estava se despindo de suas armaduras e aquilo me deixou ansioso.

Nós havíamos nos correspondido pelo aplicativo durante o que parecia terem sido dois meses. A foto de perfil, reconheci agora, era de sua boca. Ele nunca havia mencionado o fato de ser cozinheiro, mas sempre comentava os melhores lugares com as melhores comidas.

O Minseok na internet era um cara brincalhão e que adorava comentar sobre vários assuntos, como futebol e música, mas também perguntava pelo meu dia e meu trabalho. Eu estava tão ansioso por conhecê-lo porque eu sentia que ele era a pessoa certa, o cara gentil e atencioso que me conquistara aos poucos. Entretanto, ao vivo, ele parecia acanhado.

Não sabia bem como agir, era como se todas as conversas daqueles meses tivessem sido anuladas e estivéssemos começando do zero em uma conversa face a face. Era difícil trazer a conversa digitada para a vida real.  

Minseok voltou com duas taças cheias de uma sobremesa, uma para ele e uma para mim. Também percebi que ele havia tirado o uniforme de chef.

- São zabagliones, prove, é delicioso.

Fiz como ele recomendou e levei à boca uma colher do doce, que tinha morangos no topo. Mais uma vez, era indescritivelmente delicioso, dessa vez não consegui conter a expressão de prazer ao saborear algo tão bom.

- Você fez isso?!?

Minseok gargalhou e confirmou com a cabeça.

- Eu quero me casar com você! Isso é delicioso!

Só percebi a gravidade do que eu havia dito quando vi seu rosto se abaixar, completamente vermelho de vergonha.

- M-me desculpe, fui indiscreto. – Me desculpei, sentindo o coração acelerado no peito, mesmo que por algo tão tolo.

- Tudo bem. Estou feliz que tenha gostado da minha comida.

- Eu adorei, tudo, de verdade.

- E eu adorei cozinhar para você, Yixing.

Levei mais uma colherada à boca, me sentindo contente e incomodado com aquela conversa que não parecia levar a lugar algum. Seria muito desesperado se eu lhe dissesse que ele já podia ir para a parte que nós estaríamos íntimos novamente e eu ganharia alguns beijos?

O Minseok da vida real, entretanto, parecia gostar de conduzir as coisas com calma. Observando meus movimentos e demorando o olhar em minhas mãos, já que parecia um pouco envergonhado de me olhar nos olhos.

Era estranho para alguém acostumado a ir direto ao ponto, como eu, mas descobri que gostava daqueles olhares indiscretos e demorados, em que ele parecia ler cada pequeno detalhe sobre mim.

Percebi sua mão dando bobeira sobre a mesa e decidi me mover, esticando meu braço e entrelaçando os dedos nos dele. Ele tinha mãos quentes, assim como sua pele.

- Estou feliz por finalmente conhecê-lo. – Confessei. – Foi um encontro estranho, você não está à vontade comigo e acho que isso significa que não vai querer me ver de novo, mas queria dizer que gostei de você.

Seus dedos apertaram os meus com força.

- Por que acha que não quero vê-lo novamente quando eu estou lutando internamente contra a vontade de beijá-lo?

- Ah. – Aquilo me pegou de surpresa e o vi sorrir envergonhado.

Então eu entendi.

O Minseok da internet era um cara extrovertido porque estava protegido pela tela. O Minseok real era tímido, mas no fim das contas, ainda se tratava da mesma pessoa. Ele ainda era um cara solitário como eu, que se arriscara em um encontro às cegas apenas pela esperança de ter uma mínima chance de encontrar o amor. 

- Termine seu zabaglione, eu odiaria que ele fosse desperdiçado. – Disse timidamente, mas aquilo serviu apenas para aumentar minha ansiedade.

Enfiei uma colherada cheia da sobremesa na boca e ele fez o mesmo, no instante seguinte estávamos estufando a bochechas de doce, disputando por quem terminaria primeiro. Nós parecíamos dois idiotas, mas eu adorei.

Quando as duas taças de doce enfim ficaram vazias, ele olhou para mim com aqueles olhos lindos e a tensão estava ali de novo, aquele embaraço que fazia ele corar e meu coração pular de ansiedade. Droga! Ele era lindo, queria beijá-lo até perder o ar.

- Você tem covinhas. – Ele comentou esticando o dedo sobre a mesa e tocando o furo no meu rosto. – É fofo.

Sorri mais ainda com aquele gesto, aproveitando a proximidade para pegar sua mão na minha.

- Você ainda é mesmo Minseok, certo? Aquele que conversou comigo durante todo esse tempo? O cara que gosta de café e limpeza? O cara que disse que visitaria o rio Han comigo?

- Sim, sou eu. – Senti seus dedos apertando os meus, reforçando aquele novo laço. Permitindo que algo nosso começasse ali. 

- Você é mais bonito do que eu imaginava.

- Você também. Não imaginava que tinha um sorriso tão bonito;

- Posso chegar mais perto?

Ele assentiu com a cabeça e me levantei, contornando a mesa até ficar diante dele. Minseok também se colocou de pé, ele era apenas alguns centímetros menor do que eu, os cabelos castanhos estavam cuidadosamente penteados para o lado. Absolutamente encantador.

Me curvei minimamente em sua direção, respirando o cheiro suave de temperos em sua pele.

- Você cheira a açafrão. – Comentei baixo, próximo à sua orelha, notando o arrepiar de sua pele logo em seguida.

- É mesmo?

Agitei a cabeça em uma afirmativa enquanto me aproximava ainda mais, sentindo o calor de seu corpo tocar o meu.

- Posso provar?

- Fique à vontade.

Nossos troncos se encontraram e eu pude sentir que seu coração batia tão rápido quanto o meu, confundindo as batidas quando estavam tão próximos. Deixei que minhas mãos alcançassem seu rosto e, devagar, meus lábios tocaram os dele. Sua pele tinha o aroma de tempero, mas sua boca tinha o sabor doce dos morangos no zabaglione.

Senti os dedos de Minseok subindo pela minha nuca e se emaranhando em meus cabelos, me prendendo um pouco mais naquele beijo entorpecente e cheio de sabores. Seria muito desesperado se eu dissesse que não queria me separar dele nunca?

Quando o ar faltou, sua boca se separou minimamente da minha, ficando ainda próximo o suficiente para que eu sentisse o calor de seu hálito doce.

Minhas mãos desceram devagar por seu tronco, pude sentir seu peito rígido sob a camisa de linho. Ele parecia ter um corpo incrível e logo me vi avançando novamente sobre seus lábios, pedindo por mais toques e mais beijos. Minseok correspondeu a tudo, me puxando pela camisa e descobrindo o meu corpo da mesma forma que eu descobrira o seu. O sorriso sutil que ele abriu durante o beijo mostrava que havia gostado do que havia descoberto.

Me vi rendido, completamente caído por aquele cara, a ponto de me entristecer apenar com a ideia de que em breve aquele encontro chegaria ao fim e cada um de nós voltaríamos para nossas casas.

Quase choraminguei quando seus lábios se separaram novamente dos meus e ele revelou que precisava arrumar a cozinha. Queria que a magia daquela noite nunca acabasse e que no fim de tudo ele ainda estivesse nos meus braços. Ele parecia tão bom, tão quente e tão doce, era melhor do que tudo o que havia construído em minhas expectativas.

- Pode me ajudar com a louça? Prometo acabar logo.

E eu disse sim, é claro. Minseok trouxe a garrafa de vinho que estava pela metade e fizemos todo o trabalho enquanto bebíamos. A louça era pouca, ele disse que Chanyeol havia ajudado na maior parte antes de sair. Puxei as mangas da camisa até os cotovelos e o ajudei secando e guardando tudo nos locais em que ele indicava.

A cozinha de Minseok era reluzente de tão limpa, todos os temperos e ingredientes eram muito organizados e catalogados e até mesmo a louça era separada em pratos, taças e talheres antes de ser lavada.

Se a algumas horas me perguntassem como eu imaginava que terminaria a noite eu poderia responder que imaginava dois desfechos: o primeiro, se eu tivesse sorte, na cama de meu correspondente; o segundo, se eu desse azar, bêbado e jogado no sofá do meu apartamento.

Não imaginaria que terminaria lavando a louça e jogando conversa fora com Minseok. Entretanto, de alguma forma, nenhuma das minhas possibilidades parecia me dar as mesmas esperanças de continuidade que aquele mero guardar de louças para o chef me dava.

Quando terminamos o trabalho, alguns minutos e uma garrafa de vinho depois, Minseok parou no meio de sua cozinha.

- Venha aqui. – Ele me estendeu a mão e eu a peguei, enroscando meus dedos nos dele e tentando dizer com os olhos que eu ainda não estava pronto para colocar um fim naquele encontro.

Já passavam das duas da manhã e, ainda assim, eu não queria ir embora.

- Você está cansado?

- Não. – Menti, mesmo que meus olhos já estivessem pesando pelo sono e pelo vinho.

- Está mentindo. – Ele disse com um sorriso e de alguma forma me pareceu ainda mais bonito do que antes. Eu tinha bebido quantas taças mesmo?

- Eu menti, estou exausto, mas não quero ir para casa. – O abracei, respirando aquele cheiro de açafrão em sua pele novamente. – Acho que me apaixonei por você, Minseok.

- Acho que você bebeu demais. – Ele riu pelo nariz e me apertou um pouco mais no abraço. – Mas não precisa ir se não quiser, eu também não quero que vá.

Sorri com aquelas palavras, enterrando o rosto em seu pescoço e depositando um beijo demorado ali. Ele também queria que eu ficasse, então eu ficaria. De um modo meio estranho, eu havia me apegado àqueles aromas e ao toque morno de sua pele. Havia me encontrado no som de sua voz e de sua risada gostosa, nos seus gestos tímidos e receptivos. Era melhor do que trocar palavras pelo celular, com a absoluta certeza.

Minseok me convidou para ir para seu apartamento, que ele disse, com um pouco de embaraço, ficar logo acima do restaurante. Ele confessou que não tinha dinheiro para comprar um apartamento melhor, todas as suas economias foram embora naquele pequeno imóvel que ele dividira para o trabalho e residência.

O apartamento era pequeno e modesto, mas muito organizado, assim como sua cozinha. Quis fazer algum comentário sobre sua casa, mas me vi encarando-o enquanto ele tirava os sapatos e a gravata. Todo o corpo de Minseok era perfeito, suas proporções, seus ombros largos, seu perfil. Ele era lindo e eu estava completamente atraído, como o tolo carente e fácil de se apaixonar que eu era.

Ele ergueu os olhos para mim e ao perceber que eu o encarava, sorriu.

- Pare de me olhar assim.

- Assim como?

- Com interesse.

- Mas eu estou interessado, o que posso fazer? Estou muito interessado.

Ele deu de ombros e caminhou até mim, me pegando pela mão e me conduzindo pelos poucos metros até o único quarto do apartamento. Minseok não acendeu as luzes e toda a iluminação que tínhamos provinha da luz de um poste em frente ao prédio.

Na penumbra, a boca de Minseok encontrou meu pescoço, mordiscando de leve aquela região enquanto suas mãos percorriam o caminho de botões da minha camisa, desfazendo um a um, devagar, até tê-la completamente aberta.

- Vamos dormir. – Ele sussurrou ou pé do meu ouvido e em seguida me empurrou sobre o colchão.

Entretanto, eu descobri, “dormir” tinha um significado diferente para o cozinheiro, para ele ela uma palavra que poderia facilmente significar o mesmo de conhecer novos sabores.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Beijão!


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